Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 5:1–14

Nesta semana terminaremos o nosso estudo do livro de Ester no Antigo Testamento.

(1) Você se lembra do tipo de preparação pela qual Ester teve que passar antes de entrar no pátio interno para ver o rei?

(2) Como você descreveria o que ela teria sentido enquanto aguardava o sinal do rei?

(3) Quão inesperada foi o acolhimento que o rei lhe deu?

a. O que você esperaria que Ester dissesse ao rei imediatamente?

b. Por que Ester adiou duas vezes sua súplica pelo seu povo e decidiu organizar dois banquetes em vez de apresentá-la imediatamente?

c. Você acha que ela fez isso de acordo com a sua própria sabedoria, ou que ela foi estimulada a fazê-lo pelo Espírito Santo? Por quê?

(4) É óbvio que Hamã ficou muito contente com o convite da rainha:

a. Por que ele estava tão chateado com Mordecai?

b. Você consegue entender seu estado de ânimo enquanto compartilhava essa notícia com seus amigos e sua esposa?

(5) O que eles aconselharam Hamã a fazer?

a. Com que fundamento (se havia) Hamã podia exigir a execução de Mardoqueu?

b. O que podemos deduzir sobre sua esposa e seus amigos?

(6) Uma vez que Mardoqueu e toda a sua raça seriam exterminados no final do ano, por que Hamã não conseguia esperar?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um ego inflado

"Mas tudo isso não me dará satisfação, enquanto eu vir aquele judeu Mardoqueu sentado junto à porta do palácio real." (NVI-PT) (Est. 5:13)

Hamã era um homem desprezível; ele até mesmo carecia de autoconfiança. Estava sempre em busca dos elogios dos demais, tanto que isso tinha se tornado a base de sua identidade. A fim de ganhar os elogios de seus compatriotas, ele foi vil o suficiente para desabafar o seu ódio contra toda a raça de Israel por causa de Mardoqueu, um homem que se recusava a se curvar diante dele. Este homem tão ignóbil era facilmente influenciado pelos seus iguais, especialmente aqueles que o enchiam de elogios, fazendo inflar muito o seu ego. Portanto, quando a rainha o convidou para seu banquete, ele pensou tanto em si mesmo que não suportava mais a ideia de que alguém ousasse desrespeitá-lo. Toda a sua riqueza e poder não era suficiente para lhe trazer satisfação, apenas a morte de Mardoqueu. Isso só serve para mostra o tamanho do vazio que havia dentro dele (Eclesiastes 7:6).

Talvez nós também devêssemos nos examinar à luz da tolice de Hamã Somos tão vazios por dentro quanto ele? Cobiçamos os elogios dos demais, baseando neles a nossa identidade?

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 6:1–13

tinham passado cerca de cinco anos desde que Mardoqueu frustrou o plano de assassinato e salvou a vida do rei:

(1) Por que o rei fez com que as crônicas de seu reinado fossem lidas para ele naquela noite? Isso foi um acidente?

a. Que parte da história de seu reinado ele escutou?

b. O que teria acontecido se o rei já tivesse recompensado Mordecai por suas ações?

c. Em retrospectiva, quão importante tinha sido a ação de Mardoqueu cinco anos antes?

(2) Imagine que você fosse Mardoqueu:

a. Como você teria se sentido cinco anos antes ao não receber nenhuma recompensa do rei?

b. Diante da reação do rei agora, você teria sentido a mão de Deus nos eventos de cinco anos antrás?

c. Você já experimentou atrasos semelhantes que acabaram se tornando bênçãos em sua vida?

(3) A julgar pelo contexto, a que horas você acha que Hamã foi ver o rei?

a. Por que ele foi tão cedo para ver o rei?

b. Que conselho Hamã deu ao rei? Por quê?

c. O que esse resultado nos ensina sobre o caminho reto de Deus?

(4) Como a esposa e os amigos de Hamã reagiram quando ouviram as notícias? Porque?

(5) Que desfecho Hamã podia esperar do banquete com a rainha?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus está no controle total

Vá depressa apanhar o manto e o cavalo, e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu. Ele está sentado junto à porta do palácio real. Não omita nada do que você recomendou." (NVI-PT) (Est.6:10)

Parece que Hamã foi ver o rei muito cedo com a intenção de enforcar Mardoqueu na forca que ele tinha construído. No entanto, pela providência de Deus, a situação se inverteu. Quem acabou recebendo a maior honra possível por parte do rei foi Mardoqueu, e quem foi obrigado a honrá-lo, servindo de escolta, foi Hamã. Quão grande foi a humilhação pública que Hamã teve que suportar diante de todo o seu público!

É interessante ler que tudo isso aconteceu devido à insônia que o rei experimentou durante determinada noite. A leitura por acaso das crônicas do rei trouxe à sua atenção o fato de que Mardoqueu tinha salvado sua vida, mas que nada tinha sido feito durante os cinco anos anteriores para recompensá-lo. Tudo isso levou à salvação da raça dos judeus. É impossível não perguntar como tudo isso pode ter acontecido por acidente.

A Bíblia deixa bem claro que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Rm 8:28); portanto, nenhum desses acontecimentos foi acidental. Embora o livro de Ester nunca mencione o nome de Deus, é impossível ignorar Sua mão no desenrolar dos eventos. É certo que Deus tinha usado outras nações para castigar os pecados de Seu povo; no entanto, Ele continuava sendo o Deus fiel à sua promessa ser o Seu Deus e protegê-los (Êxodo 17).

A mensagem central do livro de Ester é que Deus está no controle total da vida de Seu povo. Às vezes, Deus opera por meio de feitos milagrosos como a divisão do Mar Vermelho; mas às vezes Ele opera por meio de homens comuns e eventos cotidianos para cumprir Sua vontade e guardar Suas promessas. Aliás, se tomarmos um tempo para pensar nos eventos das nossas próprias vidas, com certeza reconheceremos Sua mão. Nós também pertencemos a Deus, e Ele tem o controle absoluto sobre nossas vidas, sobre cada minuto de cada dia.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 6:14–7:13

Os amigos e a esposa de Hamã fizeram a seguinte observação: "Visto que Mardoqueu ... é de origem judaica, você não terá condições de enfrentá-lo " (NVI-PT):

(1) Após sua humilhação mais recente e os comentários de sua esposa e amigos, em que estado de ânimo você acha que Hamã se enontrava quando ele foi ao banquete da rainha?

(2) Qual foi o maior risco que Ester teve que correr na última etapa de seu plano para salvar o seu povo?

a. Como Ester apresentou sua súplica diante do rei? (7:3)

b. Como ela descreveu a situação difícil de seu povo de forma a justificar seu pedido incomum?

(3) Por que o rei ficou enfurecido? Ele não tinha concordado com o decreto inicial de aniquilar os judeus?

a. Por que ele se levantou e saiu para o jardim?

b. O que o rei podia fazer para anular um decreto que não podia ser revogado (1:19)?

(4) O propósito do edito original tinha sido eliminar todos os judeus; porém, de quem Hamã teria que pedir misericórdia a partir de agora?

(5) No final, ele recebeu misericórdia? Por que não?

(6) Que lição podemos aprender da maneira como Hamã morreu?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Cavar a própria sepultura

“Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.” (ARC) (Ester 7:3)

Se o objetivo de Esther era salvar toda a su raça, sua única opção era revelar sua origem étnica; além disso, ela precisava pensar em como ajudar o rei a proteger sua reputação, uma vez que ele mesmo tinha aplicado seu anel sinete ao edito original para exterminar os judeus. Se o rei tentasse anular o seu edito original, ele não só perderia sua honra, mas procuraria fazer algo que de acordo com as leis dos medos e persas era impossível.

Isso quer dizer que Ester contava com o amor do rei por ela e pela sua beleza, assim como com a ascensão providencial de seu tio Mardoqueu por parte do rei. No entanto, seu pedido também colocava o rei numa situação constrangedora. Ele provavelmente saiu para o jardim real para ter um momento para avaliar os prós e contras e pensar numa possível solução para esse dilema. Sua retirada também forneceu as circunstâncias que levaram Hamã, desesperado, a agir de forma imprópria para com a rainha. O resultado de tudo isso foi que o rei mandou enforcar Hamã na forca que ele mesmo tinha feito para Mardoqueu. Efetivamente, Hamã tinha cavado a própria sepultura.

Os livros de Provérbios e Salmos estão cheios de advertências aos ímpios, como o seguinte no Salmo 7:15-16: "Quem cava um buraco e o aprofunda cairá nessa armadilha que fez. Sua maldade se voltará contra ele; sua violência cairá sobre a sua própria cabeça” (NVI-PT).

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 8:1–17

(1) Uma reviravolta total:

a. O que aconteceu com a "grande riqueza" (5:11) da qual Hamã outrora se vangloriava?

b. O que essa reviravolta total na sorte desses dois homens nos ensina?

(2) Hamã já estava morto; no entanto, que assunto ainda não estava resolvido?

a. Como Ester lidou com isso?

b. Que pedido específico ela fez ao rei?

(3) Por meio de Mordecai, o rei emitiu outro edito, embora este não anulasse o anterior:

a. Qual era o tema desse novo edito?

b. Como era diferente do edito anterior?

c. Embora o rei não pudesse revogar seu decreto anterior, como esse novo decreto serviu para salvar o povo judeu?

(4) Que direitos esse novo edito conferiu aos judeus, e que restrições também lhes impôs?

(5) Que emoções esse édito despertou entre os judeus (e também entre alguns gentios) de Susã?

(6) O v. 15 é um contraste total com 4:1-2. Reflita sobre este grande contraste:

a. Uma vez que os agagitas (a tribo à qual pertencia Hamã) eram amalequitas, como esse evento também foi um eco dos eventos de Êxodo 17:8-16 e 19:4-6, e da promessa que Deus tinha feito ao povo naquela ocasião?

b. Com base no destino de Hamã, o que você pode aprender sobre a soberania de Deus e os deveres dos homens?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A
providência de Deus

O decreto do rei concedia aos judeus de cada cidade o direito de se reunirem e de se protegerem, de destruir, matar e aniquilar qualquer força armada de qualquer povo ou província que os ameaçasse, a eles, suas mulheres e seus filhos, e o direito de saquear os bens dos seus inimigos." (NVI-PT) (Est. 8:11)

Ao lermos o resto da história do livro de Ester, percebemos que Mardoqueu e Hamã basicamente trocaram de lugar.

Por meio de Ester, Mardoqueu assumiu a administração da propriedade de Hamã; ele também recebeu a antiga posição de Hamã e o anel de sinete do rei que pertencera a Hamã. Até mesmo o conteúdo de ambos os éditos era muito semelhante: enquanto o primeiro dava aos persas o direito de matar os judeus e saqueá-los; o último deu aos judeus o direito de se defender matando seus inimigos, além do direito de saqueá-los.

Em geral, os estudiosos enxergam a Providência de Deus nesta história. Em Êxodo, lemos que Jeová declarou que os amalequitas seriam inimigos de Israel “de geração em geração” (Êxodo 17:16). Jeová também ordenou a Saul que destruísse totalmente os amalequitas, incluindo as mulheres, as crianças e todo o gado (1 Sam. 15:3). Foi a desobediência de Saul o que tinha permitido que os amalequitas sobrevivessem como povo e continuassem a atormentar Israel. Certo comentarista observa que, sem importar se suas ações foram tomadas conscientemente com este propósito ou não, Hamã tentou reverter o destino dos amalequitas que Jeová tinha declarado, procurando reverter a situação dos judeus. No entanto, o decreto de Mardoqueu derrotou sua tentativa e, em essência, confirmou a vontade de Deus ao declarar guerra aos inimigos de Israel.

A história de Ester serve para confirmar a providência eterna de Deus. Os eventos deste livro fazem parte da história da antiguidade: o livro nunca menciona o nome de Deus; não aconteceu nenhum milagre espetacular; todos os eventos aconteceram enquanto o povo de Deus ainda estava no exílio. Mas apesar de tudo, a proteção de Deus dura para sempre; Deus continua sendo o Deus fiel à Sua aliança.

Hoje, através de Cristo, Deus tem feito uma nova aliança conosco, chamando-nos para ser Seu povo e dando-nos Seu Reino prometido. Ao mesmo tempo, Ele nos chama para ser a luz e o sal desta terra em Seu nome e deseja que tenhamos uma fé inabalável e sejamos testemunhas de Seu evangelho. Apesar das perseguições e dos nossos próprios fracassos, nós também podemos contar com Sua proteção, tendo certeza de que Ele continua sendo o Deus eterno e fiel desta nova aliança em Cristo.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 9:1–19

(1) O décimo terceiro dia de Adar não foi exatamente um dia pacífico:

a. O que esse dia representou para os judeus?

b. O que ele representou para os inimigos dos judeus?

c. Como você se sente com respeito a todos esses eventos?

(2) Os judeus ainda eram uma minoria na nação:

a. Como eles conseguiram derrotar os inimigos?

b. Quais são algumas das observações que os relatos bíblicos repetem a respeito de sua vitória, e qual mensagem subjaz a essas repetições (9:1, 2, 5, 16)?

(3) Por que Ester pediu outro dia de matança?

(4) O que aconteceu com os filhos de Hamã? Por que a Bíblia dá tantos detalhes sobre seu destino (em 9:7-10; 13-14)?

(5) Por que a Bíblia enfatiza o fato de que os judeus não se apossarem dos despojos (embora tivessem o direito de fazer isso)?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma guerra santa

"No décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, entraria em vigor o decreto do rei. Naquele dia os inimigos dos judeus esperavam vencê-los, mas aconteceu o contrário: os judeus dominaram aqueles que os odiavam." (NVI-PT) (Ester 9:1)

No décimo terceiro dia de Adar, os judeus conseguiram se defender de seus inimigos; não foi uma guerra qualquer, mas uma guerra santa um cumprimento da ordem de Deus a Saul em 1 Samuel 15. Devido a isso, Ester e seu povo travaram essa guerra de uma maneira bastante incomum:

- Eles mataram somente aqueles inimigos que os odiavam, o que incluía aqueles de origem amalequita (como Hamã) e todos aqueles que, por qualquer motivo, odiavam os judeus. Em outras palavras, eles deviam terminar a tarefa que Saul havia deixado incompleta, pelo menos dentro do império persa.

- Ao contrário de Saul, os judeus não saquearam as propriedades de seus inimigos, os quais (de acordo com Josué 6:20-24) pertenciam a Jeová. Enquanto Saul e seu povo tinham cobiçado os despojos de guerra, o povo de Ester controlou seu desejo de vingança, limitando-se a matar seus inimigos em legítima defesa, sem cobiçar nada que lhes pertencesse.

- Ester também pediu permissão ao rei para estender o prazo da matança na cidade de Susã por mais um dia, provavelmente a fim de reunir os dez filhos de Hamã e pendurá-los na forca — um sinal público de vitória total sobre seus inimigos.

Embora o conceito de Guerra Santa seja muito estranho para a mente moderna, devemos tomar nota de alguns dos princípios demonstrados por Ester e seu povo, pois como cristãos estamos envolvidos numa guerra espiritual todos os dias. O princípio de não tomar posse dos despojos deve nos lembrar que também não devemos aceitar despojos enquanto servimos a Jeová — o louvor e a honra associados ao ministério pertencem somente ao Senhor.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 9:20–32

(1) Como os judeus deviam celebrar esta festa? (9:20-22; 31)

(2) Qual o significado especial desta festa?

(3) De que festa(s) cristã(s) isso o lembra?

(4) Como devemos imitar o povo judeu ao lembrarmos a salvação de Deus?

(5) A palavra “Purse refere à prática de lançar sortes; no entanto, quem realmente controlou esse processo de lançar sortes? (9:24-25)

(6) A Páscoa parece ser a festa fundamental da libertação que Deus realizou para o Seu povo. Por que Ester elevou a festa de "Purim" quase ao mesmo nível da Páscoa (sem substituí-lo, é claro)? Que lição podemos aprender com isso?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A festa
de Purim

Por isso aqueles dias foram chamados Purim, da palavra pur. Considerando tudo o que estava escrito nessa carta, o que tinham visto e o que tinha acontecido, os judeus decidiram estabelecer o costume de que eles e os seus descendentes e todos os que se tornassem judeus não deixariam de comemorar anualmente esses dois dias, na forma prescrita e na data certa." (NVI-PT) (Ester 9:26-27)

A Festa de Purim comemora a libertação dos judeus de Hamã e a transformação da morte e dor em vida e alegria para toda a raça judaica. A palavra "Pūr" se refere às sortes que Hamã lançou diante de seus deuses para decidir o melhor momento para o extermínio dos judeus. No entanto, constata-se que quem realmente decidiu o destino de Seu povo e teve o verdadeiro controle, até mesmo sobre as sortes, foi Jeová, que estabeleceu o prazo dentro do qual todos os eventos relacionados deviam acontecer, para que a libertação de Seu povo acontecesse perfeitamente e na seqüência correta. Em certo sentido, o feriado de Purim se assemelha tanto à festa da Páscoa quanto ao dia da ressurreição, embora não se possa comparar a salvação que trouxe ao povo judeu com aquela que Cristo conquistou com Sua ressurreição. Mesmo assim, a Festa de Purim nos lembra o seguinte:

1. A fidelidade de Deus: Embora os judeus estivessem experimentando o castigo de Deus enquanto viviam como exilados numa terra distante, não estavam fora do alcance da mão de Deus. Eles ainda eram o povo de Sua aliança — uma aliança que Ele estabelecera com o seu pai, Abraão. Nós também, como escolhidos de Deus por meio de Cristo, podemos ter certeza de que nunca estaremos fora do alcance do nosso Deus fiel.

2. A Festa de Purim era um momento para “lembrar” a salvação de Deus. Quanto mais nós, que somos salvos com uma salvação eterna por meio do sacrifício do Filho de Deus, precisamos reservar tempo para “lembrar” com frequência a salvação de Deus em Jesus Cristo, não só no Natal e na Páscoa, mas também ao observarmos o Ceia do senhor. Façamos da nossarecordação” uma parte da nossa vida cristã.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ester 10:1–3

(1) Que tipo de registro foi mantido sobre a história e as realizações do rei Assuero?

(2) Você acha que o autor bíblico procurava glorificar o rei, ou apresentar outro aspecto importante?

(3) Tente comparar Mardoqueu com Daniel:

a. Em que aspectos são semelhantes como figuras espirituais?

b. Em que aspectos são semelhantes como líderes do povo judeu numa nação estrangeira?

c. Que qualidades de cada um você estima?

d. Quais foram as contribuições significativas de cada um para a nação de Israel?

(4) Faça uma pausa para refletir sobre as principais lições que você aprendeu do livro como um todo. Qual delas significa mais para você?

(5) Como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A vitória da cruz

"O rei Xerxes impôs tributos a todo o império, até sobre as distantes regiões costeiras." (NVI-PT) (Est. 10:1)

A Festa de Purim devia ser um tempo de descanso, uma vez que o povo de Deus venceu o mal e a morte e desfrutou de descanso. No entanto, o descanso que trouxe Purim durou pouco, porque Xerxes seguiu o seu rumo impiedoso, saqueando seu próprio povo para perpetuar seu estilo de vida extravagante; além disso, a posição exaltada de Mordecai só garantiu um alívio para os judeus, quando muito, durante a sua vida.

Na realidade, o descanso verdadeiro e duradouro não depende de nenhum governante humano, por mais sábio que seja, mas da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Esta história de Ester é um símbolo apropriado do descanso que agora podemos encontrar em Jesus Cristo. Os destinos de Hamã e Mardoqueu podem ser comparados com a morte e ressurreição de Cristo embora para o mundo da época a morte de Jesus na cruz parecesse ser a derrota de Deus (assim como o plano de Hamã parecia selar o destino dos judeus), essa mesma morte foi a forma que Deus tinha projetado destruir o Seu inimigo. Foi assim que Ele transformou o que à primeira vista parecia ser uma derrota contundente em vitória total, pois Cristo ressuscitou dos mortos. Portanto, a história de Ester é um poderoso símbolo da vitória e do descanso da qual participamos por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo.