Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Ezequiel no Velho Testamento.
As três partes do segundo ato simbólico que aparecem no capítulo 4 representam o cerco de Jerusalém. Nesta quarta parte do ato, que aparece no capítulo 5, representa o que aconteceria após o cerco: exílio!
5:1-4—A quarta parte do segundo ato simbólico
(1) O que normalmente significava quando uma pessoa rapava a cabeça e a barba? (vide 2 Samuel 10:4; Ezequiel 7:18)
(2) Deus permitia que os sacerdotes rapassem a cabeça ou a barba? (Levítico 21:5)
(3) Portanto, o que teria significado (para Ezequiel, um sacerdote) este ato de rapar a barba?
(4) Este ato vem depois das 3 partes do ato simbólico do cerco da cidade de Jerusalém:
a. O que Ezequiel devia fazer com o primeiro terço do cabelo? (v. 2)
b. O que ele devia fazer com o segundo terço do cabelo?
c. O que ele devia fazer com o último terço do cabelo?
(5) Alguns fios de cabelo (provavelmente do último terço)
a. O que ele devia fazer com alguns dos fios de cabelo? (v. 3)
b. No entanto, o que ele devia fazer mais tarde com alguns dos fios que tinha escondido nas dobras de sua roupa? (v. 4)
5:5-17—A mensagem
(6) Qual foi o propósito original de Deus ao colocar Jerusalém “no meio dos povos, com nações ao seu redor”? (v. 5; Êxodo 19:5-6)
(7) O que Jerusalém acabou se tornando em comparação com as nações ao seu redor? (vv. 6-7)
(8) O castigo resultante (vv. 8-11)
a. O que quer dizer a frase "à vista das nações"? (v. 8)
b. Quão severa seria o castigo, e qual é o único pecado citado como sua causa? (v. 9)
c. A severidade do castigo inclui o seguinte:
i. Fome extrema: quão extrema seria a fome? (v. 10a)
ii. O que aconteceria com os sobreviventes? (v. 10b)
d. Qual pecado específico é repetido? Por que Deus não os perdoaria? (v. 11)
(9) A explicação do ato simbólico (vv. 12-13)
a. O que simboliza o primeiro terço de cabelo (que foi queimado)?
b. O que simboliza o segundo terço do cabelo (que foi cortado com a espada)?
c. O que significa o último terço de cabelo (que foi espalhado)?
d. O que aconteceria com os poucos fios que foram escondidos nas dobras da roupa? (v. 13; vide a Nota abaixo)
(10) A explicação detalhada da punição (vv. 14-17)
a. O que as nações (naquela época, mas também hoje) pensariam sobre sua destruição? (vv. 14-15)
b. Que imagens o Senhor usa para descrever o castigo que eles enfrentariam? (v. 16 ) Por quê ?
c. Que elementos são destacados para enfatizar a seriedade de sua situação? (vv. 16-17)
d. Quais são as palavras repetidas neste trecho? ( vv . 15, 17 ) Por quê ?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Aparentemente, a última parte do ato simbólico, na qual é queimada parte dos
cabelos que tinham sido escondidos nas dobras da roupa, não é explicada na mensagem em sí. Keil pensa o seguinte:
“Seria salvo só um pequeno número daqueles israelitas que seriam espalhados pelos ventos; mesmo assim, alguns daqueles que seriam salvos seriam consumidos pelo fogo. Depois disso, só poderia brotar um fogo purificador para todo o Israel, através do qual o remanescente seria transformado na semente sagrada, assim como Isaías já tinha predito (6:12 e ss.). A última frase não se refere a um fogo consumidor. No entanto, o fogo, além de ter um poder destrutivo, também tem um poder purificador e vivificante. Foi para acender esse tipo de fogo na terra que Cristo veio (Lucas 12:49), e esse é o mesmo fogo sai diante dEle e passa por toda a casa de Israel."
(K&D, Ezequiel, 50)
“Agora, filho do homem, apanhe uma espada afiada e use-a como navalha de barbeiro para rapar a cabeça e a barba ..." (NVI-PT) (Ezequiel 5:1)
Já refletimos sobre o desejo do Senhor de que Seus servos se identifiquem tanto com Suas próprias emoções quanto com a condição daqueles a quem servem. Nesta advertência mais recente, que vem após a advertência (no capítulo 4) do cerco iminente de Jerusalém, Jeová ordenou a Ezequiel que avisasse o povo sobre o castigo implacável do Senhor: "farei com você o que nunca fiz nem jamais voltarei a fazer. Por isso, entre vocês sucederá que os pais comerão os seus próprios filhos, e os filhos comerão os seus pais” (5:9-10).
Ao dar-lhes essa advertência, Ezequiel devia rapar a cabeça e a barba, um ato que além de ser um sinal de luto, também (para Ezequiel) o teria profanado, uma vez Levítico diz claramente o seguinte sobre os sacerdotes: “Os sacerdotes não raparão a cabeça, nem apararão as pontas da barba, nem farão cortes no corpo. Serão santos ao seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus" (Lev. 21:5-6).
Portanto, o ato em si tinha dois propósitos:
(1) Para Ezequiel: Ele não simplesmente “lançaria” a mensagem de castigo e destruição ao povo; ele teria que chorar e lamentar por eles durante todo o processo—mostrando assim o coração de Deus e a condição do povo.
(2) Ao povo: O fato de Ezequiel se profanar abertamente, trazendo vergonha sobre si mesmo ao violar a santidade do sacerdócio, mostraria ao povo a seriedade da mensagem a fim de eles prestarem atenção especial à advertência, que termina com a dupla repetição das seguintes palavras: "Eu, o Senhor, falei" (5:15, 17).
Se ao ler esses relatos já ficamos maravilhados com o sacrifício que Ezequiel esteve disposto a fazer (ele faria quase qualquer coisa que o Senhor lhe dissesse a fim de chamar o seu povo ao arrependimento), devemos estar cientes de que esse ato simbólico específico não é nada em comparação com o que Deus lhe pediria fazer mais tarde como parte de seu ministério profético (leia, por exemplo, 24:15 e ss.). Pode-se perguntar o que motivou Ezequiel a suportar a aspereza de seu ministério. Eu responderia que, além de seu amor e temor ao Senhor, ele também amava o seu povo profundamente.
Já vimos que de todos os pecados dos israelitas, aquele que é o foco da mensagem mais recente é sua idolatria (5:9). A passagem de hoje (provavelmente uma continuação da mensagem anterior), na qual Ezequiel é ordenado a virar o rosto contra os montes de Israel e profetizar, aponta para um aspecto específico de seu pecado de idolatria:
6:1-7—A profecia contra os montes de Israel
(1) Uma vez que Ezequiel já morava na Babilônia, como era possível ele virar o rosto contra os montes de Israel, e como o povo saberia o que ele estava fazendo?
(2) Ao ouvir suas palavras "aos montes e às colinas, às ravinas e aos vales", qual teria sido a imagem evocada nas mentes do povo quanto às práticas passadas (que ainda estavam sendo praticadas por aqueles que tinham ficado em Judá)? (vv. 3-4)
(3) Como Deus lidaria com seus altares e os idólatras? (vv. 5-7)
(4) Que tipo de consequência deviam esperar por terem participado de tais práticas? (Deuteronômio 29:16-28; 30:15-20)
(5) Você acha que essa punição é muito severa? Por que ou por que não?
6:8-10—Alguns seriam salvos
(6) Como Deus pouparia alguns deles quando esse castigo chegasse?
(7) Por que Ele pouparia alguns deles? (v. 9)
(8) Você já experimentou a libertação do Senhor de algum castigo que merecia?
(9) Você aprendeu alguma lição? Qual?
6:1-14—Ezequiel: Esfregue as mãos, bata os pés
(10) Que aspecto da severidade da punição é enfatizado nesta reiteração (embora de acordo com Keil, a identidade do “deserto até Dibla" seja desconhecido”)?
(11) Você acha que o Senhor, ao pedir a Ezequiel que esfregasse as mãos e batesse os pés (v. 11), queria que ele expresse o seguinte?
a. "Uma agitação violenta... a fim de dar a conhecer o desagrado do Senhor devido à horrível idolatria do povo" (Keil)
b. "O remorso e zombaria que Ele devia expressar em relação a Israel por causa de seu pecado e do juízo vindouro" (Alexander)
c. Por quê?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“vou destruir os seus altares idólatras. Seus altares serão arrasados, seus altares de incenso serão esmigalhados, e abaterei o seu povo na frente dos seus ídolos." (NVI-PT) (Ezequiel 6:3-4)
"Com frequência, os leitores da Bíblia em inglês ficam confundidos com as repetidas referências aos 'altos' de Israel (uma palavra usada também em português na versão ARC). A palavra hebraica traduzida como "altos" é bamah (literalmente "altura"). Refere-se a santuários locais ao ar livre que com frequência são descritos como localizados em colinas, mas na verdade podiam ser encontrados em qualquer lugar, até mesmo nos portões da cidade ou em vales (Jr. 7:31) ... No início da história de Israel em Canaã, os lugares altos foram convertidos em lugares onde eram oferecidos sacrifícios de animais e incenso a Javé (1 Sm 9:12 e ss.). A seguinte justificativa foi dada para essa prática: 'o povo ... sacrificava nos lugares sagrados, pois ainda não tinha sido construído um templo em honra ao nome do Senhor (1 Reis 3:2) ... Depois da centralização da adoração ao Senhor em Jerusalém, os lugares altos passaram a representar uma ameaça para a pureza da fé de Israel. Quando os israelitas adoravam o Senhor fora do templo, sem a supervisão dos sacerdotes, corriam o risco de serem influenciados pelos cultos e tradições locais dos pagãos. Os profetas atacavam os lugares altos devido a esse sincretismo. Muitos desses altos estavam localizados em lugares onde os deuses Moloque, Quemos e Aserá também eram adorados, junto com o Deus de Israel, sem fazer qualquer distinção entre Ele e esses deuses pagãos (1 Reis 11:7-8; 2 Reis 23:13). Os altos eram considerados centros de apostasia porque competiam com Jerusalém pela devoção de Israel (2 Reis 17:9-11).
"As narrativas históricas geralmente avaliam os reis com base no que fizeram com esses santuários, se foram demolidos ou tolerados. As reformas de Josias foram um duro golpe para a prática de adorar nos altos (2 Reis 23:15-20); ainda assim, a prática sobreviveu. Deus faz menção específica desses lugares de tentação, dizendo que foram o que tinha provocado Seu juízo contra Judá (Ezequiel 6:3-7)."
(Archaeological Study Bible, 1318)
Após a profecia contra os montes (os quais representavam a forma mais comum de idolatria na terra), a palavra do Senhor veio a Ezequiel pronunciando juízo contra a “terra de Israel”, na qual Ele enfatizou repetidamente a expressão “o fim”.
7:1-4—O primeiro anúncio alarmante
(1) O que teria significado a ênfase dada à expressão “o fim” para aqueles exilados que ainda esperavam uma eventual libertação de Jerusalém?
(2) Alguma parte do reino seria preservada, como ainda era o caso naquela época ? (7:2)
(3) O que é reiterado como sendo a causa do fim da terra? (vv. 3-4)
7:5-9—O segundo anúncio alarmante
(4) Que linguagem é usada nesta mensagem que repete a expressão "o fim" para enfatizar sua urgência e gravidade?
(5) Aqui é dada a mesma justificação para o seu castigo: desta vez, o verbo enfatizado é “retribuirei”. O que significa isso? (vv. 8, 9)
7:10-13—O terceiro anúncio alarmante (I)
(6) Que analogia é usada pelo Senhor para descrever o fato de sua condenação ter sido auto-infligida? (vv. 10-11)
(7) Quão apropriada é essa analogia?
(8) Ao enfatizar que ninguém da multidão seria preservado, nem sua riqueza, esta mensagem é dirigida contra os compradores e vendedores de terras (vv. 12-13).
a. De acordo com a Lei de Moisés (Lev. 25), depois de quanto tempo o vendedor podia esperar recuperar a terra que tinha vendido?
b. Por que isso não aconteceria mais?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Eis o dia! Já chegou! A condenação irrompeu, a vara brotou, a arrogância floresceu” (NVI-PT) (Ezequiel 7:10)
Ao pronunciar um juízo inevitável e iminente contra o Seu povo, o Senhor usa uma analogia botânica—a de uma vara que brotou. É evidente que a audiência de Ezequiel, ao ouvir essa expressão, teria pensado imediatamente na vara de Arão que brotou e floresceu, a mesma vara que foi colocada em frente da arca da aliança (Nm 17:8-11). Assim, esta analogia transmite de maneira muito poderosa a mensagem de que o povo era o oposto da vara de Arão— ele tinha sido rejeitado e não fazia mais parte da aliança. Além disso, seu castigo tinha sido auto-infligido e eles deveriam tê-lo esperado. A arrogância do povo ao desprezar a Palavra de Deus e Suas advertências finalmente floresceu e estava dando fruto— a destruição total. No entanto, Calvino tem razão quando salienta que o uso simbólico da vara também representa a paciência e tolerância de Deus, que esperou até que sua arrogância tivesse florescida completamente, sem Lhe deixar outra alternativa, antes de infligir o castigo que o povo já merecia.
O mesmo acontece conosco hoje. Quando estamos empenhados em viver uma vida de pecado, desobedecendo à vontade de Deus, não podemos culpá-Lo pelas consequências que sofremos. Como uma vara que brotou, é apenas uma questão de tempo: o nosso pecado não poderá permanecer oculto e teremos que enfrentar a disciplina da ira de Deus. Mas a boa notícia é esta: Deus não só é paciente conosco; Ele também usa a Sua disciplina a fim de produzir o fruto da justiça em nós (Hb 12:11).
O terceiro anúncio alarmante (II)
(1) Não haveria nenhum lugar para se esconder (vv. 14-18): A condenação que cairia sobre toda a multidão seria ainda mais intensa porque ninguém seria capaz de lutar; sua única opção seria fugir (v. 14).
a. O que aconteceria com aqueles que decidissem sair da cidade? (v. 15)
b. O que aconteceria com aqueles que decidissem fugir para o campo? (v. 15)
c. O que aconteceria com aqueles que decidissem ficar na cidade? (v 15)
d. O que aconteceria com aqueles que decidissem buscar refúgio nas montanhas (que em teoria eram inacessíveis aos inimigos)? (vv. 16-18)
(2) A riqueza seria completamente inútil (vv. 19-22)
a. O que eles fariam com o seu dinheiro? Por quê? (v. 19)
b. Qual seria sua atitude com relação ao ouro? Por quê? (v. 19)
c. Como eles tinham usado suas joias? (v. 20)
d. O que aconteceria com suas joias? O que significa isso?
e. O que Deus permitiria que os ímpios da terra fizessem (provavelmente uma referência aos babilônios)? (vv. 21-22)
(3) Seria tarde demais (vv. 23-27)
a. Para onde seriam levados acorrentados? (v. 23)
b. Por quê? (vv. 23-24)
c. O que eles buscariam naquele momento? (versículos 25-26)
d. O fato de eles finalmente buscarem paz, visão, lei e conselho seria algo positivo? Por que ou por que não?
e. O que quer dizer que o Senhor os julgaria “pelos seus próprios padrões” ? (v. 27)
(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Quando chegar o pavor, eles buscarão paz, mas não a encontrarão." (NVI-PT) (Ezequiel 7:25)
Devido à ênfase dada ao amor de Deus em nossos dias, alguns pensam que um Deus tão amoroso seria incapaz de mandar pecadores para o inferno e que, portanto, nunca faria isso; outros pensam que, uma vez que Deus é um Deus de segundas chances, talvez até Satanás possa se arrepender e ser salvo.
Deus de fato é um Deus de amor; no entanto, devido à Sua perfeita santidade, os pecadores não podem entrar em Sua presença. Isso significa que a questão real não é tanto que Deus seja tão pouco amoroso que Ele se deleita em enviar os pecadores para o inferno. João 3:17-18 diz claramente:
“Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus." (NVI-PT)
Em outras palavras, todos nós nascemos pecadores com um único destino: já fomos condenados, mas Deus, em Seu grande amor, nos deu uma saída em Seu Filho Jesus Cristo. A escolha é nossa: quem “Nele crer não pereça, mas te[m] a vida eterna” (João 3:16), mas quem não crê nEle continua “condenado”. Mas essa escolha só pode ser feita nesta vida; se morrermos sem tomar a decisão de nos arrepender e crer em Cristo, será tarde demais. A advertência dada por Ezequiel ao povo de Israel sobre o seu "dia de ajuste de contas" transmite esta mesma mensagem de forma poderosa: "Quando chegar o pavor, eles buscarão paz, mas não a encontrarão" (Ezequiel 7:25), ou de acordo com a tradução de Keil: "A ruína já chegou, eles buscam a salvação, mas não há nenhuma." (K&D, Ezequiel, 64).
8:1-6—O contexto da primeira cena da terceira visão (o ídolo que provoca o ciúme de Deus)
(1) Quando foi dada a terceira visão, e qual foi seu contexto? (Você pode consultar a tabela cronológica no estudo que corresponde a Ezequiel 1:1-14, ano 5, semana 31, dia 211).
(2) O que Ezequiel viu quando a mão do Senhor veio sobre ele? (v. 2; vide também 1:26-28)
(3) Quem o levantou e para onde foi transportado? (v. 3)
(4) Embora não saibamos exatamente o que era esse ídolo, considere os seguintes detalhes:
a. Onde foi colocado? (v. 3)
b. Por que foi chamado “o ídolo que provoca o ciúme de Deus”?
(5) Ezequiel viu a glória do Senhor no templo; no entanto, de acordo com as palavras do Senhor, o que tais “práticas repugnantes” fariam com a Sua glória? (v. 6)
8:7-13—A segunda cena (70 homens dos anciãos)
(6) Qual foi o próximo lugar para onde Ezequiel foi levado? (v. 7)
(7) Ezequiel teve que ganhar acesso à próxima sala excavando no muro para fazer uma entrada maior. O que isso pode significar? (v. 8; vide a Nota abaixo)
(8) O que ele viu nas paredes? (versículo 10)
(9) Quem estava nessa sala e o que estavam fazendo? (versículo 11)
(10) O que os 70 homens dos anciãos e Jazanias representam? (Embora não saibamos exatamente quem foi Jazanias, vide Num. 11:16.)
(11) Por que eles escolhiam fazer isso “nas trevas”? (v. 12)
(12) Quais são as suas desculpas? (v. 12)
(13) Por que essas desculpas não podiam justificar suas práticas detestáveis?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
"A sala mencionada aqui talvez tenha sido desenhado como armazém para os utensílios ou móveis do templo (1 Reis 6:5); no entanto, parece que mais tarde tinha sido transformado efetivamente num centro de adoração."
(NICOT, Ezequiel I, 289)
"No quinto dia do sexto mês do sexto ano do exílio, eu e as autoridades de Judá estávamos sentados em minha casa quando a mão do Soberano, o Senhor, veio sobre mim.” (NVI-PT) (Ezequiel 8:1)
“Ezequiel, ao ficar deitado sobre os dois lados por um total de 430 dias, estava representando o cerco que viria sobre a cidade. Já havia se passado um ano e dois meses (cf. 1:1-3; 8:1); isso significa que Ezequiel já estava representando a dramatização de ficar deitado quarenta dias sobre o seu lado direito pela iniqüidade de Judá ... Não é por acaso que esta visão veio durante o período em que Ezequiel ainda estava deitado sobre o seu lado direito para representar o juízo de Deus contra a iniqüidade de Judá. Naquela época, somente Judá ainda existia na terra de Canaã, e a seguinte visão envolveria Jerusalém, a capital de Judá, a cidade escolhida por Deus para ser Sua habitação (cf. 2 Sam. 7; Sal. 132). Ela era o santuário central de Israel, seu centro unificador, onde as unidades tribais deviam expressar sua obediência e lealdade a Javé. Mas nos dias de Ezequiel, esta cidade central se tornou o núcleo apodrecido da apostasia de Israel. A corrupção dos líderes e do próprio santuário (cf. 9:6) precisava ser exposta e julgada por ser o problema principal da nação”. (Alexander, 29). Foi por isso que Ezequiel revelou várias cenas que mostraram os flagrantes atos de idolatria.
Juntas, essas cenas mostram o seguinte:
- A idolatria não era limitada a determinado segmento da população; também era praticada pelo rei (que, assim como Manassés, foi responsável por ter introduzido a imagem do ídolo cananeu no pátio interno do templo), pelo povo (representado pelos 70 anciãos), pelos sacerdotes (representados pelos 25 sacerdotes que tinham acesso exclusivo ao espaço entre o pórtico e o altar) e pelas famílias (representadas pelas mulheres que choravam por Tamuz). Todos os habitantes de Judá eram culpados dessas práticas detestáveis; portanto, ninguém poderia ser salvo.
- A intensidade crescente de seus atos idólatras é enfatizada pela repetição da frase: “Mas verás ainda maiores abominações” (8:6, 13, 15). A razão dessa crescente iniqüidade é expressa nas palavras dos 70 anciãos: “O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a terra” (NVI-PT) (8:12). Suas derrotas nas mãos de Nabucodonosor, em vez que despertá-los para a sua necessidade de voltar ao Senhor, só serviram como desculpa para eles praticarem ainda mais maldade; eles se comportaram como uma criança rebelde que procura se vingar de seus pais por tê-lo castigado.
- A inevitabilidade da ira do Senhor, conforme descrita nesta metáfora muito gráfica: “Viste, filho do homem? ... e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz" (8:17, NICOT, 297). Era impossível o Senhor não espirrar Sua ira implacável contra o povo.
Ao ler esta visão, é impossível não pensar no nosso mundo de hoje e reconhecer que ele também está colocando “o ramo ao nariz” do nosso Senhor por meio de sua rebelião generalizada contra Ele.
8:14-15—A terceira cena (as mulheres que choram)
(1) Qual foi o próximo lugar para onde Ezequiel foi levado? (v. 14)
(2) Quem são os idólatras?
(3) Não sabemos exatamente quem ou o que era Tamuz. Alguns pensam que se refere a uma forma específica de luto, enquanto outros o traduzem como Adonis — amado de Vênus, e outros ainda pensam que é de origem suméria. Em qualquer caso, quão perverso é o fato de estas mulheres estarem chorando por outra divindade (ou usando o estilo de um luto supersticioso cananeu) na “entrada da porta da casa do Senhor” (NICOT, 294)?
8:14-16—A quarta cena (os 25 adoradores do sol )
(4) Qual foi o próximo lugar para onde Ezequiel foi levado? (v. 16; vide a Nota abaixo)
(5) Quem eram os idólatras, a julgar pelo lugar onde estavam realizando sua prática detestável? (v. 16)
(6) Que tipo de ato idólatra estavam realizando? (v. 17)
(7) Quão perversas eram suas ações?
8:17-18—A soma total de seus perversos atos idólatras
(8) Quantos tipos de pessoas estão representadas nas quatro cenas acima?
(9) O Senhor acusou a casa de Judá de ter uma atitude que considera suas obras como "corriqueiras". O que Ele quis dizer com isso? (v. 17)
(10) De que mais o Senhor os acusa, além de seus flagrantes atos de idolatria? (v. 17)
(11) Quais seriam as sérias conseqüências de eles estrem praticando todos esses pecados continuamente, expressas claramente na metáfora: “ei-los a chegar o ramo ao seu nariz”? (v. 18)
(12) O que significa a última declaração do Senhor? (v. 18)
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
“Depois de testemunhar as abominações idólatras no pátio externo (o espaço onde o povo era permitido), Ezequiel foi levado de novo ao pátio interior, o pátio dos sacerdotes, para ver as abominações ainda maiores que estavam sendo praticadas ali. Entre o pórtico do templo e o altar do holocausto, quer dizer, o lugar mais sagrado do pátio interior, onde somente os sacerdotes podiam pisar (Jl 2:17)…”
(K&D, 72)
“Você viu isso, filho do homem? Será que essas práticas repugnantes são corriqueiras para a nação de Judá?" (NVI-PT) (Ezequiel 8:17)
Em meio ao seu comentário no capítulo 8 sobre os atos de rebelião cada vez maiores da casa de Judá, Calvino, ao invés de sentir uma justa indignação, não pôde deixar de refletir sobre o fato de que devemos nos concentrar em nossos pecados, e não nos pecados dos israelitas. Ele propõe a seguinte oração de arrependimento:
“Ó Deus Todo-Poderoso, uma vez que nos tens tratado com tanta clemência, e ao seres provocado por nossas iniquidades, Te mostraste como nosso Pai propício, concede-nos que não abusemos mais de Tua paciência, mas que voltemos diretamente aos Teus caminhos e nos submetamos a Ti — e concede-nos que, humilhados por um verdadeiro espírito de penitência, estejamos tão insatisfeitos com os nossos pecados que nos consagremos a Ti de todo o coração a fim de seguir a orientação do Teu santo chamado; até que, terminadas as atividades desta vida, alcancemos o descanso feliz que Teu Filho unigênito comprou para nós com o Seu sangue— Amém."
(Comentários de Calvino, IX, 283)
Nesta mesma visão, imediatamente após o Senhor declarar que não mostraria misericórdia para com a casa de Judá, Ele dá a ordem de convocar os carrascos:
(1) Quem são os convocados pelo Senhor para realizar a execução? (vv. 1-2)
(2) Antes de eles poderem levar a cabo a execução, o devia fazer aquele que tinha o estojo de escrevente? (v. 4)
(3) O que os outros homens (que obviamente são anjos) deviam fazer? (vv. 5-6)
a. Por que eles deviam começar com os mais velhos?
b. Por que o Senhor decidiu poupar aqueles que tinham marcas na testa? (vide Apocalipse 7:3; 14:1 e Êxodo 12:13, 22 e ss.)
c. Qual poderia ser a mensagem para nós hoje?
(4) O que o Senhor fez para profanar os átrios do Seu próprio templo? Porque Ele fez isso? (v. 7)
(5) Como o profeta reagiu diante dessa visão? Por quê? (v. 8)
(6) Como o Senhor respondeu à intercessão do profeta?
(7) Reflita sobre as desculpas daqueles que aparecem no versículo 9 (uma repetição do que já foi dito em 8:12):
a. Como esta visão refuta essa segunda desculpa?
b. Esta visão serve para confirmar a primeira desculpa do povo? Por que ou por que não?
(8) Imediatamente após a resposta do Senhor, o homem vestido de linho voltou com o seu relatório (v. 11).
a. Qual foi a mensagem para os anciãos que estavam sentados em frente de Ezequiel? (8:1)
b. Qual é a mensagem para o mundo hoje?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Percorra a cidade de Jerusalém e ponha um sinal na testa daqueles que suspiram e gemem por causa de todas as práticas repugnantes que são feitas nela." (NVI-PT) (Ezequiel 9:4)
À luz do flagrante e generalizado desprezo por Deus e Sua Palavra que vemos em nossa cultura hoje, com frequência ficamos desanimados e pensamos: "O que podemos fazer?" ou "De que adianta lamentar a iniqüidade ao nosso redor?" A visão do anjo com o estojo de escrevente em Ezequiel 9 nos encoraja muito porque nos mostra que a nossa dor, além de ser vista e ouvida por Deus, também serve para nos proteger em tempos de juízo de Deus. No entanto, é interessante notar o seguinte sobre a língua hebraica original:
“Aqueles que reagissem assim (em Ezequiel 9:4) deviam ser marcados em suas testas com a letra tav. Tav é a última letra do alfabeto hebraico. Na forma cursiva arcaica do alfabeto hebraico, esta letra tinha a forma de um X (uma cruz), uma forma que permaneceu quase sem alteração desde as etapas iniciais da evolução do alfabeto até a adoção da escrita aramaica quadrada. Essa forma foi preservada até os nossos dias na letra T do alfabeto ocidental. "
(NICOT, Ezequiel, 307)
Da mesma forma, Keil pensa o seguinte:
“Foi por isso que a letra 'tav' devia ser escrito na testa, a parte mais visível do corpo; os primeiros cristãos (conforme uma declaração de Orígenes) consideravam que o sinal em si era significativo; percebiam nele uma alusão profética ao sinal da cruz, marca distintiva dos cristãos. Com certeza, não há nenhuma profecia direta da cruz de Cristo nesta passagem, uma vez que era comum que a forma da letra tav fosse aquela usada como sinal ... No entanto, como Schmeider observou corretamente, há algo impressionante nesta coincidência, evidente para aquele que reflete cuidadosamente sobre os caminhos de Deus, cujo conselho pensou cuidadosamente de antemão sobre cada aspecto, especialmente ao observar que no equivalente a esta passagem (Apocalipse 7:3), o selo do Deus vivo é estampado na testa de Seus servos, que deviam ser preservados do juízo, e que conforme Apocalipse 14:1 têm o nome de Deus escrito em suas testas."
(K&D, Ezequiel, 75-76)
Estes sem dúvida são motivos de reflexão!