Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 1:1–15

Nesta semana iniciaremos o estudo do Livro de Amós no Antigo Testamento.

Contexto

Amós foi contemporâneo de Oséias, outro profeta enviado ao Reino do Norte de Israel, com a diferença de que Amós era residente de Judá. Uma interpretação literal do v. 1 sobre o ano em que ele profetizou nos leva à conclusão de que a duração do ministério de Amós, um pastor e cultivador de figueiras sicômoras da cidade de Tecoa (uma cidade que estava localizada uns 19 quilômetros ao sudeste de Belém), foi muito mais curta do que a do ministério de de Oséias. Alguns até pensam que seu ministério durou apenas algumas semanas. Mas apesar da curta duração de seu ministério, sua mensagem foi como o rugido poderoso de um leão, concentrando-se nos pecados de Israel no plano social e sua imitação do paganismo, especialmente o pecado de idolatria. Uma vez que Amós serviu durante os reinados de Jeroboão II (786-746 a.C.) e Uzias (785-747 a.C.) (este último nomeou seu filho como co-regente no ano 750 a.C.), Amós não atuou como profeta depois de 750 a.C. Isso corresponde a uma época de prosperidade no Reino do Norte, durante o qual o poder militar (conseguiu subjugar o mais poderoso dos inimigos próximos de Israel, os arameus, conforme registrado em 2 Reis 14:25-28), paz internacional (incluindo a ausência de guerras entre Israel e Judá) e desenvolvimento econômico não tinha precedentes.

1:1-2—Introdução

(1) Baseado no v. 1, quais duas características de Amós o tornavam um candidato improvável para ser usado por Deus como seu profeta para proferir palavras de juízo contra o Reino do Norte?

(2) Muitos eruditos são da opinião de que o v. 2 é o tema do livro como um todo. Veja se você concorda:

a. Quem é o verdadeiro porta-voz da mensagem?

b. Por que Amós descreve a voz de Jeová como algo que ruge e troveja?

c. Por que ele lembrou a seus ouvintes (o povo do Reino do Norte) cual era o lugar de Jeová (de Sião e Jerusalém)?

d. Por que ele pronunciou juízo sobre as pastagens dos pastores, o que teria incluído sua própria pastagem no sul, e o “topo do Carmelo coroada pelo bosque” (K&D, 164) no norte?

1:3–2:5—Sete juízos contra as nações vizinhas de Israel:

- Damasco no nordeste (1:3-5)

- Gaza no sudoeste (1:6-8)

- Tiro no noroeste (1:9-10)

- Edom no extremo sul (1:11-12)

- Amom no leste (1:13-15)

- Moabe no sudeste (2:1-3)

- Judá imediatamente ao sul (2:4-5)

(3) Esses juízos obviamente seguem uma fórmula fixa, com insignificantes variações. Consideremos as mensagens dadas às cinco primeiras nações (ou seja, os vv. 1:3-15).

a. Como começa e termina cada mensagem?

b. O que o profeta estaria enfatizando ao usar essa fórmula?

c. Ao salientar os pecados de cada nação e o fato de que Jeová não se arrependeria, o que o profeta procurou transmitir com a fórmulaPor três transgressões…e ainda mais por quatro” (NVI-PT)?

(4) Damasco (1:3-5), a capital da Síria

a. Sua maldade — É lógico que Gileade, localizada no extremo nordeste de Israel, tenha sofrido a parte mais pesada do ataque sírio. Que pecado Jeová destacou? Por que Ele o considerou tão perverso? (vide 2 Reis 10:32-33; 13:7-8)

b. Seu juízo—Qual é a essência do juízo pronunciado pelo profeta? (Observe que, com a exceção de Quir, de onde vinham os sírios (de acordo com 9:7), não se sabe com certeza onde estavam localizadas a maioria das cidades cujos nomes aparecem aqui.)

(5) Gaza (1.6-8): Gaza era uma das cinco principais capitais dos filisteus; as outras eram Asdode, Ascalom, Ecrom e Gate, e a última delas provavelmente foi destruída na época de Amós.

a. Sua maldade—Que tipo de pecado é vender comunidades inteiras de cativos como escravos?

b. Seu juízo—Que juízo é anunciado? Quão severo seria?

(6) Tiro (1:9-10): Leia Ezequiel 28:11-19 para ter uma ideia da prosperidade e beleza desta cidade na margem oriental do Mediterrâneo.

a. Sua maldadealém do pecado já mencionado contra Gaza, qual maldade específica de Tiro é salientado aqui?

b. Seu juízo—Que juízo é anunciado?

(7) Edom (1.11-12): Edom era diferente das nações anteriores porque os edomitas eram parentes de Israel (seu antepassado, Esaú, era irmão de Jacó).

a. Sua maldadeQue pecados são apontados? Que tipo específico de perversidade era representado pelos seus pecados?

b. Seu juízoTemã era a principal cidade da região sul de Edom, e Bozra era sua capital. Que juízo o profeta pronunciou sobre estas cidades? (Nota: o juízo não termina com as palavras "diz o Senhor".)

(8) Amom (1:13-15):

a. Sua iniquidadeQue pecado específico é apontado, e por que era tão iníqua que seria julgada tão severamente?

b. Seu juízo—Que juízo é anunciado?

(9) Faça uma lista dos atos perversos específicos de cada uma das nações mencionadas. Você percebeu os tipos específicos de pecado que Jeová odeia?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Nenhuma das iniqüidades mencionadas acima com relação a cada nação pode ser ligada diretamente a um evento histórico conhecido (quer seja nas escrituras ou na história secular).

Reflexão meditativa
O profeta improvável

"Palavras que Amós, criador de ovelhas em Tecoa, recebeu em visões, a respeito de Israel, dois anos antes do terremoto. Nesse tempo, Uzias era rei de Judá e Jeroboão, filho de Jeoás, era rei de Israel.” (NVI-PT) (Amós 1:1)

Acabamos de estudar o livro de Oséias, onde lemos as repreensões e advertências de um profeta que era do próprio Israel, o Reino do Norte. Apesar de seu ministério dramático e ousado, sabemos que, no final, suas mensagens também não foram ouvidas. Mas quando lemos o livro de Amós, entendemos que Oséias não serviu sozinho; Deus levantou outro profeta, Amós, para chamar Israel ao arrependimento mais ou menos na mesma época, com a diferença de que Amós era de Judá (Tecoa era uma cidade localizada cerca de 19 quilômetros ao sudeste de Belém) e de origem humilde: era um pastor e cultivador de figueiras de sicômoro. Amós teve que percorrer todo o caminho que levava ao norte até chegar "no meio da casa de Israel" (ARC) (7:10) e entregar sua mensagem a um povo que o considerava um estrangeiro.

Se eu fosse Amós, teria questionado a Jeová e perguntado: "Por que, de todas as pessoas que Ele tem à Sua disposição, Ele decidiu enviar a mim". No entanto, não lemos em seu livro que Amós tenha duvidado de seu chamado; pelo contrário, ele partiu corajosamente para Samaria a fim de entregar suas profecias. Claro, o resultado foi o esperado: o sacerdote em Betel lhe deu a ordem de fazer as malas e voltar para casa (7:12-13).

Acho que há pelo menos duas lições que podemos aprender com Amós:

(1) Não devemos questionar a Jeová, mesmo quando Ele chama uma pessoa que aos olhos do mundo não é adequada; e quando essa pessoa somos nós, devemos obedecer sem questionar.

(2) Não devemos medir o sucesso em termos de resultados visíveis. A única coisa que Deus nos pede é obedecer e deixar o resultado em Suas mãos.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 2:1–16

2:1-3—Moabe:

(1) Sua maldade—Que tipo de perversidade é reduzir a cinzas os ossos de um inimigo?

(2) Seu juízo—Como resultado, qual seria o seu juízo?

2:4-5—Judá—Ao contrário das outras nações vizinhas, Judá, o Reino do Sul, é julgado com base em seu relacionamento com Jeová:

(3) Sua maldade—Quais pecados são salientados no texto? Por que esses pecados eram tão diferentes daqueles das outras nações? Seus pecados eram mais perversos do que os de outras nações? Por que ou por que não?

(4) Seu juízoComo resultado, qual seria seu juízo? Como ele se compara com o juízo das nações mencionadas acima?

2:6-16—Israel—Uma vez que Amós tinha sido chamado para entregar a mensagem a Israel, o conteúdo desta repreensão é mais detalhado, embora a fórmula seja a mesma que foi usada nas mensagens sobre as nações vizinhas já mencionadas:

(5) Sua maldade—Como você rotularia o tipo de maldade representado por cada um dos seguintes pecados?

a. vender os inocentes e necessitados

b. pisar a cabeça dos necessitados

c. negar justiça aos oprimidos

d. um pai e filho que fazem sexo com a mesma mulher

e. inclinar-se diante de qualquer altar com roupas tomadas como penhor

f. beber vinho para se divertir no templo dos ídolos

(6) Que tipo de sociedade é descrita nas acusações acima?

(7) Que tipo de nação Israel deveria ter se tornado à luz dos seguintes benefícios?

a. o extermínio de seu inimigo mais temido, os amorreus, por parte de Deus

b. a orientação milagrosa de Deus, a provisão no deserto, e no final a dádiva de uma terra que não lhes pertencera

c. os profetas que Deus tinha levantado entre eles

d. os nazireus que Deus tinha levantado entre seus jovens (vide Números 6)

(8) Que tipo de pecado o povo tinha cometido em relação aos profetas e nazireus?

(9) Seu juízo—

a. Que ideia é transmitida pela descrição do juízo que o compara com ser amassado por uma carroça carregada?

b. Em particular, quem Jeová disse que não escaparia?

c. O que essas pessoas representam?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Os pecados das nações

"Por três transgressões de Moabe, e ainda mais por quatro, não anularei o castigo. Porque ele queimou até reduzir a cinzas os ossos do rei de Edom." (NVI-PT) (Amós 2:1)

Sabemos que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” e que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 3:23; 6:23). Em outras palavras, todos os habitantes das nações vizinhas de Israel eram pagãos, destinados à morte, a morte eterna. No entanto, Jeová, por meio de Amós, lidou com a iniquidade específica de cada nação, anunciando uma retribuição temporária sobre cada nação como um todo. Assim, o juízo foi dirigido contra os governantes e reis, a quem Deus considerava responsáveis por cada iniqüidade específica.

Embora todas essas nações vizinhas mencionadas por Amós tivessem oprimido Israel, o povo de Deus, em algum momento, parece que os pecados mencionados aqui não se limitam a como trataram Israel, mas refletem seu comportamento geral que tinha sido particularmente ofensivo diante de Jeová.

A maldade dos sírios foi tratar seus prisioneiros de forma extremamente brutal (1:3); a maldade dos filisteus foi tirar a dignidade de seus cativos, vendendo comunidades inteiras como escravos a um país estrangeiro (1:6); a maldade de Tiro era semelhante, exceto que eles tinham feito a mesma coisa com outra nação com a qual tinham um tratado (1:9); o pecado de Edom foi matar os indefesos e derramar sua fúria desenfreada contra seus inimigos (1:11); a maldade de Amon foi sua extrema brutalidade em rasgar ao meio mulheres grávidas (1:13); finalmente, a maldade de Moabe foi a profanação dos ossos dos mortos (2:1). Com certeza, todos esses crimes tinham sido cometidos durante suas guerras com seus inimigos; no entanto, Deus dirigiu Sua ira não tanto contra suas guerras quanto a forma desumana em que trataram os seus cativos e mortos. Isso nos mostra que Deus se importa com as vidas daqueles que estão fora de Seu reino e agirá contra eles, mesmo que seja por meio de uma retribuição temporária, cuando sua maldade atingir o nível dessas nações. No entanto, em última análise, o propósito de Sua retribuição temporal é trazê-los ao arrependimento, daí a inclusão dessas nações em Suas mensagens proféticas por meio de Amós.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 3:1–15

Após o pronunciamento dos sete juízos que usam a fórmula "por três pecados ... e por quatro", a mensagem se concentra em Israel:

3:1-2Uma vez que muito lhe tinha sido confiado, muito mais seria exigido de todo o Israel.

(1) Quão especial era Israel para Jeová?

(2) Quais eram as implicações de ser a única família escolhida dentre todas as famílias da terra? (Leia Êxodo 19:5-6 sobre seu privilégio e sua missão.)

(3) Seu castigo deveria ser mais severo? (Lucas 12:48)

3:3-8—Israel não podia fingir ser ignorante ao ser confrontado com perguntas que o deixava sem desculpa:

(4) O v. 3: Ninguém tinha obrigado Israel a fazer parte da aliança. O que levou à sua libertação do Egito? (Êxodo 2:23-25)

(5) Os vv. 4-5: Causa e Efeito—O que o profeta procura ilustrar com as metáforas do leão e do pássaro?

(6) O v. 6: Os desastres provêm de Deus—Como o povo podia explicar todas as calamidades que tinha experimentado e que ainda exprerimentaria?

(7) O v. 7: No entanto, eles já tinham sido advertidosComo eles trataram os profetas e suas mensagens? (vide 2:12) Por quê?

(8) O v. 8 Amós é obrigado a falar—Como Jeová confirmou o papel de Amós?

3:9-15Seu juízo

(9) O v. 9: Por que Jeová convocou Asdode (os filisteus) e o Egito (representado por suas fortalezas) para irem até Samaria e testemunharem o juízo de Deus sobre Seu povo?

(10) Ele v. 10: Que pecados Jeová aponta em sua presença (talvez também como advertência a essas testemunhas)? Reflita sobre as seguintes perguntas específicas:

a. O que quer dizer a frase "eles não sabem agir com retidão"?

b. O que é o pecado de "acumular"?

c. O que é o pecado de “roubar e saquear”?

d. O que é o pecado de "opressão"? (v. 9)

(11) O v. 11: Qual juízo é adequado para esses pecados?

(12) Ele v. 12: Até onde chegaria o seu castigo? É severo demais? Por que ou por que não?

(13) Os v. 13-15: Jeová fala para essas testemunhas pagãs olharem além dos pecados de cobiça, injustiça e violência (dos vv. 9-10), e reconhecerem que eram pecados cometidos como "a descendência de Jacó":

a. Qual é o significado simbólico de chamá-los os descendentes de Jacó?

b. Quais são os dois pecados mencionados por Jeová?

c. O pecado em Betel é mencionado com frequência: leia 1 Reis 12:25-29 para entender quão perverso foi esse pecado que foi muito além da idolatria.

d. É fácil entender o ódio que Deus sentia contra seu pecado em Betel; no entanto, por que Ele salienta seu pecado de luxo e conforto?

(14) Faça uma pausa e reflita sobre a maneira como Jeová anuncia Seu juízo neste capítulo. Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Conhecido por Deus

"Escolhi apenas vocês de todas as famílias da terra; por isso eu os castigarei por todas as suas maldades." (NVI-PT) (Amós 3:2)

Ao explicar a Israel por que os castigaria com tanta severidade, Jeová os lembrou do favor especial que lhes concedera (3:2). Muitas versões (incluindo a NVI-PT e NTLH) usam a palavra "escolher" para traduzir a palavra original "conhecer" (ARC). Gostaria de compartilhar as seguintes reflexões de Keil e Delitzsch sobre a tradução desta palavra que fala sobre o favor especial concedido a Israel:

“A quem muito é dado, muito será cobrado. Quanto maior a medida da graça, maior também será o castigo quando a graça for negligenciada ou desprezada. Esta é a lei fundamental do reino de Deus. A palavra (יָדַ֔עְתִּי) não se refere (eu conheci, conheço ou adquiri) ao conhecimento de uma pessoa... mas ao reconhecimento. Para Deus, reconhecer não é simplesmente perceber; é algo enérgico, que envolve o mais íntimo do homem, o envolve e o penetra com amor divino; portanto, (isso) só inclui a noção de amor e cuidado, como em Oséias 13:5, mas expressa de forma geral a comunhão graciosa de Jeová com Israel, como em Gênesis 18:19. É praticamente o mesmo que dizer "escolher" e abrange tanto o motivo quanto o resultado da escolha. E porque Jeová reconheceu (isto é, separou e escolheu Israel como a nação mais adequada para ser o meio de Sua salvação), é necessário que Ele castigue todos os seus erros, a fim de purificá-lo da escória do pecado fazer dele um vaso sagrado de Sua graça salvadora."
(K&D, 174-175)

E como o apóstolo Paulo nos assegura, Deus também estendeu esse “reconhecimento” especial a nós: “Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus (1 Coríntios 8:3).

Quão abençoados somos nós que estamos em Cristo Jesus! E quão grande é a nossa responsabilidade!

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 4:1–13

Depois de convocar os governantes filisteus e egípcios para testemunharem os pecados de Israel de ganância, injustiça, violência, idolatria e luxo, Jeová se dirigiu às mulheres ricas que havia entre o povo:

4:1-3Os pecados das mulheres ricas

(1) Já lemos (em 3:15) sua acusação contra o luxo, e aqueles que são repreendidos nesta passagem são as mulheres ricas:

a. Viver uma vida de luxo é necessariamente um pecado?

b. Quais são os pecados específicos dessas mulheres? (Leia Salmos 22:12 para ter uma ideia do que significa a expressão vacas de Basã.)

(2) Por que Jeová usa a imagem de anzóis para descrever seu destino no cativeiro (além de profetizar a destruição das muralhas de sua fortaleza e seu exílio num lugar distante [o significado provável do nome Harmom])?

(3) Por que Jeová pronunciou esse juízo na forma de um juramento formal no qual Ele jura por Sua santidade?

4:4-5A falsa piedade é denunciada

(4) Que práticas religiosas ainda estavam sendo observadas pelo povo? De que maneira eles poderiam até ser dignos de elogio?

(5) Você acha que o que Jeová odiava era sua jactância, seus pecados básicos de adorar em Betel e Gilgal, ou ambos? Porque?

(6) Qual poderia ser a aplicação atual disso?

4:6-11Os juízos limitados tinham sido ignorados: Mesmo na abundância e prosperidade do povo, Jeová já tinha iniciado o Seu castigo, das seguintes maneiras:

(7) O v. 6: A fome—Na sua opinião, quem teria sido o mais afetado por esta fome?

(8) Os v. 7-8: A seca—Por que Jeová tinha decidido reter a chuva em uma cidade mas não em outra? O povo o considerou como um lembrete de Deus de seus pecados?

(9) O v. 9: A vegetação e o plantioQuais detalhes nos mostram que isso representou um juízo mais severo do que os já mencionados? Por que o povo não se arrependeu?

(10) O v. 10: Pragas e guerras—Como essas calamidades são diferentes daquelas já mencionadas? Por que o povo não queria se arrepender, especialmente à luz das passagens Levítico 26:25 e Deuteronômio 28:49-57 (caso tivessem tomado o tempo de ler essas passagens)?

(11) O v. 11: Apesar de sua prosperidade superficial, o que Jeová diz que eles realmente eram?

(12) Todos esses desastres provavelmente não ocorreram ao mesmo tempo, e alguns já tinham diminuído; no entanto, tomados em conjunto, deveriam ter funcionado como uma advertência muito importante para Israel. Qual pode ter sido o problema central que não deixou o povo voltar a Deus, apesar desses desastres?

4:12-13A advertência para se preparar para o encontro com seu Deus

(13) Desta vez, Deus está pronto para pronunciar um juízo muito mais severo do que qualquer coisa que o povo já tivesse visto:

a. Como Deus os lembrou de quem Ele é?

b. O que tudo isso, junto com a reiteração de Seu nome, tem a ver com Seu mandamento de se preparar para encontrar-se com Ele?

c. O que quer dizer "encontrar-se com Deus" neste contexto?

d. Como o povo devia se preparar?

(14) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Prepare-se para encontrar
-se com o seu Deus

Prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel. Aquele que forma os montes, cria o vento e revela os seus pensamentos ao homem, aquele que transforma a alvorada em trevas, e pisa as montanhas da terra; Senhor, Deus dos Exércitos, é o seu nome."  (NVI-PT) (Amós 4:12-13)

Não há dúvida de que a mensagem que Jeová deu a Israel neste capítulo de Amós precisa ser ouvida pelo mundo inteiro hoje, pois assim como Israel, o mundo inteiro O tem rejeitado:

- O mundo O tem rejeitado como seu criador: Embora a piedade com a qual Israel honrava a Jeová fosse falsa, pelo menos eles O adoravam como o Criador do céu e da terra. O mundo de hoje nem faz isso. Algumas pessoas têm declarado que Deus está morto, e ainda mais têm afirmado que Ele nunca existiuque a criação inteira surgiu por meio do Big Bang e da evolução. Mas Deus afirma clara e vigorosamente que é Ele quem forma as montanhas e cria o vento. Sendo Ele o Criador, todas as criaturas terão que prestar contas de seus atos ao se encontrar com Ele.

- Deus não se escondeu do mundo; portanto, todos estão sem desculpa. Enquanto o apóstolo Paulo afirma que Deus revelou tanto Seu poder eterno quanto Sua natureza divina ao mundo através do mundo criado (Romanos 1:20), Amós diz que Ele até mesmo revelou Seus pensamentos, quer dizer, Seu plano para nós. Isso é uma clara referência aos profetas das Escrituras. É claro que na nossa época Ele também se revelou por meio de Seu Filho Jesus Cristo (Hb 1:2).

- O mundo enfrentará Seu terrível juízo: É nesse sentido que Amós diz a Israel: “Prepare-se para encontrar-se com o seu Deus” (4:12), pois é Ele quem “transforma a luz em escuridão” (4:13). Israel pensava que ainda estava desfrutando do alvorecer de sua riqueza e prosperidade, sem saber que a escuridão já estava chegandoem pouco tempo, eles teriam que enfrentar um juízo mais severo, e isso foi o que aconteceu. Mas o juízo final para aqueles que não tinham voltado a Deus seria aquele que eles teriam que enfrentar o dia de Jeová junto com todo o mundo incrédulo (5:18). Isso é um juízo é que ninguém é capaz de suportar.

- Ele tem o controle total: Ele "pisa os altos da terra" onde ninguém mais pisou, e "o Deus dos Exércitos [uma referência aos exércitos celestiais] é o seu nome". Ele é incomparável, o Deus Todo-Poderoso e o juiz final de todos.

A única maneira que Israel (na verdade, o mundo inteiro) pode se preparar para encontrá-Lo é por meio do arrependimento e fé em Seu Filho, Jesus Cristo.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 5:1–17

Depois de advertir Israel dar-lhes a ordem de se preparar para encontrar-se com seu Deus, Jeová agora fala sobre aquele "dia" em que O encontrariam o dia do Senhor. No entanto, Ele o expressa na forma de "uma lamentação ou canto fúnebre por um defunto" (K&D, 187):

5:1-2—A palavra inicial de lamento:

(1) Quem é o lamentador? Sobre quem ele lamenta?

(2) Por que Jeová usa a palavra “virgem” para se referir a Israel?

a. Ela tinha se mantido tão pura quanto uma virgem?

b. Jeová lamenta por ela como se lamenta pela morte de uma preciosa filha solteira?

c. Você já lamentou a morte de uma criança ou adolescente?

d. Você consegue se identificar com a dor que Jeová sentia embora Ele mesmo fosse aquele que os castigaria?

5:3—O primeiro uso da fórmula: "Assim diz o Senhor à nação de Israel".

(3) Uma vez que se trata basicamente de um lamento fúnebre, seu tema é a morte:

a. Qual é a proporção total de mortos?

b. Como você chamaria um extermínio tão extenso? (Genocídio?)

c. Quão real isso tem sido na história de Israel, até os nossos dias?

5:4-15Na segunda vez em que é usada a fórmula, a NVI a divide em três segmentos que expressam a mesma ideia, cada um dos quais começa com a palavra "Vocês": (v. 7, 10, 12b)

(4) 5:4-6Um chamado ao arrependimento

a. Por que Jeová ainda os chama ao arrependimento apesar de esse juízo parecer "final"?

b. Como eles deviam se arrepender?

c. O que significa "ter vida"?

d. O que aconteceria se eles ainda não se arrependessem?

(5) 5:7-9—O primeiro "Vocês"

a. A quem foi dirigida esta acusação, às pessoas comuns ou aos líderes?

b. Qual é a acusação? Quão grave é essa acusação?

c. Quais seriam as consequências de seu pecado?

d. Como Jeová descreve quem Ele é? Por quê?

(6) 5:10-12a—O segundo "Vocês "

a. A quem foi dirigida esta acusação?

b. Embora esta acusação pareça semelhante à anterior, ela é mais detalhada e direta:

  1. Que verbos são usados para descrever seus pecados contra a justiça e a verdade?
  2. Os pobres provavelmente nem eram os donos da terra em que moravam, mas inquilinos que a alugavam para plantar e ganhar uma renda exígua: o que esse imposto adicional teria feito com eles? Por que os governantes teriam feito isso?

c. Quais seriam as consequências de seu pecado?

d. Como Deus vê aqueles que em nossa época oprimem os pobres de maneira semelhante?

(7) 5:12b-15—O terceiro "Vocês"

a. A quem foi dirigida esta acusação?

b. Como esses pecados afetavam a sociedade em geral?

c. Como o povo devia se arrepender?

d. Quais seriam as consequências de se arrependerem?

No entanto, o v. 15 termina dizendo que isso não queria dizer que não enfrentariam o castigo temporal de seus pecados, conforme indicado pelo termo “o remanescente de José(vide 5:27).

5:16-17O terceiro uso da fórmula "Assim diz o Senhor à nação de Israel"

(8) Por que Jeová termina este lamento com uma referência a Si mesmo como “o Senhor, o Deus dos Exércitos, o Soberano”?

(9) Onde o povo lamentaria?

(10) Quem seria convocado a lamentar?

(11) Quem causaria tudo isso?

(12) Em que sentido este capítulo é um eco da ordem “prepare-se para encontrar-se com o seu Deus(4:12)?

(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um Deus que
lamenta

Ouça esta palavra, ó nação de Israel, este lamento acerca de vocês:'Caída para nunca mais se levantar, está a virgem Israel. Abandonada em sua própria terra, não há quem a levante'.” (NVI-PT) (Amós 5:1-2)

Ao chamar Israel para se preparar para se encontrar com seu Deus, Jeová expressa seu juízo iminente na forma de um lamento. Não é um lamento qualquer, mas "um lamento ou canto fúnebre por um defunto" (K&D, 187). Mas este lamento tem dois aspectos surpreendentes:

(1) Aquele que canta esta canção fúnebre é o próprio Senhor: Qualquer um pensaria que o Senhor escreveu esta canção de luto para Israel cantar, mas o que o Senhor lamenta é a morte de Israel. Mas o incrível é que Ele mesmo é quem mata Israel. Ele mesmo é quem traz juízo sobre Israel, de acordo com Suas próprias palavras: “pois passarei no meio de vocês” (5:17). É claro que, estritamente falando, Israel é quem trouxe essa morte sobre si mesmo, porque mesmo nesta etapa avançada ainda teriam vivido se tivessem buscado a Deus, e buscado o bem e não o mal (5:4, 14).

(2) Deus lamenta Israel como uma pessoa lamenta a morte de uma virgem: Isso não quer dizer que Israel tivesse permanecido puro como uma virgem. Aliás, foi o próprio adultério de Israel que o levaria à morte. Jeová não se referiu a Israel como uma virgem porque ela fosse pura, mas sim para completar a analogia de um pai que lamenta a morte prematura de sua amada e preciosa filha adolescente, antes de ela ser dada em casamento a outro homem. Aqueles que sabem o que é perder um filho podem se identificar plenamente com a dor de Jeová com relação ao destino de Israel. Quão maravilhoso é o amor de Deus por Israel, aliás, também pelo mundo perdido!

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 5:18–27

Após o cântico de lamento, Jeová se concentra no Dia de Jeová—o dia de juízo para Israel:

5:18-20Um dia de terror

(1) Que duas analogias Jeová usa ao descrevê-lo como um dia de trevas?

(2) Qual é o tema comum dessas duas analogias?

(3) Leia Mateus 24:15-22 para ter uma noção da urgência e inevitabilidade daquele dia.

(4) Por que, então, o povo ansiava por aquele dia?

5:21-24Israel tinha despertado o ódio e o desprezo de Jeová

(5) O que Jeová odiava e desprezava?

(6) O que Israel tinha feito para despertar esse ódio em Jeová?

(7) O que são justiça e retidão? Não deveriam ser características de todos aqueles que pertencem a Jeová?

a. Que evento tinha levado a esse estado tão lamentável da sociedade de Israel? (5:10-13)

b. Embora enfatizemos (e com razão) o evangelho e a importância de proclamá-lo, parece que minimizar a importância de uma sociedade justa e reta: você acha que essa atitude é coerente com o evangelho? Por que ou por que não?

5:25-27Estava nos seus g _ _ _ _ ?

(8) Não incluí o título completo para esses versículos finais: Qual seria um título apropriado para esta seção?

(9) O que você pensaria se eu dissesse que o título deveria ser "Estava nos genes de Israel"?

(10) Qual foi o juízo sobre eles?

(11) Hengstenberg diz o seguinte: “Nada disso [dos atos de adoração mencionados nos vv. 21-23] pode ser chamado uma [mais] autêntica adoração do que sua idolatria aberta no deserto. Portanto (v. 27), assim como naquela ocasião o povo abertamente idólatra não pôs o pé no solo sagrado, essas pessoas idólatras por dentro seriam expulsas da terra santa” (K&D 194). Você concorda com esse comentário? Por que ou por que não?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O pecado da hipocrisia

Ai de vocês que anseiam pelo dia do Senhor! O que pensam vocês do dia do Senhor? Será dia de trevas, não de luz." (NVI-PT) (Amós 5:18)

Depois de ler todas as acusações de injustiça, suborno e opressão dos pobres (5:7, 10, 11) que Jeová levantou contra Israel, qualquer um pensaria que Israel tinha degenerado em algo parecido com as nações pagãs vizinhas, que adoravam abertamente a todo tipo de ídolos, e que tinham abandonado qualquer tipo de adoração a Jeová. Entretanto, isso não foi o caso.

Pelo contrário, eles observavam perfeitamente todas as suas festas religiosas; eles não só ofereciam holocaustos e ofertas de cereal, mas apresentavam as melhores ofertas de animais "gordos" diante de Jeová (5:21-22). E não só isso: seu culto era dinâmico, com cantos e música de harpa. Além disso, eram tão espirituais que gostavam de dizer que ansiavam pelo dia de Senhor (5:18), como se não tivessem medo de se encontrar com o seu Deus. Eles pensavam que para as nações pagãs seria um dia de juízo, mas para eles um dia de celebração; afinal, eles eram o Povo Escolhido. Eles tinham a Lei de Moisés ao seu lado e a linhagem de Abraão em seus genes.

No entanto, Deus lhes disse neste trecho que nada estava mais longe da verdade: Ele odeia esse tipo de hipocrisia, e o dia de Jeová era um dia do juízo reservado para eles.

Isso me faz pensar em muitos crentes hoje que gostam de se reunir para assistirem a conferências proféticas sobre o fim dos tempos, como se eles também ansiassem pelo dia do Senhor. São pessoas que, na verdade, não estão com fome e sede da Palavra de Deus, mas simplesmente querem satisfazer sua curiosidade sensacionalista; nada do que ouvem tem o menor impacto em suas vidas.

- Aqueles que são infiéis no seu trabalho continuam sendo infiéis.

- Aqueles que têm relacionamentos destruídos na família não tentam consertá-los.

- Aqueles que praticam algum pecado secreto em suas vidas não procuram se arrepender e cortar seus laços com esse pecado.

- Aqueles que não têm o hábito constante de ter uma hora tranquila diária para orar, refletir e estudar a Palavra de Deus continuam vivendo uma vida espiritual indisciplinada.

- Por fim, aqueles que não se importam com os pobres continuam vivendo uma vida sem compaixão.

Em outras palavras, esse tipo de crente vive uma vida de autoengano, assim como os israelitas da época de Amós, e para eles a vinda do Senhor não será um momento de celebração, mas de vergonha e remorso.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Amós 6:1–14

A última mensagem do capítulo 5 trata da hipocrisia de Israel e sua perspectiva incorreta do Dia do Senhor. Aqui, os pecados de injustiça e iniquidade são mencionados mais uma vez, e o tema da autossatisfação é acrescentado. Essas acusações foram dirigidas aos governantes e aos ricos:

6:1-3Os governantes de Sião (Judá) e Samaria (Israel) são repreendidos.

(1) A quem nas duas nações Jeová dirigiu esta mensagem?

(2) Como Ele os lembrou das bênçãos que lhes havia concedido? (Nota: Calné estava localizada na terra da Babilônia, Hamate era a capital da Síria e Gate era uma das principais cidades da Filístia.)

(3) Judá e Israel com certeza não podiam adiar seus dias de calamidade. Portanto, o que significa o v. 3?

(4) O que o profeta procura salientar com o contraste entre "dilatar" e "aproximar"?

6:4-6O pecado da indulgência é denunciado

(5) Que estilo de vida das elites é descrito nos vv. 4-6a? (Vide a Nota abaixo.)

(6) O que tinha agravado esse pecado de libertinagem? (Consulte as Reflexão sobre as Escrituras para Amós 4:6-11, Ano 3, Semana 41, Dia 284, sobre o significado da frase "ruína de José".

(7) Embora o v. 1 destaque que seu pecado foi o da autossatisfação, como você chamaria esse tipo de maldade, com base nos vv. 4-6?

6:7-11—Um juízo severo, anunciado solenemente por "Senhor Jeová" e "Senhor Deus dos Exércitos", os aguardava: seu pecado específico de complacência (e orgulho) selaria seu juízo de serem os primeiros a serem exilados (antes de Judá); o horror de sua destruição é detalhado nos vv. 9-11.

(8) Como o v. 9 intensifica a severidade do juízo anunciado em 5:3?

(9) Os israelitas normalmente não queimavam os corpos de seus mortos. Portanto, o que os levaria a fazer isso?

(10) Por que o único sobrevivente de uma família pediria que o nome de Jeová não fosse mencionado?

6:12-14O Fim de Israel

(11) Ao anunciar sua destruição como nação, Jeová usou duas comparações para descrever sua iniquidade:

a. O que os cavalos representam, e como essa comparação descreve habilmente o pecado de transformar a justiça em veneno?

b. De que maneira a imagem de arar com bois no mar ou numa rocha (dependendo do manuscrito usado como fonte) é uma comparação que descreve habilmente seu pecado de transformar o fruto da justiça em amargura?

(12) Além do pecado da injustiça, Jeová repreende o pecado do orgulho (em seu poderio militar). Leia 2 Reis 14:25, 28 sobre a conquista de Jeroboão mencionada no v. 13:

a. O que Jeová procurava mostrar-lhes ao “escrever incorretamente o nome da primeira cidade, mudando-o para Lo Debar, uma expressão que significa 'nada'”? (TOTC, 199)

b. E por que Ele escolheu mencionar a remota cidade de Carnaim (que significa dois chifres) para zombar de seu poder?

c. Qual seria o resultado de seu orgulho, autossatisfação e injustiça?

(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

“O uso pródigo de vinho e azeite (ou seja, o prazer desenfreado) condenado por Amos está documentado num conjunto de inscrições em fragmentos descobertos em Samaria nas expedições de Harvard durante os anos de 1908-10. Esses fragmentos...contêm registros da entrega de jarros de vinhos velhos e azeite purificado...fornecem clara evidência da opulência esbanjadora da classe dominante de Samaria. Tanto os vinhos velhos (armazenado por longos períodos de tempo) quanto o azeite (descrito como tendo sido purificado por um processo de filtração repetida e cuidadosa) teriam sido produtos muito caros, fato reconhecido por Amos quando ele menciou 'as primícias dos azeites' (os mais finos óleos) com as quais os ricos se ungiam para refrescar e perfumar."
(TOTC, Joel & Amós, 194)

Reflexão meditativa
A desilusão de Deus

Acaso correm os cavalos sobre os rochedos? Poderá alguém ará-los com bois? Mas vocês transformaram
o direito em veneno, e o fruto da justiça em amargura
.” (NVI-PT) (Amós 6:12)

As comparações usadas pelo Senhor para repreender o pecado de injustiça e iniqüidade de Israel se prestam a várias interpretações. Gostaria de compartilhar minhas reflexões sobre isso, com base no contexto dessas comparações.

Como povo escolhido de Deus, o dever de Israel era ser um modelo de justiça e retidão para as nações vizinhas. Se o povo realmente tivesse adorado a Jeová como seu Deus e seguido Sua lei, teria refletido o Seu caráter justo e reto.

Em vez disso, eles tinham transformado a justiça em veneno (ou fel), no sentido de que abusavam de seu poder como governantes para administrar justiça; eles oprimiam os pobres, criando uma sociedade que tinha um gosto amargo para o povo e era prejudicial para eles mesmos. Seu orgulho os fazia pensar que podiam até escalar os rochosos penhascos, sem perceber o perigo e dano que haviam criado.

Como a videira escolhida por Deus, seu dever era produzir o fruto da justiça, mas sua idolatria e apostasia os tinham afastado de Jeová, que só sentiu ódio e aversão ao sentir o sabor de seu fruto de maldade (6:8). Uma vez que o destino que os aguardava era a destruição total, Deus tinha parado de usá-los como bois para arar o campo, pois não podia esperar nenhum fruto de justiça.

Assim, estas comparações refletem tanto o dano e o perigo que o povo tinha infligido a si mesmo, quanto a desilusão que tinham causado a Jeová.