Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Ezequiel no Antigo Testamento.
Consulte o diagrama das informações contidas em Ezequiel 40:1-27 (no estudo para o Ano 5, Semana 40, Dia 278) ao ler a descrição e as medidas das "sacristias sacerdotais" (item F) que o anjo mensageiro mostra a Ezequiel ao conduzi-lo para fora do pátio interno (o santuário), de volta para o lado norte do pátio externo:
42:1-14—As sacristias sacerdotais
(1) Em total, qual é o comprimento e a largura das câmaras de três andares descritas aqui? (v. 2)
(2) Uma vez que “praticamente todos os detalhes quanto ao desenho e aparência dos quartos podem ser discutidos e qualquer reconstrução é especulativa” (NICOT, 564), não fique frustrado se você não puder entender plenamente sua descrição (vv. 3- 9). Você consegue encontrar os seguintes itens na tabela?
a. O corredor interno em frente dos quartos, cujo comprimento é de 100 côvados e largura de 10 côvados (v. 4)
b. A parede externa que protege o corredor, cujo comprimento é de 50 côvados (v. 7)
c. Há outros elementos que parecem importantes para você?
(3) Os quartos localizados simetricamente ao sul têm basicamente o mesmo desenho e tamanho (vv. 10-12)
a. Para quem são esses quartos? (v. 13)
b. Esses quartos não servem como residência para os sacerdotes (40:44-46, ponto G). Em vez disso, são usadas pelos sacerdotes para dois propósitos específicos. Quais são? (v. 13b)
c. O v. 14 menciona outra função importante: o que é e por que existe?
(4) Todo o complexo do templo tem a forma de um quadrado (vv. 15-19)
a. Qual o seu tamanho?
b. Você talvez queira compará-lo com o templo de Salomão para ter uma ideia do tamanho deste novo templo (vide o diagrama e as tabelas de 1 Reis 6:1-38, Ano 4, Semana 19, Dia 127).
(5) Qual é a função de seu enorme muro? (v. 20)
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Assim que os sacerdotes entrarem nos recintos sagrados, só poderão ir para o pátio externo após tirarem as vestes com as quais ministram, pois elas são santas." (NVI-PT) (Ezequiel 42:14)
Um dos temas que obviamente recebe mais ênfase neste novo templo (o Templo do Milênio) é a santidade dos sacerdotes; isso é evidente na rara descrição detalhada das sacristias sacerdotais. O mensageiro angelical vem dando a Ezequiel uma visão geral do templo, apresentando-lhe vários edifícios nos pátios interno e externo, sem incluir nenhuma explicação detalhada sobre seu uso, salvo aqueles lugares relacionados com os sacerdotes. O foco principal dessas descrições é a importância de preservar a pureza e a santidade dos sacerdotes, os quais têm acesso direto ao Deus Santo e O servem.
Uma vez que minha preferência pessoal é interpretar este templo de maneira espiritual, principalmente devido à minha firme convicção de que a redenção completa de 'Cristo eliminou totalmente qualquer rito de sacrifício do Antigo Testamento' (Hebreus 10), vejo nestes versículos implicações importantes para nós como crentes do NT que agora são sacerdotes no templo espiritual do Senhor (1 Pe 2:5).
Embora não possamos aplicar em nossas vidas hoje os detalhes sobre como comer e armazenar as ofertas mais sagradas e como deixar as vestes sagradas nessas câmaras sagradas, a essência do que essas ênfases buscam transmitir é clara— uma vez que os sacerdotes israelitas tinham levado a idolatria para dentro do templo, profanando-o, a partir de agora eles precisam se separar de toda impureza e se dedicar ao Senhor para que Deus possa habitar entre eles para sempre. Isso se aplica a todas as áreas de sua vida, seja na sua alimentação, no seu ministério ou na sua aparência externa— eles devem estar totalmente separados para o Senhor, e nós também.
No final da visita a este novo templo, Ezequiel testemunha o retorno da glória do Senhor ao templo:
(1) Ezequiel faz alusão à última vez que viu a glória do Senhor no templo (8:1 e ss.)
a. Qual foi o propósito da última visão do capítulo 8? (43:3)
b. À luz disso, o que significa este reaparecimento da glória do Senhor? (vv. 4-5)
(2) Em que sentido este retorno será diferente da última vez que a presença do Senhor esteve no templo? (vv. 6-7)
(3) Quais ações de Israel tinham levado à retirada da glória do Senhor de Seu templo? (v. 8)
(4) O v. 9 é uma condição para esta nova promessa? Como poderia ser possível para Israel cumprir com ela?
(5) Nesse sentido, qual é a função da revelação do plano do templo? (vv. 10-11)
(6) Além de transmitir a visão ao povo de maneira verbal, o que mais Ezequiel deve fazer? Por quê? (v. 11b)
(7) Como o versículo 12 resume “a lei do templo”? Como o v. 12 resume a “lei do templo”?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar para a sola dos meus pés. Aqui viverei para sempre entre os israelitas.” (NVI-PT) ( Ezequiel 43:7)
Além de suas dimensões enormes, o templo de Ezequiel tem muitos outros pontos de divergência com o templo de Salomão e o tabernáculo. Um elemento cuja ausência é muito notável neste novo templo (milenial) é a Arca da Aliança. Gostaria de compartilhar com vocês a análise de Keil desta passagem:
“A passagem começa com uma explicação de Deus de que o templo no qual a glória do Senhor tinha entrado era o lugar de Seu trono, onde Ele habitaria para sempre entre os filhos de Israel... a expressão o lugar em que assentam os meus pés (cf. Is. 60:13) é equivalente à expressão o estrado dos meus pés usado em Isa. 66:1. A arca da aliança é chamada o estrado dos pés de nosso Deus em 1 Crônicas 28:2 e Salmo 132:7; compare com Ps. 99:5 e Lam. 2:1, onde este epíteto talvez se refira ao templo. Isso também se aplica ao trono de Jeová; uma vez que Deus foi entronizado acima dos querubins da arca no santo dos santos (cf. Êxodo 25:22, 1 Sam. 4:4, etc.). Ezequiel não menciona a arca da aliança na sua visão do santuário, e dificilmente esse silêncio pode ser considerado uma simples omissão, uma vez que, salvo os altares, não é mencionado nenhum dos objetos que antes havia no templo, nem mesmo a mesa do pão da presença ou o castiçal. A razão pela qual a Arca da Aliança não é mencionada é encontrada em Jr. 3:16: na era messiânica, "não pensarão mais nisso nem se lembrarão dela [da Arca da Aliança]".
(K&D, Ezequiel, 396)
De fato, na era messiânica, a presença de Deus não será mais simbólica, pois Ele colocará Seu trono não só no templo, mas também no monte santo (34:12), e até mesmo em toda Jerusalém (Jr. 3:17).
Após a revelação do retorno de Sua glória ao novo templo, parece que o Senhor mesmo é quem continua a falar com o profeta. Antes disso, pouca atenção foi dada a qualquer parte do mobiliário, muito menos uma descrição detalhada; mas agora o altar deste novo templo é descrito de forma detalhada:
43:13-18—O Altar
(1) É útil refletir sobre a ordem que Moisés recebeu para a construção do altar para o tabernáculo em Êxodo 27:1-8; leia também Êxodo 20:26.
(2) Ao comparar estas instruções do livro de Êxodo com a descrição do profeta, você consegue discernir a mudança de ênfase?
(3) Uma vez que alguns dos termos na passagem de Ezequiel se prestam a diferentes interpretações, simplesmente apresentarei o seguinte resumo das dimensões do altar:
a. As dimensões externas: 20 côvados x 20 côvados (aproximadamente 10,4m x 10,4m)
b. O altar propriamente dito: 14 côvados x 14 côvados (aproximadamente 7,3m x 7,3m)
c. A altura: 6 côvados (aproximadamente 3 m)
d. A calha para a drenagem do sangue dos animais abatidos: 17 côvados (comprimento) x 1,5 côvado (diâmetro) x 1 côvado (largura) [Segundo os cálculos de Block, que considera que 1 côvado era igual a 20,5 polegadas, a capacidade era cerca de 951 galões americanos (3.600 L); de acordo com outro cálculo, o volume era equivalente a 3.804 galões americanos (14.400 L) (vide NICOT, 601).]
(4) Embora este novo altar ofusque aquele que foi construído para o tabernáculo, seu tamanho é basicamente igual àquele do altar no templo de Salomão (2 Crônicas 4:1, onde um côvado menor e mais antigo é usado como medida padrão):
a. Quão importante era o altar para a adoração do Senhor no VT? (v. 18)
b. Por que o Senhor revela a Ezequiel somente as medidas, e não os materiais a serem usados para sua construção? Isso quer dizer que a intenção do Senhor não foi que os homens o construíssem, mas que fosse providenciado por Ele?
c. Por que esse altar tem degraus (v. 17), uma característica expressamente proibida em Êxodo 20:26? Como esse detalhe sugere que o altar de Ezequiel terá um caráter muito diferente daquele dos altares anteriores?
43:19-27—As ofertas a serem apresentadas no novo altar
(5) A consagração do altar (vv. 19-21)—Nesta visão, O Senhor instrui o profeta Ezequiel a dar um novilho aos sacerdotes levíticos para consagrar o altar antes de usá-lo.
a. Uma vez que este templo só existirá no futuro, o que pode significar a ordem dada nesta visão ao profeta de dar o novilho aos sacerdotes levitas?
b. Como este altar deve ser purificado antes de ser usado?
c. Que tipo de oferta é esta? (v. 19)
d. Onde este animal de sacrifício deve ser queimado? (v. 21; vide Hebreus 13:11-12)
e. Como o altar deve ser purificado no segundo dia? (vv. 22-24)
f. Parece que por sete dias um novilho, um bode e um carneiro—todos sem defeito—devem ser sacrificados para poder fazer expiação no altar (vv. 25-26):
- Qual poderia ser o significado dos "sete dias"?
- Por que é necessário fazer expiação pelo altar antes de ele poder ser usado?
g. Reflita sobre o que deve ser feito após a devida expiação (e purificação) do altar (v. 27):
- Para que será usado?
- Por que só então o Senhor os aceitará?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“E aos sacerdotes levitas, que são da semente de Zadoque, que se chegam a mim (diz o Senhor Jeová) para me servirem, darás um bezerro, para expiação do pecado." (ARC) (Ezequiel 43:19)
Um dos aspectos mais desconcertantes na revelação do novo templo a Ezequiel é a ordem que o Senhor dá a Ezequiel de dar um novilho aos sacerdotes levíticos que aparecem na visão para eles o apresentarem como uma oferta pelo pecado para a expiação e purificação do altar deste novo templo.
Embora o novo templo (o qual representa a habitação permanente de Deus entre Israel) seja uma realidade futura, pede-se a Ezequiel que dê o animal de sacrifício aos sacerdotes levíticos. A conclusão mais óbvia é que este novo templo, junto com tudo o que é descrito como parte dele, é uma realidade espiritual e não física.
Outro elemento que aponta para essa conclusão é a clara contradição que vemos ao comparar o desenho do altar desse templo, que tem degraus que dão para o oriente (43:17), com a ordem que o Senhor deu a Moisés em Êxodo 20:25-26, na qual Ele estabeleceu o seguinte: “Se me fizerem um altar de pedras, não o façam com pedras lavradas, porque o uso de ferramentas o profanaria. Não subam por degraus ao meu altar, para que nele não seja exposta a sua nudez” (NVI-PT).
Uma vez que não há necessidade real de sacrifícios oferecidos por sacerdotes, porque Cristo apresentou de uma vez por todas o sacrifício final por todos nós (Hebreus 10), essa regra prática que só é necessária para um altar físico se torna obsoleta.
No entanto, essas regras e concepções do altar espiritual no qual nosso Senhor Jesus Cristo apresentou o sacrifício final também servem para nos lembrar da santidade total exigida das plataformas nas quais nós, os sacerdotes do NT, apresentamos nossas ofertas diárias (43:27), sejam elas holocaustos (nosso serviço que apresentamos como sacrifício ao Senhor) ou ofertas pacíficas (o nosso andar diário e comunhão com o Senhor).
Nesta visão do novo templo, o Senhor já mostrou o retorno de Sua glória pelo portão oriental (43:4) e ordenou a Ezequiel que santificasse o novo altar. Neste trecho são dadas normas para restaurar a santidade na adoração no templo:
44:1-3—A porta oriental permanece trancada
(1) Uma vez que Ezequiel começou sua visita ao templo passando pela porta oriental (40:6-7), por que agora ela deve ser trancada? (v. 2)
(2) A razão dada é esta: "o Senhor, o Deus de Israel, entrou por ela":
a. Por que essa é a razão?
b. O que isso significa (ou seja, o fato de o Senhor ter entrado, e não saído, pela porta)?
(3) Um novo personagem é apresentado no templo—o príncipe (v. 3)
a. Uma vez que este personagem é o único autorizado a sentar e comer dentro da porta oriental na presença de do Senhor, qual é o papel do príncipe, além de ele ser o rei do povo?
b. Uma vez que o portão que acabamos de mencionar é o portão oriental (v. 3a), qual portão deve usar esse príncipe para entrar no pórtico para sentar e comer? (vide a Nota abaixo)
c. Os capítulos 45-46 fornecerão mais detalhes sobre este príncipe; por enquanto, o que sabemos sobre ele?
44:4-9—Os estrangeiros são barrados
(4) Uma vez que Ezequiel não pode mais entrar pelo portão oriental, por qual portão ele é levado para entrar novamente no templo? (v. 4)
(5) O que ele vê?
(6) O que isso significa? (Observe que a glória do Senhor já entrou no templo, em 43:4.)
(7) Agora, assegurado da presença permanente do Senhor no templo, o oráculo volta sua atenção para as entradas e saídas do templo (quer dizer, aqueles que podem entrar no templo).
a. Que ato pecaminoso dos israelitas é salientado aqui em relação ao templo? (v. 7)
b. Por que o Senhor enfatiza não só a circuncisão física, mas também a circuncisão do coração (a qual Ele menciona primeiro)? (vide também Romanos 2:25-29)
c. Que ordem o Senhor dá a esse respeito para salvaguardar a santidade deste novo templo? (v. 9, mas leia também 47:22-23)
d. Leia Atos 21:28-29 para ter uma ideia da atitude do povo de Israel em relação a essa proibição, até mesmo no tempo da época de Paulo.
e. Nesses pecados passados, quem foi o principal responsável por permitir que os estrangeiros incircuncisos entrassem no templo?
44:10-14—O papel dos levitas é limitado
(8) Que papel os levitas tiveram nos pecados do povo? (vv. 10, 12)
(9) Certas normas são estabelecidas para os levitas suportarem as consequências de seus pecados:
a. O que eles são proibidos de fazer dentro do templo? (v. 13)
b. Quais coisas que eles estão autorizados a fazer? (vv. 11, 14)
(10) Uma vez que eles “sofrerão as conseqüências de sua iniqüidade”, por que o Senhor não eliminou completamente seus deveres no templo?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Os comentaristas têm opiniões divergentes sobre a porta pela qual o príncipe deve entrar e sair. Uma vez que o contexto menciona que o príncipe se sentará e comerá na porta que acaba de ser mencionada (a porta oriental), a implicação lógica é que o pórtico mencionado no mesmo versículo é o mesmo. Se nem ele tivesse autorização para usar a porta oriental, o v. 3b diria algo como "Ele deve entrar pelo pórtico de uma das outras portas...", o que não é o caso. O fato de o príncipe agora assumir tanto a realeza (como príncipe) quanto o sumo sacerdócio (como o único que pode sentar e comer na presença do Senhor) indica que ele é o Messias.
“Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, Deus de Israel, entrou por ela; por isso, estará fechada." (ARC) (Ezequiel 44:2)
Embora a visão do Templo do Milênio inclua muitos detalhes que vão além de nossa compreensão, ela também contém algumas verdades espirituais que são importantes para nós. Uma dessas verdades, o trancamento da porta oriental do templo, tem várias implicações importantes:
(1) A porta oriental deve permanecer trancada porque "o Senhor, Deus de Israel, entrou por ele". Este comentário não só nos leva a perguntar quem pode entrar por ela, mas também (e mais importante) quem pode entrar na presença de um Deus tão santo.
(2) No entanto, isso também significa que o Senhor entrou no templo para ficar, e nunca mais sairá dele. É por isso que a glória do Senhor é mostrada novamente a Ezequiel quando ele é levado de volta ao templo pela porta norte, depois da vista inicial que ele teve da glória do Senhor quando ela entrou pela porta oriental (43:4). Esta é uma garantia de que a glória do Senhor tinha chegado para ficar.
(3) Agora, com o portão oriental fechado ao tráfego, o "príncipe" é o único autorizado a "entrar e sentar-se ali para comer na presença do Senhor". Isso sugere que esse "príncipe" não só pode entrar pelo portão oriental, mas também pode entrar na presença do Senhor. De fato, por meio de Sua morte na cruz, nosso Senhor Jesus Cristo nos forneceu o sacrifício expiatório (45:17); Ele também é a porta pela qual podemos entrar na presença do Senhor (João 10:9).
No contexto da preservação da santidade do novo templo, a vergonha do papel limitado dos levitas agora é contrastada com a honra do papel exclusivo de um clã específico de levitas que servem como sacerdotes no novo templo:
44:15-16—Os honrados descendentes de Zadoque
(1) Dos três filhos de Levi—Gérson, Coate e Merari (Gênesis 46:11), somente os descendentes de Coate (os coatitas) recebem funções sacerdotais (Números 3:38; 18:1-32); agora, neste novo templo, qual dos clãs dos coatitas tem o direito exclusivo de servir como sacerdotes? (vv. 15-16)
(2) A que se deve tal honra? (vide a Nota abaixo)
(3) Conseqüentemente, o que acontecerá com os coatitas que não forem descendentes de Zadoque?
44:17-26—A santidade dos sacerdotes
(4) Regras que regem o seu vestuário (vv. 17-19)
a. Que tipo de roupa eles podem usar? (v. 17; vide Êxodo 28:39-43)
b. Que tipo de roupa eles não podem usar? Por quê? (v. 18—Embora a transpiração não seja mencionada de forma específica, parece estar sujeita ao mesmo princípio que rege a profanação causada por outras formas de excreção corporal; vide Dt 23:11-13)
c. O que eles devem fazer com seu vestuário oficial ao sairem do pátio interno? (v. 19a; vide 42:14; elemento F do diagrama do complexo do templo)
d. Que justificação é dada para esta regra? (v. 19)
(5) A regra sobre o cabelo (v. 20)
a. Que regra é repetida para os sacerdotes do clã de Zadoque? (Levítico 21:5-6)
b. Qual é a possível justificação desta regra? (vide Levítico 19:27-28)
(6) A regra sobre beber (v. 21)
a. Quando eles são proibidos de beber? (vide Levítico 10:9)
b. Por quê?
(7) A regra sobre o casamento (vv. 22-23)
a. Com quem os sacerdotes não podem se casar? (vide Levítico 21:7, 14a)
b. Com quem eles podem se casar? (vide Levítico 21:14b)
c. Qual é a lógica que rege essa regra (e as outras regras, do v. 17 em diante)? (v. 23; vide Levítico 10:10)
(8) Regras que regem a liderança pública (v. 24)
a. Como eles devem agir como juízes? (vide também Deuteronômio 17:8-9)
b. Como eles devem exercer sua liderança espiritual?
(9) Regras que regem a profanação (vv. 25-27)
a. Quais regras sobre a profanação são repetidas aqui? (vv. 25-27; vide Levítico 21:1-3)
b. Reflita sobre as seguintes questões à luz de todas as regras acima:
- Que mensagem este trecho transmitiu aos ouvintes imediatos de Ezequiel?
- Quais poderiam ser as mensagens hoje para nós, os sacerdotes do NT (1 Pe 2:5)?
44:28-31—Os privilégios dos sacerdotes
(10) O v. 28 é um privilégio ou uma desvantagem? Por quê?
(11) Embora eles não tenham herança, como Deus proverá para eles? (vv. 29-30)
(12) Pense em sua própria vida. Você se identifica pessoalmente com essas bênçãos dos sacerdotes?
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Embora não possamos apontar para passagens específicas nas quais o Senhor elogia os descendentes de Zadoque durante o período imediatamente anterior à queda de Jerusalém, sabemos o seguinte:
“Zadoque era filho de Aitube, da linhagem de Eleazar (1 Crônicas 6:8, 12; 24:3), que permaneceu fiel ao rei Davi na rebelião de Absalão (2 Sam.15:24 e ss.); ele também ungiu Salomão rei, em oposição ao pretendente Adonias (1 Reis 1:32 e ss.).” (K&D, 414)
"Só eles entrarão em meu santuário e se aproximarão da minha mesa para ministrar diante de mim e realizar o meu serviço." (NVI-PT) (Ezequiel 44:16)
Embora provavelmente tenhamos dificuldade para entender por que tais regras serão necessárias para reger o serviço dos sacerdotes do clã de Zadoque durante o Milênio, podemos ver claramente suas implicações espirituais para nós, os sacerdotes do NT (1 Pedro 2:5), as quais foram belamente resumidas por Daniel Block no texto abaixo:
“À luz da abolição em Cristo do sacerdócio levítico/arônico (Heb. 7) e da democratização, ou melhor, a expansão do sacerdócio para incluir o corpo corporativo de Cristo (1 Pe 2:5, 9), talvez o leitor cristão não compreenda a relevância teológica e os aspectos práticos deste texto. No entanto, uma reflexão sobre os detalhes do texto produz várias lições teológicas extremamente importantes.
"Primeiro, de uma perspectiva teológica pastoral, esta passagem lembra ao leitor que o chamado para a liderança espiritual vem somente de Deus. A separação dos levitas para serem os guardiões do templo de Ezequiel remontava a muitos séculos, mesmo antes da separação dos levitas sob Moisés. As sementes já aparecem muito antes, na bênção de Jacó sobre o antepassado homônimo (Gênesis 49:5-7). Embora este pronunciamento pareça mais uma maldição do que uma bênção, a previsão da dispersão de Levi entre os israelitas mais tarde se cumpriria sob uma luz incrivelmente positiva, uma vez que Javé os designa como seus próprios agentes especiais de graça para a nação. Da mesma forma, os ministros de Deus na igreja não se nomeiam a si mesmos; sua vocação (a qual não é uma profissão) é baseada inteiramente no chamado soberano de Deus.
"Segundo, uma parte integral do privilégio de ministrar no reino de Deus é o grande peso da responsabilidade pelo bem-estar do povo de Deus. Os vv. 23-24 são esclarecedores, pois sugerem como essa tarefa será cumprida: (1) a instrução da comunidade de fé quanto aos padrões de santidade e pureza de Deus, (2) a resolução de disputas entre o povo de Deus fundamentada nos padrões de Deus, (3) seu papel como exemplos escrupulosos da obediência à vontade de Deus.
“Terceiro, a expansão do sacerdócio para incluir todos os crentes no Novo Testamento, em vez de diminuir as exigências espirituais impostas aos membros leigos da comunidade de fé, aumenta-os. Sob a antiga ordem, a tarefa de preservar a santidade do templo pertencia a uma classe especial. Sob o novo, todos os crentes são chamados a uma vida de pureza e santidade, para louvor daquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz (1 Pe 2:10).
"Quarto, os crentes encontram em Cristo não só o sacrifício final e perfeito por seus pecados, mas também um exemplo perfeito de responsabilidade sacerdotal. Aquele que não tinha pecado forneceu um modelo para todos os que seguem sua linhagem espiritual."
(NICOT, Ezequiel, 647-8)
Com o restabelecimento do santo sacerdócio, do Senhor agora dá instruções sobre a distribuição da terra:
(1) Quão importante era para os exilados saberem que a terra de Israel seria distribuída entre eles novamente?
(2) Como foi feita a distribuição anterior? (Números 26:52)
(3) Como esta nova distribuição será feita?
(4) Quem receberá o primeiro lote? (v. 1)
(5) Qual é o tamanho deste “distrito sagrado”? (v. 1b; vide os itens S + Z + L na tabela abaixo. Tal vez deseje anotar seu tamanho para servir de referência.)
(6) Esta porção sagrada é composta dos seguintes elementos (vv. 2-5):
a. O santuário (vv. 2-3)
- Qual é o seu tamanho? (v. 2; vide o elemento S na tabela)
- Qual é o tamanho do espaço aberto ao seu redor? (v. 2b)
- Qual poderia ser sua função?
b. A terra para os sacerdotes (v. 4)
- Qual é o tamanho desta porção? (v. 4a; vide o elemento Z na tabela)
- Embora esta terra seja sua, por que ela é considerada parte da porção do Senhor? (v. 1; 44:28)
c. A terra para os levitas (v. 5)
- Qual é o tamanho desta porção? (v. 5a; vide o elemento L na tabela)
- Uma vez que os levitas terão que suportar sua vergonha no templo do Milênio (44:10), por que eles ainda herdarão parte da porção do Senhor como sua?
(7) A porção da cidade (v. 6)
a. Qual o tamanho desta porção?
b. Onde será localizada? (vide o item C na tabela)
c. Uma vez que cada tribo também receberá seu próprio lote (vide capítulo 48) e esta terra pertence a todo Israel, qual poderia ser sua função, dada a proximidade do templo?
(8) A porção do príncipe (vv. 7-8)
a. Onde ficará localizada esta porção? (v. 7; vide o item P na tabela)
b. Vemos na história de Israel que os reis não tinham sua própria porção de terra designada; eles simplesmente tomavam terra e construíram seus palácios onde queriam:
- O que esta distribuição faz com o príncipe? (v. 8a)
- Que mal será evitado por meio desta distribuição? (v. 8b)
(9) Uma repreensão dos príncipes do passado (vv. 9-12)
a. Que pecados o Senhor pede que os príncipes de Israel (do passado) abandonem? (v. 9)
b. Por que o Senhor considerou que era necessário especificar os padrões para balanças precisas? (vv. 10-12. Observe o seguinte: o "efa" era usado para medir produtos secos como grãos = 22 litros (ou 5,8 galões americanos); a palavra "bato" refere-se a uma medida que era usada para líquidos = também 22 litros; a palavra "gera" se refere à menor unidade de peso = 0,57 gramas, etc.)
c. Qual pode ter sido a mensagem para os ouvintes imediatos de Ezequiel?
d. Qual é a mensagem para nós hoje?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Quando vocês distribuírem a terra como herança, apresentem ao Senhor como distrito sagrado uma porção da terra, com doze quilômetros e meio de comprimento e dez quilômetros de largura; toda essa área será santa." (NVI-PT) (Ezequiel 45:1)
“O tom frio e o caráter estatístico dos vv. 45:1-8a não devem cegar o leitor para a importância teológica do desenho territorial de Ezequiel.
"Primeiro, Javé continua sendo o verdadeiro proprietário do território de Israel e mantém a autoridade sobre sua administração. Isso se reflete nas diretrizes que Ele estabelece para a distribuição das propriedades entre seus habitantes...
"Segundo, a santidade de Javé e Seu templo é a força motriz por trás desta legislação sobre as terras. A porção central, de 500 côvados x 500 côvados, é reservada para o santuário, o Lugar Santíssimo (vv. 3-4). Esta propriedade é protegida contra qualquer contato contaminante com uma zona de proteção de 50 côvados (v. 2). Fora deste espaço aberto estão localizadas as casas dos sacerdotes que têm acesso a Javé, embora estes não sejam proprietários do terreno em que suas casas estão construídas. A próxima porção é reservado para os levitas, os quais são responsáveis pelo mantenimento do templo mas são proibidos de oficiar os rituais. Depois desta porção, há uma área reservada para os cidadãos que vêm adorar no santuário central. Finalmente vem a terra reservada para o chefe de estado. Como o próprio santuário, essas propriedades são projetadas e distribuídas numa ordem que reflete zonas de santidade decrescente à medida que se afasta do centro. À medida que se move das zonas externas em direção ao centro, esses retângulos mais ou menos concêntricos refletem crescentes restrições de acesso, culminando no santuário, onde mora somente Javé.
"Em terceiro lugar, este esquema territorial reflete a importância relativa dos funcionários do estado dentro da nova constituição. Embora os sacerdotes não possam possuir terras, eles possuem Javé e têm acesso a Ele. O status relativamente inferior dos levitas se reflete no fato de sua porção estar mais longe do núcleo... o tamanho do lote (do príncipe) fornece uma pista quanto ao seu status dentro da nação. Este é o mesmo príncipe que está autorizado a sentar-se à porta do santuário... (44:2)."
(NICOT, Ezequiel, 653-4)
A distribuição de terras é interrompida por uma repreensão dos príncipes de Israel (45:9-12); essa interrupção continua com instruções ao príncipe (milenial) sobre a observância das festas religiosas:
45:13-17—As ofertas alçadas do povo—Com exceção das ofertas relacionadas com os primogênitos, as primícias e os dízimos, a Lei mosaica não menciona nenhuma oferta obrigatória a ser apresentada pelo povo. Portanto, estas instruções parecem ser novas:
(1) A respeito disso, a taxa (ou imposto) é composta por três partes:
a. Grãos (trigo e cevada): Qual é a proporção a ser aplicada? (v. 13)
b. Azeite: qual a proporção a ser aplicada? (v. 14)
c. Ovinos: Qual é a taxa de imposto a ser aplicada? (v. 15a)
(2) Para que essas ofertas serão usadas? (v. 15b)
(3) Por que o que antes eram ofertas voluntárias aqui se tornam um dever regular e estabelecido?
(4) Qual é o dever do príncipe com relação a essas ofertas do povo? (vv. 16-17)
(5) Qual é o propósito comum dessas ofertas? (v. 17b)
45:18-25—Feriados Nacionais
(6) Ofertas pelo pecado (vv. 18-20):
a. Quais são as duas datas especificadas para as ofertas pelo pecado? (vv. 18, 20)
b. Quais são os respectivos propósitos dessas ofertas? (vv. 18b, 20b)
c. As seguintes perguntas referem-se à purificação do santuário no primeiro dia do ano novo (v. 18):
- O que deverá ser usado como sacrifício?
- Onde deverá ser colocado o sangue? (v. 19)
d. As seguintes perguntas referem-se à expiação pelo templo no sétimo dia do Ano Novo (v. 20):
- O que deverá ser feito para este fim? Por qué?
- Nenhum desses rituais de Ano Novo se encontra na Lei Mosaica:
1. Portanto, quão especiais são estes rituais?
2. Que novos propósitos poderiam servir no Milênio?
(7) A celebração de duas festas anuais (vv. 21-25)
a. A Páscoa (vv. 21-24)
- Em que data esta festa deverá ser celebrada? (v. 21; vide Números 28:16)
- O que deverá ser sacrificado naquele dia como oferta pelo pecado? Quem deverá fazer o sacrifício? (v. 22; vide Êxodo 12:3)
- Quanto tempo deve durar? (v. 21; vide Números 28:17)
- O que deverá ser fornecido ao longo dos sete dias para as seguintes ofertas?
1. o holocausto (v. 23a)
2. a oferta pelo pecado (v. 23b)
3. a oferta de cereais (v. 24)
- Em que aspectos os requisitos acima são diferentes daqueles da lei mosaica? (vide Números 28:19-22)
- O que essas diferenças podem significar?
b. A Festa dos Tabernáculos (v. 25)
- Que provisões e ofertas devem ser feitas pelo príncipe?
- Esta data coincide com a tradicional Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:39-44; Deuteronômio 16:13, 16):
1. Por que o Senhor não o chama pelo mesmo nome?
2. O que as diferenças nos requisitos podem significar?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“No décimo quarto dia do primeiro mês vocês observarão a Páscoa, festa de sete dias, na qual vocês comerão pão sem fermento.” (NVI-PT) (Ezequiel 45:21)
É
óbvio que Ezequiel conhece muito bem a Lei mosaica; porém, em seu
oráculo ele registra fielmente as normas e regulamentos que se referem a festividades religiosas cujas exigências são totalmente diferentes,
pois
“Ezequiel menciona somente estas duas festas anuais de sete dias, uma no primeiro mes e a outra no sétimo. Assim, ele omite não só a festa de Pentecostes (a festa das semanas), mas também o dia das trombetas (o primeiro dia do sétimo mês) e o dia da expiação (o décimo dia do mesmo mês); portanto, devemos concluir que, de todas as festas anuais originais, o israelense do futuro deverá guardar somente as duas primeiras. Não há dúvida nenhuma quanto à validade desta conclusão, uma vez que este calendário praticamente muda as datas das Festas do Dia das Trombetas e do Dia da Expiação (que antes serviam de preparação para a Festa dos Tabernáculos) colocando-as no primeiro mês, ao estabelecer ofertas especiais pelo pecado nos dias primeiro e sétimo daquele mês (vv. 18-20), e uma oferta pelo pecado no dia da ceia da Páscoa (v. 22). Isso basicamente transforma a lógica que subjaz a todo o ciclo das festas mosaicas...”
(K&D, Ezequiel, 429)
Daniel Block dá a seguinte explicação sobre essa transformação:
“Como a Páscoa original (Êxodo 12-13), a celebração que Ezequiel menciona tem um sentido inaugural. Através desta celebração, a nação de Israel se torna o povo de Deus. Enquanto a função do sacrifício original da Páscoa era apotropaica (para protegê-los de Javé), a do sacrifício de Ezequiel era purgativa (purificadora). Como todas as outras seções da Torá deste profeta, o foco do culto da nova ordem é a santidade: a preservação da santidade do templo (v. 20) e do adorador (v. 22). Antes de os rituais poderem ser realizados (isto é, antes que o novo relacionamento espiritual entre Javé e Seu povo possa ser celebrado), a impureza do edifício e do povo deve ser expurgada. Através da celebração da Páscoa, o complexo do templo torna-se um espaço sagrado, e os israelitas se tornam um povo santo. Nesta teocracia recém-constituída, o papel do nasi (o príncipe) é fundamental. Como protetor e guardião do culto, ele é responsável pela santificação do templo e da nação…”
(NICOT, Ezequiel, 667)
Independentemente do mistério que envolve a necessidade desses sacrifícios no Milênio, a realidade da transformação é evidente desde o início no fato de o cordeiro pascal sem defeito ter sido substituído por um novilho na celebração, pela simples razão de que Jesus Cristo já se tornou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29), fazendo com que "essas ofertas milenares ... não sejam eficazes ... mas comemorativas" (Alexander, 154).