Esta semana começaremos o nosso estudo do livro de Eclesiastes no Velho Testamento.
O livro de eclesiastes
O título do livro, Eclesiastes, vem da Septuaginta (a tradução grega do Velho Testamento), sendo uma tradução em grego da palavra hebraica Qohelet (traduzida na NVI-PT como “pregador”, e na NVI-PT como "mestre") que aparece no v. 1:1. A palavra grega Ekklesiastes significa 'orador de uma assembléia convocada', sendo derivada da palavra ekklesia (1711, N.T.), a mesma palavra usada no N.T., onde é traduzida como 'igreja'” (Hebrew-Greek Key Study Bible, 774).
Uma vez que o v. 1 deixa claro que esse “pregador” é um filho de Davi que também é rei de Jerusalém, e com base na sabedoria exposta no livro, acredita-se geralmente que o autor seja Salomão, porque ele é o único que se encaixa nesta descrição. Este livro foi incluído nos cinco Meguilot (rolos designados para serem lidos publicamente nas festas de Israel) e era lido nas sinagogas no terceiro dia da Festa das Cabanas.
Na hora de interpretar a mensagem deste livro, é importante considerá-lo como um todo, e não de forma fragmentada, uma vez que o autor expõe de forma extremamente honesta o seu desespero ao contemplar a vida “debaixo do sol” e desnuda sua alma enquanto observa a futilidade da vida. Além disso, a documentação de sua busca pelo sentido da vida revela descobertas que com frequência entram em conflito com a sabedoria convencional encontrada na Bíblia. No entanto, esse processo de luta honesta o leva de volta à sua conclusão no capítulo 12, uma conclusão que é firmemente baseada na submissão e no temor de Jeová.
1:2—A tese de Salomão: O v. 2 não é uma observação, mas a conclusão ou tese de Salomão em sua busca de algum significado debaixo do sol.
(1) A palavra "vaidade" ou "hebel" deriva de uma raiz que conota uma respiração ou um vapor" (Crenshaw, 57). Para quais características aponta cada um desses dois significados dessa raiz?
(2) Acredita-se geralmente que o Rei Salomão escreveu este livro em sua velhice:
a. Por que Salomão faria esse tipo de comentário sobre a vida quando já era idoso?
b. Você acha que a maioria das pessoas no mundo concordaria com ele? Por que ou por que não?
c. Você concorda com Salomão? Por quê?
1:3-11—Os argumentos que apoiam sua tese
(3) A fugacidade dos homens e a permanência da terra (vv. 3-4)
a. Embora o v. 3 soe como uma pergunta retórica, qual seria a sua resposta a essa pergunta?
b. Isso significa, então, que a vida não tem sentido?
c. Que “vantagem” Salomão procura obter por meio de seu trabalho para que sua vida não careça de sentido?
d. O que o v. 4 nos diz sobre o que Salomão procura obter?
(4) O ciclo perpétuo da natureza (vv. 5-11)
a. Uma pessoa como Salomão, que observa o sol, o vento e as correntes não deveria ficar maravilhado com sua “fidelidade”? Não deveríamos ser gratos pelo fato de eles não desviarem de seus ciclos?
b. Por que, então, Salomão considera essas repetições "trazem canseira"? Em que sentido(s) Salomão as considera "cansativas", e como isso pode ser um eco de sua pergunta retórica no v. 3?
c. Reflita sobre as seguintes perguntas à luz dos tremendos avanços e progresso que nossa geração têm experimentado nas ciências e no nosso descobrimento da natureza:
- Como a afirmação do autor no v. 10 pode ser verdade?
- Em que sentido ela sempre é verdade?
d. Como o v. 11 repete a ideia do v. 4, funcionando como uma “inclusão” de suas reflexões neste trecho?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Todas as coisas trazem canseira. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol.” (NVI-PT) (Ecl. 1:8-9)
A princípio, foi bastante desconcertante para mim ler que Salomão achava que os ciclos que se repetem perpetuamente (o nascer do sol, o vento e o fluir dos rios) eram cansativos, tanto que ele usou esses mesmos fenômenos naturais para apoiar sua afirmação de que a vida não tem sentido. Em vez disso, você e eu provavelmente ficamos fascinados com cada nascer do sol e gratos pelo fato de esse mesmo ciclo se repetir cada dia, sem falhar. Poderíamos dizer o mesmo sobre o soprar do vento, que segue um padrão sazonal, e o oceano inesgotável do qual as nossas vidas dependem.
No entanto, no caso de Salomão, parece que ele lamentou a perpetuidade desses fenômenos naturais por duas razões:
- Eles o lembravam de sua própria natureza fugaz.
- Não achava nenhum sentido nesses ciclos tão repetitivos.
Eu acho que ambas as razões têm a ver com sua grande sabedoria.
Sabemos que muitos reis antigos, devido ao seu poder e riqueza estabelecidos, desejavam ser longevos. Além dessas duas coisas, Salomão também tinha grande sabedoria, muito mais do que qualquer outra pessoa na terra (1 Reis 4:29 e ss.). Uma vez que ele sabia que algum dia morreria como qualquer outra pessoa, ele lamentou essa realidade da vida, sobre a qual nada podia fazer para mudar; por isso ele disse: “O que é torto não pode ser endireitado; o que está faltando não pode ser contado” (1:15). Como resultado, ele sentiu que a vida não tinha sentido, que era como correr atrás do vento, uma vez que "gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre” (1:4).
Além
disso, enquanto procurava entender a natureza e como funciona, ele
ficou frustrado ao detectar “a atividade incessante do mundo natural
(1:4-7), um movimento constante que não tem propósito nem resultado
discernível” (Crenshaw, 62). Por mais sábio que ele fosse (ele percebeu por que o vento circula, dando “voltas e voltas”, v. 1:6),
sua sabedoria ainda era limitada. Ele também sabia que, mesmo
que pudesse descobrir o propósito e o resultado disso, ainda era algo que “já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época”
(1:10). Ele só podia descobrir o que já havia existido desde o princípio. Em outras
palavras, sua grande sabedoria o levou a entender que, afinal de contas, ele era
uma simples criatura com uma existência fugaz, e que ele nunca seria o “Criador Eterno”.
O resto do livro descreve a luta que ele travou ao longo da vida com essas duas realidades, até que finalmente aceitou que era uma simples "criatura" e se submeteu às verdades sobre "quem Deus é" e "o que ele mesmo não era".
Nesta seção, Salomão nos dá detalhes sobre sua busca pelo sentido da vida “debaixo do sol” ou "do céu"; ele começa com as seguintes observações:
1:12-18—Sua busca pela sabedoria
(1) Quão grande era a sabedoria de Salomão? (1 Reis 4:29-34)
(2) Que observação que ele menciona no v. 15 o leva a fazer os seguintes comentários?
a. Deus tem colocado um fardo pesado sobre a humanidade.
b. Todas as coisas debaixo do sol carecem de sentido, e até podem ser comparados com o ato de correr atrás do vento.
c. Por que os palestrantes motivacionais da nossa época sempre dizem que "não há nada que você não possa fazer quando você coloca na sua mente que pode"?
(3) Que razão ele dá no v. 18 para a sua conclusão de que até mesmo a obtenção de sabedoria e conhecimento é como correr atrás do vento? Você concorda? Por que ou por que não?
2:1-3—Sua busca de prazer
(4) Depois de descobrir que nem mesmo sua grande sabedoria e conhecimento eram capazes de satisfazer seu coração, Salomão se volta para a "alegria". Embora ele não explique o que ele quis dizer com isso, quais são algumas das coisas nas quais as pessoas normalmente tentam encontrar alegria? (vide 1 Reis 11:1)
(5) O que poderia incluir sua busca de “riso”?
(6) Quando Salomão fala sobre a sua busca de alegria no vinho, por que ele diz que ele ainda mantinha “a mente orientada pela sabedoria”? Isso é possível?
2:4-10—Sua busca de grandes projetos
(7) Que grandes projetos Salomão empreendeu? (vv. 4-6)
(8) Qual seria o equivalente moderno?
(9) Que efeito a construção de obras tão grandiosas pode ter no ego de uma pessoa?
(10) Que outras coisas Salomão procurou fazer? (vv. 7-8)
(11) O que tudo isso lhe trouxe com relação ao seguinte?
a. reconhecimento e prestígio mundanos (v. 9)
b. gratificação instantânea (v. 10)
2:11—Sua conclusão
(12) No entanto, qual foi sua conclusão (que ele provavelmente tirou quando já era idoso)? (v. 11)
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Decidi entregar-me ao vinho e à extravagância, mantendo, porém, a mente orientada pela sabedoria. Eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana.” (NVI-PT) (Ecl. 2:3)
Sabemos que a própria Bíblia reconhece que “a sabedoria de Salomão era maior do que a de todos os homens do oriente, e do que toda a sabedoria do Egito” (1 Reis 4:30). Embora não haja dúvida de que sua sabedoria foi dada por Deus (1 Reis 4:29), Salomão não foi passivo com a sabedoria que Deus lhe havia dado. Ele a usou para julgar seu povo com retidão (1 Reis 3:16 e ss.), para continuar para explorar (Ecl. 1:13), e para obter todo tipo de conhecimento, inclusive em áreas como a botânica e outras disciplinas científicas (1 Reis 4:32 e ss.).
Infelizmente, como ele mesmo admite, Salomão também usou sua sabedoria como um fim em si mesmo, buscando encontrar sentido na vida em sua própria sabedoria; no entanto, ele logo descobriu que tudo era loucura e tolice, e que “isso também é correr atrás do vento” (Ecl. 1:17). No entanto, ele pensou que com sua grande sabedoria ele sem dúvida conseguiria encontrar outras formas de encontrar sentido na vida, e seus recursos e poder lhe permitiram embarcar numa série de empreendimentos que estão fora do alcance de homens comuns, entre os quais estava a busca do alegria (2:1). Embora não tenhamos ideia do tipo de prazer que ele tem em mente, ele mesmo admite que "Não me neguei nada que os meus olhos desejaram;" (2:10). De fato, ele acabou tendo 700 esposas e 300 concubinas (1 Reis 11:3). E não parou por aí: ele procurou o vinho e abraçou a “loucura” (2:3) enquanto ele continuava afirmando que mantinha “a mente orientada pela sabedoria” (2:3). Ele também construiu grandes edifícios, acumulou grande riqueza e desfrutava de boa música; e em tudo isso ele não parou de afirmar que "perseverou também comigo a minha sabedoria" (2:9).
Será que sabedoria de Salomão realmente perseverou com ele em todas essas atividades egocêntricas? Ele foi capaz de continuar sendo guiado pela sabedoria enquanto se entregava a prazeres desenfreados e bebia vinho? Oséias diz o seguinte sobre essas atividades, "[se entregaram] à prostituição, ao vinho velho e ao novo, prejudicando o discernimento do meu povo" (Oséias 4:11), sem mencionar o fato de que o que Deus dá, Ele também pode tirar (Jó 1:21). Assim como Sansão, que se entregava aos prazeres sensuais sem saber que sua grande força havia se afastado dele (Juízes 16:20), Salomão também foi enganado por sua grande sabedoria.
2:12-16—A sabedoria e a loucura da perspectiva de um rei—Salomão, o homem e rei mais sábio da terra, contempla o valor de sua sabedoria:
(1) Salomão compara um rei com seu sucessor (vv. 12-14)
a. Será que neste trecho Salomão se compara com seu pai Davi? Ou talvez ele mesmo com seu sucessor?
b. Ele pergunta: "O que mais?":
- O que mais ele queria para poder "superar" seu pai?
- O que mais o seu filho podia fazer para "superar" ele?
c. Ele chega à conclusão de que a sabedoria é melhor do que a tolice:
- O que a comparação acima tem a ver com sua conclusão?
- Que razão ele dá para apoiar sua conclusão? (v. 14)
(2) No entanto, o que esses dois (tipos de) reis tinham em comum? (v. 15)
(3) O que levou Salomão a dizer a si mesmo: "Isso não faz o menor sentido!"?
a. Que “proveito” ele quer obter por meio de sua sabedoria? (v. 15b)
b. Ele tem razão na sua conclusão? Por que ou por que não?
2:17-26—Vale a pena trabalhar?—Mais uma vez, Solomon considera o trabalho com base em sua própria perspectiva pessoal:
(4) Salomão considera que o trabalho carece de sentido (vv. 17-18).
a. Que termo ele usa para descrever o trabalho? (v. 18)
b. Por que ele achou que seu trabalho era tão gravoso que até chegou a dizer: "Desprezei todas as coisas pelas quais eu tanto me esforçara"? (v. 18)
(5) Não é o desejo de todos os pais deixar um legado bom ou grandioso para seus filhos?
a. Por que, então, Salomão desprezou a vida quando viu que o fruto de seu trabalho seria deixado para a geração seguinte? (v. 19)
- Será que a próxima geração não o merecia?
- Será que ele ficou com medo de que seu legado fosse desperdiçado ou destruído?
- Será que ele ficou com medo de que a "bandeja de prata" não seria bom para a próxima geração?
b. Você acha que Salomão revela sua sabedoria ou seu egoísmo quando diz que isso é "uma grande injustiça"? (v. 21 ) Por quê ?
(6) Uma vez que ele considera que o fato de o legado de uma pessoa ser passado para outro como um absurdo e uma grande injustiça, Salomão faz uma pergunta muito profunda sobre o valor do trabalho (v. 22).
a. Como você responderia sua pergunta?
b. O que ele queria “obter” de seu esforço e trabalho debaixo do sol?
(7) Salomão entende que o que mais marca a vida (inclusive a vida de um rei) é a tristeza e a dor (e não a alegria e o descanso); no entanto, isso significa necessariamente que a vida carece de sentido? (v. 23 ) Por que ou por que não?
(8) Ele finalmente inclui Deus na fórmula da vida (vv. 24-26).
a. Qual é a recompensa do nosso trabalho que Deus nos deu? (vv. 24-25)
b. Além de “comer e beber”, o que faz a diferença entre aqueles que agradam a Deus e aqueles que O desagradam? (v. 25 ) Isso é verdade?
c. Por que, então, inclusive “isso” é “inútil, é correr atrás do vento”?
d. Você concorda com Salomão? Por que ou por que não?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“E quem pode dizer se ele será sábio ou tolo? Todavia, terá domínio sobre tudo o que realizei com o meu trabalho e com a minha sabedoria debaixo do sol. Isso também não faz sentido."(NVI-PT) (Ecl. 2:19)
Como mencionei na introdução do nosso guia de estudo, Salomão procura ser muito honesto em suas lutas para descobrir o sentido da vida, e só chega a uma conclusão piedosa no final do livro (no capítulo 12). Por isso, devemos interpretar a mensagem do livro de Eclesiastes como um todo, e não de forma fragmentada. O capítulo dois revela seu desespero e frustração com o sentido do trabalho, uma conclusão muito natural, uma vez ele só o enxergava na perspectiva de "todo o trabalho no qual tanto me esforcei" (v. 20), do fato de que ele teria que entregá-lo "a um homem que não trabalhou nele" (v. 21), e da simples satisfação de "comer e beber" como recompensa de Deus.
Além de sua completa desatenção ao valor do trabalho de acordo com a perspectiva de Deus (um tema que espero abordar mais tarde em nosso estudo deste livro), é óbvio que a perspectiva que Salomão tem do trabalho não leva em conta seus relacionamentos com os seres queridos. Gostaria de compartilhar com vocês a seguinte reflexão de Stephen Arterburn a esse respeito:
“Durante as décadas recentes, a atenção do público tem sido chamada para as muitas vidas de pessoas que pareciam ter tudo o que pudessem desejar, até que suas perdas as se tornaram uma fonte de desprezo ou pena pública. Quer seja O.J. Simpson, Woody Allen, Ivan Boesky, Michael Milken, Jimmy Swaggart , Leona Helmsley ou Gary Hart, ninguém é capaz de ferir os feridos como os próprios feridos. Comecei a escrever este artigo na quarta-feira, 27 de abril de 1994. Naquele dia, o nosso governo fechou para observar um dia de luto pelo ex-presidente Richard Nixon, que havia morrido na semana anterior. Que exemplo de perseverança e resiliência! E que exemplo de um homem ferido que feriu a si mesmo! Não há melhor exemplo de um homem que tinha tudo – poder, prestígio, posição, popularidade – mas jogou tudo isso fora. No auge de sua carreira, ele se feriu como ninguém mais poderia ter feito. Eu me pergunto quais foram as feridas de Richard Nixon.
"... Todas as pessoas famosas que têm destruido suas vidas diante dos nossos olhos perderam algo importante no caminho que os levou à vitória: perderam o amor pelos outros. Alguns deles não tinham nenhum problema com aceitar dinheiro manchado com o suor dos outros, contanto que aparecesse nos seus próprios bolsos. Outros se preocupavam mais pelos seus próprios desejos e paixões do que com as pessoas que tinham depositado neles sua confiança e apoio - mesmo depois da revelação de seu lado sombrio.
"Aqueles que caem do topo parecem amar seus sucessos mais do que as outras pessoas; com o tempo, eles perdem o equilíbrio e caem num monte de vergonha e humilhação que afeta a si mesmos, suas famílias e seus amigos. Esses homens e mulheres (dos quais existem dezenas de milhares em nossa sociedade) estão obcecados com o seu próprio sucesso, mas ainda se consideram como vítimas. Devido à sua autocomisseração, eles não conseguem enxergar a dor que um dia infligirão aos outros.
"Quando as pessoas famosas são vítimas de sua própria ambição, uma vez que a verdade sobre elas é conhecida, sua opulência nunca pode pagar o suficiente para que se restabeleçam totalmente no coração daqueles que feriram. Uma vez eram vencedores, mas acabaram perdendo para sempre. Suas vidas trágicas são um presente para todos nós que queremos algo melhor. Eles devem nos inspirar a fazer mais do que apenas ajudar os outros como exemplos daquilo que não devem fazer." (Winning at Work, pp. 5-6)
Esta é uma das passagens mais famosas do livro. Podemos dividi-la da seguinte forma:
Vv. 1-8 Os tempos e ocasiões já foram predeterminados (por Deus):
Vv. 9-11 Portanto, o que o homem temporal pode ganhar ou entender, à luz da eternidade de Deus?
Vv. 12-15 A predeterminação de Deus leva o homem a temê-Lo.
3:1-8—Tempos e ocasiões
(1) O v. 1 talvez se refira ao fato de que “tudo tem seu tempo pré-determinado, o qual inclui tanto um momento específico quando acontece, quanto um determinado período durante o qual deve continuar, e (ou) que cada assunto tem seu tempo determinado, um tempo adequado e apropriado” (K&D, 683).
a. Na sua opinião, qual das duas possibilidades é a correta?
b. Por quê?
(2) Salomão usa quatorze pares de palavras opostas ou complementares para ilustrar este ponto: nessa lista, parece que atividades ou significados semelhantes estão agrupados no mesmo versículo; portanto, refletiremos sobre eles à luz desses grupos:
a. Nascer/morrer e plantar/arrancar o que foi plantado (v. 2)
- O que você aprendeu com este lembrete de que o nascimento e a morte têm seu próprio tempo?
- Como essa verdade também pode ser aplicada às atividades de plantar e arrancar na agricultura?
- Se o último é uma metáfora, como você o aplicaria às atividades humanas e à sua própria vida?
b. Matar/curar e derrubar/construir (v. 3)
- Que verdade é expressa neste versículo?
- Como você aplicaria isso às atividades humanas e à sua própria vida?
c. Chorar/rir e prantear/dançar (v. 4)
- Que verdade é expressa neste versículo?
- Como você aplicaria isso às atividades humanas e à sua própria vida?
d. Espalhar pedras/ajuntar pedras (vide a Nota abaixo) e abraçar/conter-se (v. 5)
- Que verdade é expressa neste versículo?
- Como você aplicaria isso às atividades humanas e à sua própria vida?
e. Procurar/desistir e manter/descartar (v. 6)
- Que verdade é expressa neste versículo?
- Como você aplicaria isso às atividades humanas e à sua própria vida?
f. Rasgar/costurar e calar/falar (v. 7)
- A relação entre esses dois pares de antônimos não é tão óbvia: rasgar pode significar simplesmente que uma roupa muito velha ou desgastada para ser remendada precisa ser rasgada. Nesse caso, qual seria o seu significado metafórico?
- Ben Sira reconhece dois tipos de silêncio: "Há um que se cala porque não tem resposta, enquanto outro se cala porque sabe quando falar" (Sir. 20:6). Qual dos dois poderia ser aquele que Salomão tinha em mente? Por quê?
g. Amar/odiar e lutar/viver em paz (v. 8)
- Que verdade é expressa neste versículo?
- Como você aplicaria isso às atividades humanas e à sua própria vida?
(3) Que proveito há para os homens devido a essa "predeterminação"? (vv. 9-11)
a. Salomão parece lamentar o fato de tudo ter o seu tempo predeterminado à luz da seguinte pergunta: "O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço?" (v. 9) — uma repetição do sentimento que ele já expressou em 1:3: Que “proveito” (uma palavra que também era usada para se referir ao lucro líquido nos negócios) Salomão tinha em mente?
b. Ele também considera isso um fardo (v. 10)
- Por que Salomão considerou o fato de Deus (e não o homem) ter feito tudo apropriado ao seu tempo, não como uma bênção, mas como um fardo?
- Por que ele também considerou como um fardo o fato de Deus ter colocado a eternidade (a percepção de que existe um mundo além do tempo) no coração humano? (v. 11b)
(4) O propósito de Deus é para que os homens o temam. (vv. 12-15)
a. Para encerrar sua observação acima, Salomão menciona duas coisas que ele sabe. Quais são? (vv. 12-13; v. 15)
b. Qual delas faria com que as pessoas temessem a Deus? Por quê?
(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
A maioria dos comentaristas explica que as pedras eram espalhadas sobre os campos em tempos de guerra para que não pudessem ser cultivados (2 Reis 3:19, 25), mas acrescentem imediatamente que o significado exato desse versículo não é claro. Portanto, é mais seguro supor que o significado da expressão “tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las” seja parecido com o de “tempo de abraçar e tempo de se conter”.
"Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez." (NVI-PT) (Ecl. 3:11)
Em sua maravilhosa interpretação poética do controle soberano de Deus sobre as atividades e a história humanas, Salomão nos assegura que Deus tem um propósito para tudo o que faz e que “Ele fez tudo apropriado ao seu tempo” (3:11). No entanto, ele também ressalta que às vezes é impossível entender esses propósitos aqui e agora, e que só será possível na eternidade. A esse respeito, acho que o seguinte comentário de Delitzsch é profundo, mas perspicaz:
“Este ditado sobre o desiderium aeternitatis (o anseio pela eternidade) que está plantado no coração do homem é uma das declarações mais profundas do Koheleth (o mestre). Aliás, o impulso do homem mostra que seus desejos mais íntimos não podem ser satisfeitos pelas coisas passageiras. Embora seja um ser limitado pelo tempo, sua natureza mais íntima está ligada à eternidade. O que é passageiro não lhe dá firmeza; ela o arrasta como uma torrente e o obriga a se salvar agarrando-se à eternidade. Mas o que Koheleth apresenta aqui não é tanto o aspecto prático, mas o aspecto intelectual desse dom, junto com essa dignidade peculiar da natureza humana.
"Não é suficiente para o homem saber que tudo o que acontece tem seu tempo determinado por Deus. Há um instinto peculiar em sua natureza que o impele para além desse conhecimento fragmentário para uma compreensão a eternidade; mas seus esforços são em vão, porque... 'o homem é incapaz de alcançar a obra que Deus realiza do princípio ao fim'. A obra de Deus é aquilo que está sendo realizado na história do mundo, do qual a vida dos homens é apenas um fragmento. Com respeito a essa obra, ele diz que Deus a fez... porque antes de ser realizada em seu 'tempo' específico, ela já está completa no plano de Deus. A eternidade e esta obra estão ligadas entre si, assim como o que foi cumprido está relacionado com o que está sendo cumprido, um sendo a (integridade) do outro indistintamente. (Sondar) é potencial, sendo a mesma concepção que em 8:17 e em Jó 11:7; 37:23; refere-se a um conhecimento que atinge o objetivo, e o apreende. E isso é impossível, uma vez que a eternidade, como seu nome 'olam' denota, é aquilo que está oculto, ou seja, que é imensurável, tanto para frente quanto para trás. Assim, o desiderium aeternitatis (anseio pela eternidade) que é inerente ao homem, permanece sem ser satisfeito debaixo do sol. O homem gostaria de se elevar acima dos limites que o confinam e, em vez de estar sujeito à necessidade de limitar sua atenção a assuntos isolados, gostaria de obter uma visão da obra inteira de Deus que se manifesta no tempo; no entanto, essa visão abrangente está fora de seu alcance.
"Se Koheleth tivesse consciência de uma vida após a morte — o que prova que, assim como nenhum instinto no mundo natural é uma ilusão, o impulso para o eterno, que é natural ao homem, também não é uma ilusão — ele teria chegado a um ultimato melhor do que aquele que se segue [isto é, o dom que Deus dá nesta vida, mencionado nos vv. 12-13]."
(K&D, 688)
Injustiça e opressão: Em seguida, Salomão aborda duas coisas que tinha observado (ele usa a expressão "eu vi").
3:16-22—A injustiça—Como rei, Salomão podia perceber facilmente qualquer injustiça, e neste texto é óbvio que ele se refere ao que ele tinha visto no mundo em geral, além de sua jurisdição:
(1) Como normalmente reagimos quando testemunhamos uma injustiça contra pessoas inocentes?
(2) Salomão usa as palavras "fiquei pensando... também pensei" para apresentar ambas as suas reações (vv. 17, 18).
a. Qual é a sua primeira reação? (v. 17)
b. Qual é a sua mensagem para nós?
c. Qual é a sua segunda reação? (v. 18)
d. Por que ele diz que isso é um "prova" de Deus?e. Responda as seguintes perguntas sobre essa prova:
- O que os homens pensam sobre o seu destino? (v. 19)
- O que pode ter levado alguns a não temer o juízo de Deus na vida futura? (leia a primeira pergunta que começa com a palavra "quem?" no v. 21)
- O que pode ter levado alguns a se concentrarem somente nesta vida? (leia a segunda pergunta que começa com a palavra "quem?" no v. 22)
4:1-3—A opressão
(3) O que Salomão viu em seguida? (v. 1)
(4) Você já testemunhou esse tipo de opressão em primeira mão? Se você respondeu "não", consegue pensar em um exemplo de opressão que você viu recentemente nos noticiários?
(5) Qual foi (ou seria) sua reação?
(6) Qual foi a reação de Salomão? (vv. 2-3)
(7) Você não acha que essa visão da vida é pessimista demais? Por que ou por que não?
(8) Por que ele não repete a reação que teve em 3:17?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão. Quem pode dizer se o fôlego do homem sobe às alturas e se o fôlego do animal desce para a terra?” (NVI-PT) (Ecl. 3:20-21)
Além de falar sobre a providência de Deus sobre as atividades humanas (mencionada anteriormente no capítulo), Salomão agora expressa sua fé no juízo de Deus, provavelmente uma referência a algum evento que ocorre após esta vida (v. 17 e v. 11). Assim, ele conclui que o fato de que tantos os humanos como os animais “vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão” (v. 20) é um teste estabelecido por Deus (3:18).
Vemos que, de fato, as noções de que humanos e animais são iguais e de que não há vida após a morte são populares em muitas culturas, e até mesmo em muitas religiões. Se discordarmos, eles provavelmente nos fariam a mesma pergunta que Salomão faz em seu nome: "Quem pode dizer se o fôlego do homem sobe às alturas e se o fôlego do animal desce para a terra?" (3:21).
O resultado dessa noção é, naturalmente, o existencialismo – uma vida que se concentra exclusivamente nesta vida, no presente. Parece que até mesmo Salomão teve dificuldade em convencer esses existencialistas, uma vez que ele faz a pergunta: "Pois, quem poderá fazê-lo ver o que acontecerá depois de morto?" (3:22).
Esse problema é agravado ainda mais por sua observação de que os oprimidos só podem derramar lágrimas, porque nesta vida eles não têm consolador nem ajuda (4:1). Assim, os mortos são mais felizes do que os vivos, e ainda melhores são aqueles que nunca nasceram (4:2-3), ou pelo menos assim parece.
No
entanto, o próprio fato de que os injustos e os opressores muitas vezes
ficam impunes nesta vida é o que torna necessária uma vida após a morte e
um julgamento divino por Deus, o Criador. Além de isso ser uma mensagem
central de toda a Bíblia, o VT muitas vezes se refere a Deus como o Juiz
de toda a humanidade, especialmente nos Salmos (Sl 7:11; 58:11; 75:7;
76:9; 82:8).
No NT, tanto Romanos 14:10 quanto 2 Coríntios 5:10 falam sobre o “tribunal” de Cristo, e o livro de Apocalipse nos dá a imagem mais nítida de como será o juízo de Deus na segunda vinda de Cristo:
“Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado ... Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros ... Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (NVI-PT) (Apocalipse 20:11-15).
4:4-6—Trabalhar ou não trabalhar
(1) Até Salomão parece estar confuso:
a. É errado trabalhar duro motivado pela inveja (ou seja, participar da correria e competição do mundo)? Por que ou por que não?
b. Por que isso é vaidade e correr atrás do vento ?
c. Portanto, o que devia motivar uma pessoa a trabalhar duro?
d. Por que a paz de espírito é melhor do que o trabalho duro?
e. Qual é a diferença entre paz de espírito e “cruzar os braços”?
4:7-12—Nenhum "Caveleiro Solitário"
(2) Algumas pessoas decidem ser cavaleiros solitários. Esse é o caso da pessoa que Salomão contemplou? (v. 8)
(3) Como essa pessoa ficou rica? (v. 8a)
(4) Embora o texto original não contenha as palavras "ele sequer perguntava" (NVI-PT) ou "e não diz" (ARC) no v. 8c, Crenshaw é de opinião que a interpretação dessas traduções é a corretas, e não aquela dada na NVT: "A certa altura, porém, ele se pergunta" (Crenshaw, 110). Por que a pessoa não faz essa pergunta?
(5) Em seguida, Salomão salienta os "benefícios" de não ser um cavaleiro solitário:
a. Por que é melhor trabalhar em equipe? (v.9)
b. O v. 10 usa a analogia de uma jornada na qual existe o perigo de cair num poço. Como podemos aplicar essa metáfora a nós hoje?
c. O v. 11 é outra analogia baseada nas condições de viagem na antiguidade, quando os viajantes muitas vezes tinham que dormir na beira da estrada. Como podemos aplicar essa metáfora a nós hoje?
d. O v. 12 continua com a mesma analogia, mas esta vez se refere a viajantes que são surpreendidos por ladrões. Como podemos aplicá-la no nosso contexto atual?
e. Se aplicarmos essa analogia aos cristãos, quem é a "terceira" pessoa que completa o cordão?
4:13-16—Você é sábio, e daí?
(6) Os v. 13-15 comparam certo rei sábio com um rei tolo:
a. Que característica do velho rei mostra que é tolo? (v. 13)
b. Que aspecto desse jovem e sábio rei é tão especial? (v. 14)
(7) O rei sábio conseguiu conservar intacta a sua popularidade? (v. 16)
(8) Em vez de tirar a mesma conclusão que Salomão, que lição podemos aprender do destino desse rei sábio?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem?" (NVI-PT) (Ecl. 4:8)
Muitas pessoas, mesmo na igreja, vivem presas na agitação do mundo, priorizando seu trabalho e carreira. Isso muitas vezes os leva a sacrificar sua intimidade com o Senhor, sua vida familiar e até mesmo sua vida na igreja. Ao nos lembrar que os relacionamentos são o presente mais precioso de Deus, Salomão usa o exemplo de uma pessoa solitária para nos advertir contra o erro de encontrar nossa identidade em nossa busca pela riqueza ou em nossa carreira.
Não faço ideia se o homem de quem Salomão falou se tornou uma pessoa solitária por escolha própria; também é possível que ele não tivesse irmãos e, por alguma razão, também não tivesse filhos. No entanto, o que é óbvio é que, para ele, trabalhar e ganhar dinheiro consumia toda a sua vida; Salomão comenta: “contudo, de todo o seu trabalho não há fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas;” (4:8). Ele não para por aí, mas faz uma pergunta em nome do homem (o texto hebraico original não inclui as palavras "ele se pergunta" [NVT]), uma pergunta que, de acordo com a opinião de Crenshaw, o homem "sequer perguntava" (NVI-PT):
"Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem?"
Por que será que o homem nunca se fez essa pergunta. Bem, talvez a resposta seja uma das seguintes: (1) Ele tinha ficado tão ocupado que nunca parou para examinar sua alma e se perguntar por que ele fazia tudo isso; (2) Ele sabia a resposta o tempo todo, mas nunca quis enfrentar a verdade! Acho que ambas as respostas descrevem a maioria daqueles que estão "viciados no trabalho".
Gostaria de compartilhar com vocês a seguinte história de Stephen Arterburn:
“A noite em que tive a grande honra de ganhar o Prêmio de Empreendedor do Ano (também chamado de Prêmio Empreendedor Socialmente Responsável) apresentado pela Inc. Magazine, Merrill Lynch e Ernst and Young foi uma experiência que jamais esquecerei. Foi emocionante aceitar o prêmio enquanto a minha esposa e minha equipe maravilhosa me aplaudiam. Eles foram os que tornaram possível essa vitória; embora seus nomes não estivessem escritos no prêmio, eu sabia a verdade, e eles também! Uma vez que eu fui o primeiro a receber um prêmio, depois dos aplausos e da adrenalina, relaxei para ouvir os discursos de aceitação dos outros premiados.
"Um dos homens tinha chegado ao evento de premiação acompanhado de sua família. Quando o apresentador anunciou seu nome, houve uma onda de aplausos educados, e nada mais . Ninguém festejou. Ninguém pulou para abraçá-lo. Não havia dúvida de que ele, e mais ninguém, havia ganhado o prêmio. Seu discurso não foi um discurso de aceitação, mas uma desculpa pública à sua esposa e filhos. Ele confessou que tinha se esforçado a vida inteira para ser bem-sucedido, e que agora se arrependia dos jantares tinha perdido e dos jogos que seus filhos tinham assistido sem ele. Ele olhou para o prêmio e disse: 'Mas agora tudo se resume nisso.' Suas palavras pareciam tão vazias quanto sua aparência. Ele tinha concentrado todos os seus esforços em um único objetivo: ser bem-sucedido, e no final não obteve nenhuma satisfação."
(Winning at Work, 12)
5:1-7—Reverência na adoração—Em meio à sua luta para encontrar sentido na vida, Salomão parece recuperar um espírito mais estável que começa a ver as coisas mais da perspectiva de Deus do que de uma perspectiva puramente humanista. Assim, seus ensinamentos se assemelham mais à sabedoria convencional:
(1) Uma atitude de adoração (vv. 1-3)
a. Qual deve ser nossa atitude ao nos aproximarmos da casa de Deus para adorar?
b. Como você pode aplicar isso à sua adoração aos domingos?
c. Normalmente fazemos as seguintes coisas com a boca enquanto adoramos: cantar, orar e ler as Escrituras (e aqueles de nós que são líderes de adoração falam para liderar). À luz disso, o que significa o seguinte?
- não ser precipitado de lábios
- não ser apressado de coração
d. O que acontece quando não guardamos a boca na adoração? (v. 3)
(2) Parece que os israelitas tinham o hábito de fazer votos enquanto adoravam (vv. 4-7).
a. O que normalmente leva uma pessoa a fazer um voto a Deus?
b. É possível pedir algo a Deus sem necessariamente fazer um voto?
c. Qual seria a razão (ou razões) para não cumprir os votos que fazemos diante de Deus?
d. Qual é a consequência de não cumprir os nossos votos diante de Deus? (v. 7; Deuteronômio 23:21-23)
(3) Quer seja diante de Deus ou diante das pessoas, o conselho “fale pouco” (v. 2) é muito bom. Você concorda?
5:8-14—O amor ao dinheiro
(4) O que acontece quando há muitos níveis no governo, especialmente quando esse governo não é democrático? (vv. 8-9)
(5) Portanto, o “dinheiro” é a raiz desse tipo de mal? (v. 10; vide também 1 Tim. 6:10)
(6) Uma das marcas características do "amor ao dinheiro" é a acumulação de bens de consumo (v. 11).
a. Quantos relógios ou pares de sapatos uma pessoa pode usar ao mesmo tempo?
b. Quantos você tem?
c. O que significa o v. 11 para sua vida?
(7) Os efeitos negativos da riqueza (v. 12)
a. Que efeitos a riqueza pode ter no sono (ou na saúde)?
b. Por quê?
(8) Dois outros males ligados à riqueza são mencionados nos vv. 13b-14a (de acordo com a numeração dos versos da versão NVI-PT ):
a. O açambarcamento (v. 13)
- Qual é a definição da palavra "açambarcamento"?
- Como isso prejudica aqueles que o praticam? Por quê?
b. A súbita perda da riqueza (v. 14)
- O que poderia causar a perda repentina de uma fortuna?
- Na antiguidade, quando a terra e os meios de subsistência eram transmitidos de geração em geração, quão ruim seria não ter mais nada para deixar aos filhos?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Quando você for ao santuário de Deus, seja reverente. Quem se aproxima para ouvir é melhor do que os tolos que oferecem sacrifício sem saber que estão agindo mal." (NVI-PT) (Ecl. 5:1)
Lembro-me de que quando era adolescente visitei um de meus bons amigos em outra igreja durante a semana. Ele frequentava uma igreja da alta tradição anglicana. Uma vez que era dia de semana, estávamos conversando no santuário. Enquanto conversávamos, andei pela igreja e com curiosidade observei o desenho de seu interior; Sem que eu soubesse, entrei na área do púlpito/altar, e uma diaconisa gritou para mim, ordenando que eu descesse. Na época, pensei que ela estava sendo legalista.
Depois de muitos anos, ainda acredito que a verdadeira adoração é uma questão do coração, e como Jesus explicou para a mulher samaritana, o tipo de adoradores que o Pai procura são aqueles que O adoram em espírito e em verdade (Jo 4:23). No entanto, isso não significa que podemos abordar nossa adoração de maneira casual e menosprezar a casa de adoração. Deus continua sendo o Deus Santo, e o lugar onde O encontramos de maneira corporativa continua sendo a casa de Deus. Portanto, a advertência dada por Salomão a respeito de nossa atitude ao nos aproximarmos de Deus em Sua casa ainda é importante hoje, e talvez ainda mais importante.
Com frequência chegamos ao culto ne domingo com a mentalidade de que se trata de uma função social, uma vez que ele nos dá a oportunidade de ter comunhão com nossos irmãos e irmãs em Cristo. Embora a comunhão seja algo bom, não é a razão principal pela qual vamos à igreja no domingo. Vamos à igreja para adorar e louvar ao nosso Santo Deus, em cuja presença devemos vigiar os nossos passos, e para ouvir em vez de falar (5:1). E quando falamos (seja na forma de orações, hinos ou leituras das Escrituras), não devemos fazê-lo com pressa, mas com significado.
Tudo isso requer um coração quieto e preparado. Conversar com outras pessoas antes do culto não ajuda; estar ocupado pouco antes do culto é ruim, mas ainda pior é chegar atrasado para o culto!