Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Isaías no Velho Testamento.
O Senhor, ao anunciar as boas novas — "Aqui está o seu Deus" — Seu grande plano de salvação — confrontou Seu povo com a pergunta: "Com quem vocês me vão comparar?" (v. 25) a fim de convencê-los a confiar somente nEle, apesar de seu pecado e do juízo que ainda experimentariam:
40:12-14—A incomparável sabedoria de Deus
(1) Mesmo com a tecnologia avançada que temos hoje, quanto sabemos sobre os oceanos, os céus (o universo), o pó da terra (a terra) e as montanhas?
(2) À luz das grandes dificuldades enfrentadas por aqueles que estudam o fundo do oceano (pense, por exemplo, na dificuldade para encontrar o voo MH370 perdido da Malásia), como você responderia às perguntas nos vv. 12-13?
(3) De acordo com os vv. 13-14, qual é o propósito dessas perguntas?
(4) Portanto, como você pode aplicar as respostas nos vv. 13-14 à maneira como Deus se relaciona com Israel e com as nações e ao plano final de salvação por meio de "Emanuel"?
40:15-20—A incomparabilidade de Deus em comparação com as nações e os ídolos
(5) A que o Senhor compara as nações?
(6) Que conclusão Ele tira?
(7) Como os ídolos são diferentes de Deus?
40:21-26—“Você não sabe? Você não ouviu?”
(8) O que Deus nos tem revelado sobre o seguinte por meio de Sua criação e de Sua palavra?
a. a identidade do Criador (vv. 22, 26)
b. a identidade daquele que está entronizado para reinar sobre toda a criação
c. a forma da terra
d. a maneira como Ele tem lidado com os governantes do mundo
(9) Portanto, que resposta devemos dar à pergunta no v. 25?
(10) O que significa o termo "o Santo"?
40:27-31—“Será que você não sabe? Nunca ouviu falar?" — A aplicação:
(11) Que conclusão podemos tirar do exposto neste capítulo? (v. 28a)
(12) Qual poderia ser o motivo da queixa de Jacó? (v. 27)
(13) O que Jacó deveria saber e fazer em vez de reclamar? Por quê? (vv. 28-31)
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Quem mediu as águas na concha da mão, ou com o palmo definiu os limites dos céus? Quem jamais calculou o peso da terra, ou pesou os montes na balança e as colinas nos seus pratos?" (NVI-PT) (Isaías 40:12)
O desaparecimento do avião de passageiros da Malásia (MH370) no dia 8 de março de 2014 foi, sem dúvida, uma grande tragédia. Até hoje, nove meses após seu desaparecimento, ele ainda não foi encontrado. No entanto, durante as primeiras semanas após o desaparecimento, não só os familiares e amigos dos passageiros, mas também as autoridades e cientistas tinham confiança de que conseguiriam localizá-lo rapidamente e sem grandes dificuldades, uma vez que era (como alguns diziam) "um objeto tão grande". Esse otimismo foi um resultado direto da confiança do homem em sua tecnologia avançada: se já conseguimos escalar as montanhas da lua e chegar a Marte, também seria fácil alcançar as profundezas de qualquer oceano da Terra.
No entanto, à medida que os dias se transformaram em semanas e as semanas em meses, esse otimismo deu lugar ao reconhecimento da seguinte realidade:
“Existem espaços vastos e desconhecidos que os humanos ainda não exploraram. Claro, o espaço ainda é praticamente desconhecido. Mas alguns dos lugares mais interessantes e difíceis de acessar estão muito mais perto de casa. Estão no fundo do oceano. Somente uma pequena porcentagem do fundo do oceano já foi estudada. Por quê? Porque os seres humanos não podem viajar abaixo da superfície da água sem usar veículos especiais. A pressão da água é muito grande. A escuridão total e o frio extremo tornam tudo ainda mais difícil."
(Earth Science in Maine)
Enquanto continuamos a orar pela busca do avião desaparecido e pelas famílias de seus passageiros, devemos também aprender, mais uma vez, a nos humilhar diante do Deus Criador e confessar nossa arrogância, uma vez que “diante dele todas as nações são como nada” e em nosso estado pecaminoso somos considerados “sem valor e menos que nada” (40:17).
A mensagem da incomparabilidade de Deus continua com a ênfase de que Ele é o Mestre da história humana: Ele tinha levantado (ou suscitado) uma potência mundial do Oriente que ele identifica em 44:28 e 45:1 como Ciro, o rei da Pérsia.
41:1-7—As nações são desafiadas a julgar
(1) Ainda no período assírio, o Senhor profetiza claramente (por meio de Isaías) sobre a ascensão de Ciro. A época de Isaías foi seguida pelo período babilônico, e logo pelo período persa; isso quer dizer que a profecia chegou mais de 150 anos antes dos eventos:
a. O que Ciro faria com as nações do mundo? (vv. 2-3)
b. Como as nações responderiam à invasão de Ciro? (vv. 5-7)
(2) Os eventos históricos (como a ascensão de Ciro) acontecem por acidente? (v. 4)
(3) Como isso mostra quem é Deus? (v. 4)
(4) Como essa profecia devia silenciar essas nações idólatras?
(5) Como esta profecia devia silenciar todos os deuses e ídolos do mundo?
41:8-20—Consolação para Israel: Enquanto as nações temem e tremem diante de Ciro, o Senhor pede a Israel que não tenha medo, dando as seguintes razões:
(6) Vv. 8-10: Eles são diferentes das nações
a. Quem é o povo de Israel para Deus? (vv. 8-9)
b. Por que eles não deviam temer? (v. 10)
(7) Vv. 11-16: Deus é sua ajuda
a. O que aconteceria com aqueles que se opusessem a eles? (vv. 11-12)
b. Por quê? (v. 13)
c. O que Israel se tornaria para seus inimigos? (vv. 15-16)
d. À luz disso, por que o Senhor ainda chama Jacó de “verme” e Israel de “pequeno”? (v. 14)
(8) Vv. 17-20: Pobre e necessitado
a. Como podemos entender a condição espiritual de Israel em seu sofrimento sob o juízo de Deus?
b. O que sugere a promessa de que “eu, o Senhor, lhes responderei"?
c. O que mostram as imagens nos vv. 18-19 sobre as bênçãos que o povo iria experimentar?
d. Qual é o propósito da obra milagrosa de Deus em resposta às suas orações? (v. 20)
41:21-29—Um desafio para as nações e seus ídolos
(9) Que desafio o Senhor faz aos ídolos nos vv. 22-23?
(10) Que mensagem está por trás deste desafio? (v. 24)
(11) O Senhor chama sua atenção ao fato de que Ele é quem anuncia e suscita Ciro (para executar Seu juízo contra as nações); ele também prediz o envio de um mensageiro que trará boas novas de salvação a Sião (vide 40:9):
a. Em ambos os casos, o que O torna diferente dos ídolos?
b. Em ambos os casos, o que torna o cristianismo diferente das outras religiões?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
" 'Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei', declara o Senhor, seu Redentor, o Santo de Israel." (NVI-PT) (Isaías 41:14)
Na continuação de sua mensagem de "consolação" (40:1) a Israel, o Senhor os exorta repetidamente no capítulo 41 (vv. 10, 13 e 14) a não terem medo; as razões que Ele dá são muito comoventes e incluem o seguinte:
- Israel é especial porque Ele o escolheu para ser Seu servo e são descendentes de Seu amigo Abraão (41:8).
- Apesar de seus sofrimentos nas mãos das nações por causa de seus pecados, Ele ainda está com eles e continua sendo seu Deus (41:10).
- Ele os tomará pela mão direita, quer dizer, Ele será sua força (41:13).
A mensagem de consolação continua com a promessa de Deus de transformar o povo em um “um debulhador novo e cortante” que esmagará seus inimigos até eles virarem palha, apesar de serem fortes e poderosos como montanhas e colinas (41:15-16). No entanto, antes de dar-lhes essa promessa, Deus salienta que eles são “o verme Jacó” e o “pequeno Israel” (41:14) . Em outras palavras, o que conquista seus inimigos nunca é sua força, mas sempre a obra do Senhor.
Em nossos dias, quando buscamos ganhar o mundo para Cristo gostamos de pensar que precisamos ter mais cristãos entre os bem-sucedidos, os poderosos e os eruditos, sem entender que por nós mesmos permanecemos “o verme de Jacó, ó pequeno Israel". Se experimentarmos sucesso ao fazer alguma coisa para Cristo, será somente pela obra do Espírito Santo. Sem Sua ajuda somos um prejuízo para a obra do Reino em vez de ser um bem.
Este capítulo apresenta mais detalhes sobre o "servo" que trará justiça às nações:
42:1-9—O servo
(1) Que aspectos deste "servo" (mencionados no v. 1) são apresentados, e qual é a Sua missão?
(2) Normalmente associamos a noção de fazer justiça com a autoridade e o poder; no entanto, o que os vv. 2-3 enfatizam sobre este servo? Por quê?
(3) Onde o mundo (simbolizado pelas ilhas) colocará sua esperança? Por quê? (v. 4)
(4) Ao enfatizar que Ele é quem chamou esse servo, o que o Senhor enfatiza sobre Si mesmo? Por quê? (v. 5)
(5) A missão deste servo é muito diferente da de qualquer servo de Deus do Velho Testamento (vv. 6-7). Como essa missão é cumprida na pessoa de Jesus Cristo com respeito ao seguinte?
a. uma (nova) aliança (Lucas 22:20)
b. uma luz para os gentios (Mateus 4:13-16)
c. abrir os olhos aos cegos, libertar os cativos e livrar os presos (Mateus 11:5; Lucas 4:21)
42:10-13—Um chamado para louvar
(6) Quem é chamado para louvar? (vide a Nota abaixo)
(7) Por que eles são chamados para cantar um cântico "novo"?
42:14-17—É hora de agir
(8) Por que o Senhor tinha ficado em silêncio? Por que Ele se conteve, sem executar o Seu juízo? (Êxodo 34:6)
(9) De quem Ele terá misericórdia e quem Ele julgará? (vv. 16-17)
42:18-25—Israel, o servo cego
(10) Por que o Senhor diz que Israel é o servo cego e surdo? (v. 20)
(11) Que desejo de Deus não foi cumprido por esse servo? (vv. 21, 24)
(12) Quão embotado é o coração desse servo? (v. 25)
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
De acordo com Keil e Delitzsch, Selá se refere cidade de pedra de Edom, e Quedar às tribos árabes que tinham uma morada fixa (e não os "bedu", quer dizer, os beduínos nômades).
(vide K&D, 419)
“Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante." (NVI-PT) (Isaías 42:2-3)
Ao dar mais detalhes sobre Seu "servo" (o Messias) e Sua missão, o Senhor enfatiza três vezes que Sua missão seria trazer justiça à terra (vv. 1, 3 e 4). Isso pode nos parecer estranho, uma vez que pensamos que Sua missão deveria se concentrar na salvação. Talvez a razão desse mal-entendido seja a influência da definição que o mundo dá à palavra justiça.
Normalmente pensamos em justiça em termos de equidade, imparcialidade, estar certo ou estar certo; também o relacionamos à ação de recompensar ou castigar aquele que o merece. Aliás, essa definição é muito parecido com a do Dicionário Webster, que define a palavra como "o uso da autoridade e do poder para defender o que é certo, justo e legal".
É por isso que o símbolo da administração da justiça com frequência é representado por uma deusa (normalmente com os olhos vendados) que segura uma balança e uma espada.
Mas o Dicionário Webster tem outra definição da justiça que vai além da primeria, pois se refere à justiça como "a qualidade de ser justo". Essa definição é mais parecida com a noção bíblica da justiça. Em termos bíblicos, a justiça sem dúvida inclui os conceitos expressos na primeira definição de Webster; no entanto, a Bíblia está ainda mais interessada em estabelecer um povo que possua "a qualidade de ser justo". Isso significa mais do que simplesmente fazer a coisa certa; também pressupõe um relacionamento correto com Deus, sem o qual ninguém é justo, pois ninguém pode fazer a coisa certa (Ecl.7:20)
Portanto, com frequência a palavra grega usada no Novo Testamento para se referir à justiça é traduzida como "reto" ou "justificado", a missão central do Messias/Servo em Isaías 42.
Ao contrário das noções do mundo, a missão do Messias não é fazer justiça por meio de Sua autoridade e poder, ou por meio de protestos, manifestações, gritos ou clamor. Isaías diz: "Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas" (42:2). Isso não é, definitivamente, um indício de concessões, tolerância ao pecado, inação ou timidez. Pelo contrário, isso descreve quem Ele é — um Messias de mansidão e brandura (Mateus 11:28-29).
Quando entendemos que o verdadeiro inimigo da justiça é o pecado — o seu e o meu, não nos atrevemos a exigir justiça, uma vez que se você e eu recebêssemos o que merecemos, estaríamos no inferno! Os caniços rachados e os pavios fumegantes não são as vítimas da injustiça, mas os autores da injustiça. Como pecadores, já fomos oprimidos e esmagados pelo pecado, como um caniço rachado e um pavio fumegante; a única coisa que nos espera a condenação eterna. Mas em vez de exercer Seu poder e autoridade para julgar e castigar, Cristo veio para sofrer as consequências da nossa injustiça e morrer na cruz, para que por meio da fé nEle, pudéssemos receber Sua justiça (Rm 3:22).
Esse é o tipo de justiça que Deus traz!
Depois de apresentar o Messias que trará justiça, o oráculo volta ao tema de "não temer" mencionado no capítulo anterior:
43:1-7—Não temas
(1) Os v. 1 e 7 são usados como um recurso literário conhecido como "inclusão". O que é repetido nesses dois versículos, e o que isso significa?
(2) A primeira razão que Ele deu ao assegurar a Israel que não precisavam temer é que já foram redimidos:
a. O que significa a palavra "remido" (ARC)?
b. Que evento histórico é usado no v. 3 como exemplo de sua redenção no passado?
c. Em última análise, o que Deus tinha dado como resgate por Israel (e pelo mundo)? (Mt. 20:28)
(3) A segunda razão que Deus deu foi o fato de Ele ter chamado o povo pelo Seu nome: o que isso significa?
(4) Além disso, Deus lhes prometeu que estaria com eles. Isso quer dizer que eles não precisariam passar por provas severas? Qual é, então, a essência dessas promessas?
(5) Em seguida, o Senhor baseia todas essas promessas em duas verdades muito importantes:
a. A Sua própria identidade — o que Ele lembra a Israel sobre Sua identidade? (v. 3) Quão importante é isso?
b. A identidade do povo — de acordo com o v. 4, quem são eles? Como você pode aplicar isso à sua vida?
(6) Finalmente, o Senhor lhes assegura sobre o futuro (vv. 5-6):
a. Como essa promessa será cumprida literalmente para Israel?
b. No entanto, nas palabras de Young, “num sentido muito mais profundo, o Senhor fala a todos os que estão longe, àqueles que só podem ser levados ao verdadeiro Monte Sião pela obra misericordiosa do Senhor... refere-se ao ajuntamento espiritual de pecadores perdidos em Jesus Cristo.” (Young, Vol. 3, 144-5):
- Portanto, você já foi chamado a Cristo?
- O que significa para você ter sido criado para Sua glória?
43:8-13—Israel é chamado para ser Sua testemunha
(7) Como a maneira como Deus tinha tratado Israel no passado o distinguia dos deuses das nações?
(8) Em que sentido Israel é Sua testemunha?
43:14-24—Israel, a testemunha infiel
(9) É óbvio que Israel fracassou em sua missão de ser testemunha de Deus (vv. 16-17); agora ele pede ao povo “não se lembrar das coisas anteriores” (v. 18) e olhar para o novo:
a. O que é a coisa nova mencionada nos vv. 14-15 e vv. 19-20?
b. Como o povo devia dar testemunho de Deus? (v. 21)
(10)
Os vv. 22-24 são profecias que provavelmente se referem a seu futuro
exílio na Babilônia, um período durante o qual o povo não teria a oportunidade de
adorar ao Senhor com a apresentação de sacrifícios de animais ou de grãos, nem com a queima de incenso (vide K&D 430):
a. Eles se sentiriam sobrecarregados ou cansados de não poderem adorar ao Senhor num país estrangeiro? Por que ou por que não?
b. Apesar de eles não se sentirem sobrecarregados ou cansados, o que eles teriam feito para sobrecarregar e cansar o Senhor?
43:25-28—Esquecer ou não esquecer?
(11) Enquanto no v. 18 ele pediu ao povo que esquecesse as coisas anteriores, no v. 26 pediu que se lembrassem do passado para Deus. Portanto, quais coisas deviam esquecer e quais deviam lembrar?
(12) Nesta narração de seu passado, Deus reitera seu juízo no v. 28. No entanto, por que esse pronunciamento é precedido pela promessa do v. 25?
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu." (NVI-PT) (Isaías 43:1)
Quando ouvi uma irmã compartilhar sobre sua experiência num campo de refugiados em Hong Kong durante a Guerra do Vietnã, ganhei uma compreensão mais profunda do amor e da esperança que são resumidos no versículo acima.
Ela tinha escapado de Saigon num barco com sua família numa viagem na qual tiveram pagar uma grande quantidade de ouro e arriscar uma terrível jornada no mar. Eles acabaram sendo encontrados no mar por um transatlântico que os deixou na costa de Hong Kong.
Junto com centenas de outros refugiados, eles esperaram ser adotados por igrejas no Ocidente. Uma vez que eles eram cristãos, oravam fervorosamente a Deus pela oportunidade de serem adotados. No entanto, os dias se transformaram em semanas e as semanas em meses, e depois de mais de um ano, sua vez ainda não tinha chegado.
Todos os dias, o alto-falante anunciava o número daqueles cuja espera já havia terminado. Imagine a ansiedade que ela e sua família sentiam diariamente enquanto escutavam atentamente, esperando ouvir seu número, só para ficarem decepcionados de novo.
Certo dia, depois de um ano, esta família que já estava acostumada à decepção escutava mais uma vez os números que estavam sendo anunciados naquele dia. Para sua grande surpresa, seu número foi chamado. No entanto, seu primeiro pensamento foi: "Será que ouvimos corretamente?" Em seguida, eles correram para o escritório onde estava a lista dos números do dia. Para seu grande alívio, seu número estava na lista. Eles realmente tinham sido "chamados". É fácil imaginar as lágrimas de alegria e gratidão que escorriam pelos seus rostos.
Irmãos e irmãs, o Senhor pede que não tenhamos medo, dizendo: “eu o chamei pelo nome; você é meu” (43:1). Nós não somos resgatados de um campo de refugiados; somos resgatados do pecado e do inferno. Não somos levados para um lugar que simplesmente é melhor; recebemos a vida eterna na presença de Deus. Nós pertencemos a Ele! Você já se perguntou por que dentre os bilhões de pessoas neste mundo, você foi chamado pelo nome para se tornar um dos Seus?
Embora a mensagem anterior termine com palavras de juízo, a mensagem de consolação continua, e mais uma vez o Senhor dá razões para animar Israel a não ter medo:
44:1-8—A promessa de derramar o Seu espírito
(1) Mais uma vez, a consolação começa com a lembrança do relacionamento especial que há entre Israel e seu Deus:
a. Além de repetir que Jacó é Seu servo e que Ele os tinha escolhido e formado, o que o Senhor acrescentou para lembrá-los de quão especiais eles eram para Ele? (vv. 1-2)
(2) Desta vez, Deus prometeu derramar Seu Espírito.
a. Sobre quem o seu Espírito seria derramado? (v. 3)
b. Qual seria o resultado dessa bênção? (vv. 4-5)
c. Em que se baseava a certeza desta promessa? (v. 6)
d. Por que, então, o povo não devia ter medo? (v. 8)
44:9-20—A inutilidade das nações idólatras
(3) Enquanto o Senhor lembra Israel de Sua incomparabilidade, Ele zomba da inutilidade daqueles que confiam nos ídolos:
a. Por que os que confiam em ídolos serão envergonhados? (vv. 9-11)
b. Como o Senhor ridiculariza aqueles que fazem ídolos de metal? (v. 12)
c. O Senhor usa mais ilustrações para ridicularizar aqueles que fazem ídolos de madeira, pelas seguintes razões:
- O carpinteiro gasta muito tempo e esforço mental para fazer ídolos (vv. 13-14)
- A mesma lenha que é queimada (usada como combustível para cozinhar) é usada para fazer ídolos, diante dos quais o carpinteiro se curva e adora (vv. 15-17).
Por que as pessoas seriam tão cegas a ponto de adorar o que suas próprias mãos fabricaram? (vv. 18-20)
44:21-28—Um chamado para voltar
(4) Ao chamá-los de volta a Si mesmo, o que Deus acrescenta aqui para lembrar a nação de quão especiais eles são para Ele?
(5) Jeová declara: "Eu os redimi" e chama o povo de volta a Ele:
a. Como ele conseguiu redimi-los sem eles terem oferecido sacrifícios para redimirem a si mesmos? (53:10)
b. Qual é o resultado do sacrifício expiatório de Cristo? (v. 22)
c. Qual é a resposta adequada a essa incrível redenção? (vv. 22-23)
(6) Ao assegurá-los sobre a certeza da redenção, o Senhor irrompe num cântico sobre quem Ele é e o que Ele tem feito por Israel. Qual das seguintes verdades teria significado mais para Israel (vv. 24-28)?
a. Ele é o Criador
b. Ele frustra falsos profetas e adivinhadores
c. Ele frustra os sábios
d. Ele vindica Seus servos e mensageiros
e. Ele restaurará Jerusalémf. Ele seca o mar
g. Ele levanta o rei persa, Ciro, para reconstruir Seu templo (O evento mencionado aqui aconteceu em Esdras 1:1-4, mais de 150 anos após a época de Isaías.)
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, os seus pecados. Volte para mim, pois eu o resgatei." (NVI-PT) (Isaías 44:22)
Muitas pessoas gostam do clima da região da Baía de São Francisco. Não fica muito frio no inverno, nem muito quente no verão. A única reclamação que tenho ouvido várias vezes é que às vezes pode ter muita neblina. Isso tem provocado muitos atrasos nos voos e pode ser bastante irritante. Mas eu gosto também da neblina de São Francisco, porque para mim ela tem sido rico em lições espirituais.
Eu moro na Baía Norte e, na maioria dos dias, quando o céu fica cheio de nuvens e neblina pela manhã, posso ter certeza de que o céu ficará aberto entre as 10h e 11h da manhã. Isso me lembra a minha vida em Cristo: mesmo como cristãos, temos nosso quinhão de provas e tribulações na vida; no entanto, com Cristo podemos contar com o fato de que, mais cedo ou mais tarde, as nuvens de nossa vida serão dissipadas, e o sol, a própria presença de Cristo, certamente brilhará de novo.
Mesmo quando as provas da minha vida são auto-infligidas, a verdade das palavras de Isaías ressoa em meus ouvidos cada vez que as nuvens se abrem: "Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, os seus pecados" (44:22). Assim é o nosso Deus!
Ciro, o rei gentio levantado por Deus, foi um dos reis mais poderosos da antiguidade. Diz-se que ele "forjou o maior império que o mundo tinha visto até então". No entanto, antes de Ciro chegar ao poder (ou mais precisamente, antes mesmo de ele nascer), Isaías já tinha profetizado sobre ele.
45:1-6—A unção de Ciro
(1) Por que Deus escolheria um rei gentio para realizar Sua vontade, especialmente um rei que não O reconhecesse?
(2) Quão poderoso esse rei se tornaria? (vv. 1-3)
(3) Por que o Senhor diz que Ciro foi escolhido por amor a Jacó (isto é, Israel)? (44:28)
(4) Outra razão para a escolha de Ciro é explicada nos vv. 3 e 6. Leia Esdras 1:1-4 para ver se esse propósito realmente foi alcançado.
45:7-13—A disputa sobre a exaltação de Ciro—Uma vez que o trecho sobre a exaltação de Ciro está inserida no argumento dos vv. 7-13, parece que Deus procura responder a certos desafios contra Seu plano ou Sua decisão:
(5) Em resposta a esses desafios, Deus repete que Ele cria tanto a luz quanto as trevas, a prosperidade e a desgraça (vv. 7-8):
a. O que ele quer dizer com isso?
b. Qual é o propósito final de Deus ao fazer “todas essas coisas”?
c. Sobre qual dos dois as pessoas tendem a desafiar Deus — a luz ou as trevas? Como eles O desafiam quando Ele cria prosperidade ou desgraça?
(6) Quão inapropriado é desafiar a Deus? Por quê? (vv. 9-10)
(7) Parece que o desafio mencionado aqui diz respeito às “coisas vindouras" (v. 11), ou seja, o plano de Deus para o futuro de Israel e do mundo:
a. Por que Israel se oporia à decisão de Deus de suscitar Ciro para reconstruir sua cidade e libertar os exilados?
b. O que motivaria Ciro a fazer isso? (v. 13)
45:14-19—A salvação eterna
(8) Parece que a exaltação de Ciro é um sinal da salvação que o futuro Messias traria, no sentido de que o antigo amo de Israel (Egito, junto com seus parceiros comerciais ou aliados ao longo do rio Nilo) chegará e se prostrará diante do Deus de Israel:
a. Como essa libertação futura é diferente das vezes que o Senhor libertou Israel no passado? (v. 17)
b. O que acontecerá com os inimigos de Deus? (v. 16)
c. Por que os egípcios e outros que virão adorar a Deus junto com Israel dirão que Deus é “um Deus que se esconde”?
(9) Que resposta o Senhor dá aos egípcios? (vv. 18-19)
a. O que Deus procurou ilustrar quando comparou o fato de Ele não ter criado o mundo "para estar vazia" com o fato de que ele não ter falado "numa terra de trevas"?
b. K&D e algumas versões traduzem a expressão “Buscai-me em vão” (ARC) como “Procure-me no deserto”. O que o Senhor procura enfatizar com essa resposta?
(10) O que o Senhor pede que todos os confins da terra façam? (v. 22)
(11) O que eles devem abandonar? (vv. 20-21)
(12) Esta salvação eterna é só para Israel, ou para o mundo inteiro? (vv. 22-25; vide também Fil. 2:10-11)
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Ai daquele que contende com seu Criador ...” (NVI-PT) (Is 45:9)
Deve ser difícil para a mente judaica entender o plano de Deus de usar reis gentios como Seus agentes para castigar os pecados de Israel (primeiro os assírios, que destruíram o reino do norte, e depois os babilônios, que destruíram o reino do sul). Mas é ainda mais difícil entender Seu plano de usar outro rei gentio, Ciro, para libertá-los do exílio e dar-lhes autoridade para reconstruir o templo de Deus.
O Senhor deve ter conhecido de antemão as objeções e perplexidade de Seu povo; é por isso que ele lhes explica que, embora Ele tenha feito isso “por amor de meu servo Jacó” (45:4), seu desejo é que não só Ciro, mas também as pessoas “desde o nascente do sol e desde o poente [saibam] que fora de mim não há outro” (ARC) (45:6).
No entanto, Ele imediatamente repreende o espírito contencioso do povo e se assegura de que eles entendem quem são: eles são simples cacos de cerâmica, mas Ele é o seu Criador! (45:9).
Esse espírito contencioso não é uma característica exclusiva de Israel, pois a raiz desse espírito é a relutância em se submeter a Deus. Por isso, ao repreender esse espírito contencioso de Israel, Deus salienta: “Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas” (45:7).
De fato, não reclamamos quando desfrutamos da prosperidade e somos iluminados pela luz da vida; no entanto, assim que nos deparamos com o infortúnio e precisamos andar na sombra do vale da morte, imediatamente disputamos com Deus: “Por que isso aconteceu? Porque eu?"
Foi com grande paciência que Jeová continuou a mostrar a Israel tudo o que Ele fazia; Ele fez isso para sua "eterna salvação" (45:17) e motivado pelo desejo de que todos os povos voltem a Ele, mesmo aqueles de "todos os termos da terra", para que também sejam salvos (45:22).
Em última análise, nosso problema é o egocentrismo, o mesmo problema que teve Israel. Muitas vezes esquecemos que somos cacos de cerâmica, somente uma pequena parte de um quadro muito maior do plano de salvação que Deus tem para o mundo, e que nosso desejo deve ser o mesmo que o de Deus, para que diante dEle "se dobrará todo joelho" e por Ele "jurará toda língua” (45:23).
No capítulo anterior, Isaías explicou que a unção de Ciro seria por amor de Jacó, e também para o bem de todos os que se irritarem contra o Senhor (45:24), os quais seriam envergonhados. O foco neste capítulo é o que aconteceria com a Babilônia, que seria envergonhada:
46:1-2—A queda dos deuses da Babilônia
(1) Como o Senhor descreve o destino dos “dois deuses mais proeminentes” da Babilônia?
(2) De uma forma muito irônica, o que aconteceu com esses dois deuses que não conseguiram salvar seus adoradores?
46:3-7—Confie em Deus, não nos ídolos — Apesar da destruição que Israel sofreria nas mãos da Babilônia, seria preservado um remanescente (v. 3), e as seguintes palavras são dirigidas a esse remanescente:
(3) Que promessa o Senhor faz ao remanescente, e como Ele os assegura de Sua fidelidade? (vv. 3-4)
(4) Como o Senhor pede ao povo que não confie mais em ídolos? (vv. 5-7)
46:8-13—Uma advertência para a audiência imediata de Isaías — O Senhor encoraja o remanescente no (futuro) exílio, mas repreende a audiência imediata de Isaías, chamando-os de rebeldes (v. 8) e de coração obstinado (v. 12):
(5) O que eles deviam lembrar e manter em mente? (v. 9)
(6) O que eles deveriam ter aprendido do passado? (vide especialmente v. 10)
(7) Uma vez que o propósito de Deus permaneceria firme, Ele afirmou que Ele certamente chamaria Ciro do Oriente (v. 11). Fazendo eco do que foi dito em 45:14-19, qual era o propósito final de Deus em tudo isso?
47:1-15—A queda da Babilônia
(8) O Senhor se dirige a Babilônia como a “Virgem Cidade de Babilônia” e "rainha dos reinos" (talvez porque todos a admiravam por sua beleza e encanto). Usando as mesmas metáforas ele descreve os eventos que aconteceriam com ela. Quais são esses eventos? (vv. 2-3)
(9) As seguintes palavras descrevem a destruição total da Babilônia: "sente-te no chão" (v. 1) e "sente-se em silêncio, entre nas trevas" (v. 5). De acordo com os versículos abaixo, quais são as razões dadas para a vingança de Deus?
a. V. 6
b. V. 7
c. V. 8
(10) De acordo com os seguintes versículos, onde Babilônia tinha colocado sua confiança?
a. V. 9
b. V. 10
(11) Como resultado, o que aconteceria com ela? (vv. 9 e 11)
(12) O Senhor ridiculariza a futilidade de confiar nos astrólogos, nos observadores das estrelas e nos seus conselhos, dando a entender que não poderiam ser salvos do que estava vindo sobre eles (vv. 12-13). Como isso aconteceu, de acordo com Daniel 5:5-9?
(13) A que o Senhor compara esses magos e feiticeiros no v. 14?
(14) Qual é, então, a mensagem para aqueles que consultam os astrólogos hoje?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Todos os conselhos que você recebeu só a deixaram extenuada! Deixe seus astrólogos se apresentarem, aqueles fitadores de estrelas que fazem predições de mês a mês, que eles a salvem daquilo que está vindo sobre você." (NVI-PT) (Isaías 47:13)
Ao profetizar sobre a queda da Babilônia, o Senhor repreende especificamente sua confiança na magia e na astrologia. Ao ler o livro de Daniel, sabemos que “os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos” (Dn 2:2) eram uma classe seleta de conselheiros nos quais os reis babilônicos confiavam. Eram uma parte muito importante da cultura babilônica; assim como Isaías diz, seus feitiços mágicos e seus muitos feiticeiros eram algo com o qual eles tinham "se afadigado desde a infância” (47:12).
Suponho que parte da razão pela qual essas práticas supersticiosas estavam arraigadas na cultura babilônica inclui o seguinte:
- Algumas das práticas, especialmente a astrologia, eram uma espécie de pseudociência que explorava o universo desconhecido: a exploração do vasto universo lhes dava uma sensação de orgulho e conhecimento, enquanto os mistérios do universo lhes davam uma sensação de poder mágico.
- Todas essas práticas foram e continuam sendo manipuladas pelos espíritos, os espíritos malignos. É por isso que Isaías, ao se referir aos seus feitiços, menciona o "grande poder dos teus encantamentos" (47:9); às vezes, esses feitiços podiam até funcionar; no entanto, nunca podiam salvá-los. Eles não os salvou do desastre iminente da queda da Babilônia (um fato histórico revelado claramente em Daniel 5), e com certeza não pôde salvá-los da condenação eterna.
Muitos anos atrás, tive um encontro involuntário com esse tipo de poder enquanto andava com um parente pelas ruas de Hong Kong. Meu parente era uma pessoa muito supersticiosa, e quando se deparou com um cartomante/praticante de Feng Shui, parou para conversar com ele. Sem que eu soubesse quem era, esse amigo dele olhou para mim e disse: "Você experimentará um desastre financeiro quando tiver cerca de trinta e cinco anos".
Isso de fato aconteceu: tive um sério revés financeiro quando tinha cerca de trinta e cinco anos; no entanto, eu nunca tinha permitido que o medo dessa "adivinhação" me escravizasse, porque eu sabia que isso só aconteceria se o Senhor permitisse — e meu relacionamento com o Senhor não depende de eu ser rico ou estar falido! Além disso, quando olho para trás consigo perceber que esse revés financeiro foi para o meu bem e, de forma indireta, me preparou para meu chamado para ser ministro do evangelho em tempo integral uns anos mais tarde.
Efetivamente, posso usar as palavras de José e dizer que a intenção do diabo foi planejar "o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos" (Gênesis 50:20).