O Livro de Malaquias
“Malaquias é o último dos livros conhecidos como os Profetas Menores. Na verdade, este livro encerra Antigo Testamento cristão com um vislumbre (4:5-6) da vinda de Elias, identificado com João Batista nos Evangelhos Sinópticos (Mateus 11:10-14; Marcos 9:13; Lucas 7:24). É certo que a Bíblia Hebraica termina com os Escritos, mas Malaquias encerra o Livro dos Doze (de Oséias a Malaquias), o corpus profético (de Isaías a Malaquias) e a divisão da 'Lei e os Profetas' (de Gênesis a Malaquias)" (NCBC, Malaquias, 149). À luz disso, a maioria dos estudiosos acredita que Malaquias foi o último dos profetas, e o fato de o livro mencionar um “governador” e não um “rei” no v. 1:8 tem levado a maioria a concluir que o livro foi escrito durante ou após o período do segundo retorno de Neemias a Jerusalém no ano 433 a.C.
Não se sabe com certeza se "Malaquias" é um nome próprio ou um substantivo comum que significa "meu mensageiro". A tradução do primeiro versículo na LXX (a tradução grega do AT) o interpreta como um substantivo comum: "Peso da palavra do Senhor a Israel pela mão de Seu mensageiro". Minha tendência é concordar com a LXX, pois ao contrário dos livros de outros profetas, este oráculo é basicamente uma "mensagem única” onde não há interação entre o mensageiro e Jeová.
Você talvez percebeu duas coisas ao refletir sobre este livro. A primeira é a fórmula incomum usada por Jeová para repreender o povo (principalmente os sacerdotes), na qual o profeta começa com uma ordem de Jeová , seguida por uma pergunta de contestação por parte dos ouvintes, e finalmente uma apresentação solene por parte de Jeová das evidências da acusação. A segunda se trata das questões práticas levantadas por Jeová que surgem da apatia espiritual da época da reconstrução do templo; tanto o povo quanto os sacerdotes desprezavam a lei de Moisés (por exemplo, ao oferecerem sacrifícios indignos, não pagarem os dízimos e tomarem esposas gentias — e ao fazerem isso provavelmente abandonaram as esposas de sua juventude). Essas mesmas questões continuam sendo muito relevantes para a igreja de Jesus Cristo hoje.
1:2-5—A primeira disputa: "De que maneira nos amaste?"
(1) Por que o povo duvidava de se Deus o havia amado?
(2) O que Jeová usa como evidência de Seu amor por Israel, Seu povo? (v. 2; vide também Romanos 9:10-13)
(3) O que Jeová faria com o insolente Edom?
(4) Como Seu tratamento de Edom mostra seu amor por Israel?
(5) O que Israel precisava aprender com o exemplo de Edom?
1:6-14—A segunda disputa: "De que maneira temos desprezado o teu nome?"
(6) Quem era culpado de desprezar a Jeová ? (v. 6)
(7) Por que e como deviam mostrar respeito a Deus? (v. 6)
(8) Ao negarem que estavam desprezando e profanando a Deus (vv. 6-7), o que os sacerdotes estavam mostrando sobre sua condição espiritual ?
(9) Embora eles não tenham dito em voz alta que “a mesa do Senhor é desprezível”, qual de suas ações revelou seu desprezo por Jeová e Sua mesa? (v. 8)
(10) Como eles ousavam oferecer animais aleijados e doentes, violando os ensinamentos claros da Lei de Moisés? (Levítico 1:3; Deuteronômio 15:21)
a. Qual tinha sido o motivo ou razão por trás dessas ações ? (v. 13)
b. O v. 14 esclarece que não se tratava da falta de recursos para os sacrifícios. Qual era, então, a razão pela qual o povo não cumpria seus votos a esse respeito?
(11) Diante de tamanho desprezo, Jeová expressou Sua rejeição de Seu povo:
a. O que Jeová pediu que os sacerdotes fizessem? (v. 10)
b. Que juízo Jeová pronunciou sobre eles? (v. 14)
(12) Uma vez que Israel profanava o nome de Jeová, o que aconteceria com o nome de Deus? (vv. 11, 14b) O que isso significa?
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“ 'Não era Esaú irmão de Jacó?', declara o Senhor. 'Todavia eu amei Jacó, mas rejeitei Esaú. Transformei suas montanhas em terra devastada e as terras de sua herança em morada de chacais do deserto'. " (NVI-PT) (Mal. 1:2-3)
Nosso estudo do AT está se aproximando do período conhecido como "os 400 anos de silêncio", durante o qual Jeová não enviou mais profetas entre os israelitas. No texto de hoje vimos que Deus enviou Seu mensageiro uma última vez para chamar Israel ao arrependimento antes de enviar Seu Filho entre eles. A essa altura, as profecias sobre a destruição da nação e do templo já tinham se cumprido, e a maioria dos israelitas vivia como exilados na Babilônia. No entanto, devido à misericórdia de Deus, Sua promessa de levar os exilados de volta à terra também tinha sido cumprida; além disso, o templo tinha sido reconstruído com a ajuda das sucessivas exortações de profetas como Ageu e Zacarias e sob a liderança de Esdras e Neemias. Mas o retorno de Israel a Jerusalém e a reconstrução do templo foram apenas atos externos; não houve uma volta genuína a Jeová em seus corações. Parece que o fato de eles ainda viverem sob ocupação estrangeira os tinha feito duvidar que Deus ainda os amava.
Em outras palavras, não conseguiam ver que seus pecados eram tão grandes que mereciam o mesmo destino que Edom, cuyas "montanhas [foram transformadas] em terra devastada" (1:3). O fato de eles ainda terem um remanescente que de forma milagrosa foi autorizado a voltar a Jerusalém (Esdras 1:1-3), e de terem o seu templo recém construído, deveriam tê-los feito entender o quão misericordioso Deus tinha sido para eles. Nas palavras do apóstolo Paulo, é evidente que Deus não os amou por terem sido melhores do que Edom, mas simplesmente devido à Sua escolha soberana (Rm 9:13).
Com esta última mensagem, Jeová usou Edom — sua teimosa rebelião contra Deus e o destino dos edomitas — como um povo perpetuamente sob a ira de Deus (1:4) para mostrar o quão misericordioso e amoroso Ele é para com o Seu povo, e também para adverti-lo a não seguir o exemplo de Edom.
Esta mesma mensagem também é para nós: se tivéssemos o que realmente merecemos, nosso juízo seria a condenação eterna; no entanto, você e eu fomos escolhidos dentre todos os povos da terra para conhecer a Cristo e sermos salvos da morte eterna e transladados para a vida eterna. Com certeza não devemos menosprezar a nossa salvação.
2:1-8—A violação da aliança de Levi (continuação)—Ao contrário de Edom, o povo de Israel ainda tinha a oportunidade de se arrepender e ser abençoado:
(1) Primeira advertência sobre o juízo (vv. 2b-3a)—Deus enviaria uma maldição sobre o povo.
a. O que quer dizer que Deus amaldiçoaria suas bênçãos (as que eles pronunciavam sobre o povo)?
b. Se suas bênçãos se tornassem ineficazes e inúteis, o povo se importaria com ser abençoado pelos sacerdotes? Você acha que isso teria sido a maldição máxima para os sacerdotes? Por que ou por que não? (Nota: A palavra "descendência" no v. 3a também pode ser traduzido como "braços", quer dizer, os braços que os sacerdotes usavam para pronunciar bênçãos.)
(2) Segunda advertência sobre o juízo (vv. 3b-4)
a. O que simboliza esfregar nas caras dos sacerdotes os excrementos dos animais sacrificados?
b. Como eles tratavam os excrementos dos animais abatidos? (Lev. 4:12; 16:27; Êxodo 29:14)
c. O que significa que os sacerdotes seriam lançados fora com o esterco? (Nota: Isso de fato aconteceu numa época posterior da história dos judeus, especialmente durante a profanação do templo por Antíoco Epifânio por volta dos anos 169-166 a.C.)
(3) A aliança com Levi (vv. 5-7)—vide Números 3:6-13
a. Por que Jeová diz que Sua aliança com Levi (pela qual Ele os tinha designado para servir em Seu templo) era uma aliança de “vida e de paz”? (v. 5)
b. Pode haver "vida em Deus" sem "paz com Deus"?
c. Com que atitude os sacerdotes deviam servir? (v. 5b) Por quê?
d. Como eles deviam cumprir seus deveres mais sagrados? (v. 6)
e. Ao concluir o lembrete, Jeová enfatizou o papel dos sacerdotes como "mensageiro[s] do Senhor" — precisamente o que sugere o nome Malaquias (v. 7).
- Qual era a tarefa principal dos sacerdotes?
- Por que isso era a tarefa principal?
(4) Os sacerdotes tinham violado a aliança. (vv. 8-9)
a. Qual tinha sido o resultado de sua violação da aliança? (v. 8)
b. Que tipo de juízo eles já tinham experimentado? (v. 9a)
c. Mais um pecado é mencionado (v. 9b):
- O que é?
- O que significa? (veja o exemplo em 2:11-12)
2:10-16—A violação da aliança do casamento
(5) O que era o povo, uma vez que Jeová era seu “Pai” e “Deus”? (Êxodo 19:5-6; 24:8)
(6) À luz disso, por que a violação dessa aliança com Deus era um ato de infidelidade de uns para com os outros? (v. 10)
(7) Neste trecho são repreendidos dois exemplos dessa violação da aliança: o primeiro exemplo trata do tipo errado de casamento (vv. 11-12)
a. Que tipo de casamento com estrangeiros é condenado na Lei de Moisés? Por quê? (Êxodo 34:15-16; Deuteronômio 7:1-4)
b. Esta repreensão é necessariamente contra qualquer casamento com uma mulher gentia? (v. 11)
c. Por que esse tipo de casamento profanava o santuário que “o Senhor ama”?
d. O que devia ser feito com um homem que “quebr[asse] a aliança dos nossos antepassados” (vv. 10, 12)?
e. O que é sugerido no v. 12b?
(8) O segundo exemplo desse tipo de violação da aliança é o divórcio, que também foi o assunto de sua “quarta disputa” com o Senhor (vv. 13-16).
a. Que efeito o divórcio tinha no seu relacionamento com Deus? (v. 13)
b. De quem eram as lágrimas que inundavam o altar de Jeová?
c. Como o povo contestava a recusa de Deus em aceitar suas ofertas? (v. 14)
d. A resposta de Deus (vv. 15-16):
- Quem é a testemunha do nosso casamento? (v. 14b)
- O que Jeová aponta como a essência do casamento? (v. 14c)
- Qual é o propósito de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher? Como a infidelidade de um dos cônjuges viola esse propósito de Deus? (Nota: o fluxo do v. 15 é "extremamente entrecortado. A palavra ehad (um) ocorre duas vezes no versículo" (NCBC, 172). Independentemente de como é traduzido, a palavra "um" parece ser o foco deste versículo: um Deus e provavelmente uma só carne).
- A maioria dos comentaristas afirma que o v. 16 deve ser traduzido com o sentido de que "Deus odiava o divórcio". Além das razões já mencionados, considere o seguinte:
1. Qual é a razão dada aqui no v. 16b?
2. O que nosso Senhor Jesus diz sobre o divórcio? (Mateus 19:3 e ss.)
- Quando Ele nos manda a não ser infiéis, Jeová também nos exorta: “guardai-vos em vosso espírito” (ARC) (v. 16c); Que isso significa?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu, e tremeu diante do meu nome.” (KNVI-PT) (Mal. 2:5)
Em sua repreensão aos pecados dos sacerdotes, Deus se lembrou da aliança que tinha feito com Levi, pela qual Ele escolheu seus descendentes para servirem como sacerdotes em Seu santuário. Esta discussão dos deveres e privilégios dos levitas nos lembra do mesmo papel maravilhoso e sagrado que é realizado por todos os servos de Deus:
- É um ministério que traz vida e paz (2:5a): Com certeza não há ministério mais importante do que levar as pessoas a se reconciliarem com Deus e como consequência herdarem a vida eterna.
- É um ministério que requer reverência e temor (2.5b): Servimos na própria presença de Deus; Além disso, sem o poder do Espírito Santo somos incapazes de cumprir o nosso dever.
- É um ministério que exige que o servo de Deus pratique o que ensina (2:6): Para poder mudar o rumo das pessoas, do pecado para Deus, precisamos ser exemplos do que pregamos, caminhando nós mesmos em paz (isto é, em harmonia e num relacionamento íntimo com Deus) e justiça; caso contrário, seremos privados do poder do Espírito.
- De modo especial, os ministros de Deus devem ter muito cuidado com o que pregam (v. 7); isso se reflete na seguinte instrução do apóstolo Paulo a Timóteo: “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina” (1 Tim. 4:16).
Ainda me lembro da primeira vez, muitos anos atrás, que preguei para uma grande multidão: meus joelhos batiam um no outro atrás do pódio. O que sentia não era tanto o medo, mas um sentimento de assombro por ser um mensageiro de Jeová. Mas conforme eu me tornava relativamente mais "instruído" e "experiente", esse sentimento de assombro ia diminuindo. Como eu gostaria de poder recuperá-lo para poder continuar a confiar totalmente no Espírito Santo cada vez que estiver atrás do púlpito!
2:17—A quinta disputa: "Em que o enfadamos?"
(1) Ao acusar o povo de tê-lo “enfadado” com suas palavras, Jeová aponta uma frase que eles adoravam dizer:
a. Você acha que o povo realmente dizia essas palavras em voz alta?
b. Se sim (o que é mais provável), o que eles queriam dizer com essas palavras?
c. Você já disse a mesma coisa, especialmente a pergunta no final?
d. Por que essas palavras enfadavam a Jeová?
3:1-5—A súbita vinda de Jeová ao Seu templo —Depois de repreender o povo, especialmente os sacerdotes, por terem desprezado o templo e violado as alianças levíticas e matrimoniais, Jeová prediz Sua própria vinda:
(2) Quem iria antes de sua vinda? Quem é ele? (4:5; Isaías 40:3-5; Mateus 3:3; 11:10; Marcos 1:2; Lucas 7:27)
(3) Como a profecia do versículo 1b foi cumprida? (Lucas 2:22, 41)
(4) O povo reconheceu o cumprimento dessa profecia?
(5) Durante uma de Suas primeiras visitas ao templo, Ele o purificou duas vezes (João 2:13 e ss.; Mateus 21:12 e ss.). No entanto, reflita sobre o seguinte:
a. Quão diferente seria a purificação descrita por Malaquias? (3:2-3)
b. Qual seria o propósito dessa purificação? (vv. 3b-4)
(6) Além de purificar a estrutura do templo, com quem Ele lidaria? (v. 5) Tente classificar esses pecadores (ou seus pecados).
3:6-7—A sexta disputa: “Como voltaremos?”
(7) Ao chamá-los de volta, por que Jeová enfatiza o fato de que “eu, o Senhor, não mudo”? (v. 6)
(8) Por que o povo respondeu dizendo: "Como voltaremos?"?
a. Isso quer dizer que eles não sabiam como voltar?
b. Quer dizer que achavam que já tinham feito o suficiente para voltar?
c. Que tipo de pessoas eram?
3:8-12—A sétima disputa: “Como é que te roubamos?”
(9) Se Jeová fizesse a mesma acusação do v. 8 contra as pessoas na igreja hoje, você acha que receberia a mesma resposta (v. 8b)? Por que ou por que não?
(10) Por que Jeová equipara a violação da lei dos dízimos e ofertas a “roubá-Lo”? (Números 18:21; Levítico 27:30)
(11) Na sua opinião, para que servem os dízimos e ofertas? É simplesmente um dever da lei que deve ser cumprido?
(12) Como Jeová exortou o povo a dar o dízimo para Sua casa?
(13) Você acha que Deus necessariamente cumprirá essa promessa? Esta deve ser a razão pela qual dizimamos?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas.” (NVI-PT) (Mal. 3:8)
A questão do dízimo ainda é um problema muito comum entre os cristãos hoje. Alguns argumentam que, uma vez que vivemos sob a graça, não precisamos cumprir a Lei de Moisés. Outros afirmam que o dízimo é necessário mas questionam se o deve ser separado antes ou depois dos impostos!
Ambos os casos mostram uma total incompreensão da essência do dízimo. A realidade é que a casa de Jeová hoje funciona exatamente da mesma forma que o templo do AT, pois cabe inteiramente ao povo de Deus levar seus recursos para que uma casa de adoração funcione de forma adequada. A Lei de Moisés estabeleceu o dever do dízimo em Números 18:21 e Levítico 27:30, mas o Senhor Jesus nos pediu que nossa justiça fosse "muito superior" a dos fariseus e dos escribas (Mt 5:20).
Embora nos surpreenda que Jeová tenha usado a promessa de bênçãos ilimitadas, quase como uma isca para atrair as pessoas a dar o dízimo a fim de que “haja mantimento na minha casa” (3:10), não é realmente uma isca, mas um convite a experimentar a fidelidade e o poder de um Deus que cuida profundamente do "santuário que o Senhor ama” (2:11).
Alguns anos atrás, recebi um telefonema de um certo cristão por quem eu tinha (e ainda tenho) muito respeito. Ele era muito bem-sucedido em sua carreira, além de ser um líder leigo muito dedicado em sua igreja, ensinando na Escola Dominical e de vez em quando participando da pregação no púlpito. A razão pela qual ele me ligou foi para fazer uma confissão, porque ele sabia que eu o considerava meu mentor. Ele me disse que durante suas várias décadas como um cristão muito comprometido (desde que estava na faculdade), nunca tinha dado o dízimo. Mas recentemente o Senhor o tinha convencido de seu pecado de infidelidade com relação a isso, e ele tinha decidido obedecer à inspiração do Espírito Santo e parar de fazer as perguntas sobre o dízimo que acabo de mencionar.
Eu sei que foi uma decisão muito dura. Não teria sido tão difícil dizimar se ele estivesse apenas começando sua carreira, mas dar o dízimo de uma renda de 6 dígitos, não foi fácil. Mesmo assim, ele tomou essa decisão por obediência há 35 anos. Ao longo dos últimos 35 anos, tenho testemunhado em primeira mão como o Senhor o tem abençoado ainda mais, apesar de isso não ter sido o motivo pelo qual ele dizimava. De qualquer forma, o Senhor Todo-Poderoso não muda (3:6). Ele é um Deus fiel!
(1) Você acha que o povo tinha razão com respeito à observação de que “tanto prosperam os que praticam o mal como escapam ilesos os que desafiam a Deus”? Por que ou por que não?
(2) Se fosse verdade, como você reagiria diante de tal observação?
(3) Qual foi a resposta do povo? (3:14)
(4) Por que Deus os acusou de ter dito palavras duras contra Ele?
(5) Quão diferentes seriam as palavras daqueles que temem a Jeová? (3:16a)
(6) O que Deus fez ao ouvir e prestar atenção às suas palavras? (3:16b)
(7) Deus prometeu que agiria "no dia em que eu agir" (3:17-18):
a. O que Jeová disse sobre Sua aparente “inação” contra os transgressores?
b. Como Ele tratará aqueles que O temem naquele dia?
4:1-6—O dia do juízo
(8) Deus explica o que acontecerá no Dia do Juízo:
a. Por que Ele inclui "todos os arrogantes e todos os malfeitores" numa categoria única? (4:1)
b. Que metáfora Jeová usou sobre Seu juízo dos iníquos? (4:1)
(9) Em seguida, Ele menciona aqueles que reverenciam o nome de Jeová:
a. O que será esse dia para eles? (4:2)
b. Qual será o motivo da sua alegria? (4:2) Quem é este Sol da Justiça em cujas "asas" há cura? (Lucas 1:78)
c. O que Jeová fará com os iníquos por meio deles? (4:3)
(10) Malaquias 4:4 é a última palavra de exortação do Antigo Testamento:
a. Que exortação Jeová dá a Seu povo?
b. Por quê?
(11) A melhor tradução da última parte do v. 6 é: "para que ele não venha e fira a terra com maldição" (K&D, 663: cf. ARC).
a. De todos os profetas que Deus poderia enviar, por que Ele enviará Elias antes de sua vinda para evitar a destruição total? (4:5)
b. Qual seria o propósito de enviar Elias? (4:6)
(12) Os livros do Evangelho dão testemunho de que Elias certamente veio:
a. Quem foi? (Mateus 3:3; 11:10-14; Marcos 1:2; Lucas 7:27)
b. Em que sentido João Batista fez com que “o coração dos pais” se voltasse para seus filhos e vice-versa? (Lucas 1:16-17)
c. Por que ele precisou preparar o caminho para Jesus, o Messias? (Isaías 40:3-5)
(13) Ao chegar ao final do livro de Malaquias, reserve um tempo para refletir sobre suas anotações, ou leia o livro mais uma vez para identificar as principais mensagens para você e como você pode aplicá-las em sua vida.
“Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor." (NVI-PT) (Mal. 4:5)
Ao chegarmos ao fim do livro de Malaquias, também chegamos ao fim do Antigo Testamento como um todo. Gostaria de compartilhar várias verdades que me impactaram enquanto lia este último livro de profecia:
- O espírito de desobediência:
O livro inteiro parece girar em torno de uma série de disputas entre Jeová e o povo da época. Essas pessoas estavam se comportando quase como adolescentes rebeldes que adoravam contradizer seus pais e qualquer outra autoridade. O resultado disso foi que além de rejeitar as palavras de repreensão de Jeová, o povo até contestava o fato de que Ele os amava (1:2).
- Os sacerdotes não estavam levando a cabo o seu ministério:
A maior parte da mensagem foi dirigida contra os sacerdotes da época, o que significa que eles eram os responsáveis pela apatia espiritual do povo, pelas seguintes razões:
o Os sacerdotes permitiram que o povo oferecesse sacrifícios defeituosos (1:14). Além de ser uma violação descarada da Lei de Moisés, isso mostrava um total desprezo pelo nome de Jeová (1:6) e uma profanação do santuário (1:6), pois mostravam parcialidade nessa questão da lei (2: 9).
o Os sacerdotes tinham violado a aliança de Levi de servir com temor e reverência e ensinar com conhecimento de acordo com a Palavra de Deus. Como consequência, não tinham conseguido desviar o povo de seu pecado, uma vez que eles mesmos tinham se desviado dos caminhos de Jeová.
- Os leigos tinham violado suas alianças entre si e com Jeová:
Do mesmo jeito que os sacerdotes não tinham levado a cabo seus deveres de ensinar o povo e dar um exemplo piedoso, os leigos tinham violado abertamente as alianças entre si, o que obviamente tinha levado ao divórcio e a casamentos com idólatras.
O que eu achei alarmante é que essas observações são as mesmas doenças espirituais da nossa geração: a falta de respeito pelos pastores, que se manifesta em críticas cada vez mais severas dirigidas aos púlpitos; doutrinas de pastores e teólogos evangélicos que fazem cada vez mais concessões à mentira, sem falar em suas falhas morais; a frequente ocorrência na igreja do divórcio, da coabitação e de casamentos em “jugo desigual” (2 Coríntios 6:14).
Talvez isso
não deva me surpreender muito, uma vez que assim como a época de Malaquias
foi marcado pelo “Período de Silêncio” de Deus que veio antes da primeira
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, a nossa provavelmente é a última
antes da segunda vinda de nosso Senhor.