Nesta semana terminaremos o nosso estudo do livro de Oséias no Antigo Testamento.
A estrofe anterior marca o fim de uma seção composta quase inteiramente por uma série de repreensões e pronunciamentos de juízo. A última série de profecias começa com o v. 10, cada uma das quais começa lembrando que Deus tinha escolhido Israel por amor (9:10; 10:1; 11:1; 12:3 e 13:1), com mensagens que cada vez mais são caracterizados pela esperança e restauração:
V. 10—Uma lembrança de quando Jeová encontrou Israel pela primeira vez:
(1) O que Jeová quis dizer com as seguintes metáforas sobre Seu prazer em "encontr[ar] Israel"?
a. Foi como encontrar uvas no deserto.
b. Foi como ver os primeiros frutos de uma figueira.
c. Jeová realmente quis dizer isso? Por que ou por que não?
d. E você? O que isso lhe ensina sobre o que Deus pensou quando Ele o achou?
(2) Como Israel tinha se voltado contra Jeová em Baal-Peor ? (Leia Números 25:1-5)
(3) Ao citar este incidente inicial, Jeová deu a entender que Israel tinha persistido em seu pecado contra Ele desde então:
a. Portanto, o que significa "se tornaram tão repugnantes quanto aquilo que amaram"?
b. Pode-se dizer o mesmo sobre nós hoje?
Vv. 11-17—Deus pronuncia Seu juízo sobre Efraim: A palavra glória provavelmente se refere ao orgulho que o povo sentia devido à sua prosperidade e crescimento demográfico.
(4) Por que o juízo parece se concentrar em seus filhos? (O que dói mais, um juízo contra os pais ou contra os filhos?)
(5) O juízo parece ter duas facetas:
a. Não haveria nascimentos, nem gravidezes, nem concepções. O que isso significava, especialmente para Israel, o povo da aliança? (Gn 22:17)
b. O que aconteceria com os filhos que já tinham? (9:12, 13, 16)
(6) Como Efraim uma vez tinha sido abençoado, como Tiro? (Leia Ezequiel 28:11-19 para ter uma ideia de quão próspera era Tiro, uma nação no litoral da palestina.)
(7) Devido aos seus horríveis pecados contra Jeová (dos quais os eventos em Baal-Peor são um exemplo típico), até mesmo o profeta se juntou ao Senhor em instar para que fossem julgados (v. 14). Foi certo o que o profeta fez quando amaldiçoou seu povo também? Por que ou por que não?
(8) Como Jeová respondeu ao pedido do profeta nos vv. 15-16? (Nota: A maldade em Gilgal provavelmente não se refere a um incidente isolado, senão aponta para a ampla apostasia e rebelião das dez tribos.)
(9) Como você contrastaria o juízo nos vv. 15-16 com o deleite que Jeová expressa no v. 10?
(10) A que conclusão o profeta chegou (v. 17) ao ouvir a resposta de Jeová?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira." (NVI-PT) (Oséias 9:10)
Ao ler as palavras de Jeová transmitidas por meio de Oséias, Seu profeta, com frequência fico comovido com a maneira como Jeová abre Sua alma ao povo, expressando Seu amor por eles. Em Seu lamento constante sobre a infidelidade e o adultério de Israel, o Senhor descreve o deleite e alegria que sentiu ao escolher Israel para Si: “Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira” (Oséias 9:10).
Sabemos que não há uvas no deserto; portanto, o fato de ele ter comparado Sua escolha de Israel a encontrar uvas no deserto mostra que Jeová Se agradou quando entre todas as nações do mundo (quer dizer, as nações que O tinham esquecido, pecado contra Ele e buscado outros deuses) Ele encontrou Israel, um povo que O adoraria, O seguiria e O amaria. Quanta alegria! Ele ficou muito animado ao fazer uma descoberta tão rara!
Em seguida, ao compará-los com os primeiros frutos de uma figueira, Jeová mostrou Sua grande esperança de que fossem como as primícias da temporada, e de que muitas outras nações os seguiriam, voltando a Ele.
Esse é o mesmo deleite que Jeová teve quando encontrou cada um de nós após deixarmos o nosso mau caminho, como a centésima ovelha perdida, como a décima moeda perdida e como o filho pródigo (Lc 15). Quão abençoados somos, uma vez que somos valorizados por Deus apesar de nossa pecaminosidade, indignidade e insignificância! Seu amor não é incrível?
Neste trecho, Jeová os lembra de seu bom começo e condena vários aspectos de seus pecados:
10:1-3—O uso indevido de bênçãos
(1) Jeová descreve Israel como uma videira (vv. 1-2):
a. Por que Deus tinha abençoado esta videira, fazendo-o produzir frutos?
b. Para quem ela deveria existir?
c. Para quem eles deram frutos?
d. Como Israel lidou com sua prosperidade? Por quê?
e. Quais seriam as consequências?
(2) De acordo com o v. 3, que impacto teriam essas consequências? Que tipo de confissão é essa?
10:4-8—Seus pecados são denunciados:
(3) Uma sociedade de mentirosos (10:4):
a. Por que o povo de Deus degenerou tanto que era ainda pior do que algumas sociedades pagãs?
b. Por que alguns cristãos também se comportam assim?
(4) A adoração de ídolos em Betel (10:5):
a. Por que Jeová menciona o pecado de Betel (Bete-Áven é um termo que ele usa de forma sarcástica para se referir a Betel) tantas vezes? (vide 1 Reis 12:25 e ss.)
b. O que aconteceria com o povo de Samaria e seus sacerdotes? Por quê?
(5) O pecado das alianças estrangeiras (10:6) — O erro de Israel não foi subestimar o poder da Assíria, mas procurar fazer uma aliança com ela. Por que foi um ato tão pecaminoso buscar uma aliança com a Assíria?
(6) O juízo contra os seus pecados (10:7-8)
a. Que analogia Deus usa no v. 7 para descrever a destruição de seu reino? Quão apropriado é essa analogia?
b. Que juízo cairia sobre seus lugares altos, onde era praticada a idolatria?
c. Quão severo seria o juízo sobre eles? (vide também Lucas 23:30 e Apocalipse 6:16)
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Então eles dirão: 'Não temos nenhum rei porque não reverenciamos o Senhor. Mas, mesmo que tivéssemos um rei, o que ele poderia fazer por nós?'.” (NVI-PT) (Oséias 10:3)
Ao longo do livro de Oséias, Jeová deixa claro que as únicas coisas que levariam Israel ao arrependimento eram a disciplina e o juízo nas mãos de Deus (vide, por exemplo, 5:15). Era a única maneira de acordarem de seu caminho errante. O profeta prediz um desses despertares quando diz o seguinte: “Então eles dirão: 'Não temos nenhum rei porque não reverenciamos o Senhor. Mas, mesmo que tivéssemos um rei, o que ele poderia fazer por nós?'” (10:3). Trata-se, na verdade, de uma dupla confissão:
(1) O profeta prediz que chegará o dia em que o povo não terá rei próprio. É claro que isso se refere à destruição de sua nação pelos assírios entre os anos 732-720 a.C. O profeta prediz que após a sua destruição eles confessariam a verdadeira causa de sua destruição: "não reverenciamos o Senhor".
(2) No entanto, o profeta também prediz que sua confissão iria além disso: eles reconheceriam que, mesmo que tivessem um rei, não agradariam a Deus, pois ao nomear um rei e formar sua própria nação no norte, eles não só rejeitaram o rei designado por Deus (da linhagem de Davi), mas também rejeitaram a Deus como seu rei.
É uma pena que hoje, depois de ser reconstituído como nação, Israel ainda não reconhece seu pecado de rejeitar seu rei designado por Deus, o rei da linhagem de Davi — seu Messias e Rei, nosso Senhor Jesus Cristo. E, infelizmente, sua confissão de pecados só virá no futuro, assim como Oséias profetizou: “em sua necessidade eles me buscarão ansiosamente” (5:15).
10:9-10—Os dias de Gibeá
(1) Por que Jeová menciona o pecado de Gibeá novamente, dizendo que é um pecado no qual eles permaneceram? (Oséias 9:9; Juízes 19)
(2) Que “duplo pecado” isso representa?
10:11-14a—O chamado para voltar: Esta é “a parte poética da passagem” (Word, 169).
(3) Este poema começa lembrando as bênçãos de Deus (v. 1)
a. Que tipo de bezerra Deus queria que Efraim fosse?
- Qual é a diferença entre ser usado para arar e ser usado para debulhar a colheita?
- Além de não precisar ser amarrado, qual é outro benefício de ser usado para debulhar? (Deuteronômio 25:4)
b. A que estaria sujeito Efraim (e não só Efraim, mas também Judá e Israel) devido ao seu duplo pecado?
(4) Embora estivessem sujeitos ao trabalho árduo de arar, Jeová os animou a se arrependerem usando a mesma metáfora agrícola:
a. O que eles deviam semear?
b. O que eles colheriam?
c. Embora arar seja um trabalho árduo, Deus lhes pediu que fizessem sulcos no “solo não arado”. Em que terra eles ainda não tinham trabalhado?
d. Qual era a promessa de Deus para eles?
e. Por que eles tinham que esperar?
f. Existe uma mensagem nisso para nós hoje?
(5) O que eles tinham plantado e colhido em vez disso?
(6) Que maldade eles tinham plantado?
(7) Que fruto eles colheriam? (v. 14a)
10:14b-15—Juízo
(8) Embora sejam totalmente desconhecidos para nós hoje, pode-se presumir que os eventos relacionados a "Salmã Bete-Arbel" eram um fato bem conhecido pelos israelitas de sua época. No entanto, o que ele procurou enfatizar com esse evento para mostrar o juízo de Deus sobre eles?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Semeiem a retidão para si, colham o fruto da lealdade, e façam sulcos no seu solo não arado; pois é hora de buscar o Senhor, até que ele venha e faça chover justiça sobre vocês." (NVI-PT) (Oséias 10:12)
Enquanto continuamos a ler este juízo profético de Israel, bem como o chamado incessante ao arrependimento, gostaria de compartilhar a seguinte oração de João Calvino, com a qual ele concluiu seu comentário sobre o capítulo 10 do livro de Oséias:
“Concede, ó Deus Todo-Poderoso, que enquanto ainda permanecermos em nossa própria iniquidade, embora sejamos frequentemente advertidos e gentilmente convidados por Ti, e enquanto Tu não prevaleceres conosco por meio de Tua instrução diária — concede que possamos, com um espírito de mansidão, finalmente voltarmos a Teu serviço e lutar contra a dureza e obstinação de nossa carne, até que nos submetamos a Ti, e não esperar até que estendas Tua mão contra nós, ou pelo menos que recebamos tanto proveito de Teus castigos que não Te obrigamos a executar uma vingança extrema contra nós, mas que nos arrependemos sem demora; e que possamos verdadeiramente, e sem hipocrisia, lavrar sob o Teu jugo, e assim desfrutar das Tuas bênçãos especiais, para que Te reveles a nós não só como nosso Senhor, mas também como nosso Pai, cheio de misericórdia e bondade, por meio de Cristo, nosso Senhor. Amém."
(Comentários de Calvino, VIII, 383)
11:1-7—Já lemos que Jeová se lembrou de quando encontrou Israel, como uvas no deserto (9:10), e de seu maravilhoso começo como, uma viçosa vinha (10:1):
(1) Desta vez, que imagem ele usa ao lembrar Sua descoberta de Israel no princípio? É uma simples imagem?
(2) Reflita sobre as seguintes perguntas sobre a adoção de Israel como Seu filho:
a. Como Deus descreve Seu relacionamento com esse menino, Israel? (v. 1)
b. Como ele cuidou deles, como se fossem uma criancinha? (v. 3)
c. O que Deus fazia quando eles se machucavam ou ficavam feridos? (v. 3)
d. Como Deus os guiou ao longo de sua história? (v. 4)
e. De repente, a imagem muda para a de um animal (talvez um boi) e seu dono. Como este Dono alimentava Seu animal?
(3) Que mensagem Jeová queria transmitir a Israel por meio das descrições acima?
(4) E você? Quão bem elas descrevem a sua vida?
(5) Como Israel respondeu ou correspondeu a bondade e o amor deste Pai? (11:2, 3)
(6) O v. 5 contém perguntas retóricas com respostas óbvias:
a. Que tipo de juízo os esperava?
b. Por que seu juízo era tão inevitável? (11:6-7)
11:8-11—O inesgotável amor de Deus: Como diz o v. 9, "não tornarei a destruir Efraim", este trecho trata da restauração de Israel após a sua destruição.
(7) Leia o que Deuteronômio 4:25-31 diz sobre a promessa de restauração de Deus. Qual é a condição dessa promessa?
(8) Ao contrário das perguntas retóricas no v. 5, Jeová agora faz quatro perguntas retóricas consecutivas que começam com as palavras “como posso”. Que mensagem ele procurava transmitir? (vide Deut. 29:23 sobre Admá e Zeboim)
(9) Esta é a razão de sua mudança de sentimentos: "Pois sou Deus, e não homem". Como Deus é diferente do homem nesse aspecto?
(10) Embora Israel venha tremendo como aves e pombas ao ouvir o rugido de Jeová como leão (nos últimos dias), qual será seu destino final?
(11) Essa promessa já foi cumprida? Por quê?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à sua vida?
"Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor;" (NVI-PT) (Oséias 11:4)
Apesar de ser, para todos os efeitos, uma causa perdida, Jeová em Sua tentativa de chamar Israel ao arrependimento continua lembrando-lhes o quanto eram amados, e talvez não haja palavras mais pungentes do que estas que encontramos em 11:1-4:
(1) Amor incondicional: "Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho" (NVI-PT) (11:1).
Deus lembrou a Israel que eles tinham sido escravos no Egito, como uma criança com quem ninguém se importava. Mas Deus os tinha adotado como Seu próprio filho e os amou como seus — apesar de todas as suas falhas! Isso não é também uma maravilhosa descrição do amor de Deus pelo mundo? E esse amor talvez seja ainda maior, pois enquanto os israelitas foram redimidos da sua escravidão no Egito pelo sangue do Cordeiro pascal, Deus, com a morte de Seu Filho unigênito na cruz, ofereceu-o como o Cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo. 1:29).
(2) O amor de um pai: "Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços;" (11:3).
Que maravilhosa representação do amor paternal! Como uma criancinha que nunca sobrevieria sozinha, Israel nunca teria sobrevivido ao duro deserto. Mas Deus, o Pai, cuidou deles; aliás, Ele teve muita paciência, ensinando-os a andar e tomando-os nos braços para que não caíssem. Todos nós podemos nos identificar com o mesmo cuidado amoroso de Deus, sem o qual nunca teríamos nos recuperado de nenhuma de nossas quedas.
(3) Conduzi-los com laços de bondade e amor: "Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor" (11:4).
Israel era tão propenso a se desviar que sempre o teria feito se Deus não tivesse estabelecido limites por meio de Sua lei e o castigo que Ele dava de vez em quando. É uma pena que Israel tenha visto isso como cordas e grilhões para limitá-los, sem saber que eram para o seu bem. Isso não é o que acontece conosco? Odiamos as exortações das Escrituras e não gostamos da disciplina que Deus traz à nossa vida. No entanto, Ele faz tudo isso não só porque Ele nos ama, mas para nos conduzir pelo caminho da vida e não da morte.
(4) Cura e alimentação: "fui eu quem os curou ... e me inclinei para alimentá-los" (11:3, 4).
Quem realmente se importaria tanto com nós que curaria as nossas feridas, muitas delas autoinfligidas? Em vez das palavras ásperas que Israel merecia, lemos palavras muito ternas de cura; assim é exatamente como Deus nos trata também. Mas não é só isso: assim como um boi que não pode se alimentar com o jugo sobre os ombros, Israel foi alimentado por Deus, que levantou o rosto deles e até mesmo se inclinou para alimentá-los. Assim foi a humilhação extrema da encarnação do nosso Senhor Jesus Cristo, que por nossa causa se inclinou a nós — humilhando-se tanto que se tornou um de nós, até mesmo um escravo em total submissão ao Pai — e nos alimenta com o Seu próprio sangue e o Seu próprio corpo para que tenhamos a vida eterna.
Tal é o amor que Deus mostrou a Israel e também se estende a todos nós hoje! A única coisa que podemos fazer diante de um amor tão incrível é curvar-nos e adorar!
11:12—Este versículo serve como o título da seguinte seção (capítulo 12), que destaca a essência das acusações que Jeová trouxe contra eles (tanto Efraim quando o resto de Israel e Judá):
(1) Quais são as acusações?
(2) Como Jeová se refere a Si mesmo?
12:1-6—Mentira e engano, a natureza de Jacó
(3) Por que Jeová usou as expressões "alimentar-se de vento" e "correr atrás do vento" para descrer sua tentativa de formar uma aliança com a Assíria e o Egito? (Nota: Em Israel, o vento leste que vem do deserto é muito quente e prejudica as plantas.)
(4) O que teria impedido o povo de confiar em Jeová e de segui-Lo? (12:1)
(5) As mentiras e enganos de Israel remontam ao seu antepassado, Jacó:
a. Em vez de mencionar a ocasião em que Jacó enganou seu irmão Esaú, Jeová menciona o fato de ele ter segurado o calcanhar de seu irmão quando ainda estavam no ventre (Gn 25:26). Por quê?
b. Em contraste com o que aconteceu no ventre, Jeová agora menciona a ocasião em que Jacó, já adulto, agarrou o próprio Deus (Gênesis 32:24-29):
- Qual foi o resultado dessa luta com Deus?
- Você acha que Jacó foi quem encontrou Deus, ou vice-versa?
- Por quê?
c. Por que Jeová escolheu esse momento para enfatizar quem Ele é e qual é o Seu nome?
(6) Depois de relembrar esse encontro entre Jacó e Deus, Jeová chamou Israel ao arrependimento:
a. O que Ele pediu que Israel fizesse para voltar para Ele?
b. Que relação existe entre este chamado e o encontro de Jacó com Deus?
12:7-11—A perversidade da mentira e do engano é assinalada
(7) Que pecado caracterizava o mundo comercial de Israel? (v. 7) Qual era a causa subjacente disso?
(8) O que teria levado Efraim a pensar que sua riqueza esconderia sua iniquidade? Que tipo de delírio é esse? (v. 8)
(9) Que tipo de moradias tinha o povo quando Deus o tirou do Egito? Que tipo de moradias tinha agora, com toda a sua riqueza?
(10) Qual é, então, o juízo declarado por Deus no v. 9?
(11) Apesar das repetidas advertências e repreensões dos profetas, como o povo desde Gileade (ao leste do rio Jordão) até Gilgal (ao oeste do rio Jordão) tinha respondido a Jeová?
12:12-14—Deus, o Pastor
(12) Como Jeová se lembra do começo humilde e amargo do seu antepassado Jacó no v. 12? (Nota: Jacó trabalhou basicamente como escravo, e o trabalho de pastorear ovelhas era considerado "a descrição mais dura e humilde da servidão"—K&D, 99)
(13) Como a fortuna de Jacó mudou? (v. 13)
(14) Por que Jeová se refere à reação de Efraim diante a bondade de Deus como “desprezo”?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Efraim orgulha-se e exclama: 'Como fiquei rico e abastado! Em todos os trabalhos que realizei não encontrarão em mim nenhum crime ou pecado'." (NIV-PT) (Oséias 12:8)
No capítulo 12, a repreensão de Jeová se concentra no pecado do engano, mas o engano de Israel ia além da balança desonesta (12:7); tinha chegado ao ponto do autoengano, conforme expresso na jactância de Efraim: “Como fiquei rico e abastado! Em todos os trabalhos que realizei não encontrarão em mim nenhum crime ou pecado” (12:8).
O mesmo tipo de engano é encontrado na “teologia da prosperidade” de hoje, uma vez que seus pregadores dizem que é a vontade de Deus que prosperemos e fiquemos ricos. No entanto, o engano não termina por aí. Tem consequências ainda mais destrutivas:
(a) Sugere que se não experimentarmos a prosperidade material, ha alguma coisa errada conosco:
Isso contradiz os ensinamentos da Bíblia, especialmente os do apóstolo Paulo, que nos exorta a buscar o contentamento, não a prosperidade: “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar." (1 Tim. 6:6-7);
(b) Por outro lado, sugere que a nossa prosperidade e riqueza servem para mostrar que estamos bem com Deus:
Calvino refuta categoricamente essa afirmação, chamando tais pessoas de hipócritas, “enquanto reivindicam para si o louvor da inocência, com intenção hipócrita, eles aparentemente detestam toda maldade e crime. 'Não se achará iniqüidade em minhas obras, pois isso é iniquidade; longe de mim ser considerado uma pessoa ímpia no meu proceder; porque não há fraude algum em todas as minhas atividades.' Mas isso é verdade? De forma alguma; mas uma vez que eles enxergam o favor de Deus com base em sua próspera fortuna, eles pensam que Deus não seria tão bom para com eles se ele não os considerasse justos e puros” (Calvin's Commentaries, XIII, 436-7).
(c) Como resultado, isso sugere que não é necessário ouvir pregação sobre o pecado e o arrependimento:
Os professores da teologia da prosperidade nunca mencionam o pecado e o arrependimento, e Calvino conclui que "não é de se admirar que tanta maldade prevaleça em todas as partes do mundo hoje". Eu acrescentaria que isso existe não só "no mundo", mas também "dentro da Igreja".
Esta penúltima mensagem que Jeová lhes deu por meio de Oséias é basicamente um anúncio da morte de Israel:
13:1-3—Efraim está morto
(1) A história de Israel como uma nação distinta de Judá começou com Jeroboão, um efraimita (1 Reis 11:26); embora tivesse sido exaltado em Israel (1 Reis 12:20), ele imediatamente mergulhou a nação no pecado da idolatria (1 Reis 12:25-33); mais tarde, Israel também começou a adorar Baal (1 Reis 16:31):
a. Por que Jeová disse que foi por causa disso que Efraim morreu?
b. Se eles já estavam mortos, como podiam continuar pecando cada vez mais? (v. 2)
c. Como Efraim tinha morrido? (vide Efésios 2:1-3)
d. Quão vil era o seu pecado? (v. 2)
(2) Que imagens Jeová usou para descrever seu destino? O que essas quatro imagens têm em comum?
(3) Além de ser uma descrição precisa do destino de Efraim, estas imagens também descrevem o destino de toda a humanidade. Você concorda? (vide Salmos 90:3-7; 103:14-16)
13:4-13—A multiplicação dos pecados de Israel
(4) O pecado de esquecer de Jeová (vv. 4-8)
a. Que graça Deus lhes concedeu no deserto?
b. Como deviam tratar a Jeová?
c. Em vez disso, como eles o trataram?
d. Que imagens Jeová usou para descrever como Ele os trataria por causa de seu pecado?
e. O que essas imagens têm em comum?
(5) O pecado de ser inimigo de Jeová (vv. 9-11)
a. Você se lembra do pecado que Israel cometeu ao pedir um rei? (1 Sam. 8:7)
b. O que eles estavam colhendo agora como resultado daquele pecado?
(6) A consequência da culpa acumulada (vv. 12-13)
a. Que metáfora Jeová usa para descrever sua falta de sabedoria?
b. Quão apropriada é essa metáfora?
13:14a—A gloriosa esperança do povo de Deus
(7) Embora Jeová os tenha declarado mortos, considere o seguinte:
a. O que Ele lhes estava prometendo?
b. Como isso aconteceria?
c. O que o apóstolo Paulo diz sobre o cumprimento disso em 1 Cor. 15:54-58?
13:14b-16—A realidade presente
(8) Que destino os espera antes de sua redenção final (por meio do arrependimento e da fé naquele que traspassaram — vide Zacarias 12:10)?
(9) Em sua opinião, qual era o juízo mais severo que os esperava? (Leia o Salmo 137 para ter uma ideia da severidade do juízo de Judá nas mãos dos babilônios.)
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Eu os redimirei do poder da sepultura; eu os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as suas pragas? Onde está, ó sepultura, a sua destruição?" (NVI-PT) (Oséias 13:14)
É possível que Oséias tenha proclamado esta penúltima mensagem de juízo de seu livro nos últimos dias do Reino do Norte; Jeová declara que Efraim (que representa Israel) está morto (13:1).
Este pronunciamento de morte inclui pelo menos a seguinte mensagem dupla:
(1) A destruição de Israel nas mãos dos assírios, embora ainda não tivesse ocorrido, estava garantida; é por isso que Jeová declara: “Você foi destruído, ó Israel” (13:9). Para todos os efeitos, a nação já estava morta, porque esse era o destino que Deus tinha ordenado e ninguém podia salvá-los (13:10).
(2) No entanto, há outra mensagem ainda mais importante: a nação já havia morrido quando escolheu adorar Baal em vez de Jeová (13:1). Esse é o tipo de morte que o apóstolo Paulo descreve em sua carta aos Efésios:
“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira." (NIV-PT) (Efésios 2:1-3).
Todos os pecadores estão mortos em delitos e pecados — separados da presença de Deus, incapazes de parar de pecar; sua morte não será apenas física e temporal, mas também eterna.
No entanto, quase imediatamente (pelo menos na mesma mensagem), Jeová acrescenta que o poder da sepultura não terá a última palavra sobre o povo de Deus, pois Ele os livrará da morte, e o fará pagando um resgate (esse é o significado da palavra redenção). Com isso, o próprio Jeová irrompe num cântico de vitória: “Onde está, ó sepultura, a sua destruição?" (13:14). Mas essas pessoas predispostas a se rebelar, a adorar Baal em vez de Deus e a rejeitar o Senhor como seu rei, não sabiam que a redenção final de Deus seria por meio do sacrifício de Seu próprio Filho como resgate por seus pecados!
Não é de admirar que o apóstolo Paulo faça eco desse cântico de vitória de Deus quando pensa no dia da ressurreição, clamando: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” Em seguida ele explica: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (NVI-PT) (1 Coríntios 15:55-57).
Que gloriosa esperança temos em Cristo Jesus!
Chegamos à mensagem final que Jeová transmitiu a Israel por meio de Oséias. É uma mensagem de esperança que começa com um chamado ao arrependimento:
(1) Responda as seguintes perguntas antes de refletir sobre esta mensagem:
a. Você pode dedicar algum tempo para fazer uma lista da maioria dos pecados mencionados nas acusações de Jeová contra Israel?
b. Na sua opinião, quais deles eram os mais graves?
c. Devia haver esperança para Israel? Por que ou por que não?
14:1-3—Um chamado ao arrependimento
(2) De acordo com os ensinamentos de Jeová, que pecados Israel devia deixar?
(3) Que promessas Israel devia fazer a Jeová?
(4) Com que fundamento Israel devia pedir perdão a Deus?
(5) O que podemos aprender com esses versículos sobre orar por perdão?
14:4-8—Promessas de restauração
(6) A primeira promessa tem duas facetas:
a. A cura de sua rebelião: Como um povo tão apegado à apostasia podia ser curado? (v. 8)
b. A restauração de seu relacionamento: O que caracteriza esse relacionamento?
(7) Vv. 5-6: A restauração da cidade é descrita com três imagens:
a. Serão como um lírio:
- Em que sentido serão como um lírio?
- O que essa imagem representa?
b. Serão como um cedro do Líbano:
- Em que sentido serão como um cedro? (vv. 5-6)
- Quais são os dois aspectos representados nesta imagem?
c. Serão como uma oliveira:
- Em que sentido serão como uma oliveira?
- O que essa imagem representa?
d. Como tudo isso será possível? (v. 5)
(8) O v. 7 usa mais quatro imagens para descrever o Israel restaurado. O que cada imagem representa?
a. Eles habitavam à sua sombra.
b. Eles reviverão como o trigo.
c. Eles florescerão como a videira.
d. ... A fama de Israel será como o do vinho do Líbano..
(9) V. 8: a bênção de escolher Deus sobre os ídolos:
a. O que Jeová promete àquela pessoa (ou nação) que O escolher?
b. Qual será a base de sua fecundidade? (vide João 15:1, 5)
14:9—Palavras finais
(10) Sabemos que a nação de Israel não obedeceu à mensagem que Deus lhe deu por meio de Oséias:
a. Por que Deus decidiu falar a Israel por meio de Seu profeta de maneira tão dramática e durante um período tão longo?
b. Quem percebeu e compreendeu sua mensagem? Você a compreende?
(11) Na sua opinião, qual é a principal mensagem do Livro de Oséias para você e como você pode aplicá-la à sua vida?
“Quem é sábio? Aquele que considerar essas coisas. Quem tem discernimento? Aquele que as compreender." (NVI-PT) (Oséias 14:9)
No início deste estudo do livro de Oséias confessei que, no passado, eu me concentrava no ato irracional de Oséias de se casar conscientemente com uma esposa adúltera. Suas ações parecem ainda mais irracionais quando consideramos que, apesar da forma dramática como essa mensagem foi transmitida, a história nos mostra que poucos obedeceram, e no final a nação foi totalmente destruída, assim como o profeta tinha advertido. Por que, então, Oséias se deu ao trabalho de transmitir a mensagem? Por que ele concordou em sentir uma dor e sofrimento tão profundos ao fazê-lo?
Além do fato de que Oseías, uma vez que era servo de Jeová, realmente não tinha a opção de não obedecer, e que por meio de sua obediência ele sem dúvida conseguiu se identificar mais plenamente com a dor de Jeová e o amor infalível por Seu povo, sabemos também que tudo isso valeu a pena, mesmo que houvesse somente uma pessoa sábia e perspicaz que estivesse disposta a se desviar de seu caminho errado (Ezequiel 3:21; Lucas 15:3-7).
Também é possível que Oséias estivesse ciente de que suas palavras seriam registradas para as gerações futuras e fariam parte da revelação (os 66 livros da Bíblia Sagrada) do plano redentor de Deus por meio de Jesus Cristo. Além disso, imagino que no futuro, quando Israel como nação passar pelos últimos dias de suas calamidades (5:15), essas palavras de Oséias despertarão sua consciência de maneira poderosa e contribuirão para o seu arrependimento; assim concordarão plenamente que “os caminhos do Senhor são justos” (NVI-PT) (Oséias 14:9).