Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 57:14–58:14

Esta semana contém 8 dias de devocionais, com os quais completaremos o ano e terminaremos o nosso estudo do livro de Isaías no Velho Testamento.

Apesar da adoração desenfreada de ídolos praticada pelo povo, o trecho anterior termina com um chamado ao arrependimento, que agora é seguido por uma tremenda mensagem de esperança, em 57:14-21:

(1) Esta mensagem de esperança, que começa com as palavras "E se dirá", faz eco do mesmo apelo em 40:3-4. Quem eram aqueles que deviam preparar o caminho agora?

(2) Uma vez que Deus é um Deus tão santo, quem pode habitar com Ele? Por quê? (v. 15)

(3) Uma vez que o povo já estava empenhado em pecar, apesar do juízo de Deus (v. 17), por que Ele ainda escolheu restaurá-las? (v. 16)

(4) Como eles seriam curados? (vv. 18-19)

(5) Como você descreveria um Deus tão santo e sublime?

(6) O que aconteceria se eles decidissem permanecer em seu caminho obstinado? (vv. 20-21)

58:1-12—O verdadeiro jejum—Este chamado ao arrependimento continua com uma exposição da falsa piedade do povo (semelhante à do capítulo 1), com ênfase no jejum que praticava:

(7) 58:1—O mandamento para chorar:

O que significa o mandamento, “Grite alto, não se contenha!”?

(8) 58:2-5 Um jejum sério:

a. Se você pudesse fazer uma breve visita a esse povo, que observações superficiais você faria? Que tipo de relatório você levaria para sua congregação? (vv. 2-3)

b. Quão seriamente jejuavam? (v. 5)

c. O que eles faziam enquanto jejuavam? (v. 3b-v. 4)

d. Portanto, qual era o seu propósito em jejuar?

(9) 58:6-7; 9b-10aO verdadeiro jejum

a. O que é “o jejum que eu [o Senhor] escolheria”?

b. Como você chamaria tais obras exigidas pelo Senhor?

c. Por que, então, o Senhor as chama de “jejum”?

(10) 58:8-9a; 10b-12A promessa de "luz" é repetida e menciona-se que ela é a recompensa para o povo pelos seus atos de justiça social e cuidado com os necessitados:

a. Qual é o propósito da “luz, e por que o profeta enfatia que ela é a recompensa pelo “verdadeiro jejum”?

b. O que acompanharia o alvorecer de sua luz? (vv. 8-9a)

c. O que acompanharia o despontar de sua luz nas trevas? (vv. 10b-12)

d. Você chamaria esse resultado de "recompensa"? Por que ou por que não?

(11) 58:13-14—A verdadeira piedade: É óbvio que a justiça social e o cuidado com os necessitados são simplesmente expressões de um relacionamento verdadeiro com Deus.

a. Qual devia ser a atitude do povo com relação ao seu dia santo, o sábado?

b. Como eles deviam expressar isso?

c. Que promessa o Senhor lhes fez?

d. Quão importante era isso para Israel (na época de Isaías, e também agora)?

(12) O povo ainda precisaria jejuar se atendessa a todas os advertências acima? Por que ou por que não?

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O
verdadeiro jejum

"O jejum que desejo não é este?" (NVI-PT) (Isaías 58:6)

Gostaria de compartilhar as seguintes reflexões de João Cassiano (360-435) sobre esta passagem de Isaías 58 sobre o jejum, nas quais ele salienta que o jejum é um assunto "indiferente", quer dizer, ele não tem nenhum valor intrínseco, mas está associado à finalidade para a qual é exercido:

“E disso também se mostra muito claramente que trata-se de um assunto indiferente, uma vez que, assim como ele traz justificação* quando é observada, não traz condenação quando é violada, a menos que aquilo que resultar em castigo for a transgressão de algum mandamento (e não o consumo do alimento)... Porque tudo o que é ordenado de forma absoluta, quando não é cumprido, traz a morte; mas tudo o que recomenda-se que façamos, sem que seja uma obrigação, é útil quando é feito, e quando não é feito não traz castigo. Portanto, no caso de todas ou algumas dessas coisas, nossos predecessores nos mandaram fazê-las com reflexão, ou observá-las cuidadosamente quanto à sua razão, lugar, modo e tempo, pois se alguma delas for feita de maneira adequada, será apropriado e conveniente, mas se for incongruente, torna-se insensato e prejudicial... Mas para aqueles homens, estas coisas também serão consideradas más, devido à sua tola exibição de palidez, aqueles de quem a palavra do Evangelho nos diz que já receberam sua recompensa nesta vida, e cujo jejum o Senhor condena por meio do profeta. Em cuja pessoa Ele se opôs primeiro, dizendo: 'Por que jejuamos', dizem,‘e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste?' (Isa.58:3) e em seguida respondeu com uma explicação das razões pelas quais eles não eram dignos de serem atendidos:

"’Contudo, no dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus empregados. Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto. Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor?' (Isa. 58:3-5) (NVI-PT).

Depois disso, ele ensina como a abstinência daquele que jejua pode se tornar aceitável, afirmando claramente que o jejum não pode ser bom por si só, mas somente quando for acompanhado pelo seguinte:

'O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá você gritará por socorro, e ele dirá: 'Aqui estou' (58:6-9a) (NVI-PT).

"Assim, o Senhor de modo algum considera o jejum como algo que é boa devido à sua própria natureza, pois ele não se torna bom e agradável diante de Deus por si mesmo, mas por outras obras e, mais uma vez, dependendo das circunstâncias que o cercam, pode até vir a ser considerado não só como vão, mas como realmente odioso, como diz o Senhor: 'Quando eles jejuarem, não ouvirei o seu clamor' (Jr.14:12).”
(NPNF,
Second Series, Vol. 11, 508-9)

*Embora o autor use aqui o termo “justificação”, não se deve pensar que Cassiano procurou ensinar a salvação pelas obras: “Para Cassiano, a salvação é, do começo ao fim, efeito da graça de Deus. É completamente divino. Salvação” (Lauren Pristas).

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 59:1–21

Poderia pensar-se que a injustiça e a violência são características exclusivas das sociedades pagãs, e não de uma nação supostamente teocrática sob o governo de Deus. Assim, esses tipo de pecados são especialmente hediondos quando são aparecem entre o povo de Deus:

59:1-8Os pecados da injustiça e violência

(1) De acordo com os vv. 1-2, por que o povo não devia culpar a Deus nos dias de juízo (nas mãos das nações), mas a si mesmo?

(2) Que tipos de pecado são destacados nos vv. 3, 6b e 7?

(3) O que o profeta procura mostrar quando menciona as mãos, os dedos, os lábios, a língua e os pés?

(4) De acordo com o v. 4, como o povo pervertia a justiça?

(5) Três metáforas são usadas nos vv. 4-5 para salientar a gravidade e as consequências de seu pecado: conceber, chocar ovos e tecer uma teia.

a. O que a metáfora de conceber nos ensina sobre a condição interior desse povo?

b. O que a metáfora de chocar os ovos de uma víbora nos ensina sobre os danos causados pelo seu pecado?

c. O que a metáfora de tecer uma teia nos ensina sobre a inutilidade de suas tentativas de esconder seu pecado?

(6) Que conseqüência o povo tinha trazido sobre si mesmo e sobre os outros? (v. 8)

59:9-15—Uma confissão comunal

(7) Por que o profeta se inclui neste trecho (vide o final do v. 8)?

(8) De fato, o pecado do povo afetava a comunidade como um todo; ninguém está imune às horríveis consequências do pecado que os cerca. Que imagem o profeta usa para descrever sua condição? (vv. 9-10)

(9) Que pecados o profeta confessa em nome do povo (vv. 13-15)?

a. Qual era o cerne de todos esses problemas? (v. 13)

b. Por que o profeta de repente inclui a si mesmo nessa confissão?

59:16-20Ajudar aqueles que não podem ajudar a si mesmos

(10) O Senhor ficou surpreso quando viu que não havia ninguém para interceder (v. 16):

a. Havia alguém poderoso o suficiente para livrar Israel dos inimigos?

b. Havia alguém justo o suficiente para salvar Israel de seu pecado?

c. O que o Senhor esperava que alguém fizesse, mesmo que não pudesse salvar ou libertar Israel?

(11) Que tipo de imagem é usada para descrever o que Deus faz para se preparar para salvar o Seu povo? (vv. 17-18)

a. Por que Ele precisa fazer isso sozinho?

b. Como estes versículos enriquecem seu entendimento de Efésios 6:11-17, à luz do fato de que a armadura que somos exortados a usar pertence a Deus?

(12) O que o Senhor obterá com Seu próprio braço? (vv. 19-20)

59:21—Uma Nova Aliança

(13) O Senhor agora faz uma aliança com o povo à luz desta salvação vindoura:

a. Com quem Ele faz esta aliança? (v. 20)?

b. Quão diferente é esta aliança da antiga? (Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:26-27)

c. Esta aliança é só para os “que em Jacó se arrependerem dos seus pecados”? (Efésios 2:12-13)

(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Não há ninguém para interceder?

Ele viu que não havia ninguém, admirou-se porque ninguém intercedeu; então o seu braço lhe trouxe livramento e a sua justiça deu-lhe apoio.” (NVI-PT) (Isaías 59:16)

Depois de ler 58 capítulos, muitos dos quais estão cheios de severas repreensões do pecado do povo por meio de Isaías, o profeta de Deus, é comovente ver que, de repente, Isaías não fala mais em termos de "eles", mas de "nós", uma vez que ele confessa perante o Senhor os pecados de Israel como seus (59:9-15). Talvez não seja certo dizer "de repente", já que Isaías só podia profetizar o que Deus lhe mostrava. Aliás, ele deve ter sentido todo o tempo o efeito do pecado do povo de Deus, da escuridão que envolvia a terra inteira, de cujo efeito comunal ninguém estava imune (nem ele mesmo).

Foi somente quando o profeta confessou o pecado em nome do povo que Deus respondeu com Seu zelo para efetuar a salvação de Seu povo (59:16); e ao fazê-lo, o Senhor expressou Sua decepção e consternação porque "viu que ninguém havia e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor" (ARC) pelo povo. O que Deus quer dizer foi que não houve ninguém para interceder até que Isaías o fizesse! Quando Isaías intercedeu, Ele agiu.

O ato de salvífico por meio de Jesus Cristo só viria 750 anos depois da época de Isaías; no entanto, seu exemplo nos dá um importante precedente que nos ensina como lidar com o mal qua há no mundo de hoje. Assim como Deus repreende constantemente a injustiça social e a ignorância do povo sobre a condição dos necessitados, nós também devemos defender os oprimidos e necessitados. No entanto, sabemos que a resposta final está na mudança de coração que precisa ocorrer para que possa haver uma mudança genuína e duradoura no comportamento, seja o comportamento social ou pessoal. Portanto, devemos ser ainda mais persistentes na divulgação do evangelho salvador de Jesus Cristo.

À medida que procuramos fazer nossa parte como seres humanos decentes que defendem a justiça e cuidam dos necessitados, e como cristãos que assumem a Grande Comissão para salvar almas, devemos aprender com Isaías a importância da intercessão. Afinal, nada de valor poderá ser realizado se Deus não erguer Seu próprio braço para cumprir Seu propósito. Há muita verdade no ditado: “Quando trabalhamos, trabalhamos; quando oramos, Deus trabalha”!

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 60:1–22

Este capítulo apresenta mais detalhes sobre a gloriosa restauração de Sião sob esta Nova Aliança:

(1) As trevas se transformam em luz — 60:1-3

a. Qual a extensão da escuridão descrita aqui?

b. O que acontecerá para permitir que Sião se levante e refulje?

c. Quem é essa luz? (João 1:1-9; Isaías 9:2)

(2) O glorioso retorno dos filhos e filhas — 60:4-9

a. A restauração de suas riquezas é simbolizada pelos camelos (muito valorizados na época) de Midiã, Efá (nomes dos descendentes de Ismael) e Sabá (a região da península Arábica onde hoje está localizado o pais de Iêmen) carregando ouro e incenso (não muito diferente daquilo que foi apresentado pelos "três" magos de Mateus 2), animais de Quedar e Nebaiote (ao norte da Síria, a leste de Petrea dos árabes, respectivamente), e prata e ouro de Tarsis (frotas provenientes da Espanha). Afinal, para que servirá tudo isso? (vv. 6, 7 e 9)

b. Como o gozo é retratado? (v. 5)

(3) A união das nações — 60:10-14

a. Leia Apocalipse 21:24-27: Como isso o ajuda a entender esta passagem (ou seja, 60:10-12)?

b. Young diz o seguinte:

“A profecia não se refere a uma reconstrução literal dos muros de Jerusalém, mas à edificação do reino de Deus através da inclusão dos gentios … [portanto] Este louvor e adoração não é dirigido à própria Sião, mas ao Senhor que reina nela” (Young, vol. 3, 450, 452).

Como esta afirmação o ajuda a entender os vv. 13-14?

(4) Uma restauração espiritual 60:15-22: Embora os versículos acima retratem uma “restauração material”, em última análise será uma “restauração espiritual”, como o segmento atual deixa claro.

a. Na descrição dessa inversão da sorte do povo — a substituição do que é bom pelo que é melhor, ser nutrido em vez de ser odiado o que significa a declaração final: “Farei da paz o seu dominador, da justiça, o seu governador" (v. 17)?

b. O que significa o fato de seus muros serem chamados "salvação, e as suas portas, louvor"?

c. Que informações adicionais em Apocalipse 21:22-23 e 22:5 nos ajudam a entender 60:19-20?

d. Quando tudo isso acontecerá? (v. 22)

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A Igreja, A Sião Espiritual

Os filhos dos seus opressores virão e se inclinarão diante de você; todos os que a desprezam se curvarão aos seus pés e a chamarão Cidade do Senhor, Sião do Santo de Israel." (NVI-PT) (Isaías 60:14)

Young e outros estudiosos conservadores enxergam na restauração de Jerusalém e Sião uma referência à igreja. Por exemplo:

“A profecia não se refere a uma reconstrução literal dos muros de Jerusalém, mas à edificação do reino de Deus através da inclusão dos gentios… [portanto] Este louvor e adoração não é dirigido a Sião, mas ao Senhor que reina nela” (Young, vol. 3, 450, 452).

Eu tendo a concordar com sua interpretação, especialmente à luz das seguintes palavras de Isaías sobre o futuro Reino de Deus:

Todos os rebanhos de Quedar
    se reunirão junto de você,
e os carneiros de Nebaiote a servirão;
    serão aceitos como ofertas em meu altar,
e adornarei o meu glorioso templo
” (60:7).

Se interpretássemos este versículo em termos materiais, teríamos que concluir que haverá sacrifício de animais no templo reconstruído em Jerusalém. Se fosse esse o caso, o “únicoe definitivo sacrifício expiatório de Cristo seria totalmente anulado" (Hb 10:12; 14).

A essência espiritual desta profecia é bastante óbvia: mesmo se fizessemos uma interpretação literal, em que sentido os “sacrifícios” poderiam “adornar” (ou embelezar) o templo? Por outro lado, a adoração desses crentes gentios certamente aumentará a glória do templo que é “o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro” (Apocalipse 21:22).

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 61:1–62:12

O anúncio da gloriosa restauração de Sião é agora seguida por uma proclamação daquele que efetuará essa bênção o Messias, no capítulo 61 :

61:1-3A proclamação do Messias/Salvador

(1) Como esta passagem retrata o mundo sob o pecado? (Tente destacar todas as palavras que são usadas para descrever a condição de um mundo em pecado.)

(2) Como isso é invertido ou transformado pelo Messias? (vide Lucas 4:16-21 para seu cumprimento em Jesus Cristo note que Lucas provavelmente registrou somente um fragmento do que Jesus leu do Velho Testamento grego, a Septuaginta)

(3) Como esta profecia tem sido cumprida em você?

61:4-9—A inversão da sorte de Sião—Aqui, Isaías dá a entender que Sião seria completamente destruída no futuro:

(4) Por quanto tempo Sião permaneceria em ruínas? (v. 4)

(5) Além do tema dos estrangeiros que os serviriam (no capítulo 60), o v. 6 também menciona uma restauração espiritual: o que é essa restauração? (vide Êxodo 19:6)

(6) Como serão removidas sua vergonha e humilhação, e qual será sua herança? (Heb. 9:15; 1 Pe. 1:4)

(7) Qual é o fundamento dessa invesão de fortuna? (vv. 8-9)

61:10-11—A alegria da salvação—Em nome de todos os redimidos, Isaías irrompe num cântico de louvor:

(8) Tente personalizar este cântico de louvor, parafraseando-o com suas próprias palavras.

Capítulo 62Uma Garantia de Renovação

62:1-5—Um novo nome

(9) O que você acha sobre 62:1?

(10) É prometido um novo nome: Qual é esse nome? (v. 4)

(11) Quão precioso é o nome? (v. 5)

(12) Que outros novos nomes são adicionados no final desta mensagem? (v. 12)

62 6-9—Uma garantia de restauração

(13) O que representa o símbolo das sentinelas? (vv. 6-7)

(14) Como o Senhor garante Suas bênçãos? (v. 8)

(15) Em que sentido esta garantia é uma inversão da sua situação? (mais especificamente, leia sobre a condição do povo sob os juízes em Juízes 6:2-6)

62:10-12A preparação do caminho para o Senhor

(16) Embora a chamada feita em 57:14 seja repetida aquí, o tema desta nova chamada para preparar o caminho é semelhante ao de 40:9. Qual é o tema?

(17) O que esses novos nomes deviam significar para Sião?

(18) O que eles significam para você?

(19) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A alegria da salvação

É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com jóias.” (NVI-PT) (Isaías 61:10)

Quando Isaías apresenta o surgimento do Messias, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo como aquele que foi ungido pelo Espírito Santo para proclamar o ano da bondade do Senhor, ele não não se conteve e irrompeu num cântico de louvor, no qual ele expressa grande gozo pela salvação que é através do Messias/Cristo (61:10-11). Tenho certeza de que todos os crentes que já foram vestidos com as vestes da salvação podem ecoar cada palavra cantada por Isaías. Gostaria de compartilhar uma experiência recente que fala do gozo da salvação, não só a nossa, mas também a dos outros.

Nos últimos anos, tenho ajudado uma pequena congregação de língua inglesa na área da baía de São Francisco como pastor interino. Infelizmente, o pastor da outra congregação, a congregação de língua chinesa, ficou um tempo ausente, e eu tive que apoiar a congregação um pouco, especialmente com as visitas aos doentes.

Antes, no verão, haviam me pedido para visitar uma pessoa que estava morrendo de câncer no pâncreas. Poucos membros da igreja a conheciam bem, porque ela não falava muito e tinha sido muito reservada durante seus últimos dez anos na igreja. Por isso, eu estava preocupado se ela tinha nascido de novo.

Qualquer dúvida sobre sua salvação foi dissipada já na minha primeira visita, porque a paz simplesmente emanava dela, e apesar de ela saber que tinha apenas um ou dois meses de vida, não tinha medo; tudo o que ela queria era partir rapidamente para estar em casa com o Senhor. Infelizmente, seus filhos não eram crentes e não pareciam gostar da ideia de eu visitá-la novamente; além disso, eles se recusaram a realizar um funeral ou culto em sua memória.

Não foi fácil para mim fazer planos para visitá-la novamente, e foi até difícil falar com ela por telefone; no entanto, continuamos a orar para que Deus nos desse a oportunidade de visitá-la e compartilhar o evangelho com sua família. Finalmente conseguimos visitá-la novamente e, nas duas últimas visitas, tivemos a grande bênção de conhecer sua irmã que morava na costa leste dos Estados Unidos. Sua irmã é uma cristã muito devota, e com ela pudemos não só orar juntos, mas também cantar Maravilhosa Graça juntos.

Embora eu não tenha sido notificado imediatamente após o falecimento da irmã, mais tarde recebi uma mensagem de sua irmã que morava na costa leste. Gostaria de compartilhar um pequeno trecho de sua mensagem:

“Algo incrível aconteceu um dia antes de ele morrer. Aconteceu aproximadamente entre as 18h y as 19h. Enquanto seu genro olhava pela porta da frente, ele viu algo parecido com uma águia voando pelo céu; ele também viu algo em forma de cruz aparecer no céu. Ele não não aguentou e deu um grito bem alto. Minha própria filha correu para a porta e viu a mesma coisa, mas quando cheguei à porta, a única coisa que vi foi uma linda nuvem dourada no céu.

"Essa visão maravilhosa do alto pareceu ser um sinal da parte do nosso Pai Celestial de que em breve receberia Sua filha em casa... e também mostrou a esse genro ainda descrente que a vida está nas mãos do Senhor, dando-lhe uma oportunidade de receber este Senhor que dá vida.

"Mas outra coisa incrível aconteceu no oitavo dia após a morte de minha irmã. Sua filha estava prestes a limpar o quarto da minha irmã e pensava em como tirar o cheiro de doente deixado no quarto, mas quando ela abriu a sala, um ar de frescura encheu todo o quarto. Ela ficou totalmente maravilhada. Existe alguma outra explicação a não ser que isso foi obra do Espírito Santo?"

Eu oro para que esses familiares "incrédulos" logo experimentem a paz e a alegria da mesma salvação que sua mãe teve.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 63:1–19

63:1-6—O dia da vingança—a consumação da redenção do povo de Deus é precedida pelo juízo das nações, simbolizadas por Edom, talvez por essa nação não ter ajudado Israel em sua hora de necessidade; em vez de ajudá-los, eles compraram os israelitas como escravos (Amós 1:6):

(1) Quais são as duas perguntas que são feitas? (vv. 1-2)

(2) Leia Apocalipse 19:11-16 para ver a resposta que o Novo Testamento dá a essas perguntas.

(3) O que representa Edom (e sua cidade Bozra)? (vide Apocalipse 19:19)

(4) O que a obtenção da salvação tem a ver com a ira de Deus? (v. 5) Será que Ele não é o Deus da misericórdia e compaixão?

63:7-15—A compaixão do Senhor no passado—Um relato da libertação que Deus tinha dado a Israel no passado:

(5) Por que o Senhor escolheu se tornar seu Salvador? (v. 8)

(6) Como Deus se sentiu em relação à aflição do povo, e como Ele escolheu salvá-los? (v. 9)

(7) O que Israel fez em resposta à Sua salvação? (v. 10)

(8) Agora, com Deus como seu inimigo, Israel recordou o favor e o poder de Deus:

a. Faça uma lista dos eventos específicas que eles contaram. (vv. 11-14)

b. Qual tinha sido o propósito de Deus ao guiá-los? (v. 14)

c. Por que todos esses eventos são narrados na forma de perguntas? (v. 15)

63:16-19—A intercessão de Isaías—Isaías faz o seguinte para implorar pelo seu povo:

(9) Que contraste Isaías faz entre o Senhor e Abraão/Israel (isto é, Jacó)? Porque ele faz isso? (v. 16)

(10) Com que fundamento ele pede ao Senhor que volte? (v. 17)

(11) Será que não acreditava nas profecias de libertação que ele mesmo já tinha proclamado? Por que, então, ele teve que implorar pela libertação de Deus? (v. 18)

(12) Keil e Delitzsch preferem uma tradução alternativa do v. 19: "Somos como aqueles que você nunca governou, como aqueles que você nunca chamou." Qual é, em essência, a base para o apelo final de Isaías?

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus deve ser louvado

Falarei da bondade do Senhor, dos seus gloriosos feitos, por tudo o que o Senhor fez por nós, sim, de quanto bem ele fez à nação de Israel, conforme a sua compaixão e a grandeza da sua bondade." (NVI-PT) (Isaías 63:7)

Embora Isaías tenha proclamado a libertação de Israel em múltiplas ocasiões, ele estava ciente da severidade do juízo que cairia sobre seu povo; como resultado, ele implorou apaixonadamente por uma intervenção precoce de Deus. Mas antes de fazer isso, ele louvou ao Senhor e recordou a bondade que tinha mostrado a Israel no passado. Assim, ele dá um exemplo muito importante para nós, mostrando-nos que Deus deve ser louvado independentemente de nossas orações serem ou não respondidas.

No entanto, é óbvio que Isaías acreditava que Deus responderia às suas orações, uma vez que ele entendia plenamente o coração de Deus ao recordar nas palavras que aparecem em 63:8-9 a libertação que Deus tinha dado ao povo no passado.

(1) Deus confia em nós:

'Sem dúvida eles são o meu povo', disse ele; 'são filhos que não me vão trair'; e assim ele se tornou o Salvador deles" (63:8).  Essas palavras nos lembram da razão pela qual fomos escolhidos dentre todas as outras pessoas para ser Seus filhos, a saber, Ele quer que sejamos fiéis a Ele.

(2) Ele sempre é o Deus da Encarnação:

Em toda a aflição do seu povo, ele também se afligiu” (63:9a). Devido à encarnação de Cristo, tendemos a pensar que só o NT enfatiza o fato de Deus ter vindo para experimentar a nossa dor e se identificar com os nossos sofrimentos. Mas a verdade é que Deus sempre sente a nossa dor, e quando nós ficamos angustiados, Ele também fica angustiado. O Deus do VT é de fato o mesmo Deus do NT.

(3) Ele nos levanta e nos conduz:

Foi ele que sempre os levantou e os conduziu” (63:9c). Isso é retratado lindamente no poema contemporâneo, “A Pegada”. Em nosso momento mais débil, o Senhor nos levantará e nos conduzirá; é por isso que há somente um par de pegadas na areia. São dEle, não são nossas.

Era possível que um Deus como o Senhor não respondesse à oração de Isaías? Será que Ele não responderá à nossa?

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 64:1–12

Isaías continua sua intercessão apaixonada por Sião:

64:1-4Um pedido a Deus que desça novamente

(1) O que Isaías esperava que acontecesse quando Deus descesse do céu? (vv. 1-2)

(2) Em que ele baseou suas expectativas? (vv. 3-4; vide Êxodo 19:18)

64:5-7Nós pecamos

(3) Embora ele tenha implorado a Deus que descesse novamente, como Ele já tinha feito no passado, de que realidade ele estava ciente? (v. 5)

(4) Ao confessar a impureza (como leprosos) e a injustiça (como trapos imundos) do povo, como Isaías descreveu sua apatia espiritual e suas consequências? (vv. 6-7)

64:8-12—Uma súplica apaixonada—Apesar da situação desesperadora causada pelo pecado contínuo do povo, por que Isaías, mesmo assim, implora para que Deus aja?

(5) O que é enfatizado nos vv. 8-9?

(6) O que é enfatizado nos vv. 10-11?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Por que Deus não faz
o que fez antes?

"Ah, se rompesses os céus e descesses! Os montes tremeriam diante de ti!" (NVI-PT) (Isaías 64:1)

Enquanto Isaías profetiza sobre o Dia da Vingança contra as nações, comparando-o de forma gráfica com o pisar das uvas num lagar (63:1-6), ele parece estar ainda mais preocupado com o sofrimento de seu povo e sua prolongada opressão pelas nações: “Por pouco tempo o teu povo possuiu o teu santo lugar; depois os nossos inimigos pisotearam o teu santuário” (63:18). Como se estivesse insatisfeito por o Dia da Vingança ainda estar tão longe, Isaías suplica: "Ah, se rompesses os céus e descesses! Os montes tremeriam diante de ti!" (Isaías 64:1).

O que Isaías quer dizer com isso é essencialmente o seguinte: "Por que você não faz o que você fez antes no monte Sinai, para que seus inimigos 'tremam diante de ti' " (64:2).

Não é certo que nós também nos sentimos assim às vezes?

Lemos sobre todas as obras gloriosas, poderosas e milagrosas que o Senhor fez, não só no Velho Testamento, mas também nos relatos dos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos, e muitas vezes nos perguntamos por que Deus não se revela em nossos dias como Ele fez naqueles dias por que ele não desce ao Monte Sinai, abre o Mar Vermelho, freia o sol, etc. Se Ele fizesse isso, Seus inimigos não saberiam Seu nome? As nações não tremeriam diante dEle ou seja, ateus, muçulmanos, budistas, idólatras, espiritualistas , ditadores implacáveis, falsos crentes, membros de seitas e muitos outros?

No entanto, devemos levar em conta pelo menos três coisas:

(1) Embora Deus tenha manifestado Seu grande poder através de todos os Suas façanhas milagrosos no passado, o povo de Israel não Lhe obedeceu, e o povo da época de Jesus O pregou na cruz mesmo assim.

(2) O desejo final de Deus não é que as pessoas estremeçam diante dEle, mas que tenham fé nEle e O amem e nunca amarão a Deus por causa de Suas façanhas assustadoras, mas por causa de Seu grande amor.

(3) Como o próprio Isaías profetizou, o Dia da Vingança certamente virá. Outro profeta, Habacuque, salienta o seguinte: “Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará” (Hab. 2:3).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 65:1–25

Nos dois últimos capítulos, o profeta intercede apaixonadamente em favor de seu povo. É inconcebível que o Senhor não atendesse à oração de Seu servo, e isso é justamente o que o Senhor faz neste capítulo:

65:1-7—O problema não é com Deus, mas com o povo:

(1) Qual é a essência da resposta que Deus dá ao profeta no v. 1?

a. O Senhor é um Deus ausente?

b. Alguma vez Ele tinha abandonado Seu povo? O que significa "todo o dia"? (v. 2)

(2) Os tipos de pecado que o povo tinha cometido "de contínuo" para provocar Deus (vv. 2-5):

a. "Caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos" o que significa isso? (v. 2)

b. "Sacrificando em jardins e queimando incenso ... assentando-se junto às sepulturas, e passando as noites junto aos lugares secretos": o que isso está descrevendo? (vv. 3-4)

c. "Comendo carne de porco" por que eles fariam isso? (v. 4; vide Levítico 11:7-8)

d. Pediam a Deus que não se aproximasse deles por que eles diriam: “porque sou mais santo do que tu”? (v. 5)

e. Como o Senhor se sentia? (v. 5)

65:6-12—Apesar da punição, um remanescente é prometido

(3) Como Deus os recompensará? (vv. 6-7)

(4) No entanto, o que Ele fará com aqueles que ainda O buscam? (vv. 8-10 vide a Nota abaixo)

(5) O que acontecerá com aqueles que abandonarem o Senhor? Por quê? (vv. 11-12)

a. Quais são as duas divindades mencionadas especificamente?

b. O que esse tipo de adoração nos ensina sobre a mentalidade daqueles que tinham decidido abandonar o Senhor?

65:13-16—A escolha é deles—Como nas "bênçãos e maldições" (Dt. 27:9 e ss.), o Senhor apresenta suas opções junto com as consequências:

(6) Qual é a mensagem subjacente do contraste feito entre "meus servos" e "vós"?

(7) Qual descrição corresponde a "vós"?:

a. padecer fome e sede, envergonhar-se, tristeza de ânimo, quebrantamento de espírito, deixareis o o nome por maldição finalmente morrer (num sentido tanto temporal quanto eterno);

b. comer, ...beber (e ficarem satisfeitos), alegrar-se, cantar por terem o coração alegre, ser chamados por outro nome (em Cristo), ser bendito no Deus da verdade (uma expressão que no original hebraico diz “o Deus do Amém”), já ter as angústias (e pecados) do passado esquecidas e encobertas (diante dos olhos de Deus).

65:17-25—Uma nova criação—Os novos céus e uma nova terra

(8) Uma nova criação: 65:17-19

Cabe ressaltar que a palavra "bara" (hebraico: criar ) usada aqui é a mesma usada em Gênesis 1:1:

a. Leia Apocalipse 21:1-4 para entender melhor essa "nova criação".

b. Ao apresentar esta "nova criação", quais são as palavras (e significados) que o profeta repete (e portanto enfatiza) nos vv. 17-19?

(9) A vida ao invés da morte—65:20

a. Você consegue imaginar um mundo onde não existe o luto pela morte, seja de crianças, jovens ou idosos?

(10) A vida em perfeita paz—65:21-23

a. Você consegue imaginar um mundo sem guerras, injustiças e crimes?

(11) As orações serão respondidas—65:24

a. Como o Senhor usa este versículo para responder à intercessão de Isaías?

b. O que é retratado neste versículo?

(12) Um mundo de perfeita harmonia—65:25

a. Qual é a chave para um mundo de perfeita harmonia?

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Aqueles que se arrependerem e buscarem a Deus em seus sofrimentos, serão chamados “meus servos” (v. 9) por Deus. Também lhes é prometida uma vida de paz e descanso, da qual Sarom e o vale de Acor são símbolos. Sarom se refere à "planície de pastagens ricas que se estende ao longo da costa mediterrânea, de Yafo até o bairro de Carmel... 'Acor' é um vale que ficou conhecido devido ao apedrejamento de Acã, que ocorreu numa cadeia de colinas que cortam a planície de Jericó (Js. 7:24 e ss.)” (K&D, 617).

Reflexão meditativa
Você
realmente está decepcionado com Deus?

"Afasta-te! Não te aproximes de mim, pois eu sou santo!" (NVI-PT) (Isaías 65:5)

Alguns anos atrás, eu estava no aeroporto quando encontrei uma mulher que me explicou por que ela parou de assistir à igreja. Em suma, ela teve uma experiência ruim com a igreja e as pessoas que a frequentavam, e ficou decepcionada com Deus. Quando conversei um pouco mais com ela, ficou claro que ela realmente não tinha ficado decepcionada com Deus, mas com a igreja.

No entanto, também tenho conhecido pessoas que não acreditam em Deus, ou que se rebelaram contra a fé de seus pais, por ficarem extremamente decepcionadas com Deus, tanto que se recusariam a acreditar nEle, mesmo se estivessem convencidos de que Ele existe.

O recente sucesso do filme "Noé" irritou alguns críticos que trabalham na mídia. Um deles, um famoso ator de TV, disse abertamente em seu programa: "Nunca acreditarei num Deus tão vingativo, mesmo que Ele fosse verdade!"

Já li também sobre pessoas que afirmam que não podem acreditar num Deus que foi tão cruel a ponto de crucificar o Seu próprio filho.

Pior ainda, enquanto eu compartilhava o evangelho com certa pessoa, tentando convencê-la de que a morte de Jesus foi para o bem de pecadores como nós que se rebelam contra Ele, ela respondeu: "Isso significa que Jesus é muito estúpido!"

O pior foi quando compartilhei o evangelho com uma pessoa que blasfemou e amaldiçoou a Deus na minha cara.

A realidade é esta: como pecadores, já estamos destinados à condenação eterna, como atesta o apóstolo João: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (ARC) (Jo 3:17-18, itálico acrescentado). É nossa escolha de continuarmos no caminho da condenação é nossa, mas Ele já providenciou uma saída em Jesus Cristo.

Não é tanto que Deus seja tão cruel que crucificou Seu filho na cruz; fomos nós foram os nossos pecados que O pregamos na cruz. Portanto, a morte de Jesus não é uma mostra da crueldade de Deus, mas de Seu amor, como João atestou mais uma vez: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (ARC) (João 3:16).

Quanto à pessoa que disse que Jesus era estúpido, e a outra que amaldiçoou a Deus, ambos o fizeram por sua própria escolha consciente; não teve nada a ver com Deus e, infelizmente, todas as palavras de condenação em Isaías 65:13-15 serão uma realidade para eles e culminarão em sua morte, até mesmo a morte eterna.

Dia 8

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Isaías 66:1–24

Ao chegar ao capítulo final do Livro de Isaías, você descobrirá que a mensagem de consolação com a qual o capítulo 40 começa é enfatizada novamente, especialmente nos vv. 10-14. No entanto, este oráculo final também serve como uma advertência final, tanto para o povo rebelde de Israel quanto para o mundo.

66:1-2O lugar de descanso de Deus

(1) Será possível construir uma casa para Deus como Seu lugar de descanso? Porque não?

(2) Portanto, onde Deus "procurará" o descanso? Por quê? (v. 2)

(3) Qual é, então, o maior desejo de Deus neste mundo que Ele criou?

66:3-4Não há descanso entre Seu povo escolhido

(4) Bois, cordeiros, etc. são destinados a serem oferecidos como sacrifícios ao Senhor como parte de sua adoração. Embora o povo pudesse oferecer os sacrifícios "certos", qual era o problema com sua atitude? (leia o comentário do próprio Deus no final do v. 3)

(5) O que tornava seus pecados ainda mais abomináveis? (v. 4)

(6) Qual seria a consequência de suas abominações?

66:5-9—Esperança para o remanescente

(7) Quem são aqueles que tremem diante das palavras de Deus? (vv. 5, 2)?

(8) Como serão tratados pelos seus irmãos? (v. 5)

(9) Enquanto aqueles que se opõem a Deus serão castigados, os outros (que têm sofrido) serão salvos:

a. Que figuras são usadas nos vv. 7-9 para descrever sua salvação?

b. Que mensagens importantes são transmitidas pela figura desse "nascimento repentino"?

c. Por que o profeta teve que dizer: "Quem jamais ouviu tal coisa?" (v. 8)

66:10-14Console, console Jerusalém

(10) Que figura é usada aqui para descrever a consolação que será dada a Jerusalém? Quão apropriada é essa consolação à luz daquilo que lhe será dado depois de seu tempo de sofrimento?

(11) A paz e a glória (ou "riqueza", NIV-PT) também serão características de Jerusalém (v. 12):

a. Com o que a paz e a glória são comparadas?

b. Você já experimentou isso pessoalmente? Por que ou por que não?

(12) A mensagem de gozo e alegria é comparada com os “ossos” que “reverdecerão como a erva tenra” (v. 14): O que esta imagem descreve?

66:15-18aO castigo dos ímpios

(13) O que o inimigo de Deus enfrentará quando Ele restaurar o Seu povo? (vv. 15-16)

(14) As nações são os únicos inimigos de Deus? (vv. 17-18a)

66:18b-24A salvação para toda a humanidade

(15) A libertação dos "sobreviventes" de Jerusalém não será realizada somente para eles: qual é, então, a sua missão? (vv.18b-19) (Nota: os diversos lugares mencionados têm gerado muita especulação entre os comentaristas; eles provavelmente devem ser entendidos como uma referência à terra que se estende do extremo oeste [possivelmente Espanha], ao sul [o Egito], para as regiões ao norte e leste de Israel.)

(16) Como os gentios do mundo inteiro responderão quando ouvirem a mensagem e virem a glória de Deus? (vv. 20-21observe especialmente o fato de gentios serem incluídos entre os sacerdotes e levitas)

(17) Dentro dos Novos Céus e da Nova Terra:

a. Quem se curvará e adorará a Deus?

b. Será por tempo limitado?

c. O que acontecerá com aqueles que não acreditam no Senhor, nem O adoram?

(18) Ao chegar ao final deste longo livro de profecias, por que não reservar um tempo para fazer o seguinte?

a. Anote três mensagens principais que são importantes para você.

b. Reflita sobre elas, explicando por que são importantes para você.

c. Como você pode aplicá-las em sua vida?

Reflexão meditativa
Os novos céus e a nova terra

Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. ... nunca mais se ouvirão nela voz de pranto e choro de tristeza. ... O lobo e o cordeiro comerão juntos..." (Is 65:17, 19, 25)

Não há dúvida de que o livro de Isaías é um impressionante livro de profecias em que as boas novas da salvação por meio de Jesus Cristo são anunciadas com poder, convicção e clareza pelo menos 700 anos antes de Seu nascimento.

Também é um livro que promete novos céus e uma nova terra um lugar de perfeita harmonia e paz onde não haverá pranto nem choro (65:19), e onde até mesmo lobos e cordeiros se alimentarão juntos (65:25).

A razão para esta harmonia perfeita é dada ao longo do livro: o problema do pecado já foi completamente resolvido — o pecado da rebelião da humanidade contra seu Criador. Nosso pecado, além de nos alienar do Deus Santo, também mergulhou a criação inteira no pecado. Como resultado, os novos céus e a nova terra não são simplesmente um lugar onde o relacionamento com Deus será restaurado, mas também um lugar onde haverá perfeita harmonia com a criação de Deus.

Hoje, enquanto o mundo inteiro se esforça para superar a ameaça do aquecimento global, epidemias como o Ebola, as fome cada vez mais severas e o grande abismo entre os que têm e os que não têm, devemos nos lembrar que a solução não está na educação, na redistribuição de riquezas ou em qualquer nobre empreendimento humano; a única solução é nos reconciliarmos com o nosso Criador por meio de nossa fé em Seu Filho, Jesus Cristo, como nosso Senhor e Salvador.

Uma vez que Jesus Cristo, de uma vez por todas, venceu o pecado e a morte por nós na cruz, um novo céu e uma nova terra aguardam aqueles que já foram reconciliados com Aquele que, quando voltar, “enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou", porque Ele diz, "Estou fazendo novas todas as coisas!" (Apocalipse 21:4-5).