Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 42:1–22

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Jeremias no Velho Testamento.

(1) Depois de conseguirem resgatar os cativos tomados por Ismael, por que Joanã e seus homens não ficaram em Mispá ou Jerusalém?

(2) Eles realmente precisavam consultar o Senhor sobre o que deveriam fazer a seguir?

(3) Jeremias ficou contente com sua pergunta? (v. 4) Por que ou por que não?

(4) Que tipo de atitude o povo mostrou quando consultou o Senhor? Quão diferente foi sua atitude daquela do Rei Zedequias? (vv. 5-6; vide também 38:14 e ss.)

(5) Por que o Senhor não respondeu imediatamente? Por que demorou dez dias? (v. 7)

(6) Que opções o povo teria discutido quanto aos prós e contras durante esses dez dias?

(7) Qual era o temor do povo após a morte de Gedalias e dos guardas babilônicos em Mispá, mesmo que o culpado, Ismael, já tivesse sido expulso? (v. 11)

(8) O que Deus lhes disse para fazer? Que promessa Ele lhes fez? (v. 10)

(9) Por que a resposta de Deus foi tão diferente das palavras de repreensão e castigo que Ele costumava dar antes da destruição de Jerusalém? O que caracterizou a resposta de Deus? (vv. 10-12)

(10) Deus destacou que o verdadeiro desejo do povo era ir para o Egito (v. 14). Por que essa opção egípcia os atraía? (v. 14)

(11) Qual foi a advertência de Deus sobre essa opção? (vv. 15-17)

(12) O que o povo deveria ter aprendido com a destruição de Jerusalém? (v. 18)

(13) Por que Jeremias disse ao povo que tinha cometido um erro fatal enviá-lo para consultar ao Senhor? (vv. 19-22)

(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O amor eterno de Deus

Se vocês permanecerem nesta terra, eu os edificarei e não os destruirei; eu os plantarei e não os arrancarei, pois muito me pesa a desgraça que eu trouxe sobre vocês.” (NVI-PT) (Jeremias 42:10)

É verdade que, em nossos dias, parece que pregamos mais sobre o amor e a compaixão de Deus do que sobre Sua santidade e justiça; isso tem gerado uma geração de cristãos que parecem depender de sua confiança na "segurança eterna" e que vivem vidas que às vezes são piores daqueles dos não-crentes. É por isso também que muitas vezes ouvimos de pessoas que se recusam a escutar o nosso evangelho porque acusam (e com razão) alguns cristãos de serem hipócritas.

No entanto, isso não altera o fato de Deus realmente ser um Deus de amor e compaixão que não se deleita em castigar ninguém, nem mesmo os ímpios. Mesmo antes de finalmente trazer a destruição total sobre a casa de Israel e Jerusalém, Ele mesmo deixou claro: “Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que o seu povo haveria de morrer, ó nação de Israel?” (NVI-PT) (Ezequiel 33:11).

Nesse contexto, em que a destruição de Israel e Jerusalém já era uma realidade, o Senhor não demorou em oferecer Seu amor e misericórdia ao remanescente que tinha sobrevivido a esse castigo e encorajar o povo a permanecer em Jerusalém para que Ele pudesse derramar Seu amor e compaixão sobre eles. Leia atentamente as seguintes palavras que o Senhor falou ao remanescente:

‘Se vocês permanecerem nesta terra, eu os edificarei e não os destruirei; eu os plantarei e não os arrancarei, pois muito me pesa a desgraça que eu trouxe sobre vocês. Não tenham medo do rei da Babilônia, a quem vocês agora temem. Não tenham medo dele’, declara o Senhor, ‘pois estou com vocês e os salvarei e os livrarei das mãos dele. Eu terei compaixão de vocês, e ele também, e lhes permitirá retornar à terra de vocês’." (NVI-PT) (42:10-12) 

Aliás, essas palavras não são marcadas somente pela compaixão; percebe-se que estão saturadas pelo amor, o amor eterno de Deus! (Jeremias 31:3)

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 43:1–13

(1) Por que Joanã e seu povo queriam ir para o Egito em vez de ficar em Jerusalém?

(2) Por que Jeremias foi acusado de mentir para eles? (v. 2)

(3) Segundo eles, quem estava por trás da mentira de Jeremias? (v. 3) Por quê?

(4) Em que sentido esses homens eram "arrogantes"? (v. 2)

(5) Nesse caso, por que eles tinham decidido consultar ao Senhor, e até mesmo invocá-Lo como testemunha da sinceridade de sua disposição de obedecer? (42:5)

(6) Em sua opinião, esse remanescente era mais perverso do que Zedequias e aqueles que tinham perecido ou que tinham sido levados cativos pelos babilônios? Por que ou por que não?

(7) Quais foram os três grupos de pessoas que Joanã e seus oficiais levaram para o Egito, em desobediência ao mandamento do Senhor (vv. 4-7)?

(8) Deus falou para Jeremias enterrar (ou esconder) algumas pedras grandes na entrada do palácio do Faraó em Tafnes. Do que essas pedras seriam testemunhas? (v. 10)

(9) O que é destacado no terceto no v. 11?

(10) O que aconteceria com os deuses e templos do Egito? (vv. 12-13)

(11) Por que essa profecia menciona especificamente esses deuses e seus templos?

(12) Em que sentido(s) Nabucodonosor agiu como servo de Deus? (v. 10)

(13) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
a falsa obediência

"Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens arrogantes disseram a Jeremias: 'Você está mentindo! O Senhor não lhe mandou dizer que não fôssemos residir no Egito'.” (NVI-PT) (Jer. 43:2)

É impossível não admirar a atitude do remanescente, que parecia ter aprendido uma lição com a destruição de Jerusalém e, portanto, decidiu consultar ao Senhor sobre o que deveria fazer antes de tomar uma decisão. Além disso, expressaram sua firme decisão de não fazer nada que não fosse a vontade de Deus. É como um sopro de ar fresco!

E a resposta inicial do Senhor também foi muito encorajadora, uma vez que não só o conteúdo de Sua resposta era misericórdia e amor, mas também seu tom de voz estava cheio de compaixão: “pois muito me pesa a desgraça que eu trouxe sobre vocês” (42:10).

Mas logo ficou evidente que o remanescente não tinha aprendido nada com o seu sofrimento; só procuravam usar Deus para confirmar o que eles mesmos já queriam fazer, a saber, fugir para o Egito. Suas ações não foram motivadas pela fé em Deus, mas por sua confiança no poder e proteção dos egípcios.

Deus percebeu sua falsidade e deu-lhes algumas advertências terríveis (42:19-22). Imagine quanto eles tinham quebrado o coração de Deus!

Espero que possamos aprender a obedecer à vontade de Deus em nossas vidas de maneira genuína; que nunca procuremos usar a vontade de Deus como pretexto para conseguir o que queremos; e que não obedeçamos à vontade de Deus somente quando for conveniente ou quando Sua vontade coincida com a nossa.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 44:1–19

Quando esta mensagem foi dada, o "remanescente" já tinha se estabelecido no Egito; isso quer dizer que muitos anos já tinham se passado desde sua chegada inicial a Tafnes. Alguns comentaristas sugerem que parece ter sido dada numa festa que celebrava a "Rainha dos Céus", da qual muitos judeus também participavam, junto com suas esposas:

44:2-6—A mensagem (Parte I—O pecado e juízo no passado)

(1) Que coisas estas pessoas do remanescente tinham testemunhado com os próprios olhos, isto é, eventos que não podiam negar? (vv. 2 e 6)

(2) Qual razão específica é dada no v. 3 para “toda a desgraça”?

(3) Como eles tinham acrescentado ainda mais ao seu pecado? (vv. 4-5)

44:7-10—A mensagem (Parte II—O pecado e juízo no presente)

(4) O que o remanescente tinha feito para despertar a ira de Deus tanto que lhes deu uma severa advertência? (vv. 7-8)

(5) Qual seria o resultado de seu pecado? (vv. 7-8)

(6) Qual foi o veredicto de Deus sobre o povo, tanto no v. 9 como no v. 10?

44:11-14—A mensagem (Parte III—O juízo que Deus já tinha determinado)

(7) Quão abrangente seria Seu juízo?

(8) Como o povo pereceria? Haveria uma só exceção?

(9) A que este castigo é comparado? (v. 13)

44:15-19—A resposta do povo e suas esposas

(10) Por que a Bíblia enfatiza que esses homens sabiam o que suas esposas estavam fazendo?

(11) Este é um reconhecimento descarado de sua idolatria, junto com seu firme propósito de continuar praticando a idolatria embora soubessem que Jeremias tinha falado em nome do Senhor (v. 16):

a. Que razão eles deram para sua flagrante desobediência? (vv. 17-18)

b. O que eles disseram era verdade, ou somente uma tentativa de desculpar seu pecado? Por quê?

(12) Por que suas esposas também se pronunciaram? (v. 19) O que elas quiseram dizer com sua resposta?

(13) Em sua opinião, o remanescente era mais iníquo do que seus pais? Por quê?

(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma rejeição descarada d
o Senhor

É certo que faremos tudo o que dissemos que faríamos — queimaremos incenso à Rainha dos Céus e derramaremos ofertas de bebidas para ela, tal como fazíamos, nós e nossos antepassados, nossos reis e nossos líderes, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém. Naquela época tínhamos fartura de comida, éramos prósperos e nada sofríamos.” (NVI-PT) (Jeremias 44:17)

Fiquei totalmente espantado com a ousadia do remanescente em rejeitar ao Senhor de maneira tão descarada, aberta e decidida, e em adorar a Rainha dos Céus, que os estudiosos acreditam ter sido uma deusa assírio-babilônica que obviamente era muito popular, até mesmo no Egito.

Fiquei ainda mais surpreendido com a razão citada pelo remanescente: atribuíam sua paz e prosperidade à adoração dessa deusa e culpavam o Senhor por sua desgraça.

A primeira vista, seu raciocínio parecia fazer sentido, uma vez que os desastres começaram a acontecer a Judá logo após a morte de Josias, que tinha imposto a Judá um período extraordinariamente longo de reforma. Talvez até tenham atribuído o infortúnio de Josias à sua adoração leal ao Senhor. Mas na verdade, o povo, no melhor das hipóteses, tinha aceitado sua reforma com os lábios, mas não o coração. Sabemos que logo após a morte de Josias, sob os sucessivos reis que se seguiram, o povo rapidamente voltou a todo tipo de idolatria, inclusive ao culto da Rainha dos Céus, em cuja adoração participava basicamente toda a família: as crianças juntavam a lenha para o fogo, as mães amassavam a massa para os bolos que eram feitos com a imagem do ídolo, e até os pais acendiam o fogo (Jr 7:18). Jeremias tinha profetizado várias vezes sobre “toda a desgraça” que cairia sobre Judá e Jerusalém como castigo de Deus por seus pecados (44:2-6), algo que era impossível negar.

Para dizer a verdade, não importava quanto o Senhor castigava o povo; nenhum castigo teria sido capaz de desviar seus corações da idolatria, uma vez que, em suas próprias palavras, o povo já tinha decidido que "certamente" não adoraria ao Senhor, mesmo que estivessem convencidos de que Ele realmente é o único Deus verdadeiro.

Talvez você esteja se perguntando por quê. A resposta, na verdade, é muito antiga. Salmo 2:3 diz isto sobre todos aqueles que rejeitam ao Senhor: “Façamos em pedaços as suas correntes (as do Senhor e Seu Messias) e lancemos de nós as suas algemas!” Isso quer dizer que, na opinião deles, estar sujeito ao reinado do Senhor significa perder a liberdade, que Suas leis e decretos são muito restritivos, e talvez até irracionais.

Hoje, as pessoas continuam rejeitando o Senhor basicamente pela mesma razão, já que alguns consideram a submissão ao Deus da Bíblia muito humilhante, e até mesmo uma perda da dignidade humana. Portanto, especialmente na América do Norte, todas as formas de religião e espiritualidade são aceitas no espaço público menos o cristianismo. Eles continuam tentando fazer em pedaços as correntes e algemas dos ensinamentos das Escrituras. Na verdade, o mundo de hoje não é diferente do remanescente de Israel.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 44:20–45:5

44:20-28O juízo é pronunciado devido à sua idolatria descarada

(1) Como o Senhor refutou sua afirmação ridícula em 44:17-18?

(2) Que expressão o Senhor usou para descrever suas obras? (v. 22)

(3) O Senhor profere Seu juízo severo sobre o remanescente (vv. 24-28)

a. Pelo nome de quem Ele jurou? (v. 26)

b. Que expressão Ele usou para se referir a Si mesmo? (v. 26)

c. O que significa a afirmação "que em todo o Egito ninguém de Judá voltará a invocar o meu nome ou a jurar"?

d. Que desgraça Ele lhes traria? (vv. 27-28)

(4) De acordo com o v. 30, qual seria o sinal de Seu castigo?

(5) Isso seria tarde demais para servir de sinal? Por que ou por que não?

45:1-5Uma mensagem para Baruque—Esta mensagem remonta ao trecho que começa em 36:1 e ss.

(6) Como Baruque se sentia sobre sua associação com Jeremias, especialmente sobre o fato de ele ser seu secretário e (às vezes) porta-voz? (v. 3)

(7) Devemos culpá-lo por se sentir assim? Por que ou por que não?

(8) No entanto, como ele deveria ter lidado com esses sentimentos?

(9) Reflita sobre as seguintes perguntas sobre a resposta que Deus lhe deu:

a. Por que Ele enfatiza o que Ele tinha construído e plantado?

b. Por que o Senhor diria que reclamar era o equivalente a buscar grandes coisas para si mesmo? Essa acusação foi áspera demais? Por que ou por que não?

c. O que o Senhor lhe prometeu?

d. Se você fosse Baruque, essas palavras o teriam confortado? Por que ou por que não?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Bus
car grandes coisas para si mesmo

“ 'E então? Você deveria buscar coisas especiais para você? Não as busque, pois trarei desgraça sobre toda a humanidade’, diz o Senhor,‘mas eu o deixarei escapar com vida onde quer que você vá’." (NVI-PT) (Jeremias 45:5)

Sabemos que Baruque era o secretário de Jeremias, a quem ele ditava todos os oráculos do Senhor para que fossem escritos em rolos, e a quem Jeremias também pedia (em determinadas ocasiões) que entregasse as mensagem a outros (vide 36:4). Era natural que sua associação com Jeremias fizesse dele um alvo de escárnio e até de perseguição, tanto que ele teve que se esconder (36:26) e acabou sendo forçado a acompanhar o remanescente em seu exílio no Egito (43:6).

No entanto, o texto nunca nos dá a entender que Baruque buscava grandes coisas para si mesmo, até que o Senhor o repreendeu (45:5). É de se perguntar quais eram as grandes coisas que estava procurando!

Calvino menciona a opinião de alguns comentaristas de que Baruque aspirava a ser um profeta como Jeremias, mas logo refuta essa especulação como "ficção" (Calvino, 565). Outros pensam que, uma vez que Baruque "era um homem instruído, qualificado como secretário, cujo irmão (51:59) era um oficial de alto escalão no governo de Zedequias", ele "talvez esperasse receber algum tipo de reconhecimento entre a nação" (vide NICOT, 684). Uma vez que a Bíblia não nos deu nenhuma resposta clara, talvez não seja necessário especular, mas simplesmente reconhecer que até mesmo um servo tão fiel como Baruque era relutante diante do sofrimento e alimentava pensamentos de grandeza pessoal ao longo de sua vida serviço ao Senhor.

Portanto, é importante prestar atenção à reação que o Senhor lhe deu naqueles momentos em que precisamos confrontar a nossa própria tendência de evitar o sofrimento pelo Senhor e o nosso desejo de alcançar a grandeza. Essencialmente, Deus chama a atenção de Baruque para duas coisas importantes:

(1) Deus estava no meio de seu plano de julgar o mundo—um mundo que Lhe era muito querido, um mundo que Ele tinha construído pessoalmente com esperança e plantado com amor. Agora, devido ao pecado, Sua única opção era derrubá-lo e arrancá-lo; isso incluía não só o povo de Judá, mas os povos de “toda esta terra” (45:4). Em outras palavras, muitas pessoas iam morrer. No entanto, embora eles merecessem esse castigo, Deus os castigaria com muito pesar.

(2) Baruque, assim como Jeremias, tinha sido escolhido para ser o mensageiro desta mensagem de castigo. Qualquer ouvinte que a obedecesse seria salvo.

Dada a severidade e a universalidade do castigo, além do fato de ele ser colega de Jeremias como mensageiro dessa mensagem de vida ou morte, não havia lugar algum para pensamentos sobre a segurança ou o bem-estar próprio, sem mencionar o desejo de de ser reconhecido pelo mundo e obter fama, sucesso, honra ou grandeza!

Este é um lembrete muito a propósito para todos os servos do Senhor.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 46:1–28

Os capítulos 46-51 são compostos inteiramente de oráculos dirigidos contra as nações, começando pelo Egito. (Para uma melhor compreensão das profecias bíblicas contra as nações do mundo, vide a citação no artigo meditativo de hoje.)

(1) Por que o Senhor dá oráculos que tratam até mesmodas nações do mundo? Por que Ele se importa com essas nações?

(2) A quem esta mensagem foi dirigida: a Israel ou às nações?

(3) Se foi dirigida às nações:

a. Como elas aprenderiam sobre a existência da mensagem?

b. Por que as nações (tanto naquela época quanto hoje) deveriam se importar com esta mensagem?

46:2-12A predição da derrota do Egito em Carquemis

(4) Como o Senhor descreve o resultado da batalha? (v. 5)

(5) Por que, então, Ele os chamou para se prepararem para a batalha? (vv. 3-4)

(6) Como o orgulho do Egito é descrito nos vv. 6-9?

(7) Quem decide o resultado da batalha? Por quê? (v. 10)

(8) O que significa o chamado para ir a Gileade (uma região de Israel que era famosa devido ao seu bálsamo curativo)? (v. 11)

(9) Isso seria de alguma ajuda? Por quê? ( v. 12)

46:13-26O anúncio da invasão do Egito por Nabucodonosor

(10) O Egito era um grande império que tinha muitos vassalos: O que diriam estas pessoas que costumavam se submeter e lutar pelo Egito no momento da invasão babilônica? (vv. 16-17)

(11) Embora Nabucodonosor fosse o invasor, quem era o verdadeiro Rei atrás dele? (v. 18—note que Tabor e Carmelo são montanhas imponentes que dominam suas respectivas paisagens vizinhas)

(12) Responda às seguintes perguntas sobre a descrição da derrota do Egito:

a. O que aconteceria com sua capital, Mênfis? (v. 19)

b. Por mais belo e forte que o Egito fosse, o que ele se tornaria? (vv. 20, 21 e 22)

c. Como Deus descreve seu inimigo? (vv. 20, 23)

(13) Qual é a razão implícita de seu castigo? (v. 25)

(14) Com que tom termina este pronunciamento de juízo contra o Egito? (v. 26 ) Por quê ? (vide Isaías 19:24)

46:27-28—Um anexo à mensagem de juízo contra o Egito

(15) De que trata este anexo?

(16) Por quê?

(17) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Profecias contra as nações

Esta é a mensagem do Senhor que veio ao profeta Jeremias acerca das nações:” (NVI-PT) (Jer. 46:1)

“A questão da autenticidade do conteúdo desta seção tem sido amplamente debatida. Os estudiosos críticos do século XIX e do início do século XX estavam dispostos a rejeitar grande parte dele, atribuindo-lhe uma data consideravelmente posterior à de Jeremias. Não é mais possível defender essa posição, devido à descoberta de muitas evidências históricas sobre os séculos VI e VII a.C. Cada oráculo deve ser examinado à parte. De qualquer forma, teria sido estranho Jeremias guardar silêncio sobre as nações. Não há nenhuma boa razão para não aceitar que muitas das declarações vêm do próprio Jeremias. Ao mesmo tempo, talvez tenha havido ditos de origem anônima que foram preservados por aqueles que compilaram as palavras de Jeremias. Mesmo assim, parece haver pouca razão para não datar este conteúdo de um período muito posterior ao das primeiras duas décadas após a queda de Jerusalém no ano 587 a.C.

“As profecias contra as nações eram um aspecto do ofício profético de Isaías, Jeremias, Ezequiel, Amós, Naum e Obadias, todos os quais dedicaram seções bastante longas ao tema, enquanto outros profetas mencionaram as nações de forma mais geral. Tais profecias revelam o entendimento de Israel de que Javé não era só o Deus de Israel, mas o Senhor de todas as nações do mundo, cujo destino estava nas mãos de Deus. Esse é um tema importante na teologia geral do Velho Testamento."
(NICOT, 686-7)

K&D também apontam que as profecias de Jeremias contra as nações são mais específicas do que as de Amós e de outros profetas, pois mencionam o fato de Nabucodonosor estar castigando essas nações como servo de Deus. No entanto, também é importante observar o seguinte:

- Essas profecias começam com o Egito e terminam com a Babilônia, as duas grandes potências mundiais da época.

- As profecias contra o Egito, Moabe, Amom e Elão concluem com a promessa de sua restauração no fim dos dias, ou seja, "no futuro messiânico".

- No tempo designado por Deus, “a Babilônia sucumbiria à sentença de ruína que lhe fora proferida; e para Israel, após sua libertação da Babilônia, surgiria um estado de prosperidade do qual todas as nações compartilhariam posteriormente” (K&D, 367)—uma esperança gloriosa que já foi cumprida em nós, os gentios que creem em Cristo, e que será consumada na segunda vinda do nosso Senhor Jesus Cristo.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 47:1–48:25

47:1-7—A destruição dos filisteus—Não há dados históricos suficientes para determinar o momento exato do ataque do Faraó a Gaza ao qual Jeremias se refere:

(1) Por que os filisteus, que viviam ao longo da costa da Palestina, foram incluídos nesta profecia de Jeremias? Como tinha sido seu relacionamento com Israel ao longo da história? (vide a Nota 1 abaixo)

(2) Que metáfora o Senhor usou para descrever o poder do exército do norte (os babilônios)? (v. 2)

(3) Como Ele descreveu o horror de sua destruição? (vv. 2-3)

(4) Tiro e Sidom eram cidades fenícias no norte que também foram destruídas pelos babilônios; a mensagem neste trecho é que os filisteus nem deveriam pensar em ajudá-los, uma vez que eles mesmos seriam totalmente destruídos: quais são os três sinais comuns de luto mencionados no v. 5? (vide 16:6; 41:5)

(5) Quem foi o responsável por essa destruição? (vv. 6-7)

48:1-25—A destruição de Moabe (I)

(6) Por que Moabe (a nação a leste do Mar Morto) foi incluída nesta profecia de Jeremias? Como tinha sido sua relação com Israel ao longo da história? (vide a Nota 2 abaixo)

(7) Embora hoje seja desconhecida a localização de algumas das cidades cujos nomes são mencionados nos vv. 1-10, parece que o texto as menciona aproximadamente de norte a sul a fim de representar o avanço imparável de Nabucodonosor:

a. Aparentemente, em que condição se encontrava Moabe antes de sua destruição? (vv. 1-2)

b. Como o horror de sua destruição é descrito nos vv. 3-6?

c. Quais são alguns de seus pecados mencionados no v. 7? (Quemos [ou Camos] era o deus dos moabitas, uma divindade provavelmente ligada às divindades astrais.)

d. Qual seria o alcance e a intensidade da destruição? (vv. 8-9; vide Juízes 9:45 sobre o significado de pôr sal)

e. Que quadro o v. 10 procura descrever?

(8) A lamentação por Moabe (vv. 11-17)

a. Quão abençoado tinha sido Moabe antes da destruição? (v. 11)

b. Como sua fortuna mudaria ? (vv. 12, 17)

c. Qual é o único pecado de Moabe reiterado aqui? (v. 13)

d. O que aconteceria com seus orgulhosos guerreiros? (v. 14)

e. Quão iminente era essa destruição? (v. 16)

f. Quem seria o responsável pela destruição? (v. 15)

(9) Nenhuma cidade ou aldaeia seria poupada (vv. 18-25): De maneira poética, algumas das cidades fortificadas são citadas para descrever um quadro de destruição inevitável.

a. O que o texto diz sobre Dibom, uma cidade cerca de 13 milhas a leste do Mar Morto? (v. 18)

b. O que o texto diz sobre Aroer, a sudeste de Dibom? (v. 19)

c. O que o texto diz sobre o Arnom, ao sul de Aroer? (v. 19)

d. O que é enfatizado sobre essa destruição? (vv. 21-24)

e. O que significa que seu chifre seria cortado e seu braço quebrarado? (vide a Nota 2)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota 1:

Os filisteus eram povos do mar que tinham chegado à Palestina entre os séculos 12 e 11 a.C. de Caftor (ou Creta), sua terra natal (Amós 9:7). Os filisteus tinham sido inimigos de Israel por muito tempo, começando na época de sua colonização da Terra Prometida. Alguns dos conflitos mais conhecidos entre os dois povos incluem os de Sansão na época dos Juízes (Juízes 13-16) e o de Davi e Golias (1 Sam. 17). Suas cinco cidades principais (mencionadas  com frequência na Bíblia) eram Gaza, Asdode, Ascalão, Gate e Ecrom (vide, por exemplo, Josué 13:3). Esta profecia foi cumprida no ano 604/3 a.C., quando Nabucodonosor invadiu Ascalão após um cerco.

Nota 2:

Moabe tradicionalmente tinha sido um inimigo de Israel, e a hostilidade entre as duas nações remontava à época do Êxodo. Parece que o fim de Moabe como nação independente chegou no ano 582 a.C., quando Nabucodonosor (sem dúvida como retaliação por alguma rebelião) marchou contra Moabe e Amon (vide NICOT, 701). Vale a pena notar que Rute, esposa de Boaz, antepassado de Davi e do nosso Senhor Jesus Cristo (em Sua genealogia terrena), era moabita (Mateus 1:5; Rute 1).

Reflexão meditativa
Esper
ar a vingança do Senhor

“ 'Ah, espada do Senhor, quando você descansará? Volte à sua bainha, acalme-se e repouse'. Mas como poderá ela descansar quando o Senhor lhe deu ordens, quando determinou que ataque Ascalom e o litoral?" (NVI-PT) (Jeremias 47:6-7)

As nações que estavam na mira das profecias de Jeremias tinham sido inimigas perpétuas de Israel durante a maior parte de sua história. Muitas delas tinham tratado Israel com crueldade e injustiça enquanto confiavam em seus próprios deuses, desprezando não só Israel, mas também o Deus de Israel. A nação dos filisteus é um exemplo disso.

O conflito entre Israel e os filisteus remonta ao tempo da conquista liderada por Josué, quando ele liderou a entrada do povo de Deus na Terra Prometida, após a qual se seguiu um tempo de constante conflito entre as duas nações que se estendeu ao longo da época dos Juízes, o mais famoso dos quais foi Sansão (Juízes 13-16). Os filisteus continuaram a atacar Israel na época dos reis e foram derrotados nas mãos do jovem Davi, que matou seu campeão, Golias (1 Sam. 17). Mais tarde, os filisteus continuaram a perseguir os reinos do norte e do sul, e muitos desses conflitos são mencionados em 2 Reis e 2 Crônicas.

João Calvino observou com perspicácia que não há dúvida de que o propósito dessas profecias contra os inimigos era

testemunhar... Seu amor pelos israelitas, uma vez que Ele tinha assumido sua causa e vingado as injustiças que tinham sofrido. Assim, entendemos a razão pela qual Deus predisse o destino dos filisteus: Ele queria que os israelitas compreendessem o Seu amor paternal para com eles, um amor que Ele mostrou ao enfrentar seus inimigos. Isso lhes deu uma razão para serem pacientes, uma vez que precisavam esperar até Deus cumprisse esta profecia” (Calvino 609).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Jeremias 48:26–47

48:26-47—A destruição de Moabe (II)

(1) Vingança contra Moabe devido aos seus pecados contra Israel (vv. 26-30)

a. Como Moabe tinha tratado Israel em sua desgraça? (v. 27; vide também Sof. 2:8)

b. Qual seria seu castigo? (v. 26)

c. Que imagens são usadas para descrever sua devastação? (v. 28)

d. Que outros pecados de Moabe são expostos aqui? (vv. 29-30; vide também Isa.16:6; Amós 2:1)

e. Em que sentido isso também representa os pecados do mundo de hoje?

(2) A lamentação por Moabe (vv. 31-39)

a. Quem pranteia por Moabe? (vv. 31-32; vide Isa. 15:5; 16:11)

b. Por quê? Eles não mereciam o castigo?

c. O que aconteceria com sua prosperidade? (vv. 32-34)

d. O que aconteceria com sua religião? (v. 35)

e. Como os moabitas lamentariam? (vv. 37-38)

F. Como o Senhor descreve Sua lamentação por Moabe? (v. 36)

g. Como o Senhor resume seu lamento no v. 39?

(3) Na ira há misericórdia (vv. 40-47)—O castigo de Moabe agora é descrito de uma maneira ainda mais horrível.

a. O que a figura da águia representa? (v. 40)

b. O que a figura de uma mulher em trabalho de parto representa? (v. 41)

c. Por que o Senhor os acusou de tê-Lo desafiado? (v. 42)

d. Como os vv. 43-45 descrevem a inescapabilidade do desastre? (Nota: o v. 44 é uma repetição mais elaborada do que diz o v. 43)

e. Como o v. 46 cumpre a maldição de Balaão sobre Moabe por eles terem usado a imoralidade sexual para seduzir os homens de Israel? (Números 24:17)

(4) Qual será o destino final de Moabe, que corresponde ao país atual da Jordânia? (v. 47)

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Nada pode nos separar do amor de Deus

Não foi Israel objeto de ridículo para você? Foi ele encontrado em companhia de ladrões para que você sacuda a cabeça sempre que fala dele?” (NVI-PT) (Jeremias 48:27)

De todas as nações mencionadas por Jeremias em suas profecias sobre a destruição infligida por Nabucodonosor, Moabe é uma nação cujos pecados incluíam zombar do povo de Deus e ridicularizá-lo enquanto eles estava sendo castigados por Deus (48:27). Devido à sua atitude, eles também enfrentariam o mesmo escárnio, tornando-se também um “objeto de ridículo” (48:26).

Deus de fato separou para Si aqueles que Lhe pertencem (Sl 4:3). Uma vez que pertencemos a Ele, mesmo quando Ele nos disciplina devido aos nossos pecados, continuamos sendo a menina dos Seus olhos; Ele não permitirá que ninguém nos toque (Sl 17:8; Zc 2:8). Nós realmente somos tão preciosos para Ele, nosso Pai Celestial. Gostaria de compartilhar a seguinte oração de João Calvino, na qual ele reflete sobre estas profecias contra os inimigos do povo de Deus:

"Concede, Deus Todo-Poderoso, que assim como Tu testificaste que serás nosso Pai e nos deste o penhor de Tua adoção, Teu Filho unigênito. Oh, concede que nós, enquanto confiamos em Tua promessa, nunca duvidemos, mesmo quando Tu nos castigares severamente, que Tu sejas misericordioso conosco no final, e que nunca deixemos de buscar refúgio com a Tua misericórdia e, assim, nos submetamos a Ti, permitindo-nos ser corrigidos; e entretanto, que esta esperança nos sustente e alivie todas as nossas dores, para que em todas as nossas misérias glorifiquemos sempre o Teu nome, por meio dEle, Teu Filho, nosso Senhor, amém."
(Calvino, 607)