Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Naum 3:1–19

Nesta semana terminaremos nossos estudos dos livros de Naum e Habacuque, e iniciaremos o estudo do livro de Sofonias no Antigo Testamento.

O oráculo contra Nínive conclui com descrições gráficas de seu destino e uma reiteração de seus pecados:

(1) A cidade pecaminosa (v. 1)

a. Quais são algumas das características da cidade de Nínive?

b. Que outro país da história recente pode ter tido as mesmas características?

(2) A aparência de seus destruidores e o barulho que fariam (vv. 2-3)

a. O que o profeta ouviu sobre os destruidores em sua visão?

b. O que ele viu?

c. Em que sentido isso é apropriado à luz daquilo que caracterizava a cidade?

(3) A denúncia do pecado duplo de prostituição e feitiçaria (v. 4)

a. No VT, o pecado da prostituição geralmente se refere à infidelidade de Israel ao violar o seu relacionamento de aliança com Deus. Uma vez que as nações gentias não tinham esse mesmo relacionamento de aliança com Deus, como Nínive “escravizou nações com a sua prostituição”?

b. Se a prostituição é uma metáfora para a escravidão, para o que a bruxaria é uma metáfora?

(4) Um castigo adequado para uma prostituta (vv. 5-7)

a. Como metáfora, qual castigo compatível com seus pecados ela receberia?

b. Concretamente, que castigo Nínive enfrentaria?

(5) Tebasum exemplo para ela (vv. 8-10; vide a Nota abaixo)

a. Como Jeová descreve a aparente invencibilidade de Tebas?

b. Qual foi o seu destino?

(6) O destino de Nínive seria o mesmo (vv. 11-13)

a. Ao dizer a Nínive que ela não era melhor do que Tebas, que imagem Jeová usou para mostrar sua fraqueza? (v. 12)

b. Será que Nínive realmente pensava que esse seria seu destino, uma vez que Tebas tinha sido essencialmente exterminada por seus ancestrais assírios em 661 a.C.?

(7) Jeová zomba de Nínive (vv. 14-17)

a. Como Jeová zomba de Nínive de novo? (v. 14)

b. Que metáfora Ele usa para descrever a futilidade de seus esforços para defender a cidade? (v. 15)

c. Que esforço bem-sucedido do qual Nínive se orgulhava é destacado aqui? (v. 16)

d. Que imagem Jeová usa para falar sobre a dispersão de seus mercadores, e até mesmo de seus guardas e oficiais? (vv. 16-18)

(8) Suas feridas seriam fatais (vv. 18-19)

a. Enquanto seus mercadores, guardas e oficiais fugiam, o que aconteceria com seus pastores (quer dizer, os governantes cujo dever era reunir o rebanho disperso) e seus nobres?

b. Uma vez que até mesmo Israel tinha a esperança de voltar à sua própria terra (conforme profetizado por vários profetas), a Assíria teria uma esperança semelhante?

c. O que Isaías disse sobre o futuro distante da Assíria? (vide Isaías 20:23-25) O que ele quis dizer com isso?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Tebas foi uma cidade do Alto Egito onde moravam os faraós das dinastias 18 e 20. Esta antiga cidade real do Egito era conhecida por suas jóias arquitetônicas, admiradas pelos gregos e romanos, e por suas cidades fortificadas, as quais caíram nas mãos do rei assírio Assurbanipal no ano 663 a.C. Mais tarde, em 612 a.C., Nínive caiu nas mãos dos babilônios e seus aliados.

Reflexão meditativa
Os assírios, obra de Deus

Não há cura para a sua chaga; a sua ferida é mortal.” (NVI-PT) (Na. 3:19)

Ao ler o oráculo de Naum contra Nínive, foi impossível não me perguntar por que Deus se deu ao trabalho de alertar os assírios. Eles não eram um povo idólatra? Seu destino não estava selado de qualquer maneira?

Uma vez que Jeová, o Deus da história humana, tinha permitido que a Assíria dominasse o mundo civilizado por tanto tempo, talvez Ele tenha sentido a necessidade de mostrar que, afinal, é Ele quem está no controle total da história. Embora não entendamos todas as razões por trás de cada era sucessiva da história humana, o livro de Naum mostra claramente que Deus está no controle total. Reinos se levantam e caem de acordo com o Seu decreto.

Uma vez que a Assíria tinha acabado com o infiel reino do norte de Israel e, mais tarde ameaçado o reino do sul de Judá, zombando não só do rei Ezequias, mas do próprio Deus (Isaías 36-37), é claro que eles mereciam o fim que receberiam como inimigos de Deus. Portanto, este livro é um livro de consolação para o povo escolhido de Deus e uma advertência para todas as nações e seus líderes um lembrete de que eles precisam se humilhar diante de Deus, e até mesmo abandonar os seus deuses e confiar nEle.

Isso é o que Deus sempre deseja; não só dar uma advertência severa, mas também atrair a Si mesmo aqueles cujos corações são os mais duros. Ele já tinha feito isso aproximadamente um século antes de Naum por meio do ministério do profeta Jonas, a quem enviara a esta mesma cidade de Nínive. Naquela vez o resultado foi que seu rei se arrependeu (leia o livro de Jonas e a menção de Jonas em 2 Reis 14:25). Quem sabia se as palavras de Naum produziriam o mesmo resultado?

Mas desta vez o resultado foi que os assírios não se arrependeram; portanto, a nação chegou ao fim no ano 633 a.C., quando caiu nas mãos de Nabucodonosor e seus aliados. Mas apesar disso, Isaías profetizou que um dia até mesmo a Assíria (uma referência à região do atual Iraque e os países vizinhos) se converterá a Deus, obviamente mediante a fé em Seu Filho Jesus Cristo:

Os assírios irão para o Egito, e os egípcios para a Assíria, e os egípcios e os assírios cultuarão juntos. Naquele dia Israel será um mediador entre o Egito e a Assíria, uma bênção na terra. O Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo: 'Bendito sejam o Egito, meu povo, a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança’.” (NVI-PT) (Isaías 19:23-25)