Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Jeremias no Velho Testamento.
Este capítulo é provavelmente uma coleção de ditos relativos aos vários reis de Judá após a morte de Josias.
22:1-9—A mensagem para o rei: Independentemente de quem tenha sido este rei, a mensagem obviamente se aplica a todos os reis que governaram Judá depois de Josias:
(1) Por que Deus lembrou o rei de Judá que ele estava sentado no trono de Davi? (v. 2)
(2) De todos os deveres do rei, por que Deus enfatizou o dever de fazer a justiça e o direito? (v. 3)
(3) Ao dar essa ordem ou lembrete, por que o Senhor se preocupou especificamente com o seguinte?
a. livrar os explorados e oprimidos
b. não oprimir nem maltratar o estrangeiro, o órfão e a viúva
c. não derramar sangue inocente
d. Qual é a implicação disso para nós hoje?
(4) Que bênçãos e maldições são pronunciadas em função de sua obediência ou desobediência a este mandamento? (v. 5)
(5) Os v. 6-9 dão mais detalhes sobre as maldições sobre o palácio:
a. À luz do contraste dado nos vv. 6-7, que tipo de orgulho o rei deve ter sentido do seu palácio?
b. Como isso deveria ter impactado o rei?
c. Que efeito o Senhor desejava produzir com a pergunta e resposta nos vv. 8-9?
22:10-17—A mensagem a Jeoacaz (vide a Nota abaixo)
(6) Por que o Senhor pediu ao povo que não chorasse pelo rei morto (isto é, o piedoso Josias), mas que em vez disso chorasse amargamente pelo seu sucessor? (vv. 10-12)
(7) Seus pecados, exemplificados por seu palácio, são destacados nos vv. 13-17.
a. Quão extravagante era seu palácio? (v. 14)
b. A extravagância é um pecado em si? Por que ou por que não?
c. Que pecados, além de sua extravagância, são expressos nos seguintes aspectos?
- a maneira como ele tratava seus trabalhadores (v. 14)
- sua atitude com relação à sua posição como rei no trono de Davi
(8) O Senhor o compara com seu pai Josias (vv. 15-17).
a. Em particular, como a vida de Josias foi uma definição do que significa "conhecer o Senhor"? (v. 16)
b. Quão diferente ele foi de seu pai?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
"Este Salum, que se tornou rei no lugar de seu pai Josias, não pode ser outro senão o sucessor de Josias, chamado Jeoacaz em 2 Reis 23:30 e ss." (K&D, 208). Ele sucedeu a Josias após sua morte, mas foi deposto quase imediatamente pelo faraó Neco e deportado para o Egito três meses depois (2 Reis 23:31-35).
"Não é isso que significa conhecer-me?" (NVI-PT) (Jeremias 22:16)
Às vezes, quando usamos a expressão "conhecer a Deus" tornamos as coisas profundas ou complicadas demais. O Senhor deu uma definição muito mais simples ao rei Jeoacaz ao compará-lo com Josias. Ele disse isso: “Você acha que acumular cedro faz de você um rei? O seu pai não teve comida e bebida? Ele fez o que era justo e certo, e tudo ia bem com ele. Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-me?" (22:15-16).
Isso não quer dizer que Josias, ao fazer essas coisas, veio a conhecer a Deus, mas que ao fazer essas coisas como rei, ele mostrou que realmente conhecia a Deus. Essas coisas incluem o seguinte:
- Entender o que significa ser rei sob a aliança de Deus: Josias entendeu o que significava sentar no trono de Davi. Ele entendeu que não era rei para que pudesse acumular poder, prazer e glória para si mesmo, mas para pastorear o povo de Deus. Por isso, ele viveu uma vida de contentamento e ficava satisfeito em comer e beber, sem buscar uma vida de luxo.
- Compreender a situação dos pobres e marginalizados: Embora "sempre haveria pobres", o rei tinha autoridade para corrigir o mal e buscar justiça para os oprimidos e necessitados; portanto, Josias entendeu que essa era a responsabilidade principal de sua função.
Em outras palavras, todos aqueles que afirmam conhecer o Senhor devem concretizar sua compreensão das duas verdades acima, pelas seguintes razões: (1) Todos nós temos um relacionamento de aliança com o Senhor; fomos comprados pelo sangue de Cristo e não pertencemos mais a nós mesmos, nem vivemos para nós mesmos, mas para Deus. Isso se expressa numa vida de contentamento. (2) Entendemos o nosso papel específico em Seu reino; embora não tenhamos o papel de governante, todos temos os nossos próprios papéis específicos, e o que Deus exige é que sejamos fiéis em cumpri-los, seja o papel de mãe, professor ou aluno. Quando concretizamos a nossa compreensão dessas verdades, demonstramos que realmente conhecemos a Deus!
22:18-23—Uma mensagem para Jeoiaquim
(1) Que tipo de juízo foi pronunciado sobre este rei? (vv. 18-19)
(2) Quão lamentável seria sua morte?
(3) Qual de seus pecados é mencionado de maneira específica? (vv. 20-21, vide também a Nota abaixo)
(4) O que aconteceria com as pessoas (v. 22) e coisas (v. 23) nas quais ele confiava e das quais se orgulhava?
(5) A que o Senhor compara a dor que sofreria? (v. 23)
22:24-30—Uma mensagem para Conias: O juízo é pronunciado sobre este rei; será entregue nas mãos de Nabucodonosor.
(6) Por que o Senhor comparou isso à ação de arrancar o anel de selar de Sua mão direita? (v. 24)
(7) Por que Ele usou o termo “expulsarei” ao predizer seu exílio? (v. 26)
(8) Aliás, o juízo abrange mais do que o exílio: a que levaria o exílio? (vv. 26-27)
(9) A mensagem termina com um poema sarcástico que usa a "terra" (Jerusalém) para zombar de Joaquim (vv. 28-30)
a. O que representa a imagem do vaso quebrado?
b. Para esse rei, ter filhos seria uma bênção ou uma maldição?
c. O que poderia significar o fato de ele chamar a “terra” como testemunha?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
O povo de Judá devia erguer seu clamor “sobre os montes mais altos, para que fosse ouvido de perto e de longe. Menciona-se os picos das massas montanhosas nas fronteiras da Palestina, onde se pode observar a terra, a saber, o Líbano ao norte, as montanhas de Basã [Sl. 86:16] ao nordeste, os de Abarim ao sudeste, entre os quais estava o monte Nebo…” (K&D, 212).
"Ele terá o enterro de um jumento: arrastado e lançado fora das portas de Jerusalém!" (NVI-PT) (Jeremias 22:19)
Alguns questionam a autenticidade ou veracidade desta profecia sobre a trágica morte de Jeoiaquim (Jer. 22:18-19), simplesmente porque nem a história bíblica nem a história secular nos dão um relato de sua morte. Em resposta a essas críticas, gostaria de citar as seguintes palavras de Keil e Delitzsch:
“Não há registro de exéquias ou sepultamento de Jeoiaquim em 2 Reis 24, e Crônicas nem sequer menciona sua morte... A ausência de um testemunho direto sobre o cumprimento da presente profecia não é razão para duvidar de seu cumprimento, especialmente à luz da extrema concisão dos relatos sobre os reinados dos últimos reis registrados pelo autor dos livros de Reis e Crônicas."
(K&D, 212)
É por isso que as profecias bíblicas são tão belas. Milhares de profecias bíblicas já foram cumpridas ao longo dos últimos 4.000 anos, entre os quais estão 333 profecias do Velho Testamento sobre Jesus Cristo (como aponta o Dr. Kennedy, autor de Evangelism Explosion). Isso serve para confirmar as palavras do apóstolo Pedro de que “jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:21). Portanto, podemos ter certeza de que também serão cumpridas as profecias da Bíblia sobre o futuro do mundo e a vinda do Reino de Deus, as quais ainda não foram cumpridas, e de que essas profecias são muito mais precisas que os jornais de amanhã.
23:1-8—Uma mensagem para os pastores (os governantes do povo)
(1) Quais deveriam ter sido os deveres dos pastores (isto é, dos governantes)? (v. 2 )
(2) Como os governantes tinham negligenciado o povo? ( v. 2)
(3) De que maneira específica Deus interviria? (vv. 3-4)
(4) Deus promete levantar o Pastor Principal (vv. 5-6)
a. Como Ele é chamado? (v. 5)
b. Que significa isso? (vide Isaías 11:1-10)
c. O que Ele fará? (v. 5)
d. O que mais Ele deverá fazer como parte de Seu chamado, além de salvar Judá e Israel? (v. 6)
(5) Por que a libertação futura da nação será tão grande que substituirá a lembrança de sua libertação do Egito?
23:9-18—Os profetas mentirosos
(6) Jeremias disse que tinha ficado totalmente arrasado pelas palavras sagradas e pelo Senhor (v. 9). Por quê?
a. Foi o simples fato de ouvir as palavras?
b. Foi o que ele aprendeu sobre os horríveis pecados dos profetas?
c. Foi a notícia do severo castigo pronunciado pelo Senhor?
(7) Enquanto os governantes eram considerados "pastores" (23:1), o que os profetas deviam ser? Que poder eles possuíam? (v. 10)
(8) Quão perversos eram seus pecados? (vv. 10-11)
(9) Qual seria o seu castigo? (vv. 12, 15)
(10) Em sua opinião, se comparássemos os profetas de Samaria (o reino do norte que já tinha caído) com os da Judéia, quais seriam mais perversos? (vv. 13-14 ) Por quê ?
(11) De onde esses profetas tinham recebido suas mensagens? (vv. 16-18)
(12) Quem prestava atenção às suas mensagens? (v. 17)
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Vivem dizendo àqueles que desprezam a palavra do Senhor ... E a todos os que seguem a obstinação dos seus corações ...” (NVI-PT) (Jer. 23:17)
Depois de proclamar uma severa mensagem de advertência aos reis (capítulo 22), seguida de uma mensagem aos pastores (isto é, os governantes), O Senhor agora dirige sua ira contra os líderes espirituais, os profetas.
É óbvio que esses profetas tinham se tornado clérigos profissionais, fazendo de suas atividades quase uma carreira secular. Como resultado, esses profetas, juntamente com os sacerdotes, eram "profanos"; pior ainda, eles praticavam suas iniquidades no templo do Senhor (23:11). Com um estilo de vida descarado e pecaminoso que incluía adultério (23:14), é de se perguntar por que as pessoas acreditavam em suas mensagens. Com frequência, a mesma pergunta é feita hoje em igrejas onde o as pessoas continuam defendendo cegamente pastores ou líderes que cometeram pecados graves, como o adultério ou o desvio de recursos.
O Senhor, por meio de Jeremias, nos dá uma resposta muito clara. Aqueles que cegamente ouvem e seguem esses profetas ímpios são aqueles que já desprezaram o Senhor e seguiram a obstinação dos seus corações (23:17). Portanto, não é uma questão de falta de discernimento, mas uma questão de quem é o ouvinte. Esses profetas na verdade pregam aos "convertidos", isto é, aqueles que foram convertidos para seguir seus maus caminhos.
O Senhor estava apenas começando com Suas acusações contra os profetas:
23:19-22—O fracasso dos profetas
(1) Como o Senhor expressou Sua ira contra os profetas? (vv. 19-20)
(2) Como o Senhor queria que os profetas O servissem? (v. 22)
(3) Os profetas O tinham decepcionado por não estarem em Seu conselho (vv. 22, 18). O que significa estar em Seu conselho?
23:23-29—As mentiras dos profetas
(4) Que táticas os profetas tinham usado para difundir suas mentiras? (v. 25)
(5) Por que essa tática é tão eficaz para fazer as pessoas esquecerem o nome de Deus? (v. 27)
(6) Por que o Senhor salientou que Ele também é um Deus de longe ? (v. 23)
(7) Quão poderosos são aqueles que realmente possuem a Palavra de Deus? (v. 29)
23:30-33—"Eu sou contra os profetas"
(8) Quantas vezes o Senhor disse que Ele é contra eles?
(9) Por que o Senhor não os nomeou como Seus profetas?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Ouvi o que dizem os profetas, que profetizam mentiras em meu nome, dizendo: ‘Tive um sonho! Tive um sonho!’.” (NVI-PT) (Jer. 23:25)
Em Seu ataque feroz aos profetas, o Senhor foca o uso dos sonhos pelos profetas como uma ferramenta para fazer o povo esquecer Seu nome (23:27), comparando o resultado com o que seus antepassados tinham feito através do culto a Baal. Essa mesma ferramente ainda é usada hoje por aqueles que procuram enganar as pessoas.
Pelas seguintes razões, o uso dos sonhos é bastante atraente para aqueles que são ingênuos quanto às coisas do Senhor:
1. Os sonhos são tão pessoais que é impossível contestar a experiência daqueles que os contam.
2. Os sonhos parecem ser extremamente espirituais, fazendo com que as pessoas pensem que têm um relacionamento muito próximo com o Senhor, e que devem ser muito especiais para Ele.
No entanto, quando as pessoas acreditam que seus sonhos vêm do Senhor, esses sonhos se tornam uma licença para propagar ensinamentos que não são necessariamente bíblicos. Assim é como nascem as seitas.
Não quero dizer que o Senhor não usa sonhos para falar às pessoas hoje. Ele ainda usa sonhos, especialmente para falar com aqueles muçulmanos que O buscam sinceramente. Já ouvimos muitos relatos de pessoas que viram Jesus e, como resultado dessa experiência, renunciaram ao Islã para seguir a Cristo. Mas confiar nos sonhos como fontes de ensino, em vez de confiar nas palavras de Deus reveladas nas Escrituras, é algo completamente diferente.
23:33-40—O resultado de se esquecer da Palavra de Deus
(1) Uma vez que o povo (e os profetas) não se importava com as palavras de Deus, por que pediria um “oráculo” (a palavra original significa peso) do Senhor?
(2) Alguns comentaristas sugerem que fizeram esse pedido como uma espécie de zombaria, uma vez que as profecias de Jeremias ainda não tinham sido cumpridas. O que você acha?
(3) Qual foi a resposta de Deus? Por quê? (v. 33)
(4) O que aconteceria com aqueles que fingissem ter uma resposta de Deus? (v. 34)
(5) Quanto ao resto das pessoas, elas se tornariam o “oráculo” (vv. 35-36). O que significa isso?
(6) O que finalmente impediria qualquer falsa profecia? (vv. 37-38)
(7) O abandono pronunciado originalmente no versículo 33 é repetido aqui (vv. 39-40).
a. Qual é o resultado de esquecer as palavras de Deus?
b. Embora o povo tivesse esquecido as palavras de Deus, sendo, portanto, esquecidos por Deus, que aspecto permanente jamais seria esquecido?
24:1-10—A visão de dois cestos de figos (vide a Nota abaixo)
(8) Qual pode ter sido o significado dos dois cestos de figos “postos diante do templo do Senhor”? (v. 1)
(9) Reflita sobre o que as seguintes pessoas teriam pensado à medida que as profecias de destruição de Jeremias iam sendo cumpridas:
a. Quais verdades o povo e seus reis precisavam reconhecer com relação à sua difícil situação?
b. O que os exilados teriam pensado sobre sua situação?
c. O que aqueles que foram deixados, sem serem capturados, teriam pensado sobre sua situação?
(10) Qual é a mensagem dos figos bons?
(11) O que isso teria significado para aqueles que já estavam no exílio?
(12) Qual é a mensagem dos figos podres?
(13) Permaneceriam muito tempo em sua terra? Por que ou por que não?
(14) Por que Deus trataria os que tinham sido deixados com tanta severidade?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
“O contexto histórico desta visão é a primeira deportação do povo no ano de 597 a.C. Após o exílio de Joaquim e dos principais cidadãos de Judá (2 Reis. 24:10-17), parece que aqueles que tinham sido deixados ficaram cheios de otimismo com relação ao futuro. O novo rei Zedequias até participou de uma conspiração com as nações vizinhos para se rebelar novamente contra a Babilônia (cap. 27). Os falsos profetas anunciavam um rápido retorno dos exilados da Babilônia (cap. 28). Jeremias percebeu que a atitude do rei e de seus partidários em Judá estava errada."
(NICOT, 507)
"Mas nunca mais vos lembrareis do peso do Senhor, porque a cada um lhe servirá de peso a sua própria palavra ..." (ARC) (Jer. 23:36)
Este trecho sobre aqueles que estavam perguntando sobre o oráculo do Senhor é difícil de entender, em parte por causa do trocadilho com a palavra "oráculo" (cujo significado literal é "peso"), mas também por causa das várias maneiras que os vv. 37-38 têm sido traduzidos; mas apesar disso, sua mensagem principal é muito clara: Deus lançaria fora o povo como se fosse um fardo.
Na parte mais longa desta repreensão aos falsos profetas (23:25-40), Jeremias deixou claro que eles eram culpados de fazer o povo esquecer o nome do Senhor (v. 27), enquanto o povo era culpado de tratar as palavras de Deus como se fossem um peso. Portanto, Deus os trataria de forma correspondente, com os seguintes castigos:
- Seriam esquecidos por Deus; a única coisa que não seria esquecida era sua “vergonha permanente” e sua “humilhação perpétua”.
- O povo se tornaria um peso tão grande para o Senhor que Ele o expulsaria de Sua presença (vv. 39-40).
Enquanto eu ponderava sobre esses dois castigos muito adequados, perguntava-me qual deles seria pior!
Acho que a vergonha e a humilhação, por mais horríveis que sejam, ainda podem ser suportáveis; mas ser lançado para longe da presença de Deus como um peso é a maldição máxima!
Lembro-me de que quando era criança, meus pais com frequência me castigavam pelos meus atos de desobediência. Embora o castigo sempre trouxesse dor física e humilhação, o pior era quando me mandavam sair de casa e “nunca mais voltar”. Mesmo sabendo que era sempre uma simples ameaça vazia, era o suficiente para me fazer pedir desculpas e prometer não desobedecer de novo. Imagine ser expulso de casa. Era impensável! Portanto, ser expulso da presença de Deus deve ser o castigo mais terrível que alguém pode receber.
O destino do Israel de outrora deveria servir como uma severa advertência a todos os que ainda não receberam o perdão de Deus em Cristo Jesus!
(1) Uma vez que o reinado de Josias em Jerusalém durou 31 anos (2 Crônicas 34:1), por quanto tempo Jeremias tinha servido como profeta sob esse rei piedoso, e durante quantos anos ele tinha estado proclamando as palavras do Senhor, desde a morte de Josias até o momento mencionado neste trecho? (v. 3)
(2) Como Jeremias resumiu as mensagens dos profetas? (vv. 5-6)
(3) Qual foi a mensagem principal?
(4) Como o povo tinha recebido as palavras de Deus transmitidas por meio dos vários profetas, um dos quais era Jeremias? Por quê? (v. 7)
(5) Que castigos foram pronunciados por causa de seus pecados? (vv. 9-11)
(6) Quão iminente era a invasão de Nabucodonosor? (Vide Dan. 1:1, que talvez sugira que Nabucodonosor começou a se mobilizar no terceiro ano do reinado de Jeoiaquim, mas só sitiou a cidade mais tarde, no seu quarto ano.)
(7) No entanto, que castigo também recairia sobre os invasores babilônicos?
(8) Por quê? (v. 14)
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Durante vinte e três anos a palavra do Senhor tem vindo a mim, desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje. E eu a tenho anunciado a vocês, dia após dia, mas vocês não me deram ouvidos." (NVI-PT) (Jeremias 25:3)
Esta mensagem específica, proclamada no quarto ano de Jeoiaquim, nos dá um pouco mais de informação que nos ajuda a entender do ministério de Jeremias.
Sabemos que Jeremias foi chamado quando ainda era jovem, uma vez que ele se descreveu como "um jovem" ou uma criança (1:7). Isso provavelmente aconteceu no final de sua adolescência. Agora sabemos também que ele foi chamado para ser profeta no décimo terceiro ano do rei Josias, que ná época tinha 21 anos, uma vez que subiu ao trono aos oito anos (2 Reis 22:1). Em outras palavras, Deus tinha começado um movimento juvenil para trazer o povo de volta a Ele, usando um jovem rei e um jovem profeta. E durante os próximos 19 anos, até a morte de Josias no ano 31 de seu reinado, Jeremias pregou sobre o juízo iminente de Deus, um tema que deveria ter servido como um poderoso incentivo para guiar o povo a algo mais que um simples fervor religioso superficial sob a reforma dramática liderada pelo rei Josias. Infelizmente, devido à restauração do fervor religioso externo pelo rei e aos outros profetas que pregavam "paz, paz" (6:14), a mensagem de Jeremias geralmente caiu em saco roto.
Agora, após a morte de Josias, o povo começou a mostrar suas verdadeiras atitudes sob os sucessivos reis que governaram depois de Josias, os quais rapidamente levaram a nação de volta à idolatria (2 Reis 23:23, 37). Assim, quatro anos depois do começo do reinado deste malvado Rei Jeoiaquim, e com a iminente invasão de Nabucodonosor (que provavelmente sitiou Jerusalém mais tarde naquele mesmo ano - vide Dan. 1:1), a mensagem de Jeremias ficou mais urgente. Infelizmente, ela não só foi ignorada: como lemos em Jeremias 36, o rei ficou tão furioso com sua mensagem que a “cortava com uma faca de escrivão e as atirava no braseiro, até que o rolo inteiro foi queimado no braseiro” (36:23). A Bíblia também comenta que “O rei e todos os seus conselheiros que ouviram todas aquelas palavras não ficaram alarmados nem rasgaram as suas roupas, lamentando-se” (36:24).
Não é necessário repetir aqui o juízo pronunciado mais uma vez por Jeremias contra o povo (25:9-11), um castigo que, é claro, foi cumprido pouco depois desta mensagem. No entanto, minha visita recente a alguns dos memoriais do Holocausto na Europa me fez perguntar o que precisa acontecer para o povo de Israel finalmente prestar atenção às mensagens dos profetas. Jeremias dá a resposta no resto do capítulo.
A Ira Contra as Nações :
(1) O que Jeremias viu nessa visão? (v. 15)
(2) Por que o Senhor usou uma cálice de vinho para representar Sua ira? (v. 16)
(3) Nesta visão, quais são os povos e nações que seriam obrigados a beber desta cálice da ira de Deus? (vv. 18-26)
(4) Por que estão incluidas nações que não eram inimigas do povo de Deus?
(5) Alguma dessas nações pode ser imune à ira de Deus? (v. 28)
(6) Por quê? (v. 29)
(7) Nesta descrição da ira de Deus sobre todos os habitantes da terra, de onde vem e o que significa o rugido do Senhor? (v. 30)
(8) Em que base Ele julgará a humanidade? (v. 31)
(9) Quão grande e severo será este juízo? (v. 33)
(10) Por que o Senhor se dirigiu especificamente aos pastores (os líderes das nações)? (vv. 34-36)
(11) Haverá algum lugar seguro na terra que possa ser imune a este desastre? (vv. 37-38)
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Os pastos tranqüilos estão devastados por causa do fogo da ira do Senhor.” (NVI-PT) (Jeremias 25:37)
Ao contrário das mensagens nos primeiros vinte e poucos capítulos do livro, muitas das mensagens entregues por Jeremias posteriormente (incluindo aqueles do capítulo 25) mencionam o contexto histórico exato.
Acredita-se geralmente que esta mensagem foi entregue pouco antes da invasão de Jerusalém por Nabucodonosor. O que torna especial essa mensagem específica não é somente a iminência do juízo, mas também o pronunciamento do juízo iminente contra a própria Babilônia, pelo qual essa incrível potência mundial seria limitada a um período de apenas setenta anos da história mundial (25:11). Isso foi, sem dúvida, confirmado pela história secular (aproximadamente desde a ascensão de Nabucodonosor no ano 604/5 a.C. até o fim do império babilônico em 536 a.C.) e mostra claramente que Deus está no controle total da história mundial, cujo único propósito é cumprir Seu plano final para a consumação da vinda do Reino de Deus. No entanto, o caráter único desta profecia também se deve à menção do juízo final de todas as nações e de todos os habitantes da terra, o qual ocorre num "contexto judicial" (NICOT, 519) em que o Senhor ruge de "Sua santa morada" por causa da maldade dos habitantes da terra (25:30-31).
É importante notar que esse juízo se aplica a “todos os reinos da face da terra” (25:26); nenhum está imune, nem mesmo “os pastos tranqüilos” (25:37). Claro, a profecia sobre este juízo mundial se refere a um tempo muito após a invasão imediata pelos babilônios. Refere-se ao juízo que Deus fará no fim dos tempos, ao qual muitas vezes se refere com a expressão "o dia do Senhor". Embora não queiramos que ninguém sufra coisas tão horríveis, a realidade para qualquer pessoa que não se arrepender e crer no Senhor Jesus Cristo, quer seja judeu ou gentil, será que não haverá refúgio seguro na terra onde poderá se esconder da ira de Deus naquele dia!