Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Jeremias no Velho Testamento.
Neste conjunto de repreensões e advertências, o foco volta mais uma vez para Judá e Jerusalém (Israel já havia sido destruído):
4:3-4—Deus chama Judá ao arrependimento
(1) O Senhor usa metáforas agrícolas para exortar Judá:
a. Lavrar os campos não arados: Isso sugere que Judá tinha insistido em plantar na mesma terra que não produzia nenhum resultado (quer dizer, fruto de arrependimento).
- Por que, então, eles não tinham lavrado os campos não arados para poderem produzir frutos ou resultados?
- Quão difícil é lavrar um campo não arado, tanto no sentido físico quanto no espiritual?
b. Não semear entre espinhos:
- Por que o povo tinha semeado entre espinhos, uma perda de tempo que obviamente é inútil?
- Que quadro da condição espiritual de Judá isso descreve?
(2) Um chamado ao povo para circuncidar seus corações:
a. O ritual externo da circuncisão não é importante? Por que ou por que não? (Gênesis 17:9-14)
b. O que significa circuncidar o coração? (Deuteronômio 10:16; 30:6; Romanos 2:29)
(3) O que aconteceria se eles decidissem não circuncidar seus corações?
4:5-10—O anúncio do juízo de Deus—o resultado de sua recusa em circuncidar seus corações é o juízo de Deus por meio da invasão pelos babilônios do norte:
(4) Onde a trombeta de advertência devia ser tocada?
(5) Por que o povo recebeu instruções para ir a Sião?
(6) Quão urgente era esse clamor?
(7) Que metáfora é usada para descrever o invasor do norte? (v. 7)
(8) Quão devastadora seria a invasão? (vv. 7-8)
(9) Os que tinham fugido para a cidade fortificada de Sião seriam poupados? (v. 9)
(10) O povo prestaria atenção a esse aviso? Por que ou por que não? (v. 10)
a. Esta profecia provavelmente foi proclamada na época de Josias. Nesse contexto, o que teria levado o povo a ignorar esse aviso?
b. O engano realmente veio do Senhor? Por que ou por que não?
4:11-17—O juízo é anunciado novamente
(11) Nesta reiteração do juízo, que metafora é usada em vez de um leão? (v. 11)
(12) Como essas duas metáforas são diferentes? (vv. 11-13)
(13) Qual das duas metáforas você acha mais aterradora? Por quê?
(14) Qual era o motivo desse juízo próximo? (vv. 14-15, 17)
(15) Por que a voz de advertência vem especificamente de Dã? (v. 15; 1 Reis 12:28-30)
(16) Há alguma esperança para Jerusalém? (v. 14)
(17) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Lavrem seus campos não arados e não semeiem entre espinhos." (NVI-PT) (Jeremias 4:3)
Desde que eu era um jovem cristão, já ouvi muitas vezes a mensagem “Lavrem seus campos não arados” (NVI-PT), especialmente em reuniões de avivamento. Portanto, a leitura de Jeremias 4 me trouxe muitas lembranças maravilhosas daqueles dias em que eu, junto com um grupo de outros jovens irmãos e irmãs em Cristo, estava com muita fome e sede da Palavra de Deus. Cada Conferência de Verão era um tempo de reavivamento, embora eu deva confessar também que nosso zelo não durava muito. Mas apesar disso o efeito cumulativo dessas mensagens que ouvimos contribuíu enormemente para o nosso crescimento e determinação inabalável de colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas, uma firmeza que até hoje tem resistido a provas e desafios acadêmicos, profissionais e familiares.
Lembro-me muito bem da mensagem sobre "Lavrai para vós o campo de lavoura", a qual me apresentou com os seguintes desafios:
- Devia ter a coragem de examinar minha vida para ver se eu estava tão satisfeito com o “status quo” da minha vida que não estava disposto a lidar seriamente com os meus pecados.
- Devia examinar o rumo da minha vida para poder perceber a futilidade de buscar coisas que realmente não traziam satisfação e crescimento espiritual genuínos (como semear entre espinhos).
- Devia estar disposto a ser lavrado pelo arado misericordioso de Deus, para que Ele quebrasse minha dureza de coração e infligisse em minha vida as feridas necessárias para o arrependimento, e para poder receber a Palavra de Deus num solo amolecido e mais disposto a produzir o fruto do Espírito
4:18-31—Um juízo angustiante
(1) O Profeta Chorão (vv. 18-26)
a. Embora o juízo que foi pronunciado tratasse de uma destruição física, o que ele faria com o coração? (v. 18)
b. Uma vez que o juízo cairia sobre o povo, por que o próprio Jeremias disse: “Eu me contorço de dor!”?
- O que ele ouviu em sua visão?
- O que ele viu em sua visão?
- Na sua opinião, qual dos dois o entristecia mais - a gravidade do pecado do povo (v. 22) ou a severidade da devastação? (vv. 23-26) Por quê?
(2) Um povo que não se arrepende (vv. 27-31)
a. O que representam as imagens da terra e dos céus representam no contexto deste juízo? (v. 27)
b. Por que o Senhor não destruiria a Terra completamente? (v. 27)
c. Que imagens são usadas para descrever a reação do povo diante desta advertência devastadora? (v. 30)
d. Por que o povo ignorarava esta advertência solene?
e. Quando advertimos o mundo atual sobre o futuro juízo de Deus na segunda vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, como sua reação é parecida àquela do povo da época de Jeremias?
f. Longe de ser como uma mulher que se prepara para um tempo de prazer e diversão, qual seria o fim desse povo impenitente? (v. 31)
g. O que o Senhor busca destacar ao usar essas duas imagens contrastantes?
(3) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“A sua própria conduta e as suas ações trouxeram isso sobre você. Como é amargo esse seu castigo! Ele atinge até o seu coração." (NVI-PT) (Jeremias 4:18)
Com certeza, a Babilônia é a nação vinda do norte que, de acordo com a profecia de Jeremias, seria o instrumento de Deus para castigar o povo; ela chegaria e destruiria a cidade no ano 586 a.C.
No entanto, o povo de Deus não
aprendeu a lição; por isso, a profecia da destruição de Jerusalém continuou vigente até a época de Jesus, quando o Senhor chorou sobre ela com as seguintes palavras:
“Virão dias em que os seus inimigos construirão trincheiras contra você, a rodearão e a cercarão de todos os lados. Também a lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu a oportunidade que Deus lhe concedeu.” (Lucas 19:43-44)
Isso aconteceu, novamente, no ano 70 d.C., nas mãos dos romanos.
Sabemos que, pela graça de Deus, a nação de Israel foi restaurada em 1948, exatamente como os profetas tinham profetizado (Jr. 32:37; Ez. 37:1-14). No entanto, o povo judeu ainda não reconheceu e creu em Jesus Cristo como seu Deus Messias. Receio que seja necessário que Jerusalém sofra outro castigo antes da volta do Senhor, como Ele mesmo profetizou (Lc. 21, 20 e ss.).
Qualquer leitor da profecia de Jeremias em 4:18-31 já teria uma noção do terror desse juízo iminente nas mãos dos babilônios, uma profecia que fez com que o próprio profeta se contorcesse de angústia e dor, embora fosse apenas uma visão (4:19). O historiador judeu Josefo descreveu a destruição de Jerusalém nas mãos dos romanos com uma linguagem ainda mais arrepiante (As Guerras dos Judeus, ou a História da Destruição de Jerusalémi). No entanto, o futuro da cidade, previsto pelo nosso Senhor, será tão horrível que "se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria;" (Mt 24:22).
A mensagem para Judá e Jerusalém continua:
(1) As palavras ruas e praças se referem ao mercado onde se realizava o comércio (vv. 1-5):
a. Quão ruim era a condição espiritual entre os comerciantes comuns de Jerusalém?
b. Que tipo de pecado (descrito no v. 2) era praticado entre eles?
c. Por que o profeta achava que esse pecado era praticado somente entre os pobres? (v. 4)
d. De quem era a culpa? (v. 5)
e. Deus tinha guardado silêncio sobre seus pecados? (v. 3)
f. Por que o castigo de Deus não funcionou? (v. 3)
(2) Por que o Senhor usa a expressão “vingar a Sua alma” para descrever Seu castigo? (vv. 7-9)
a. Na sua opinião, qual dos pecados descritos aqui é o mais abominável?
b. Se você fosse o Senhor, teria perdoado esse povo? Por que ou por que não?
(3) Reflita sobre a gravidade dos pecados do povo:
a. O que tinha acontecido com o seu relacionamento com Deus? (vv. 10-11)
b. Por que o Senhor converteria as palavras de Jeremias em fogo que consumiria o povo? (vv. 12-14)
(4) O juízo por meio da invasão e destruição pela Babilônia (vv. 15-17)
a. Como o Senhor descreve a origem da nação invasora? (v. 15)
b. Quão invencíveis eles eram? (vv. 16)
c. Quão completa seria a destruição? (vv. 17)
(5) Por que o Senhor repete a promessa de que não os destruiria completamente? (4:27; 5:10, 18) O que Ele esperava conseguir com a repetição dessa mensagem?
(6) Com relação a esse castigo iminente, destaca-se que os invasores falariam uma língua estrangeira (v. 15), e que o povo de Judá serviria esses estrangeiros numa terra estrangeira (v. 19).
a. Em que sentido este castigo seria adequado?
b. O que este castigo representa?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Embora digam:‘Juro pelo nome do Senhor’, ainda assim estão jurando falsamente." (NVI-PT) (Jer. 5:2)
É bastante alarmante ler que uma das acusações feitas pelo Senhor contra o povo de Judá e a falta de qualquer honestidade no comércio:
“Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem. Procurem em suas praças para ver se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então eu perdoarei a cidade.” (5:1)
Isso é ainda mais alarmante quando lembramos que durante o reinado de Josias praticamente todo o povo de Judá tinha voltado ao culto de Javé. Não seria exagero dizer que o mercado (isso é o que a expressão em 5:1 significa) era dominado por adoradores de Javé; à luz disso, seria de esperar que esses comerciantes e vendedores seriam confiáveis. Mas não eram. Eles eram tão corruptos que o Senhor basicamente disse que nenhum deles se agia com honestidade. Em outras palavras, o comércio era caracterizado pelo engano.
Mas como eram aqueles que acreditavam em Javé? Eles eram diferentes? Sim, eram piores! Além de serem desonestos como os outros comerciantes, faziam isso em nome do Senhor!
No entanto, não devemos ser tão rápidos para condená-los. Durante os mais de 20 anos em que trabalhei no comércio antes de ser chamado para o ministério em tempo integral, sempre encontrava cristãos que se comportavam assim. Mesmo depois de me tornar pastor, fui abordado por um certo empresário da congregação que parecia procurar qualquer oportunidade para compartilhar o evangelho no trabalho e em restaurantes. No entanto, este mesmo homem foi desqualificado do corpo profissional ao qual pertencia devido à sua desonestidade. Ele ficou tão impressionado com minhas competências administrativas que certa vez ele tentou me convencer a renunciar o meu ministério no evangelho em tempo integral para eu poder ajudá-lo como presidente executivo de sua nova empresa. Ele me disse: “Você pode me ajudar a ganhar muito dinheiro para dar ao Senhor! "
É óbvio que o Deus dele era o dinheiro, não Jesus Cristo!
Esta série de mensagens para Jerusalém e Judá é marcada por vários conjuntos de perguntas retóricas, como se o Senhor estivesse convidando o povo para um debate:
5:20-24a—"Acaso vocês não me temem?"
(1) Neste trecho, o Senhor se refere ao povo com a expressão “a casa de Jacó”. O que esse título enfatiza? (v. 20)
(2) Como povo da aliança, eles agora são descritos como um povo tolo e insensato. (v. 21)
a. O que seus olhos deveriam ter visto?
b. O que seus ouvidos deveriam ter ouvido?
c. Se eles realmente tivessem visto e ouvido, o que deveriam ter feito? (v. 22a) Por quê?
(3) Como Deus mostrou que Ele é um Deus temível? (v. 22b)
(4) De todos os aspectos da criação, por que o Senhor usa como exemplo o limite do mar?
(5) Uma vez que o povo tinha escolhido se afastar de Deus, por que Deus chamou-lhes um povo com um “coração obstinado e rebelde”? (v. 23)
(6) As pessoas do mundo também manifestam sua teimosia e rebelião contra o Deus Criador? Por que e como eles fazem isso?
5:24b-29—"Não devo eu castigá-los?"
(7) Além de mencionar Seu majestoso poder que deve ser temido, que assunto o Senhor aborda no v. 24b?
(8) Como o povo devia responder diante da bondade de Deus para com eles?
(9) Mas em vez disso, responderam com delitos e pecados (vv. 25-28). Como você rotularia os pecados descritos nos seguintes versículos?
a. V. 26
b. V. 27a
c. Vv. 27b e 28a
d. V. 28b
(10) Qual deveria ter sido a resposta à pergunta expressa no v. 29? Por quê?
5:30-31—"Mas o que vocês farão quando tudo isso chegar ao fim?"
(11) Por mais horríveis que fossem os pecados descritos acima (os quais estavam sendo cometidos por um povo que pertencia a Deus), os vv. 30-31 descrevem um pecado ainda mais horrível e escandaloso.
a. Quais são os pecados descritos aqui?
b. Por que eles são ainda mais horríveis e escandalosos?
(12) Qual deveria ter sido a resposta à pergunta de Deus no v. 31b?
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Acaso vocês não me temem? ... Não tremem diante da minha presença?" (NVI-PT) (Jeremias 5:22a)
Por meio de Jeremias, o Senhor não só repreendeu o povo por seus pecados e pronunciou o juízo vindouro pelas mãos dos babilônios do norte, mas também procurou usar uma série de perguntas retóricas para envolvê-los num debate a fim de que essas pessoas tolas adquirissem sabedoria e entendimento, deixando sua tolice. (5:21). Este é o primeiro conjunto de perguntas: "Acaso vocês não me temem? ... Não tremem diante da minha presença?" (5:22a).
Para corroborar que a resposta óbvia é "sim, deveríamos", o Senhor cita como exemplo o mar, dizendo: "Porque
fui eu que fiz da areia um limite para o mar, um decreto eterno que ele
não pode ultrapassar. As ondas podem quebrar, mas não podem prevalecer,
podem bramir, mas não podem ultrapassá-lo" (5:22b). Esse é um exemplo muito adequado da onipotência de Deus, pelas seguintes razões:
- Um mar tempestuoso e suas ondas fortes não são coisas a serem encarados com leviandade; muitas embarcações, sem importar o quão sofisticados tenham sido, já foram vítimas de seu poder absoluto, sem mencionar o fato de o fundo do oceano até hoje ser um mistério para os cientistas.
- Isso também é uma imagem adequada do exército imparável da Babilônia que estava em ascensão, e que na época de Josias tomaria o lugar dos poderosos assírios.
No entanto, assim como o Senhor da Criação foi capaz de estabelecer um limite para o mar agitado, ele também era capaz de conter a agitação dos babilônios, mas somente faria isso se o povo de Judá se arrependesse. Infelizmente, era um "povo tolo e insensato", com um "coração obstinado e rebelde". Por isso, o Senhor prosseguiu com outro conjunto de perguntas retóricas: "Não devo eu castigá-los? ... Não devo eu vingar-me de uma nação como essa?" (5:29), terminando com a pergunta: "Mas o que vocês farão quando tudo isso chegar ao fim?" (5:31). A resposta óbvia dessa última pergunta é: “Nada! Já é muito tarde!"
Essa triste imagem também descreve o mundo de hoje, que também tem sido testemunho ocular do poder onipotente do Senhor por meio de Sua criação (Romanos 1:19-20); mas apesar disso, eles, devido à sua tolice, também se recusam a reconhecê-Lo (Rm 1:21-23). Quando insistimos em advertir o mundo sobre o juízo iminente de Deus, assim como Jeremias advertiu sua própria geração por 40 anos, somos ridicularizados e rotulados de fanáticos religiosos. Mas assim como o que foi profetizado por Jeremias (o que ia acontecer em sua época) foi cumprido em sua geração, suas profecias para o nosso tempo também serão cumpridas, “pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1:21).
A pergunta que permanece é: "o que eles farão quando tudo isso chegar ao fim?". E a trágica resposta continua sendo: “Nada! Já é muito tarde!"
O capítulo seis parece ser a conclusão desta primeira série de mensagens iniciais de Jeremias, as quais ele provavelmente pregou durante o reinado de Josias:
6:1-7—O chamado aos moradores de Jerusalém para fugir
(1) Benjamim, Tecoa e Bete-Haquerém provavelmente eram lugares perto de Jerusalém, ao "nordeste, oeste ou sudoeste":
a. Como o Senhor descreve Sião? (v. 2) Por quê?
b. O que significa esse chamado para as cidades vizinhas fugirem?
(2) Que tipo de pessoas os invasores seriam? Em que eles transformariam a próspera cidade de Jerusalém? (v. 3)
(3) Como os vv. 4-5 representam de forma poética o ataque implacável e enérgico dos invasores?
(4) Quem era o verdadeiro inimigo responsável por essa invasão? Qual é o Seu título? (v. 6)
(5) Qual é a razão dada para esse castigo? (v. 7)
(6) O pronunciamento acima parece definitivo? Por que ou por que não?
6:8-15—O próprio monólogo de Jeremias
(7) Quão devastador seria o juizo que o Senhor já tinha pronunciado? (vv. 9-10)
a. Qual foi a reação do profeta diante da recusa do povo em prestar atenção à sua advertência? (v. 10a)
b. Que razão ele dá para essa recusa do povo? (v. 10b)
(8) Por que a dor do profeta se transforma em raiva? (v. 11a)
(9) Como resultado, quão completo seria o castigo de Deus com relação ao seguinte?
a. a cidade (v. 11b)
b. suas posses (v. 12)
(10) Como o profeta justifica a exaustividade do castigo de Deus com relação ao seguinte?
a. sua ganância (v. 13)
b. o engano dos líderes religiosos (v. 14)
- O que quer dizer a frase "curam a ferida da filha do meu povo levianamente"?
- Por que eles pregavam a paz?
c. sua falta de vergonha (v. 15)
- Por que eles não se envergonhavam de sua conduta abominável?
- Como as pessoas hoje são como essas pessoas em Judá?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Profetas e sacerdotes igualmente, todos praticam o engano. Eles tratam da ferida do meu povo como se não fosse grave. ‘Paz, paz’, dizem, quando não há paz alguma.” (NVI-PT) (Jer. 6:13b-14)
Como parte de minha experência de viagem missionário de curto prazo ao longo dos anos, já tive o privilégio de visitar algumas das cidades mais remotas da América do Norte, da América do Sul e da Europa. Na maioria das vezes, meu papel era apoiar missionários ou pastores locais. Mais de uma vez, enquanto acompanhava o pastor local em suas visitas evangelísticas, eu acabei compartilhando o evangelho com o incrédulo, que parecia estar ouvindo o evangelho pela primeira vez, embora já tivesse recebido muitas visitas do pastor local. Quando perguntei delicadamente por quê, alguns dos pastores locais foram honestos o suficiente para admitir que tinham medo de ofendê-los com o evangelho, dizendo que "é melhor que um estranho compartilhe o evangelho com eles".
Como pastor, eu entendo como eles se sentem. No entanto, aprendi ao longo dos anos que o evangelho é necessariamente ofensivo às pessoas impenitentes. Mesmo assim, o Senhor disse o seguinte em termos inequívocos a Ezequiel quando ele teve a mesma reticência:
“Quando eu disser a um ímpio que ele vai morrer, e você não o advertir nem lhe falar para dissuadi-lo dos seus maus caminhos para salvar a vida dele, aquele ímpio morrerá por sua iniqüidade; mas para mim você será responsável pela morte dele. Se, porém, você advertir o ímpio e ele não se desviar de sua impiedade ou dos seus maus caminhos, ele morrerá por sua iniqüidade, mas você estará livre dessa culpa." (NVI-PT) (Ezequiel 3:18-19)
Certa vez fui abordado por um homem e uma mulher que moravam juntos e queriam se casar. Claro, eu estava muito disposto a ajudá-los, mas não queria “curar a sua ferida levianamente”, como se não fosse grave, uma vez que morar juntos é cometer adultério. Por isso, pedi que morassem em casas separadas desde aquele momento até depois do casamento, pois eles também desejavam se tornar cristãos. Eles reagiram com raiva, me acusaram de ser crítico demais e pararam de assistir à nossa igreja.
Embora lamento que eles tenham deixado a igreja, eu não podia dizer-lhes “ 'Paz, paz', quando não há paz alguma” (Jeremias 6:14), uma vez que a paz do perdão só vem quando reconhecemos o nosso pecado e nos arrependemos.
Esta série de mensagens termina com uma triste nota de futilidade:
(1) Deus os tinha chamado de volta aos caminhos antigos (v. 16)
a. O que são esses caminhos antigos?
b. O que aconteceria se eles escolhessem andar neles?
c. Qual foi sua resposta? Por quê?
(2) Deus também tinha enviado muitos profetas para adverti-los (v. 17)
a. Por que Deus os chamou de "sentinelas"?
b. Como eles tinham respondido ao ouvirem o som da trombeta? Por quê?
(3) Uma vez que eles se recusavam a ouvir, Deus chamou Suas testemunhas (vv. 18-19)
a. Quem o Senhor chamou como testemunhas?
b. O que eles deveriam testemunhar?
(4) Qual foi uma das razões pelas quais o povo tinha escolhido ignorar o chamado das sentinelas? (v. 20)
(5) O v. 21 começa com a palavra “Portanto”. Como sua falsa piedade tinha se tornado uma pedra de tropeço? Qual seria o resultado final de seu tropeço?
(6) Com estes versículos, Deus lhes deu uma última advertência sobre a invasão que teriam que enfrentar (vv. 22-25).
a. Ele já tinha predito sobre os inimigos que viriam do norte. Qual é a ênfase nos vv. 22-23?
b. Como os vv. 24-26 descrevem a velocidade e terror dessa invasão?
(7) A conversa de Deus com Jeremias (vv. 27-30)
a. Qual o papel desempenhado por Jeremias (e sua mensagem) nos primeiros seis capítulos? (v. 27)
b. Como o povo respondereu a este teste? (vv. 28-29)
c. Até o momento, qual tinha sido o resultado do desejo de Deus de refinar o povo para que fosse prata pura? (v. 30)
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“'Ponham-se nas encruzilhadas e olhem; perguntem pelos caminhos antigos, perguntem pelo bom caminho. Sigam-no e acharão descanso'. Mas vocês disseram: ‘Não seguiremos'." (NVI-PT) (Jer. 6:16)
Certa vez, uma atriz judia fez o seguinte comentário: "Nos círculos de Hollywood, nunca estará na moda ser religioso ou praticante". Seu comentário reflete não só a mentalidade de Hollywood, mas a o mundo em geral, incluindo o mundo judaico em que Jeremias serviu.
A reforma de Josias realmente tinha sido radical e exaustiva; no entanto, nunca chegou a ser mais do que uma iniciativa "de cima para baixo" à qual o povo e os líderes tiveram que aderir porque não tinham outra escolha (sem mencionar os claros benefícios políticos que poderiam obter ao se aliar com o rei. Portanto, a restauração da adoração a Javé, por mais exaustiva que tenha sido, não passou de uma forma de piedade externa. No íntimo do coração, o povo desprezava os "caminhos antigos" e queria algo mais na moda, ou seja, mais de acordo com a cultura do mundo, e mais aceitável aos olhos do mundo. Por isso, o povo e seus líderes voltaram a todas as formas de idolatria depois da morte de Josias. Estava na moda!
Infelizmente, os cristãos evangélicos também tem adotado essa mentalidade de fazer o que está "na moda". Isso não significa necessariamente que temos abandonado os “caminhos antigos”; no entanto, procuramos colocar esses “caminhos antigos” em pacotinhos que tenham um visual moderno. O problema com isso é que dois dos elementos principais dos caminhos antigos, os quais nunca ficarão ultrapassados é a afirmação exclusiva de que Jesus Cristo é o único "Caminho... Verdade e... Vida" e a verdade de que só podemos ser salvos através dEle quando depositamos a nossa fé nEle e nos arrependemos. De acordo com mentalidade que está na moda no mundo, essas afirmações, além de serem exclusivas demais, também são intolerantes. Como resultado, alguns cristãos evangélicos nas últimas décadas têm procurado colocar o evangelho num pacotinho de “inclusividade”. Eles começam com um pretexto aparentemente bíblico, mas ampliam tanto sua aplicação que acabam aceitando o comportamento homosexual como normal, inofensivo e biblicamente aceitável, embora isso seja uma clara contradição do que a Bíblia ensina (Romanos 1:26-27; Levítico 18:22).
O problema não está em seu desejo de inclusão, mas em tentar tornar o evangelho mais "moderno" e aceitável para o mundo. Por trás desse desejo está a noção de que o evangelho é algo ultrapassado. Mas os que pensam isso esquecem a verdade de que Deus nunca muda com o tempo.
Após a primeira série de mensagens e profecias (provavelmente proclamada durante o reinado de Josias), a próxima divisão (7:1-8:3) parece ser uma segunda coletânea de mensagens de Jeremias, as quais provavelmente foram proclamadas depois da época de Josias, depois de Jeoiaquim ter permitido a volta do culto e das práticas pagãs (2 Crônicas 36:5-8).
7:1-15—O templo promovia a falsa piedade
(1) Onde Jeremias devia pregar esta mensagem, e quem estaria ouvindo? (v. 1)
(2) Que tipo de desafio esse entorno representaria para Jeremias (que era de linhagem sacerdotal)?
(3) Sua mensagem é: "Corrijam a sua conduta e as suas ações":
a. Como eles se tratavam uns aos outros? (v. 5)
b. Como mostraram sua falta de compaixão? (v. 6)
c. Em que contexto o povo teria derramado sangue inocente?
d. Enquanto faziam isso, que deuses adoravam e seguiam? (v. 9)
e. De acordo com o v. 9, qual dos Dez Mandamentos estavam violando abertamente? (vide os Dez Mandamentos em Êxodo 20:2-17)
(4) Como eles podiam adorar no templo sem se sentirem culpados? (vv. 4, 10)
(5) Em particular, qual o significado da repetição da palavra “templo”? Por que isso lhes dava uma sensação de segurança?
(6) Qual foi o primeiro exemplo que o Senhor usou para destacar sua falsa sensação de segurança? (vv. 12-14)
a. Quão importante tinha sido Siló? (1 Samuel 1:3; 3:21)
b. O que tinha acontecido com a Arca da Aliança enquanto estava em Siló? (1 Samuel 4:4, 17, 22)
c. De acordo com Jeremias, por que isso aconteceu? (v. 12)
d. Que mensagem havia nisso para o povo? (v. 14)
(7) De qual segundo exemplo o Senhor queria que o povo aprendesse? (v. 15)
7:16-20—Um ressurgimento descarado da idolatria
(8) Leia 2 Reis 23:19-20, 24-25 para ver como Josias tinha erradicado completamente do país todas as formas de idolatria.
(9) O que o povo tinha feito? (vv. 17-18; vide a Nota abaixo)
(10) Quão irado ficou o Senhor com eles? (vv. 16, 19)
(11) Mesmo que o Senhor não tivesse derramado Sua ira sobre o povo, o que eles já tinham feito a si mesmos com sua idolatria? (v. 19) Como?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
A menção da adoração da Rainha dos Céus é uma
“referência à Astarte assíria-babilônica… A adoração de Astarte, junto com a adoração de outros deuses mesopotâmicos, tinha sido popular em Judá nos dias de Manassés (2 Rs 21; 23:4-14). Na Mesopotâmia, essa deusa era conhecida precisamente pelo seu título: a Rainha do Céu... ou a Senhora do Céu" (NICOT, Jeremias, 284).
"Não confiem nas palavras enganosas dos que dizem: ‘Este é o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!'." (NVI-PT) (Jer. 7:4)
Na época de Jeremias, o povo ainda podia adorar no templo que tinha sido construído por Salomão. Embora tivesse entrado em decadência devido a uma série de reis ímpios como Manassés e Amom, e parte de seu ouro tenha sido removido e dado como tributo a reis estrangeiros (por exemplo, em 2 Reis 18:16), Josias fez um trabalho muito decente com sua reparação. Mais importante ainda, Josias tinha restabelecido a plena adoração adequada de Javé no templo, seguindo estritamente a Lei de Moisés; ele reabilitou os músicos e os coros para tivesse uma adoração vibrante e forneceu ao templo todo o pessoal necessário, incluindo sacerdotes e levitas (2 Crônicas 29). Podemos comparar a adoração no templo daquela época com a das melhores mega-igrejas de hoje — era um lugar onde todos gostavam de chegar e adorar.
Mas logo após a morte de Josias, a apostasia que já tinha começado em sua época começou a ser praticada abertamente. A lista de pecados dos quais o Senhor os acusa é bastante alarmante (7:5-9). Ela inclui infrações como o tratamento injusto e a falta de compaixão, mas também pecados tão graves quanto a idolatria descarada e violações flagrantes dos Dez Mandamentos (roubo, assassinato, adultério e juramento por falsos deuses). Mas apesar disso, o povo não sentia vergonha nem culpa pela simples razão de que seu templo ainda estava lá, enquanto os altares de Israel em Dã e Betel tinham deixado de existir após a queda de Israel. Para eles, seu templo era um símbolo incontestável da presença de Deus, do deleite que Deus tinha neles e da proteção que Ele lhes dava. Pelo menos era o que pensavam!
Esse povo realmente pensava que, desde que não parassem de frequentar o templo para adorar, tudo estaria bem. Como eles estavam enganados!
No entanto, não é verdade que muitos cristãos tem caído no mesmo erro, pensando que desde que continuem a adorar e dar seus dízimos cada domingo, tudo estará bem, sem importar se eles continuarem vivendo em pecado ou praticando um estilo de vida pecaminoso? Essa falsa segurança é alimentada ainda mais quando há uma falta de disciplina da parte do Senhor, apesar de eles não terem uma sensação de paz no fundo do coração. Para dizer a verdade, quando Deus decide nos castigar em tais circunstâncias, Ele o faz por Sua misericórdia; quando Ele não castiga, é uma maldição. Esse foi o caso do povo de Judá: o efeito da aparente demora do juízo profetizado apenas só serviu para animar o povo a ignorar todas as advertências, até que foi tarde demais. A nação, junto com o seu templo, finalmente foi destruída no ano 586 a.C., 24 anos após a morte de Josias.