Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 20:45–21:7

Esta semana, continuaremos o nosso estudo do livro de Ezequiel no Velho Testamento.

Após as acusações do Senhor contra o caráter rebelde que Israel tinha mostrado desde o princípcio, o Senhor se pronuncia mais sobre o julgamento que experimentaria nas mãos dos caldeus, dando ao profeta a seguinte ordem repetida: “vire o rosto para” (20:45, 21:1). A primeira parte contém a parábola e a segunda sua interpretação:

20:45-49—A parábola com o rosto virado para o sul

(1) Ao ordenar que Ezequiel virasse o rosto para o sul (uma referência ao reino de Judá, conforme explicado em 21:1-5), que metáfora Deus usa para descrever sua destruição?

(2) Quão completa seria a destruição? (v. 47a)

(3) Como sabemos que as árvores realmente simbolizam o povo? (v. 47b)

(4) Há alguma esperança de que o fogo seja apagado? (v. 48)

(5) Qual foi a resposta do povo a este oráculo do Senhor? (v. 49; veja as instruções de Deus em 17:1)

21:1-5A interpretação

(6) Qual era o triplo objetivo deste juízo do Senhor? (21:2)

(7) Por que o Senhor mencionou que o alvo era o santuário?

(8) Que metáfora o Senhor usa agora em vez de "fogo" para descrever Seu juízo? (21:3)

(9) À luz do v. 21:3b, o que quer dizer que o fogo consumiria "tanto as verdes quanto as secas" (20:47)?

(10) Quão completa seria a chacina? (21:4)

(11) Havia alguma esperança de que a espada fosse guardada? (21:5)

(12) É evidente que esta profecia foi cumprida com a invasão histórica de Nabucodonosor. No entanto, você acha que quando esse dia chegou "Todos v[iram] que eu, o Senhor, a acendi;" (20:48) ou que todos souberam "que eu, o Senhor, tirei a espada da bainha” (21:5)? Por que ou por que não?

21:6-7—Um chamado para gemer

(13) Como Ezequiel devia gemer diante dos eventos acima? (21:6)

(14) Por quê? (21:7)

(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A frustração do ministério

Ah, Soberano Senhor! Estão dizendo a meu respeito: 'Acaso ele não está apenas contando parábolas?'." (NVI-PT) (Ezequiel 20:49)

Após aproximadamene dois anos de ministério como profeta do Senhor, Ezequiel já tinha transmitido ao povo as palavras de juízo do Senhor de uma forma fiel e incansável que às vezes usava palavras diretas de exortação, às vezes atos dramatizados e às vezes enigmas ou parábolas, como a alegoria do fogo em 20:45-48. É óbvio que o resultado teria sido desanimador para Ezequiel, uma vez que o povo zombava de sua pregação, dizendo: "Acaso ele não está apenas contando parábolas?" (NVI-PT) (20:49).

Como você teria se sentido se fosse Ezequiel? Imagine que depois de dois anos de fazer exatamente conforme o que o Senhor lhe tinha instruído, incluindo deitar sobre o mesmo lado (provavelmente só durante a noite) por mais de um ano (4:5) e ter que comer pão assado com esterco de vaca (4:15), as pessoas só riem de você, como se você fosse um idiota, sem levar a sério suas palavras de um juízo iminente e horrível.

No entanto, a experiência de Ezequiel não é um caso isolado. Moisés quase foi apedrejado pelo seu próprio povo (Êxodo 17:4); Jeremias, um contemporâneo que Ezequiel que ainda morava em Jerusalém, foi preso (Jr 37:15), e nem é preciso mencionar o martírio de muitos dos apóstolos, os quais seguiram o exemplo do nosso Senhor, que foi "desprezado e rejeitado pelos homens" (Isa. 53:3) e depois morreu na cruz. Assim é o ministério para o qual o Senhor chama todos os Seus servosum ministério que o mundo despreza e que muitas vezes não produz resultados instantâneos ou visíveis; mas também é um ministério que exige que sejamos fiéis apesar de tudo isso (1 Coríntios 4:2).

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 21:8–32

A palavra de juízo continua com a analogia da espada, na qual a Babilônia é profetizada como sendo a ferramenta que Deus usaria para levar a cabo o Seu juízo (vide 21:18).

21:8-17A espada afiada e polida do juízo

(1) Por que a espada do juízo é descrita como uma espada afiada e polida? (v. 10)

(2) Que ação que essa espada faria levou Jeová a pedir ao profeta que gritasse, gemesse e batesse na coxa? (vv. 11-13; observe a repetida menção do "cetro de Judá", um símbolo do reino davídico)

(3) Por que a mensagem que descreve a destruição de Jerusalém começa com uma instrução ao profeta para bater palmas (v. 14) e termina dizendo que o próprio Senhor também bateria palmas (v. 17)?

21:18-27A providência divina e a falsa piedade

(4) O Senhor pediu a Ezequiel que representasse um ato dramatizado do processo que Nabucodonosor usaria para tomar sua decisão (vv. 18-22; vide a Nota abaixo).

a. O que Nabucodonosor faria para decidir qual nação atacar? (v. 21)

b. Qual seria o resultado da prática de sua adivinhação pagã? (v. 22)

c. Isso quer dizer que é possível que a adivinhação pagã seja precisa, ou que "até mesmo o paganismo está sujeito ao governo e direção de Deus Todo-Poderoso" (Keil)?

(5) Os pecados do povo e do príncipe de Israel (vv. 23-27)

a.  Por que o povo de Judá pensaria que um presságio obtido dessa maneira por Nabucodonosor fosse falso? (v. 23) Seu raciocínio seria correto?

b. O que o Senhor faria para lembrá-los de sua culpa? (v. 24)

c. O juízo contra o príncipe de Israel (que naquela época era Zedequias):

  1. O que seria tirado dele? (v. 26)
  2. A quem seria restituído? (v. 27)
  3. Por que aquele que receberia o turbante e a coroa é chamado de “humilde”? (Zacarias 9:9; Mateus 21:5)

21:28-32—A destruição total dos amonitas

(6) Por que o Senhor diz que as adivinhações de Nabucodonosor são falsas e mentirosas? (v. 29)

(7) A espada de Nabucodonosor poupará os amonitas? (vv. 28-29)

(8) Quais seriam os pecados dos amonitas (que já tinham sido aliados de Judá; vide Jer. 27:3) na destruição de Jerusalém? (25:3, 6; Sof. 2:8)

(9) Qual seria o destino dos amonitas? (v. 32)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

O lugar onde o sinal devia ser colocado é provavelmente Damasco, onde

“um viajante que provinha do norte precisava decidir entre toma o ramo esquerdo da bifurcação, prosseguindo para o sul ao longo do Golan, a leste do Jordão, ou tomar o ramo direito que passa pela Palestina a oeste do Jordão... Rabá dos filhos de Amon é o nome completo da capital amonita... Esta cidade (atualmente conhecida como Amã), a única cidade amonita cujo nome aparece no Antigo Testamento, estava localizada a vinte e três milhas a leste do Jordão e servia como uma importante parada na Estrada do Rei."
(NICOT, 684)


Reflexão meditativa
A soberania de Deus

Pois o rei da Babilônia parará no local de onde partem as duas estradas para sortear a escolha. Ele lançará a sorte com flechas, consultará os ídolos da família, examinará o fígado.” (NVI-PT) (Ezequiel 21:21)

A profecia sobre o método que Nabucodonosor usaria para decidir qual nação atacar e sua posterior erradicação dos amonitas serve para demonstrar a soberania do Senhor, das seguintes maneiras:

- Embora Nabucodonosor, o rei pagão da Babilônia, tenha recorrido a práticas que Jeová abomina, ele e suas práticas abomináveis (sem que ele soubesse) seriam usadas por Deus para cumprir Sua vontade, ou seja, seriam a espada de Deus para castigar e purificar Seu povo. Isso de forma alguma valida o uso da adivinhação.

"A única coisa que isso mostra é que até mesmo o paganismo está sob ao governo e direção do Deus Todo-Poderoso, e o faz cumprir os Seus planos tanto os de Seu reino quanto os da salvação."
(K&D, 171)

- Keil também aponta perspicazmente que o plano de Deus é usar a Babilônia para ferir

não só Judá, mas também os amonitas. Jerusalém e Judá serão os primeiros a cair; então o arqui-inimigo da nação da aliança, a saber, Amon, sucumbirá aos golpes da espada de Jeová, para que os inimigos amargurados do Senhor e de Seu povo aprendam que a queda de Jerusalém não é (como eles imaginam) uma prova da impotência de Deus, mas de Sua onipotência... O paralelismo entre Israel e os filhos de Amon é feita de tal maneira que o foco sempre é à distinção que há entre as duas nações. Jerusalém cairá, a velha teocracia será destruída até a vinda daquele que restaurará a justiça (vv. 26 e 27). Por outro lado, Amon perecerá sem deixar vestígios (vv. 31, 32)."
(K&D, 170)

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 22:1–16

Nesse oráculo, o Senhor acusa Jerusalém de ser uma "cidade sanguinária", começando com um chamado para que Ezequiel a julgasse (vv. 1-5), e continuando com uma lista detalhada de seus pecados.

22:1-5—A cidade sanguinária

(1) Quais são os dois pecados específicos que Jeová menciona ao pedir ao profeta que julgue Jerusalém? (vv. 1-4)

(2) A idolatria já é ruim o suficiente, mas o que é muito pior é o fato de a cidade de Jerusalém, o centro da adoração a Javé, ser conhecida como uma cidade sanguinária:

a. Que impacto isso teria tido no nome do Senhor entre as nações?

b. O que pode ter levado esta cidade de Deus a degenerar num estado tão lamentável?

(3) Qual é o resultado de sua queda espiritual? (v. 5)

22:6-12Os detalhes de seus pecados

(4) Quem são os responsáveis pelo derramamento de sangue? (v. 6)

(5) Você acha que eles mesmos precisavam realizar os assassinatos? (v. 12)

(6) Tente agrupar os pecados desta lista detalhada sob os seguintes títulos:

a. injustiça e falta de misericórdia

b. apatia espiritual e idolatria

c. perversão sexual

d. comportamentos antiéticos

e. outros

(7) Que tipo de sociedade religiosa Jerusalém tinha se tornado?

22:13-16O juízo de Deus

(8) Quais são os dois pecados que levaram Deus a bater palmas? Por quê? (v. 13)

(9) O povo poderá suportar a ira de Deus? Por que ou por que não? (v. 14)

(10) Para o povo de Deus, por que sua dispersão entre as nações é o castigo final? (v. 15)

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O juízo
final

Dispersarei você entre as nações e a espalharei pelas terras; e darei fim à sua impureza.” (NVI-PT) (Ezequiel 22:15)

Quando criança, eu fui submetido a castigos físicos nas mãos de meu pai que a sociedade atual consideraria abuso físico. Mas meu maior medo não eram esses castigos, mas escutar o meu pai me dizer as seguintes palavras: “Vá embora e nunca mais volte”. Esse era o castigo máximo, uma vez que não só significava que eu seria expulso da minha casa, mas também que meu pai me repudiaria. Esse é o castigo que Deus pronuncia contra a cidade ímpia de Jerusalém.

Por um lado, isso mostra a justiça do Senhor ao cumprir as palavras que tinha falado em Levítico 26:33-39 e Deuteronômio 28:64-68, mais de 1.000 anos antes, na Lei de Moisés, sobre as consequências de eles adorarem outros deuses e não guardarem os Seus decretos.

Por outro lado, isso também significa que Ele os estava rejeitando como Seu povo, expulsando-os da terra que lhes tinha prometido e destruindo o Seu próprio templo um sinal claro de que Ele estava abandonando a terra e o povo.

Mas como já vimos repetidamente no livro de Ezequiel, nosso Deus é um Deus tão amoroso que nunca os abandonaria ou desampararia (Dt 31:6). Em Seu grande plano de salvação por meio do Messias, Seu próprio Filho unigénito, Ele prometeu que um dia “na sua terra, toda a nação de Israel me prestará culto, e ali eu os aceitarei” (Ezequiel 20:40).

Esta é a mesma confiança que podemos ter apesar dos nossos pecados, pois "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9). Com certeza, Ele é o nosso amoroso Pai celestial.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 22:17–31

22:17-22—A alegoria da escória (vide a Nota abaixo)

(1) O que essa alegoria nos diz sobre o que Israel deveria ter sido e o que tinha se tornado? (v. 18)

(2) Quão apropriada é essa analogia?

(3) De acordo com essa alegoria, qual seria o propósito de reuni-los em Jerusalém? (vv. 19-22)

(4) O que essa alergia procura ilustrar?

22:23-30—Todos são responsáveis

(5) Esta mensagem de repreensão começa com uma comparação da terra com uma terra que não tem chuva nem aguaceiros (v. 24). O que essa descrição significa no contexto da aliança de Deus com Israel? (vide Deuteronômio 11:11-14; 17)

(6) A culpa da nação era compartilhada por basicamente todos os segmentos da sociedade. Quais eram os pecados de cada um dos seguintes grupos:

a.  os príncipes (ou seja, os reis) (v. 25) (de acordo com a Septuaginta; o TM tem a palavra "profetas", preservada na tradução ARC)

b. os sacerdotes (v. 26)

c. os oficiais (v. 27)

d. os profetas (v. 28)

e. o povo em geral (v. 29)

(7) Como esta nação é descrita?

(8) O que Deus procurou entre eles? Por quê? (v. 30)

(9) Por que Deus não encontrou nenhum? Por que o texto não menciona Ezequiel (entre os exilados) ou Jeremias (em Jerusalém)?

(10) Qual seria a mensagem atual para nós hoje?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

"Esses minérios geralmente contêm quantidades significativas de cobre, zinco, estanho e outras substâncias. Uma vez que a prata é frequentemente encontrada em minérios de chumbo, a mineração de um desses dois metais geralmente inclui o refino do outro".
(NICOT, Ezequiel, 717)

Reflexão meditativa
O Messias, sua única esperança!

"Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nenhum." (NVI-PT) (Ezequiel 22:30)

O fato de que todo o povo dentro da nação de Israel tenha sido culpado de rebelião é evidência de que havia uma rebelião generalizada contra Jeová que incluia os reis, o sacerdote, os oficiais, os profetas e o povo (22:25-29). Em outras palavras, a nação tinha se afastado tanto de Deus que era extremamente improvável ela se arrepender; isso é enfatizado na seguinte declaração do Senhor: “Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nenhum” (22:30).

Mas é impossível não perguntar: por que o texto não menciona Jeremias em Jerusalém e Ezequiel entre os exilados? Estes claramente tinham chamado a nação ao arrependimento com ousadia e fidelidade, e não há dúvida de que estavam intercedendo pelo povo (vide Jeremias 14:17-22; Ezequiel 11:13).

Com certeza, a intenção de Deus é encontrar alguém que possa ficar diante Dele na brecha para interceder pelo povo. Keil enfatiza que "isso é evidente pelo simples fato de que ... Ezequiel estava pensando na intercessão de Abraão por Sodoma (Gênesis 18:13 e ss.), uma vez que as palavras finais do versículo contêm uma alusão muito clara a Gênesis 18:28." (K&D, 183)

No entanto, o Senhor não só estava procurando alguém para interceder, mas também alguém que fosse capaz de levar o povo de volta para Deus como nação. “A imagem que compara Javé com uma pessoa que procura alguém para ficar na brecha é uma metáfora militar, uma vez que peres denota um buraco na muralha da cidade, quer seja causado por negligência ou por agressão dos aríetes do inimigo.” (NICOT, Ezequiel, 727) Somente um rei como Josias poderia ter feito isso (2 Crônicas 34). Infelizmente, com Zedequias, nenhum cetro justo seria encontrado novamente de Judá. (Ezequiel 21:13)

Como consequência, não se encontrou ninguém que pudesse funcionar como sacerdote (ou advogado - Hb 2:17) e rei ao mesmo tempo para erguer novamente a tenda de Israel (Amós 9:11, 12; At 15:16), até a chegada do nosso Senhor Jesus, que é o Messias/Cristo de Israel.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 23:1–21

As capitais Samaria e Jerusalém representam os reinos de Israel e Judá:

23:1-4—A origem de seu adultério contra o Senhor

Samaria (Israel), composta por dez tribos, é chamada de irmã mais velha, cujo nome é Oolá , uma palavra que significa "sua tenda". Ela é contrastada com sua irmã mais nova Jerusalém (Judá), composta por duas tribos, a quem Jeová chama de Oolibá, "minha tenda nela":

(1) O que Deus quer dizer com a expressão “minha tenda”? (Êxodo 40:34)

(2) Por conseguinte, o que Ele quer dizer com o nome Jerusalém?

(3) Em vez disso, o nome de Samaria é "sua tenda". O que significa isso?

(4) Ambas as irmãs tinham se tornado prostitutas no Egito. O que significa isso? (vide 20:7)

23:5-10—As acusações contra Samaria

(5) O pecado de Samaria foi duplo (vv. 5-8)

a. Primeiro, sua aliança com os assírios (vv. 5-6)

  1. Por que ela foi atraída pelos assírios?
  2. Você consegue lembrar uma das ocasiões em que ela tinha feito uma aliança com os assírios? (vide 2 Reis 15:19-20)

b. Segundo, sua adoção dos ídolos das nações (v. 7)

  1. Leia sobre um dos exemplos mais flagrantes disso em 1 Reis 16:30-33.
  2. Quando ela começou a adorar aos ídolos? (v. 8)

(6) Seu juízo (vv. 9-10)

a. Que juízo eles receberam por parte de Deus?

b. Como esse juízo foi levado a cabo na sua posterior história? (vide 2 Reis 17:1-6)

23:11-21—As acusações contra Jerusalém

(7) Como Jeová compara Jerusalém com Samaria? (v. 11)

(8) Que pecado cometido por Judá foi semelhante ao de Samaria? (v. 12; vide 2 Reis 16:7-9)

(9) “Mas Oolibá levou sua prostituição ainda mais longe” (vv. 14-18)

a. Como ela também se sentiu atraída pelos caldeus? (v. 14, vide a Nota abaixo)

b. Sua aliança com os caldeus durou muito? (v. 17)

c. Qual foi a resposta do Senhor à infidelidade deles? (v. 18)

(10) “Contudo, ela ia se tornando cada vez mais promíscua” (vv. 19-21)

a.  De quem eles buscaram ajuda depois de sua briga com os caldeus? (v. 19; uma aliança entre Judá e Egito é sugerida em 2 Reis 24:7)

b. Por que o Senhor decidiu usar uma descrição tão grosseira para retratar os pecados de Judá? (versículos 20-21)

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

“A descrição dessas gravuras corresponde perfeitamente às esculturas encontradas nas paredes internas dos palácios assírios nos monumentos de Nimrud, Khorsbad e Kouyunjik. Os retratos dos caldeus não são figuras mitológicas ... mas esculturas que representam cenas de guerra, procissões triunfais de governantes e guerreiros caldeus, as quais eram usadas para adornar os palácios assírios."
(K&D, 187)

A fascinação de Judá pelos caldeus começou durante o reinado de Ezequias (2 Reis 20:12-13).

Reflexão meditativa
Prostitutas espirituais

"Assim que ela os viu, desejou-os ardentemente e lhes mandou mensageiros até a Caldéia." (NVI-PT) (Ezequiel 23:16)

Tenho certeza de que nós, como leitores modernos, ficamos surpresos ao ler a linguagem sexual muito explícita que o Senhor usou neste capítulo para descrever a infidelidade de Samaria e Judá. Mas, como diz Daniel Block: “Esta descrição grosseira é um recurso de retórica usado intencionalmente, não só para surpreender o público, mas também para expressar a repugnância que Javé sentia devido ao comportamento de Oolibá” (NICOT, Ezequiel, 747). E a repugnância expressa nestes versículos centra-se principalmente no fato de Samaria e Judá terem procurado repetidamente fazer alianças com nações vizinhas em busca de ajuda um claro sinal de não querer confiar em Javé e somente em Javé.

Por que eles decidiram confiar nos assírios, nos caldeus e nos egípcios? Surpreendentemente, o Senhor relaciona sua decisão com o seu fascínio pelas decorações glamorosas e figuras imponentes dos guerreiros e governantes dessas nações: "guerreiros vestidos de vermelho, governadores e comandantes, todos eles cavaleiros jovens e elegantes" (23: 6). Talvez pensemos "Como eles puderam ser tão superficiais!". No entanto, isso é um lembrete para todos nós, uma vez que nós também somos atraídos com frequência pelos ricos, poderosos, inteligentes e talentosos, e tendemos a depositar a nossa confiança neles. No entanto, cada vez que colocamos a nossa confiança nos homens em vez do Senhor, somos culpados do mesmo pecado de Samaria e Judá, tornando-nos “prostitutas” aos olhos do Senhor.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 23:22–34

O castigo de Judá (Oolibá)—esta parte da frase está cheia de contrastes.

(1) As ferramentas que seriam usadas para castigá-los são os seus "antigos amantes" (v. 22)

a. O que isso ensina sobre sua promiscuidade?

b. Quão apropriada é esse castigo?

(2) Como Jeová descreve essas nações invasoras? (v. 23)

(3) O que essa descrição lembrava à audiência de Ezequiel? (vide 23:5-6, 15)

(4) Qual foi o propósito de Deus ao dar este lembrete?

(5) Quão bem armados eles estariam? (v. 24)

(6) Quão cruel e total seria o seu castigo? (vv. 25-26)

(7) Você acha que a descrição acima é literal, ou apenas metafórica? Por quê? (seria uma boa ideia ler o artigo meditativo de hoje)

(8) Qual foi o propósito de Deus ao lhes dar este castigo? (versículos 27-30)

(9) Reflita sobre o uso da metáfora de um copo para descrever seu castigo (vv. 32-34):

a. Como os destinos de Samaria e Jerusalém são semelhantes?

b. O copo é descrito como grande e fundo. O que significa isso?

c. Qual é o conteúdo deste copo?

d. Quão apropriada é esta metáfora do copo para descrever a morte de Judá?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um juízo
horrível

Cortarão fora o seu nariz e as suas orelhas, e as pessoas que forem deixadas cairão à espada.” (NVI-PT) (Ezequiel 23:25)

Repetidamente, o Senhor adverte Seu povo de quão horrível será o seu juízo iminente. Assim como esse castigo dirigido contra Oolibá (o apelido de Judá), que seria infligido por seus ex-amantes (aliados), o caráter horrível do castigo inclui cortar seus narizes e orelhas. No entanto, talvez nos perguntemos se isso é uma simples metáfora ou uma profecia de um evento real. Daniel Block nos ajuda mostrando que tais práticas realmente eram usadas nas guerras da antiguidade. Ele cita o seguinte trecho dos anais de Assurnasirpal II (883-859):

“Com a espada, cortei a garganta de 800 de suas tropas de combate, queimei 3.000 dos cativos, sem deixar nenhum vivo como refém. Eu capturei vivo Hulaya, o governante de sua cidade. Fiz uma pilha com seus cadáveres. Eu queimei seus meninos (e) meninas adolescentes. Eu esfolei Hulaya, o governante de sua cidade (e) cobri a muralha da cidade de Damdammusa com sua pele. Arrasei, destruí (e) queimei a cidade... Partindo da cidade de Kinabu me aproximei da cidade de Tela. A cidade estava bem fortificada... Matei 3.000 de seus guerreiros com a espada. Tomei prisioneiros, posses, bois (e) gado. Eu queimei muitos de seus cativos. Capturei muitos soldados vivos: cortei seus braços (e) suas mãos; Eu cortei seus narizes, orelhas (e) membros. Arrancei os olhos de muitas tropas. Fiz uma pilha dos vivos (e) uma de cabeças. Pendurei suas cabeças nas árvores ao redor da cidade. Eu queimei seus meninos (e) meninas adolescentes. Eu arrasei, destruí, queimei (e) consumi a cidade."
(NICOT, Ezequiel, 751-2)

É impossível não estremecer com o destino de Judá e perguntar: "Por que vocês não prestaram atenção à advertência do Senhor?" Ao contemplar este destino de Judá conforme a infalível Palavra do Senhor, é impossível não estremecer com o destino daqueles que não acreditam no Filho de Deus!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Ezequiel 23:35–49

A segunda fase do castigo de Samaria (Oolá) e de Judá (Oolibá) (vide a Nota abaixo)

(1) Para o Senhor, o que tinham significado todos os atos de adultério de Judá? (v. 35)

(2) Uma lista das práticas abomináveis de Samaria e Judá (vv. 36-39)

a. O v. 37a parece ser uma acusação sumária: como você resumiria todas essas práticas abomináveis?

b. Mais especificamente, a que se refere seu adultério? (v. 37b)

c. Que aspecto de sua adoração a ídolos resume suas práticas perversas? (v. 37b)

d. Como eles tinham poluído o santuário de Deus e Seus sábados ao mesmo tempo (no mesmo dia de sua adoração a Moloque)? (v. 38-39)

(3) Atos adúlteros com as nações (vv. 40-44)

a. Com base na repreensão inicial no v. 16, quais eram os homens que ela (Judá) tinha enviado? (v. 40)

b. Leia 2 Reis 20:12-15 para um exemplo bem claro de como Judá flertou com os caldeus: Como o Senhor descreve esse ato tão adúltero aqui? (vv. 40-41)

c. O v. 42 diz que ambas as irmãs (Samaria e Judá) cometeram esse ato de adultério também com os sabeus (um povo do deserto). Quem poderia estar entre esses amantes? (vide v. 23)

d. À luz desses comportamentos repetidos e contínuos, como Jeová chama Judá? (v. 43a)

(4) O juízo de Deus (vv. 45-49)

a. Quem o Senhor usa para executar Sua sentença? (v. 45; vide Habacuque 1:6 e sua objeção em 1:13)

b. A que é comparada a sentença de Judá? (vv. 46-47)

c. A quem o destino de Judá devia servir de advertência? (v. 48)

d. Você acha que o mundo tem aprendido alguma coisa com o destino de Judá? Por que ou por que não?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

De acordo com a interpretação de Keil, os dois nomes são um contraste entre Judá, onde estava o tabernáculo de Deus, daí o nome Oolibá (minha tenda nele); Samaria tinha sua própria tenda para seus ídolos, daí o nome Oolá (sua loja).

Reflexão meditativa
O adultério de Samaria e Judá - mais do que uma metáfora

"Dessa maneira darei fim à lascívia na terra, para que todas as mulheres fiquem advertidas e não imitem vocês." (NVI-PT) (Ezequiel 23:48)

Na Sua repreensão a Samaria e Jerusalém por serem irmãs adúlteras, Deus usa uma linguagem sexual que pode nos surpreender; no entanto, isso só serve para nos ajudar a entender quão sagrado é o relacionamento que temos com nosso Senhor, e que esse relacionamento exige a nossa devoção exclusiva. Aos olhos do Senhor, nossa devoção a qualquer outra pessoa ou objeto, mesmo que não um ídolo literal, é adultério e constitui uma violação de nossa aliança matrimonial com Ele.

Ao usar a santidade da aliança matrimonial para descrever o nosso relacionamento com Ele, Deus também nos lembra o seguinte:

“Aos olhos de Deus, o adultério é um mal abominável, não só porque perverte o ato sexual, mas principalmente porque viola o vínculo da aliança matrimonial. Exceto como parte do compromisso com a aliança matrimonial, qualquer atividade sexual é prostituição. Em vez de oferecer satisfação duradoura, a intimidade ilícita gera desprezo e nojo. A aplicação feita por Ezequiel da lição do caso de Javé contra Jerusalém para sua audiência imediata aponta o caminho para seu significado para o povo de Deus hoje. O destino de Jerusalém serve para advertir a comunidade corporativa de fé, bem como cada membro individual dessa comunidade. A infidelidade conjugal é autodestrutiva e traz a ira de Deus sobre a pessoa."
(NICOT, Ezequiel, 764-5)