Nesta semana iniciaremos o estudo do Livro de Ester no Antigo Testamento.
Introdução
Do ponto de vista histórico, o Livro de Ester procura explicar a origem e autenticidade dos eventos que deram origem à festa judaica de Purim, também conhecido como o Dia de Mardoqueu (2 Mac. 15:36). Embora o livro nunca mencione o nome de Deus, é muito óbvio (especialmente na maneira como o v. 4:14 é expresso) que Deus deu libertação ao Seu povo quando jejuaram e confiaram somente nEle é muito óbvia.
Embora o autor seja desconhecido e também não se sabe com certeza a identidade do rei Assuero, acredita-se geralmente que se refira a Xerxes, rei da Pérsia entre os anos 486-465 a.C. Embora de vez em quando ao longo da história alguns dos primeiros pais da igreja tenham questionado a canonicidade do livro, ele "sempre fez parte do cânon hebraico" (K&D, 196) e foi reconhecido como canônico no Concílio de Jamnia (90 d.C.).
Vale a pena salientar que o nome Ester "parece ser de origem babilônica, sendo uma referência à deusa
Ishtar ('estrela') ou Mercúrio" (
Sou muito grato à Pastora Irene Yeung por redigir as seguintes perguntas para a reflexão e os artigos meditativos do Livro de Ester.
(1) Quão impressionante você acha que foi o Império Persa durante o reinado de Xerxes?
(2) Quem eram estes convidados da festa do rei? (1:3)
a. Como eles foram tratados? (1:4)
b. Por que o rei organizou uma festa tão suntuosa?
(3) Quem mais foi convidado pelo rei, além dos nobres e dos líderes?
a. Como eles foram tratados? (1:5-8)
b. Por quê?
(4) Como foi decorado o salão onde foi realizada a festa? (1:6)
(5) Se o rei era Xerxes (que estava preparando outra guerra contra os gregos depois de sofrer uma derrota), por que ele decidiu organizar uma festa tão extravagante apesar de sua derrota?
(6) Com base no que lemos até agora, que tipo de rei você acha que foi Xerxes?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“e, no terceiro ano do seu reinado, deu um banquete a todos os seus nobres e oficiais. Estavam presentes os líderes militares da Pérsia e da Média, os príncipes e os nobres das províncias.” (NVI-PT) (Est. 1:3)
Quando o rei Xerxes chegou ao trono no ano 486 a.C., ele herdou de seu pai Dario uma riqueza sem precedentes, incluindo um enorme tesouro de ouro e edifícios magníficos que lhe proporcionaram um estilo de vida extravagante e luxuoso. O Império Persa estava pronto para outra invasão do território grego. Parece que o propósito de Xerxes ao organizar esta grande festa foi ganhar o apoio de seus nobres para seus planos de conquista. Os registros históricos mencionam uma reunião estratégica convocada por Xerxes no ano 483 a.C. (ou seja, o terceiro ano de seu reinado). A fim de obter mais apoio do povo, ele organizou uma festa adicional de sete dias para os habitantes de Susã. Após este desfile de sua riqueza e poder militar, Xerxes esperava contar com o apoio total do povo persa, prometendo recompensas lucrativas para aqueles que o apoiassem.
No entanto, a história nos mostra que todos os seus esforços foram em vão. Durante a invasão do território grego que ocorreu quatro anos mais tarde, o exército de Xerxes foi derrotado, sofrendo perdas tremendas de vários tipos.
Efetivamente, o homem pode fazer todos os planos que quiser, mas sem as bênçãos do Senhor não darão em nada; nas palavras do salmista: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda” (NVI-PT) (Sl. 127:1).
(1) Em que estado você acha que Xerxes se encontrava depois de 187 dias de festa (e bebedeira)?
(2) Por que Xerxes queria que a rainha participasse da festa?
a. O que este pedido nos diz sobre o tipo de pessoa que ele era?
(3) Como ele reagiu diante da recusa da rainha?
(4) Qual foi o conselho Memucã ao rei?
a. Quais você acha que foram as intenções de Memucã ao agravar uma questão pessoal do rei, transformando-a numa questão nacional?
b. O que você acha de seu conselho?
c. Como esse grande rei guerreiro respondeu ao seu conselho?
(5) É óbvio que antes desse incidente o rei era muito orgulhoso de sua esposa; mas tudo mudou num piscar de olhos:
a. Imagine que você fosse a rainha. Como você teria se sentido?
b. Você já experimentou uma mudança de sorte tão radical em sua vida, semelhante àquela que ela experimentou?
c. Como você lidou com essa mudança?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Por isso, se for do agrado do rei, que ele emita um decreto real, e que seja incluído na lei irrevogável da Pérsia e da Média, determinando que Vasti nunca mais compareça na presença do rei Xerxes. Também dê o rei a sua posição de rainha a outra que seja melhor do que ela.” (NVI-PT) (Est. 1:19)
Após 187 dias de festividades desenfreadas, o rei com certeza estava "alegre por causa do vinho" (NASB) (isso provavelmente sinifica que ele estava bêbado) e queria exibir aos seus nobres o seu maior tesouro — a beleza de sua rainha. Surpreendentemente, a rainha se recusou a cumprir a ordem, o que deixou o rei furioso. Seguindo o conselho dos líderes, o rei basicamente se divorciou de sua rainha Vasti.
Naturalmente, os estudiosos têm especulado muito sobre os motivos dessa flagrante desobediência da rainha à ordem do rei. Alguns sugerem gravidez, nudez e outros motivos nobres. Mas a Bíblia é omissa sobre esse assunto, talvez porque não seja importante para nós sabermos.
No entanto, o incidente nos faz pensar nos contratempos repentinos que acontecem na vida. Vasti era uma rainha muito bonita, a menina dos olhos do rei, mas perdeu tudo de um dia para o outro, simplesmente devido à embriaguez do marido. Quando ficou sóbrio, o rei obviamente se arrependeu de sua decisão (2:1). Mas sua imprudência o tinha levado a emitir um decreto irreveogável que nem mesmo ele podia desfazer. A rainha Vashti com certeza aprendeu que "é tudo vaidade" (Eclesiastes 1:2).
Hoje, cada um de nós se esforça muito para construir a carreira, a família e a igreja. Buscamos alcançar certas conquistas e afirmar a nossa própria identidade. Mas nada do que buscamos construir está sob nosso controle, e a vida não passa de um sonho. Quando as tempestades da vida ameaçam acabar com todas as nossas conquistas, entramos em pânico e nos desesperamos, tudo porque baseamos a nossa identidade e valor naquilo que é passageiro. A Bíblia é muito clara: o mundo e as coisas que há no mundo passarão, "mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 João 2:17). Além disso, o Senhor nos assegura que Ele é a nossa rocha, a nossa fortaleza e o nosso escudo (Sl 18:1-2); Ele nunca nos deixará nem nos abandonará. Ele quer que aprendamos com os salmistas e saibamos que pertencemos a Ele: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto” (ARC) (Sl 100:3).
O contexto histórico do capítulo: Entre o terceiro ano do reinado de Xerxes, quando o rei se divorciou de sua rainha Vashti, e seu sétimo ano, quando Ester se tornou rainha (ou seja, entre os anos 483-479 a.C.), o exército de Xerxes sofreu perdas importantes e foi derrotado pelos gregos. A história nos conta que depois de sofrer essas derrotas, o rei se entregou a um estilo de vida extremamente imoral e mergulhou o império no caos. Foi precisamente nessa época que se desenrolou a história de Ester.
(1) A Bíblia nos conta que quando a ira do rei diminuiu, ele "lembrou " de sua rainha. O que significa isso?
(2) Qual foi o conselho dos conselheiros do rei?
a. No capítulo anterior, quando Memucã aconselhou o rei que procurasse uma mulher melhor para tomar o lugar da rainha, o que ele quis dizer com a expressão "melhor"? (1:19)
b. No entanto, qual foi o verdadeiro critério que foi usado para escolher a próxima rainha?
c. Que critérios Jeová usa ao escolher uma pessoa para usá-la? (1 Sam. 16:7; Prov. 21:2-3)
d. Qual é, então, a principal diferença entre os critérios do homem e os de Deus?
(3) Tente descrever os antecedentes pessoais de Mardoqueu. (2:5-6)
a. Imagine que você fosse Mardoqueu. Como você teria se sentido sobre a época em que você tinha que viver e o rei naquela época?
(4) Como a Bíblia descreve Ester e seus caminhos?
a. Qual era o nome hebraico de Ester?
b. Com base na maneira como Hegai a tratou, o que você pode deduzir sobre o tipo de pessoa que Ester era?
c. Imagine que você fosse Ester. Como você teria se sentido diante de toda essa ostentação?
(5) Por que a Bíblia intencionalmente chama nossa atenção para sua etnia hebraica?
a. Como eles decidiram lidar com a questão de sua etnia?
b. Por quê?
c. O que podemos aprender com Mardoqueu e Ester ao observar como eles lidaram com a questão de sua etnia nesse momento difícil?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“ Nesse tempo vivia na cidadela de Susã um judeu chamado Mardoqueu, da tribo de Benjamim, filho de Jair, neto de Simei e bisneto de Quis. Ele fora levado de Jerusalém para o exílio por Nabucodonosor, rei da Babilônia, entre os que foram levados prisioneiros com Joaquim, rei de Judá." (NVI-PT) (Ester 2:5-6)
De acordo com Ester 2:5, Mardoqueu era descendente de Cis, o avô de Saul (1 Sam. 9:1-2). Simei tinha permanecido tão leal a Saul que certa vez amaldiçoou Davi na cara (2 Sam. 16:5). Em outras palavras, Mardoqueu tinha sangue real, e não tinha dúvida alguma de que ele pertencia ao povo escolhido de Deus. Uma vez que seus antepassados teriam sido exilados por Nabucodonosor junto com Joaquim, rei de Judá, no ano 597 a.C., Mardoqueu provavelmente era um judeu persa de segunda geração. O livro menciona somente que Ester tinha dois nomes: seu nome hebraico, Hadassa (que significa "murta"), e seu nome persa (que significa "estrela", vide a Introdução).
Mardoqueu e Ester tinham mesma origem étnica, e ambos viviam como exilados, servindo a um rei gentio conhecido por sua devassidão e incapacidade. Em essência, eles tinham que viver em dois mundos — seu próprio mundo étnico, e o mundo gentio persa — com duas línguas e culturas muito diferentes que entravam em conflito uma com a outra. Para eles, era um desafio descobrir como navegar entre esses dois mundos — ser capaz de sobreviver numa sociedade secular pervertida sem precisar ceder em relação aos mandatos dados por Deus, um aspecto inerente de sua cultura judaica.
Hoje, também vivemos entre dois mundos: o mundo eterno celestial e o mundo transitório terrestre. Embora sejamos cidadãos do céu, vivemos num mundo que está sob o controle do maligno — essa é a nossa dupla identidade. Portanto, como podemos navegar entre esses dois mundos e estar "no mundo" sem ser "do mundo"?
Nosso Senhor nos pede para ser a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5:13-14). Apesar disso, muitos crentes, (por diversas razões) fazem concessões a este mundo pervertido, alguns de forma consciente e outros de forma inconsciente, e perdem sua santidade e brilho.
Ester não é simplesmente a história de uma mulher corajosa que libertou seu povo, mas um exemplo de como é possível ser luz e sal em meio a uma cultura secular. Devemos aprender tanto com os sucessos quanto com os fracassos de Mardoqueu e Ester, a fim de nos revestir do Senhor Jesus Cristo e glorificar a Deus em tudo o que dizemos e fazemos.
(1) Tente fazer uma lista de todos os detalhes das etapas necessárias de todo esse procedimento pomposo.
a. Com base nisso, o que você pode deduzir sobre o conceito que os persas tinham das mulheres e sua beleza?
b. Imagine que você fosse uma dessas moças. Como você se teria se sentido ao passar por um processo como aquele?
(2) Como você entende o fato de que as moças recebiam tudo o que quisessem levar antes de serem apresentadas ao rei?
a. Imagine que você fosse uma delas. O que você teria desejado naquele momento?
b. O que a teria levado a pedir isso?
(3) Como a moça que era apresentada ao rei podia saber que tinha uma chance?
a. Quais eram as probabilidades de ser escolhida pelo rei?
b. Quais seriam as consequências de não ser escolhida?
c. Como uma moça lidaria com as consequências de não ser escolhida?
(4) À luz das reflexões acima, quão incomum foi a maneira como Ester se preparou?
a. O que poderia explicar sua maneira incomum de se preparar?
(5) Lemos que o rei se sentiu atraído por Ester mais do que por qualquer outra moça:
a. Quais teriam sido as razões disso?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Antes de qualquer daquelas moças apresentar-se ao rei Xerxes, devia completar doze meses de tratamento de beleza prescritos para as mulheres: seis meses com óleo de mirra e seis meses com perfumes e cosméticos.” (NVI-PT) (Est. 2:12)
É óbvio que todas as jovens que participavam daquele pomposo procedimento estavam competindo pelo cobiçado prêmio de ser rainha; a glória, a riqueza e o poder aguardavam a sortuda ganhadora, e sua vida nunca mais seria a mesma.
Claro, elas precisavam passar por doze meses de intenso treinamento e preparação; tinham que tomar banhos de óleo, perfumes e cosméticos a fim de que esses ingredientes se incorporassem aos seus corpos e o rei ficasse encantado com suas fragrâncias. Todo o esforço que tinham investido durante os doze meses de preparação seria posto à prova numa única aparição perante o rei. Toda essa preparação seria inútil caso o rei não as chamasse de volta.
É impossível não sentir pena dessas concorrentes, pois embora cada uma delas pudesse ter tido o seu próprio futuro brilhante, só uma seria escolhida. Mas essas moças, talvez não por vontade própria, tinham se tornado um brinquedo do rei. Todo aquele espetáculo lhes roubava a dignidade como pessoas. Embora algumas não tenham tido opção, outras teriam arriscado seus futuros de forma voluntária e participado nesse concurso na esperança de ganhar na loteria. Isso não é diferente do sonho de muitos jovens de hoje que desejam se tornar estrelas de cinema e cantores pop, na esperança de se tornarem famosos. Mas que preço alto muitos deles precisam pagar por isso!
Por outro lado, penso em nosso Senhor. Ele é o Rei dos reis e tem a palavra final em nossas vidas. Ele também nos chamou para Si mesmo, mas não para sermos Seus escravos ou ferramentas, senão como Seus amigos, objetos de Seu amor divino. E com esse propósito Ele deu a própria vida para nos dar a vida eterna e nos tornar Seus amigos.
Em suas próprias palavras: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo. 10:11). Mas ele também diz: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (NVI-PT) (João 15:15).
Querido Senhor, Te agradecemos por nos ter escolhido; somos gratos pelo seu amor, e porque nossas vidas nunca mais serão as mesmas; agora são vidas abundantes!
(1) O que era o portão do rei?
a. O que Mardoqueu estava fazendo sentado ali?
b. Sua descoberta da conspiração para assassinar o rei foi um acidente? Por que ou por que não?
(2) Neste trecho a Bíblia salienta pela segunda vez que Ester mantido segredo sobre sua origem étnica:
a. Por que Mardoqueu pediu a Ester para fazer isso?
b. Você concorda com sua decisão?
c. Imagine que você fosse Ester. Você teria obedecido à instrução de Mardoqueu? Por que ou por que não?
(3) Qual foi a conspiração que Mardoqueu ouviu?
(4) Por que ele decidiu informar o rei por meio de Ester?
a. À luz das ações de Mardoqueu, o que você pôde aprender sobre ele?
(5) O que Mardoqueu ganhava com isso?
a. Na sua opinião, por que o rei se esqueceu de recompensar Mardoqueu?
b. Como você teria se sentido se fosse Mardoqueu?
c. Como esse ato de negligência por parte do rei resultou numa recompensa ainda maior para Mardoqueu no futuro? (vide 6:1-14)
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Ester havia mantido segredo sobre seu povo e sobre a origem de sua família, conforme a ordem de Mardoqueu, pois continuava a seguir as instruções dele, como fazia quando ainda estava sob sua tutela.” (NVI-PT) (Est. 2:20)
As opiniões acadêmicas sobre a razão pela qual Mardoqueu decidiu esconder sua origem étnica estão divididas:
- Alguns acreditam que era simplesmente a coisa mais sábia a se fazer numa época em que o anti-semitismo provavelmente era muito comum (leia sobre a tentativa de Hamã de exterminar todos os judeus em 3:1-6). Ester provavelmente não teve outra opção em sua situação como participante da competição.
- Alguns criticam suas ações, dizendo que revelam uma falta de fé, ou até mesmo uma concessão à cultura pervertida da época. Esses estudiosos os contrastam com Daniel, cuja coragem elogiam, junto com o testemunho que deu de Deus ao declarar abertamente sua origem étnica ao rei.
Embora eu não deseje tomar partido nesse debate, não posso deixar de pensar nos muitos crentes de hoje que intencionalmente escondem sua identidade como cristãos para serem reconhecidos ou aceitos pelo mundo. Exemplos de esconder sua identidade incluem evitar dar graças antes de uma refeição e aceitar convites para participar de eventos que não são apropriados para cristãos. Claro, pode haver situações que exigem prudência, como aquelas enfrentadas por missionários que trabalham em países muçulmanos, onde expor a fé de maneira imprudente pode levar ao prisão e à perda da oportunidade de compartilhar o evangelho. É por isso que alguns missionários precisam ir como professores ou médicos para alcançar os muçulmanos. Eles fazem isso motivados pelo bem do evangelho, escondendo a sua identidade para a glória de Deus, conforme a admoestação do Apóstolo Paulo: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” ( 1 Coríntios 10:31).
Cinco anos mais tarde:
(1) O que você conseguiu deduzir sobre Hamã nesta passagem?
- Quem foi Hamã?
a. Acredita-se que "Agag" se refira a uma das tribos dos amalequitas, que sempre foram inimigos de Israel (1 Sam. 15:1-3). Parece que devido a isso os agagitas tinham um ódio característico pelos judeus.
(2) Por que Mardoqueu se recusava a se curvar diante de Hamã?
a. Mardoqueu tinha feito um grande esforço para esconder sua própria origem étnica (e a de Ester). Por que agora decidiu agir de uma forma que exporia sua origem étnica?
b. Você teria feito a mesma coisa se você fosse Mardoqueu?
(3) Qual foi o resultado do lançamento de sortes (pūr) que Hamã fez para consultar seus deuses?
- Observe que o primeiro mês do calendário persa coincidia com o primeiro mês do calendário judaico (ambos eram calendários lunares). A sorte caiu no mês de Adar (ou seja, o décimo segundo mês); isso significava que o extermínio dos judeus teria que esperar mais 11 meses.
(4) Como Hamã apresentou seu plano ao rei de forma que ele o aceitasse?
a. A julgar pela sua estratégia, o que você pôde deduzir sobre Hamã?
b. Como o rei reagiu ao seu plano?
c. Por quê?
(5) Talvez, para Mardoqueu, curvar-se diante de Hamã fosse o mesmo que curvar-se diante do poder do mal. Você já enfrentou uma situação semelhante?
(6) O que você teria feito se fosse Mardoqueu?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes.” (NVI-PT) (Est. 3:6)
Devido à animosidade que os agagitas tinham mostrado a Israel ao longo de sua história, muitos estudiosos os consideram o símbolo dos inimigos de Israel (1 Sam. 15:1-3). Portanto, Hamã representa esse ódio contra os judeus. A história dá testemunho desse tipo de poder que incita o mundo contra o povo de Deus, e até procura exterminá-lo. O livro de Ester retrata graficamente a luta dos judeus contra esse poder: a vingança pessoal de Hamã contra Mordecai devido à sua recusa em se curvar a ele se transformou num plano para matar toda a sua raça.
No entanto, o livro de Ester também dá testemunho do fato de que Deus tem controle total sobre o destino de Seu povo. Ele até mesmo tinha controle sobre o "pūr" que deu a Mardoqueu e Ester 11 meses para participar do plano de Deus para a salvação de Seu povo. Também é interessante notar que o decreto do rei foi emitido no décimo terceiro dia do primeiro mês, data que também era a véspera da Páscoa (Êxodo 12:18). E Deus, mais uma vez, salvou Seu povo, assim como Ele tinha feito na época do Êxodo.
(1) Qual foi a reação dos judeus diante do decreto do rei?
a. O que nos mostra a reação de Mardoqueu?
b. Qual foi a reação de Ester?
(2) É óbvio que a razão pela qual Mardoqueu apareceu na praça principal da cidade era chamar a atenção de Ester para a crise. O que ele esperava que Ester fizesse?
a. O que o pedido que Mardoqueu fez para Ester implicava em relação ao desafio e perigo que ela teria de enfrentar?
b. Esse pedido não era uma contradição do seu conselho original (em 2:10, 20)?
(3) Qual foi a reação de Ester ao ficar sabendo da situação difícil que seu povo teria que enfrentar?
a. Que posição ela tinha no reino da Pérsia?
b. Que dilema ela teria que enfrentar, não obstante essa posição?
c. O que você teria feito no lugar de Ester?
(4) Qual foi a reação imediata de Mardoqueu à resposta inicial de Ester?
a. Que advertência ele deu a Ester?
b. De onde Mardoqueu esperava que chegasse sua libertação final?
c. Mardoqueu usou a frase "para um momento como este". Que verdade importante é transmitida por essas palavras?
(5) O que Ester pediu aos judeus em Susã? Qual era o motivo do seu pedido?
a. Como Ester lidou com o fato de não ter sido chamada à presença do rei por 30 dias?
b. Como aconteceu essa mudança de atitude?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, você será a única entre os judeus que escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?” (NVI-PT) (Est. 4:13-14)
Pelo bem de Ester, Mardoqueu inicialmente falou para ela esconder sua identidade étnica (cap. 2). No entanto, devido à difícil situação que todo o povo judeu na Pérsia enfrentava, ele agora pediu a Ester que apresentasse uma súplica diante do rei, o que obviamente significava revelar sua origem étnica. Agora, Esther enfrentava uma escolha quase de vida ou morte. Neste trecho, lemos que Mardoqueu enviou uma mensagem muito poderosa a Ester para exortá-la a fazer a coisa certa:
"pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha" (4:14)
Isso é um lembrete (tanto para Ester quanto para nós) de que nada na vida acontece por acaso, pois a mão de Deus está por trás de cada evento, guiando-o para obter o resultado que Ele deseja.
Efetivamente, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Embora o nome de Deus não seja mencionado nem por Mordecai nem por Ester, a série de eventos que tinham levado a esse momento no capítulo 4 é uma evidência da providência de Deus — a flagrante desobediência da rainha contra um tirano brutal, o divórcio que se seguiu, a escolha de Ester para ser a nova rainha e a posterior salvação de seu povo devido à sua posição real. Mordecai tinha razão: "foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha"!
Naquele momento
crucial, o povo de Deus não tinha que tomar uma decisão; Esther, com o apoio das orações e jejuns de seu povo, tomou a sua, tornando-se
um exemplo para todos os filhos de Deus, ensinando-nos a estarem cientes do papel que Deus deu a cada um e da oportunidade que Ele deu
a todos de escolher a Deus e Seus propósitos, embora isso signifique arriscar a própria vida.