Esta semana, continuaremos o nosso estudo do livro de Jeremias no Velho Testamento.
Depois de usar os exemplos de um cinto e um cântaro para predizer o castigo de Judá e Jerusalém, o Senhor pediu ao profeta que usasse a si mesmo como uma lição objetiva para o povo.
16:1-9—O profeta como uma lição objetiva
(1) No v. 2, o que o Senhor pediu a Jeremias que não fizesse?
a. Que destino horrível aguardava as famílias inteiras de Judá (quer dizer, crianças, mães e pais)? (vv. 3-4)
b. Você se casaria num momento como esse?
c. Que efeito sua ação teria tido na cidade?
(2) No v. 5, o que o Senhor pediu a Jeremias que não fizesse?
a. Quão generalizada seria a morte? (v. 6)
b. Que tipo de desastre o texto descreve ao dizer que não haveria funerais nem refeições fúnebres para os mortos, uma vez que as pessoas morreriam sem serem enterradas?
c. O que causaria esse tipo de tragédia? (v. 5b)
d. Que efeito sua ação teria tido sobre aqueles que esperavam que ele fosse consolá-los?
(3) No v. 8, o que o Senhor pediu a Jeremias que não fizesse?
a. Que efeito sua ação teria tido sobre qualquer pessoa que o convidasse para uma festa?
16:10-18—Respostas incríveis, tanto do povo quanto do Senhor
(4) O povo deveria perguntar por quê? (v. 10) Por que eles fariam isso?
(5) Em que sentido eles tinham se comportado ainda mais perversamente do que seus antepassados? (v. 12)
(6) Apesar de eles terem se comportado ainda mais perversamente do que seus antepassados, como o Senhor lhes mostraria misericórdia, assim como tinha mostrado misericórdia a seus antepassados? (vv. 14-15)
(7) “Mas agora”, isto é, antes de serem restaurados, eles teriam que enfrentar o castigo de Deus: Que analogias o Senhor usou para descrever Sua busca incansável da destruição? (vv. 16-18)
16:19-21—Um cântico de louvor
(8) O louvor do Profeta (vv. 19-20)
a. Após uma série de queixas do profeta, como ele responde a essas mensagens de condenação solene e restauração futura? (v. 19)
b. De onde vem a sua força? (vv. 19-20)
(9) A garantia do Senhor (v. 21)
a. O que significa "desta vez"?
b. Como é possível que até mesmo as nações saberão que Seu nome é o Senhor? O que significa saber que Seu nome é o Senhor?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Senhor, minha força e minha fortaleza, meu abrigo seguro na hora da adversidade, a ti virão as nações desde os confins da terra e dirão, ..." (NVI-PT) (Jer. 16:19)
Não é fácil ser um profeta do Senhor. Imagine o que o povo teria pensado de Jeremias quando ele obedeceu à ordem de Jeová de não se casar, nem ir a casamentos ou funerais.
É evidente que Jeremias já tinha atingido a idade de casar, ou provavelmente já tinha passou da idade normal de casar. Com certeza, os que mais se irritaram com ele foram os seus pais. Ao ser questionado por que não tinha se casado, Jeremias teria respondido que Senhor lhe dissera que não se casasse devido aos desastres horríveis que sobreviriam a Judá e Jerusalém, desastres tão horríveis que todos os filhos, filhas, mães e pais morreriam de doenças mortais, pela espada ou pela fome, e que seus cadáveres nem seriam enterrados, mas serviriam de alimento para os pássaros e animais selvagens (16:2-4). Essa mensagem teria sido arrepiante para todos os seus ouvintes!
Mas afinal, a decisão de se casar ou não era
um assunto pessoal; no entanto, sua ausência nos casamentos de seus parentes teria
sido um grosseiro insulto, e sua ausência em funerais teria sido um
ato de falta de compaixão cujo efeito teria sido gerar ainda mais
mal-entendidos e provocar ainda mais ódio em sua cidade natal, Anatote.
No entanto, em vez de ler mais queixas de Jeremias, lemos que ele irrompe num cântico de louvor: “Senhor, minha força e minha fortaleza, meu abrigo seguro na hora da adversidade” (16:19). Em seguida, ele nos dá a razão: “a ti virão as nações desde os confins da terra e dirão: 'Nossos antepassados possuíam deuses falsos, ídolos inúteis, que não lhes fizeram bem algum. Pode o homem mortal fazer os seus próprios deuses? Sim, mas estes não seriam deuses!” (16:19-20).
Sim, ele enxerga a vitória final do Senhor ao trazer de volta a Ele não só o povo de Israel, mas também as nações do mundo. Em outras palavras, quando Jeremias enxergou as coisas da perspectiva do reino, ele foi capaz de ignorar as dificuldades imediatas do seu ministério e encontrar fortaleza no Senhor.
Depois de seu cântico de louvor, o profeta escreve mais sobre suas lutas contínuas sob uma perseguição ferrenha, começando com o seguinte:
17:1-8—A pecaminosidade profundamente arraigada de Judá e seu destino inevitável
(1) Como o Senhor descreveu o quão profundamente arraigado estava o pecado de Judá? (v. 1)
(2) O que isso lhe ensina sobre sua própria pecaminosidade?
(3) É normal que se fale sobre as raízes profundas do pecado nos corações; no entanto, o que significa dizer que está gravado ou inscrito nas pontas dos seus altares? Quão detestável era o seu pecado? (v. 2)
(4) Seu castigo já tinha sido predito repetidas vezes. Quais poderiam ser os temas de destaque nesta porção (vv. 3-4), salientados por palavras como as
seguintes?
a. "Minha montanha" e "a herança que te dei"?
b. "tua riqueza e todos os teus tesouros" e "teus altos"?
c. Todos esses "darei por presa"
d. O povo seria escravizado "na terra que não conheces" ?
(5) A confiança no homem é contrastada com a confiança em Deus (vv. 5-8)
a. Confiar no homem ou em si mesmo implica forçosamente um afastamento do Senhor? (v. 5) Por que ou por que não?
b. O que o Senhor usa para descrever a futilidade de confiar no homem?
c. Em contrapartida, o que o Senhor usa para descrever a fecundidade de confiar nEle?
d. O que o Senhor esperava que Judá fizesse com esta mensagem naquela época?e. O que o Senhor espera que você faça com esta mensagem?
17:9-11—O coração do homem
(6) Quão verdadeira é a afirmação do v. 9?
(7) Como você pode aplicá-la ao seu próprio coração?
(8) Sobre que problema específico o Senhor advertiu Judá, caso a nação seguisse o desejo de seu coração iníquo? (v. 11)
17:12-18—A luta incessante de Jeremias
(9) Responda às seguintes perguntas à luz da teimosia do pecado de Judá, conforme descrito acima (vv. 1-4):
a. De acordo com os vv. 12-13, o que foi aquilo que Judá realmente tinha abandonado?
b. Quão merecido foi o seu castigo? (v. 13)
(10) Embora Jeremias tenha louvado ao Senhor (vv. 12-13), qual era o maior desafio que enfrentou? (v. 15)
(11) Como ele enfrentou esse desafio? (v. 16)
(12) O que ele pediu que o Senhor fizesse por ele? (vv. 14 e 17)
(13) O que ele pediu que o Senhor fizesse com seus perseguidores? (v. 18)
(14) O Senhor lhe deu uma resposta imediata? Por que ou por que não?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Um trono glorioso, exaltado desde o início, é o lugar de nosso santuário. Ó Senhor, Esperança de Israel, todos os que te abandonarem sofrerão vergonha; aqueles que se desviarem de ti terão os seus nomes escritos no pó, pois abandonaram o Senhor, a fonte de água viva.” (NVI-PT) (Jeremias 17:12-13)
Embora o Senhor tivesse revelado as raízes profundas do pecado de Judá, comparando-o
a algo que foi gravado com uma ferramenta de ferro e inscrito com uma
ponta de sílex em seus corações, o profeta não terminou esta porção de sua
mensagem com um lamento, mas com louvor (17:12-13). No entanto, nessas palavras de louvor ao Senhor, ele expôs que a decisão de Judá de abandonar o Senhor tinha sido insensato, pelas seguintes razões:
- O trono Deus entre os querubins tinha sido um “trono de glória” desde o princípio, isto é, desde a época de Moisés. É impensável que Deus estabeleça Seu trono entre os homens, e foi um tremendo privilégio para Israel.
- Ele era o santuário de Seu povo, um lugar onde eles podiam se encontrar com o Santo que decidiu ser o seu Deus.
- Ele era a esperança de Israel. Isso faz eco da repreensão sobre a futilidade de confiar no homem e em sua própria força (17:5-6), uma vez que Deus tinha mostrado uma e outra vez que Ele era sua única esperança.
- O Senhor é a fonte de água viva. Como aprendemos mais tarde nas palavras do nosso Senhor Jesus Cristo, Deus não é só a fonte desta vida, mas também da vida eterna (João 4:14).
Se Israel devia apreciar esses privilégios, quanto mais nós, em cujos corações Deus está entronizado, nós que temos comunhão direta com o Espírito Santo que habita em nós, que temos esperança eterna e vida eterna! Não é à toa que Pedro disse: “Senhor, para quem iremos ? Tu tens as palavras de vida eterna” (Jo. 6:68).
17:19-27—Deus os exorta a santificar o sábado
(1) Quão importante é este mandamento sobre o sábado? (Êxodo 20:8-11; 31:12-17)
(2) Qual foi o objetivo final de Deus ao instituir o sábado?
(3) Como o povo estava violando este mandamento sobre o sábado? (17:21-22)
(4) Se o propósito não fosse trabalhar ou fazer comércio, por que as pessoas levariam uma carga para fora de suas casas; em particular, por que eles a carregariam pelas portas da cidade de Jerusalém? (Vide Neemias 13:19-22 sobre a prática de levar uma carga pronta para o dia depois do sábado.)
(5) Mesmo nesta fase avançada da rebelião do povo, o que o Senhor lhes prometeu se santificasseem o sábado? (17:24-26) Por quê?
(6) De todos os pecados do povo, por que Deus se importava tanto com sua negligência em santificar o sábado?
(7) O que teria significado para o povo decidir santificar o sábado?
18:1-12—O Senhor é o oleiro, e nós o barro
(8) Outra lição objetiva que o Senhor quis que o profeta entendesse em primeira mão era a maneira como um oleiro molda e remodela o barro "de acordo com a sua vontade” (v. 4)
a. Uma vez que Deus era o Oleiro e Israel o barro em Suas mãos (v. 6), o que esta lição significava para Israel?
b. Deus não é o Oleiro somente de Israel, mas de todas as nações: Que princípios o Senhor esclarece quanto ao trato que Ele dá a todas as nações? (vv. 7-8)
c. Como, então, você definiria o arrependimento de Deus? Como é diferente do arrependimento do homem? (vide também 1 Sam.15:29)
(9) Que mensagem Deus queria que Jeremias proclamasse ao povo de Judá? (v. 11)
(10) Por que o povo respondeu dizendo: "Não adianta"? O que eles queriam dizer com isso? (v. 12)
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Se em algum momento eu decretar que uma nação ou um reino seja arrancado, despedaçado e arruinado, e se essa nação que eu adverti converter-se da sua perversidade, então eu me arrependerei e não trarei sobre ela a desgraça que eu tinha planejado.” (NVI-PT (Jeremias 18:7-8)
Às vezes nos deparamos com relatos na Bíblia nos quais Deus parece se arrepender de Suas ações a ponto de desistir do que tinha planejado ou decretado. Um exemplo típico disso é quando ele se arrepende de ter criado o homem e decide aniquilá-lo com o dilúvio na época de Noé. Gênesis 6:6 diz: "Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e isso cortou-lhe o coração" (NVI-PT).
No entanto, quando Samuel confrontou o pecado de Saul, ele insistiu que Deus nunca desistirá ou mudará de ideia, dizendo "Aquele que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender" (1 Sam. 15:29). Essas palavras de Samuel nos levam a perguntar se Deus de fato muda de idéia ou não; e se a resposta for sim, talvez duvidemos de Sua afirmação de ser onisciente e onipotente.
Em Sua mensagem especial, que devia ser entregue ao povo de Judá, o Senhor pediu a Jeremias que fosse à casa de um oleiro e, baseado em suas próprias observações, dizer ao povo que o Senhor é um Deus que está disposto a desistir de Seus planos, mas não no mesmo sentido que um ser humano, uma vez que Ele já estabeleceu de antemão o princípio sobre o qual Ele mudará de opinião, a saber:
- Sempre se pode evitar o juízo sobre o qual Ele nos adverte, desde que nos arrependamos.
- Sua promessa de bênção sempre pode ser anulada quando Seu povo se torna mau.
Esse é o Seu princípio "imutável" com o qual sempre podemos contar. Ele nos ensina muito sobre a imutabilidade de Deus, não sobre Sua mutabilidade, e salienta ainda mais o Seu amor e compaixão imutáveis!
18:13-17—A reação de Deus diante da resposta do povo: “Não adianta”: O Senhor lamenta a obstinação do povo e sua determinação de não voltar para Ele:
(1) Por que o Senhor os chamou “a virgem, Israel”? (v. 13)
(2) Por que Ele os comparou com a neve e com a água que flui do Líbano? (v. 14)
(3) Como o povo tinha se esquecido do Senhor? (v. 15)
(4) A idolatria o tinha levado a caminhos melhores na vida? (v. 15b)
(5) Qual seria o seu juízo? (vv. 16-17)
(6) Deus os ajudaria em seu dia de calamidade? Por que ou por que não? (v. 17b)
18:18—A resposta do povo diante da mensagem: Lembre-se de que Jeremias estava pregando essas mensagens em todas as portas de Jerusalém para que todos as ouvissem.
(7) Jeremias foi o único sacerdote e profeta naquela época?
(8) Por que o povo pensou que não sofreria espiritualmente sem Jeremias?
(9) O que o povo planejou fazer?
18:19-23—A oração de Jeremias para ser justificado diante do povo
(10) Uma vez que Jeremias já tinha intercedido em favor do povo, o que você esperava que o profeta orasse?
(11) Foi precisamente sua intercessão anterior que, desta vez, fez com que o profeta orasse pedindo juízo:
a. Que tipo de juízo ele pediu? (18:21-22)
b. O que mais Jeremias pediu que o Senhor fizesse, algo que era muito mais sério do que a fome, a espada e a morte? (18:23)
c. Ele teve razão em pedir isso? Por que ou por que não?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Lembra-te de que eu compareci diante de ti para interceder em favor deles, para que desviasses deles a tua ira." (NVI-PT) (Jeremias 18:20)
Embora Deus tivesse dito a Jeremias: “Ainda que Moisés e Samuel estivessem diante de mim, intercedendo por este povo, eu não lhes mostraria favor" (15:1), ele nunca deixou de interceder pelo seu povo. No entanto, quando pela segunda vez tramaram um plano para matá-lo (18:18), ele parece ter cedido e pedido ao Senhor que não perdoasse os “crimes” e “pecados” do povo, o contrário do que tinha feito Moisés (Êx 32:32). É claro que não estamos em condições de julgar Jeremias, porque pelo menos o povo não conspirou para matar Moisés. No entanto, uma coisa sempre é certa, a saber, a vida do servo de Deus está firmemente em Suas mãos; ninguém pode tocá-lo sem a permissão de Deus. Isso me lembra as palavras de um antigo hino que sempre se cantava no cais naquela época em que um irmão ou uma irmã deixavam Hong Kong para estudar no exterior. Suas palavras têm sido uma grande ajuda para mim em tempos de dificuldade e solidão
Deus cuidará de ti,
Em cada dia proverá;
Sim, cuidará de ti,
Deus cuidará de ti.
1
Aflito e triste coração,
Deus cuidará de ti;
Por ti opera a su a mão,
Que cuidará de ti.
2
Na dor cruel, na provação,
Deus cuidará de ti;
Socorro dá e salvação,
Pois cuidará de ti.
3
A tua fé Deus quer provar,
Mas cuidará de ti;
O teu amor quer aumentar,
E cuidará de ti.
4
Nos seus tesouros tudo tens,
Deus cuidará de ti;
Terrestres e celestes bens,
E cuidará de ti.
5
O que é mister te pode dar,
Quem cuidará de ti;
Nos braços seus te sustentar,
Pois cuidará de ti.
(Civilla Martín, 1869-1948)
https://www.youtube.com/watch?v=PrTqLK1nkH0
Agora, a mensagem de destruição é proclamada no vale de Ben-Hinom com a quebra um vaso de barro:
(1) Embora o povo odiasse tanto Jeremias, e alguns até tivessem conspirado para matá-lo, o que revela o fato de os anciãos e sacerdotes estarem dispostos a segui-lo até o vale de Ben-Hinom, sabendo que sua mensagem seria uma de mais condenação do povo, incluindo eles próprios? (19:1-2)
(2) À luz do seguinte, qual pode ser a importância do fato de a mensagem ter sido entregue no vale de Ben-Hinom?
a. O que os reis anteriores de Judá tinham feito neste vale (2 Crônicas 28:3; 33:6)
b. O que Josias tinha feito com este lugar durante sua reforma (2 Reis 23:10)
c. O que o povo tinha começado a fazer novamente (Jeremias 19:5)
(3) O que sugere a mudança do nome de "vale de Tofet" (cujo significado não é conhecido com certeza) para "vale da Matança"? (19:6)
(4) Quão semelhante seria a devastação à da época de Eliseu em Samaria? (Jeremias 19:9; 2 Reis 6:26 e ss.)
(5) Por que sua apostasia era tão abominável que merecia um castigo tão severo? (19:4-5)
(6) Os anciãos e sacerdotes já tinham ouvido mensagens semelhantes de destruição. Como o fato de eles estarem nesse vale e observarem o vaso se quebrar em pedaços teria afetado sua percepção desta mensagem?
(7) Alguns anos antes, Josias tinha profanado este mesmo vale como parte de sua reforma. Portanto, quão apropriado seria o castigo de enchê-lo com tantos cadáveres que seria impossível enterrá-los por causa de seus pecados, especialmente a retomada da prática de sacrificar crianças a Baal no mesmo Lugar? (19:11-13)
(8) Por que Jeremias teve que repetir esta mesma mensagem no pátio do templo do Senhor? (vv. 14-15)
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Vá comprar um vaso de barro de um oleiro. Leve com você alguns líderes do povo e alguns sacerdotes e vá em direção ao vale de Ben-Hinom, perto da entrada da porta dos Cacos. Proclame ali as palavras que eu lhe disser.” (NVI-PT) (Jeremias 19:1-2)
É natural querer agradar a todos. Jeremias, o profeta de Deus, não foi uma exceção. Suas muitas queixas sobre como foi tratado pelo seu povo, especialmente por seus colegas, os sacerdotes de Anatote, sugerem que ele ficou profundamente magoado, uma vez que os amava com um amor genuíno e havia orado por eles para que Deus (nas próprias palavras de Jeremias ) “desviasses deles a [S]ua ira” (18:20).
No entanto, embora o povo não gostasse dele (e sem dúvida ficava desconfiado cada vez que Jeremias abria a boca), sabiam que ele era o profeta de Deus, e o respeitavam. Portanto, apesar de seu ódio por ele, "alguns líderes do povo e alguns sacerdotes" estiveram dispostos a segui-lo até o vale de Ben-Hinom para ouvir outra mensagem de repreensão e juízo (19:1-2).
Essa é uma lição que nós, os servos do Senhor, devemos aprender. Por mais que queiramos ser amados pelo povo de Deus, ou pelo menos que eles gostem de nós, é muito mais importante ser respeitados como servos do Senhor, e isso só acontece quando pregamos fielmente a palavra de Deus a amamos genuinamente a congregação como seus pastores.
20:1-6—Jeremias e Pasur
(1) Onde o Senhor pediu a Jeremias que repetisse a profecia que já tinha proclamado no vale de Ben-Hinom, onde quebrou o vaso de barro? (19:14)
(2) Qual foi o resultado de sua pregação fiel? (20:2)
(3 ) Quem era Pasur? Por que ele bateu em Jeremias e o colocou na prisão? (vide o final de 20:6)
(4) Pasur tinha algum direito ou autoridade para fazer isso com Jeremias?
(5) Por que ele libertou Jeremias depois de somente um dia? (v. 3)
(6) Suas táticas funcionaram?
(7) A mensagem para Pasur (vv. 3b-6)
a. Que novo nome o Senhor lhe deu? (vide a Nota abaixo)
b. Qual seria o destino de Pasur? (vv. 4-6)
c. Qual foi o motivo do seu castigo? (v. 6b)
20:7-18—A queixa de Jeremias: Enquanto tentamos entender esta queixa dada em forma de poema, devemos “considerá-las como lutas espirituais, separadas uma da outra por um intervalo de tempo, pelas quais o profeta teve que passar de maneira sucessiva” (K&D, 198).
(8) Seus sofrimentos (vv. 7-10)
a. Por que ele culpou Deus por tê-lo enganado (ou persuadido) e prevalecido? (v. 7)
b. Como ele descreveu os resultados de sua obediência ao proclamar a palavra de Deus? (vv. 7-8)
c. Em algum momento ele pensou em desistir de pregar ou profetizar? (v. 9)
d. Ele conseguiu desistir? Por que ou por que não?
e. Que tipo de ameaças ele tinha ouvido? (vv. 10)
f. De quem?
(9) Um cântico de confiança, louvor e maldição (vv. 11-18)
a. Que pensamento de Jeremias fez com que ele confiasse em Deus? (vv. 11-12)
b. O que ele resolveu fazer e pedir com base nessa confiança? (v. 12)
c. Com essa confiança, ele também irrompeu num cântico de louvor, mas em seguida pronunciou a mais longa e amarga maldição do dia em que nasceu (vv. 13-18).
- Isso é concebível, do ponto de vista psicológico?
- Por que ou por que não?
- O que isso lhe ensina sobre o poder potencialmente devastador do sofrimento, especialmente aquele sofrimento que parece ser "interminável"?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Não há “razões
suficientes para supor que Jeremias tenha invertido o nome original (ou seja, dando o seu contrário) num sentido etimológico ou filológico. O
novo nome dado por Jeremias a Pasur destina-se a intimar o destino do
homem" (K&D, 194).
“Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção?” (NVI-PT) (Jer. 20:18)
Alguns comentaristas não podem conceber que Jeremias tenha lutando tanto com seus sofrimentos que seu estado emocional mudava tão rapidamente, ora cheio de confiança e louvor ora amaldiçoando o dia em que nasceu (20:11-18). Alguns até procuram inverter a ordem deste cântico de luta.
Keil e Delitzsch têm razão ao apontar que "os copistas não tratavam o texto bíblico de maneira tão arbitrária e desajeitada" (K&D, 198). A realidade é que todos nós somos humanos, e por mais fiel e inabalável que tenha sido o profeta Jeremias, ele ainda era capaz de sucumbir ao sofrimento, especialmente um sofrimento prolongado que parecia interminável. Assim, a confiança que recebia na oração podia ser anulada por emoções negativas. A capacidade de ser fortalecido no Senhor por meio da oração pode ser um longo processo com altos e baixos. No entanto, em última análise, Deus é fiel: "ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar" (1 Coríntios. 10:13).
Embora o texto não nos diga como Deus providenciou um escape neste momento específico da vida de Jeremias, sabemos que ele perseverou até o fim. E talvez este desabafo de suas emoções amargas, no qual ele amaldiçoou o dia em que nasceu, tenha lhe dado um espaço para respirar, após o qual ele conseguiu se acalmar e seguir em frente.
As mensagens desta grande porção do livros (que inclui os capítulos 21-33) são diferentes daquelas da seção anterior, uma vez que a maioria das profecias incluem as datas das declarações específicas, junto com uma descrição das circunstâncias em que foram dadas. Em geral, elas podem ser divididas em dois grupos: os capítulos 21-29, que descrevem o juízo que seria realizado por Nabucodonosor, e os capítulos 30-33, que descrevem a restauração de Israel e Judá.
21:1-2—O sítio de Jerusalém
(1) Leia 2 Reis 25:1-2 e 2 Crônicas 36:11-12 para entender o contexto histórico deste evento.
(2) O povo e Zedequias deveriam ter ficado surpresos ao escutarem sobre ataque de Nabucodonosor proveniente do norte? Por que ou por que não? (Você talvez queira refrescar sua memória com algumas das profecias que Jeremias já tinha dado desde a época de Josias: por exemplo, 1:13-15; 4:6; 6:1, 22; 10:22; 13:20; 15:12)
(3) Com tantas profecias, por que o rei se daria ao trabalho de consultar o Senhor?
a. Que resposta ele esperava receber do Senhor?
b. Que resposta você acha que ele receberia do Senhor?
21:3-7—A Resposta do Senhor (Parte I)
(4) O que aconteceria com sua força defensiva, cujo objetivo era tentar romper o cerco? (v. 4)
(5) Por quê? Quem era seu verdadeiro inimigo? (v. 5)
(6) O que aconteceria com os homens e animais que estavam dentro da cidade? (v. 6)
(7) O que aconteceria com aqueles que sobrevivessem à praga, à espada e à fome? (v. 7)
(8) Como essa profecia se cumpriu? (vide 2 Reis 25:3-7)
21:8-14—A Resposta do Senhor (Parte II)
(9) Embora a primeira parte da resposta do Senhor tenha sido uma de total desespero, Ele lhes ofereceu um escape:
a. O que foi?
b. Por que Zedequias devia escolher a opção de permanecer vivo? Porque ele não faria isso?
(10) A essa altura, a destruição de Jerusalém já era inevitável? Por quê? (v. 10)
(11) O que aconteceria se o povo obedecesse à ordem no v. 12?
a. Por que este trecho destaca o pecado da injustiça?
b. Já era tarde demais se o povo se arrependesse genuinamente? Por que ou por que não?
(12) Por que eles ainda tinham confiança de que venceriam? (v. 13)
(13) Qual seria o seu destino? (v. 14)
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Consulte agora o Senhor por nós porque Nabucodonosor, rei da Babilônia, está nos atacando. Talvez o Senhor faça por nós uma de suas maravilhas e, assim, ele se retire de nós." (NVI-PT) (Jeremias 21:2)
Ao longo de vinte capítulos, lemos uma repreensão após outra dada pelo Senhor contra os reis e o povo de Judá, com numerosas predições específicas de uma devastadora invasão proveniente do norte (vide Jeremias 1:13-15; 4:6; 6:1, 22; 10:22; 13:20; 15:12) como castigo pelos seus pecados. Agora, os invasores do norte, liderados por Nabucodonosor, rei da Babilônia, já estavam cercando o povo "do lado de fora do muro [de Jerusalém]" (21:4). O rei deveria ter entendido que, uma vez que ele também fazia "o que era mau aos olhos do Senhor" (2 Crônicas 36:12), finalmente havia chegado o fim para Judá. Por que, então, ele pediu a Jeremias que consultasse o Senhor? Que resposta ele esperava do Senhor?
Embora a Bíblia não nos dê uma resposta clara a essa pergunta, o que Zedequias disse a Jeremias nos dá uma ideia do que ele talvez estivesse esperando: "bem pode ser que o Senhor opere conosco segundo todas as suas maravilhas e o faça retirar-se de nós" (21:2).
Em outras palavras, ele não negou que o cerco de Nabucodonosor fosse o cumprimento das palavras de Jeremias, nem que fosse o resultado dos pecados do povo; mas apesar de reconhecer essas duas coisas, ele não achava que fosse necessário um arrependimento total, e talvez até pensasse que, devido à sua pequena mostra de humildade ao consultar o Senhor por meio de Jeremias, Ele mudaria de ideia. Sua atitude é típica daquela de alguns cristãos que enfatizam tanto o amor de Deus que consideram com ligeireza a Sua ira.
Portanto, o Senhor afirmou em termos inequívocos que Sua ira era real, dizendo: "E eu vos visitarei segundo o fruto das vossas ações ... e acenderei o fogo no seu bosque, que consumirá a tudo o que está em redor dela." (21:14).