(1) Pode-se presumir que Dario (o Medo) foi informado mais tarde sobre as palavras escritas na parede, e também sobre quem era Daniel e o que ele havia feito. Nessa altura, Daniel já teria uns oitenta anos, ou, quando menos, faltava pouco para ele fazer oitenta anos. Mas apesar de sua idade avançada, Daniel ocupou uma posição muito importante, não só devido ao seu passado extraordinário, mas também porque continuava a se destacar por suas "qualidades excepcionais". Com base na descrição dada nos vv. 1-5, responda às seguintes perguntas:
a. Você consegue fazer uma lista de suas "qualidades excepcionais"?
b. Qual dessas qualidades você mais admira?
c. Por quê?
(2) Havia 120 sátrapas e 3 administradores. Por que esses líderes buscavam fazer a vida difícil para Daniel?
(3) Em que sentido 1 Pedro 4:4 descreve a situação na qual Daniel se encontrava?
(4) Você já teve uma experiência parecida com essa de Daniel?
(5) Que outra explicação sobre a razão de sua antipatia por Daniel é dada no versículo 13?
(6) Qual foi a cilada que esses líderes elaboraram para pegar Daniel? Por que o rei levaria à sério uma sugestão tão absurda que duraria apenas 30 dias?
(7) Embora eu acredite que Daniel tenha orado ou conversado com Deus de forma contínua, o fato de ele se ajoelhar e orar (ou seja, reservar um horário específico para orar) significa que ele tinha formado o hábito de orar três vezes por dia:
a. Por que ele teria reservado tempo três vezes por dia para orar, embora tivesse uma agenda lotada por ser um importante funcionário da corte real? Você acha que ele o considerava um simples ritual? Por que ou por que não?
b. Como você compararia sua própria vida de oração com a dele?
c. Como você deve emular isso?
(8) Tendo em vista a armadilha (e o fato de que Daniel certamente estava ciente dela), responda às seguintes perguntas:
a. Quais eram as opções que Daniel tinha?
b. Qual dessas opções ele escolheu?
c. Por quê?
(9) Enquanto Daniel estava sendo lançado na cova dos leões, o rei lhe disse: “Que o seu Deus, a quem você serve continuamente, o livre!” (NVI-PT).
a. O rei estava sendo sincero? Por que ou por que não? (vide vv. 14, 18, 19, 20)
b. Qual pode ter sido o impacto da vida de Daniel sobre o rei?
c. Qual é o impacto de sua vida sobre as pessoas ao seu redor?
(10) De acordo com a explicação dada por Daniel, como e por que Deus o resgatou?
(11) Qual foi o destino daqueles que o haviam acusado?
(12) Com base no decreto que foi emitido pelo rei posteriormente, o que você pode deduzir sobre o que ele tinha aprendido sobre o Deus de Daniel?
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Uma vez que a função destes estudos é devocional, não entraremos muito em todos os debates sobre as identidades das potências mundiais representadas pelos animais; no entanto, é óbvio que este sonho é um retrato dos reinos humanos, os quais são contrastados com o Reino dos Céus que finalmente virá e destruirá todas as potências humanas; este sonho também parece ser uma versão mais desenvolvida do sonho da estátua que Daniel interpreta no capítulo 2. (vide a Nota 1 abaixo e a tabela que apresenta o conteúdo principal dos dois sonhos em duas colunas paralelas)
Os versos 7:2-14 contêm a visão.
Os versos 7:15-27 contêm sua interpretação.
(1) Começaremos nosso estudo com um resumo da interpretação da visão que foi dada por "um dos que ali estavam" (provavelmente uma referência aos anjos) (v.16):
a. De acordo com o versículo 17, o que estes quatro animais representam?
b. Como a expressão "os quatro ventos do céu agitando o grande mar" (NVI-PT) no versículo 2 nos ajuda a entender esta passagem?
c. De acordo com o versículo 18, qual é o resultado final da visão? Mais especificamente, quem receberá este reino eterno em vez dos reis humanos que governam? O que significa "receber"?
*********************************
Consideremos os quatro animais, isto é, os reinos que se erguerão para governar até chegar o fim do domínio humano nesta terra (vide Nota 2).
(2) A maioria dos comentaristas acredita que o primeiro animal se refere, de fato, a Nabucodonosor:
a. Como Deus arrancou as asas de Nabucodonosor no capítulo 4?
b. Quão apropriada é a explicação de que ele recebeu um "coração de homem" depois de ser humilhado por Deus?
(3) Em que sentido esta visão, na qual o segundo animal é descrito como um urso, faz eco da descrição no sonho relatado no capítulo dois? (A propósito, o fato de o animal ser erguido por um dos seus lados, o qual obviamente fica mais alto do que o outro, parece se encaixar perfeitamente com a realidade deste reino que estava dividido entre os medos e os persas, dos quais a Pérsia era a potência dominante.)
(4) Que características são atribuídas nesta passagem ao terceiro animal, e o que significa a expressão "recebeu autoridade para governar" (v.6b)? (Observe que as quatro cabeças parecem coincidir com o quádruplo império grego que existiu após a morte de Alexandre, o Grande, o qual foi profetizado em 8:8, 22.)
(5) No entanto, Daniel estava mais interessado em aprender mais sobre o quarto animal:
a. De acordo com os versículos 7, 19 e 23, quão diferente é este animal dos outros quanto ao seu poder e à sua crueldade?
b. O que os 10 chifres representam? (v. 24)
c. Parece que o chifre pequeno que arranca os outros três chifres não fazia parte dos dez chifres originais. Este chifre pequeno, que é mais imponente que os outros, tem olhos como os olhos de um homem e uma boca que fala com muita arrogância:
- O que poderia significar a frase "olhos como os olhos de um homem" (em contraposição com o coração de homem que foi dado ao primeiro animal)?
- De acordo com o versículo 25, quão orgulhoso será este chifre pequeno? O que significa isto?
- O que este chifre pequeno fará aos "santos"? Os santos sofrerão em suas mãos? Se a resposta for sim, por quanto tempo sofrerão? (versículos 21, 25)
- Qual será o fim deste chifre pequeno? (v. 11)
- O que acontecerá após o fim deste chifre pequeno?
- Com base nos eventos descritos nesta visão, você acha que esta profecia sobre o chifre pequeno que governará o quarto reino e logo será lançado no fogo (vv. 10 e 11) já foi cumprida? Por que ou por que não?
(6) Nesta visão, encontramos uma das descrições mais claras em todo o Antigo Testamento da consumação do reino celestial:
a. Por que são colocados tronos?
b. Como Deus, o Ancião de Dias, é descrito nesta passagem?
c. Quais podem ser os livros que são abertos diante dEle? (vide Apocalipse 20:11-14)
d. Quem é este Filho do Homem mencionado no v. 13?
e. Como Ele chegará? (vide Marcos 13:26, Mateus 24:30; 26:64, Atos 1:11 , Apocalipse 1:7)
f. Como será adorado? (vide Apocalipse 7:9-12)
g. Como Seu reino é descrito?
h. O que acontecerá com você e eu, os santos?
(7) Apesar de (ou talvez, por causa de) ter escutado a interpretação do anjo, Daniel ficou muito perturbado, tão perturbado que seu rosto empalideceu. Por quê?
(8) Você também fica perturbado ao ler esta profecia? Por que ou por que não?
(9) Qual você acha que é a razão pela qual Deus escolheu revelar esta visão a Daniel?
(10) Qual você acha que é a razão pela qual Deus escolheu revelar esta visão a nós?
(11) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota 1:
Talvéz seja útil visualizar ambos sonhos (o do capítulos 2 e o do capítulo 7) em colunas paralelas, como na tabela abaixo:
Capítulo 2: | Capítulo 7: |
A Cabeça de Ouro (Daniel explica que ela representa a Babilônia) |
Uma criatura parecida com um leão, que tinha asas de águia; suas asas são
arrancadas, mas ela é erguida do chão e firmada sobre dois pés como um homem; recebe
um coração de homem |
Peito e braços de prata - provavelmente representa o império medo-persa | Uma criatura parecida com um urso - é erguida por um dos seus lados (ou seja, tem dois lados, mas não são iguais) |
O ventre e quadris de bronze - provavelmente representam a Grécia | Uma criatura parecida com um leopardo que tem quatro asas como as de uma ave |
As Pernas de Ferro - provavelmente representam a Roma, com seus impérios oriental e ocidental | Uma criatura que é diferente de todas as outras: ela esmaga, devora e pisoteia suas vítimas |
Os pés e os dedos dos pés em parte de ferro e em parte de barro: esta é a parte mais obscura da visão; talvez represente os vários governantes e dinastias que governaram o Império Romano; também pode representar várias potências mundiais. | A mesma criatura, com dez chifres; um pequeno chifre surge entre eles e arranca 3 dos chifres já existentes; este pequeno chifre tem olhos como os olhos de um homem e uma boca que fala com muita arrogância |
Uma pedra cortada sem auxílio de mãos humanas, a qual estabelece o reino que nunca terá fim. | O Filho do Homem recebe autoridade e domínio eterno |
Nota 2:
As palavras "se levantarão" no versículo 17 parecem excluir a possibilidade de que Babilônia seja o reino que é representado pelo primeiro animal. No entanto, considero útil a seguinte explicação que tem sido proposta por certos estudiosos:
“Antes, seu propósito ao usar o tempo futuro (se levantarão) é … declarar que a visão representa o desenvolvimento do poder mundial como um todo, uma vez que se desenvolveria em quatro fases sucessivas; em decorrência disso, o anjo interpreta a visão ao profeta de forma tão sumária que, começando com a primeira dessas fases, salienta que o primeiro reino mundial surgiria junto com os outros, embora já tivesse surgido, e somente as últimos etapas deste reino ainda estavam no futuro" (citado de várias fontes por K&D, 648-9).
Deixe-me enfatizar uma vez mais que este é um estudo devocional; portanto, não prestaremos muita atenção aos debates sobre a identidade de cada um dos animais que aparecem nesta visão. No entanto, é evidente que o anjo já deixou claro o significado de grande parte da visão e explicou que ela abrange o período que começa com o império medo-persa e continua até “muitos dias ainda distantes” (v.26). Veja a tabela abaixo.
8:1-14: A visão
8:15-26: A Interpretação
(1) Analisaremos esta visão, considerando primeiro o que o anjo, Gabriel, diz sobre os eventos abrangidos pela visão.
A visão se refere a:
a. "Os tempos do fim" (8:17)
b. "O que acontecerá depois, no tempo da ira" (8:19a)
c. "O tempo (determinado) do fim" (8:19b)
O que você entende pela frase "tempo do fim" depois de ter lido as duas visões nos capítulos 2 e 7?
O que você entende pela a frase "tempo da ira"? (A ira de Deus contra as nações é um tema que aparece com frequência ao longo do Velho Testamento. É mencionada tantas vezes que a seguinte lista é apenas uma amostra representativa: Salmos 110:4-7; Isaías 63:3, 6; Sof. 1:15, 18. No entanto, a melhor interpretação é encontrada em Apocalipse — vide 6:17; 11:18; 14:10, 19; 15:1, 7; 16:1, 19 e 19:15.)
(2) Qual pode ter sido a razão pela qual Daniel foi levado à futura capital da Pérsia, Susa, para receber esta visão específica?
(3) Pensemos sobre o primeiro animal, um carneiro com dois chifres. O anjo explica que este animal representa a Média e a Pérsia (8:20):
a. Porém, em que ano Daniel teve esta visão?
b. Você entende por que tantos estudiosos liberais (e em nossos dias, alguns estudiosos evangélicos também) têm alegado que este livro foi escrito no século II a.C., e que provavelmente foi escrito por alguém que estava fingindo ser Daniel?
(4) Quão forte era o primeiro animal, o carneiro? Como seria destruído pelo segundo animal, um bode com apenas um chifre?
(5) Como é possível explicar como o carneiro foi destruído com tanta facilidade, uma vez que tinha uma força enorme?
(6)
Todos os estudiosos consideram que o chifre enorme do bode
(o qual o anjo identifica como Grécia) representa Alexandre, o Grande, o qual
“num período de quatro anos, entre 334 e 331 a.C., .… derrubou o
império persa e estabeleceu seu próprio império que se estendeu da
Europa à Índia” (Goldingay, Daniel , 209).
Apesar de
suas conquistas, ele morreu subitamente de uma doença no ano 323 a.C.,
quando ele tinha 32 anos. Como a vida de Alexandre se encaixa com os
detalhes da visão em 8:5-8?
(7) Após a morte de Alexandre quando ele ainda era tão jovem, não houve nenhum sucessor lógico, e como resultado de uma série de lutas pelo poder entre seus generais, o império foi dividido de forma definitiva entre quatro deles: Lisímaco (Trácia e Bitínia); Cassandro (Macedônia e Grécia); Seleuco (Síria, Babilônia e os países orientais, até a Índia) e Ptolomeu (Egito, Palestina e Arábia Petreia) — esses reinos são amplamente comprovados pela história mundial. Como esta etapa da história se encaixa na visão de 8:8 e 22?
(8) O foco principal desta visão parece estar ligado à ascensão e queda do chifre pequeno mencionado mais tarde. Vide o gráfico na Nota 2 (e a reflexão meditativa de hoje).
a. Por que Daniel ficou chocado quando viu a visão?
b. À luz da visão do chifre pequeno, qual é a impressão que nos deixa esta visão sobre o "tempo do fim"?
c. Se você já leu as passagens das Escrituras citadas acima que mencionam a ira de Deus, como você se prepará para enfrentar o tempo do fim?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota 1:
Talvez seja útil visualizar ambas visões (que se encontram nos Capítulos 7 e 8) em colunas paralelas, como na tabela abaixo:
Capítulo 7: Os Quatro Animais | Capítulo 8: O Carneiro e o Bode |
Uma criatura parecida com um leão, que tinha asas de águia; suas asas são arrancadas, mas ela é erguida do chão e firmada sobre dois pés como um homem; recebe um coração de homem — o Império Babilônico | |
Uma criatura parecida com um urso — é erguida por um dos seus lados | Um carneiro com dois chifres — avança para o oeste, para o norte e para o sul — Média e Pérsia |
Uma criatura parecida com um leopardo que tem quatro asas como as de uma ave — Grécia | Um bode com um chifre enorme; vem do oeste — Alexandre, o Grande, mas é substituído por quatro chifres enormes |
Uma criatura que é diferente de todas as outras: ela esmaga, devora e pisoteia suas vítimas | |
A mesma criatura, com dez chifres; um pequeno chifre surge entre eles e
arranca 3 dos chifres já existentes; este pequeno chifre tem olhos como
os olhos de
um homem e uma boca que fala com muita arrogância | De um deles saiu um pequeno chifre que cresceu em poder na direção do sul, do leste e da a Terra Magnífica — desafia o exército das estrelas, se coloca no lugar do Príncipe do Exército — suprime o seu sacrifício diário — os santos são entregues a ele por 2.300 (dias?) |
O Filho do Homem recebe autoridade e domínio eterno | O chifre pequeno é destruído mas não pelo poder dos homens |
Nota 2:
Parece que o foco desta visão é o chifre pequeno. Portanto, a tabela a seguir coloca os elementos da visão com suas respectivas interpretações dadas pelo anjo em colunas paralelas:
A visão | A explicação (parcial) do anjo | |
Quando acontece | Cresceu dos quatro chifres da cabra; começa pequeno, mas cresce até ficar forte | Quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo |
Quem ele é | Vem de um dos quatro chifres | Um rei de duro semblante, mestre em astúcias |
Como ele chega ao poder | Não pelo seu próprio poder | |
Seu poder | Na direção do sul, do leste, e da Terra Magnífica (isto é, Jerusalém) Alcançou o exército dos céus Atirou na terra e pisoteou parte do exército das estrelas | Devastações terríveis, será bem-sucedido em tudo o que fizer Destrói homens poderosos e o "povo santo" |
Suas obras com relação a Deus e Seu povo | Cresceu tanto que chega a desafiar o Príncipe do Exército Suprimiu o sacrifício diário Destruiu o santuário (o templo) O exército dos santos e o sacrifício diário são dados a ele Lançou a verdade por terra | Insurge-se contra o Príncipe dos príncipes Considera-se superior Destrói muitos que vivem confiados Fará prosperar o engano |
Seu destino | Será destruído, mas não pelo poder dos homens | |
Duração |
Do seu surgimento ou da interrupção do sacrifício diário (não é claro)
até a reconsagração do santuário = 2.300 tardes e manhãs | Refere-se ao "futuro distante" |
Uma vez que Daniel enfatiza que o rei Dario mencionado aqui era medo, ele provavelmente se refere aqui a Dario, o medo, que assumiu o comando do reino da Babilônia, como lemos em 5:31. O aspecto mais importante que se deve ter em mente é que Daniel foi impulsionado a orar antes da publicação do edito de Ciro (o rei persa) no ano 538 a.C. o qual permitiu o retorno dos judeus a Jerusalém.
(1) Por que a leitura do livro de Jeremias levou Daniel a orar? (Leia Jeremias 25:11 e 29:10 e pense sobre o ambiente político durante o primeiro ano de Dario, o medo.)
(2) Você já se sentiu impulsionado a orar enquanto lia a Palavra de Deus?
(3) Lemos que Daniel, ao ser impulsionado a orar, fez mais do que só orar. O que mais ele fez e por quê?
(4) Vv. 4-6: Confissão
a. Embora sua oração comece com uma confissão, é prefaciada por adoração. Por quê? Como ele descreve Deus?
b. Quais são os pecados específicos que ele confessou em nome de seu povo?
(5) Vv. 7-11a: As dificuldades atuais do povo
a. Ao chamar a atenção de Deus para seu infortúnio atual, qual é a palavra que Daniel repete para enfatizar sua difícil situação?
b. Ele culpou a Deus pela vergonha de sua nação?
c. De acordo com o versículo 9, qual era o fundamento de sua esperança?
(6) Vv. 11b-14: O juízo já escrito na lei
a. Por que eles não tinham nenhuma desculpa?
b. Quão sério foi o julgamento de Deus? Foi realmente tão grave assim?
c. Daniel disse que Deus não hesitou em executar Seu juízo. Isso era verdade? Por que Daniel diria algo assim?
(7) Vv. 15-16: A base da petição (I)
a. Daniel chamou a atenção de Deus para qual (quais) detalhe(s) a fim de implorar que Ele se afastasse de Sua ira?
b. Por que ele pediria a Deus que fizesse isso de acordo com “todos” os Seus feitos justos?
(8) Vv. 17-19: A base da petição (II)
a. Daniel chamou a atenção de Deus para qual (quais) detalhe(s) a fim de implorar que Ele ouvisse sua oração?
b. Por que Daniel se atreveu a orar com tanta urgência?
c. Você já orou como Daniel?
d. Você acha que Deus teria ficado comovido com a oração de Daniel? Por que ou por que não?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
(1) Por que Daniel mencionaria a hora do “sacrifício da tarde” em sua oração, apesar de que ele provavelmente estava na Babilônia?
(2) O que é representado pelo “voo rápido” de Gabriel?
(3) Por que Daniel era "muito amado"?
(4) Você já experimentou uma resposta rápida de Deus à sua oração? Quando aconteceu isso?
(5) Em vez de falar sobre os setenta anos que foram prometidos no livro de Jeremias, Gabriel apresentou a ele um novo calendário profético, a saber, os "setenta setes":
a. Para quem esse calendário foi decretado?
b. O calendário estabelece vários propósitos, entre os quais estão os seguintes:
- A fim de acabar com (ou selar) a transgressão
- Dar fim ao pecado
- Expiar as culpas
- Trazer justiça eterna
- Cumprir (a mesma palavra usada anteriormente com a palavra "transgressão") a visão e a profecia
- Ungir o Santíssimo (ou o Santo dos Santos)
À luz de tudo isso, para que evento esta linha do tempo aponta?
(6)
Embora a tendência de muitos comentaristas modernos seja evitar identificar esta
profecia como uma referência à volta de Cristo (como se temessem ser rotulados de
fundamentalistas), os propósitos estabelecidos pelo anjo apontam
claramente para o fim dos tempos. No entanto, também não é sábio tentar
manipular de forma algum os tempos profetizados a fim de ajustá-los
aos nossos próprios preconceitos com relação ao fim dos tempos.
Com base nos vv. 25-27:
a. Faça uma lista dos eventos que, de acordo com a informação que temos em nossa época, sabemos perfeitamente já ocorreram (isso inclui pelo menos a ordem de restaurar e reconstruir Jerusalém — provavelmente uma referência ao decreto de Ciro de 538 a.C.—e a vinda do Ungido, ou seja, o Messias, e Sua morte.)
b. Faça uma lista das predições que ainda não aconteceram (observe que a expressão "setenta setes" pode se referir a semanas, anos ou a alguma outra unidade de tempo).
c. Quais são os eventos que sinalizam "o fim"? (Nota: Jesus faz uma alusão clara às palavras de Daniel quando menciona a "abominação de desolação" (ARC) em Mateus 24:15. Portanto, é útil ler Mateus 24:1-31, uma vez que Jesus fornece mais detalhes sobre o fim.)
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Os últimos três capítulos tratam da visão que Daniel recebeu sobre a aflição que seu povo sofreria às mãos dos governantes do mundo até a consumação do Reino de Deus.
(1) O momento em que Daniel recebeu esta visão é importante.
a. Você consegue lembrar o que aconteceu no primeiro ano do reinado de Ciro (Esdras 1)?
b. O que aconteceu com o projeto de reconstrução do templo no terceiro ano do reinado de Ciro?
c. Uma vez que Daniel era uma figura importante, tanto para o império quanto entre o seu próprio povo, ele estaria ciente da suspensão das obras?
(2) Qual pode ter sido o motivo de sua tristeza, especialmente seu jejum que durou três semanas? (É certo que o primeiro mês de Nissan coincide com a celebração da Páscoa.)
(3) A julgar pela gloriosa descrição do homem que lhe apareceu, e pelo fato de que o companheiro de Daniel teve que fugir enquanto o próprio Daniel foi deixado prostrado no chão, quem teria sido esse “homem”? (vide Apocalipse 1:13-15 e a reação de João)
(4) De acordo com o versículo 14, qual é o tema desta visão?
(5) Por que ela foi dada especificamente a Daniel?
(6) De acordo com o versículo 13, o que realmente estava acontecendo enquanto Daniel jejuava e orava?
(7) Esta visão nos dá um vislumbre da guerra espiritual que se trava por trás das potências deste mundo contra Deus, Seu plano e Seu povo:
a. Com base em sua leitura de Esdras e Neemias, você consegue lembrar quais forças tentaram impedir a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém?
b. Como Deus usou os diferentes reis persas para ajudar o povo? (Esdras 1:1-4; 6:3-12; 7: 11-26; Neemias 2:9)
c. O que você pode aprender sobre a guerra espiritual que ocorre por trás das guerras que são travadas entre as potências mundiais na terra?
(8) O "Livro da Verdade" parece ser um livro sobre a história mundial. Quais são as implicações para a história humana do fato de este livro já ter sido escrito por Deus?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
A visão continua com uma breve menção dos impérios persas e dos impérios divididos que surgiram depois de Alexandre o Grande; tudo isso serve de transição para a apresentação do personagem principal, o "rei do norte" que profanou o templo de Deus e suprimiu a adoração de Javé. No entanto, ao contrário dos estudiosos modernos, Lutero, Calvino e Jerônimo não só entendiam que esse rei foi um tipo do Anticristo, mas também consideravam que a parte final da visão (ou seja, 11:36-45) contém profecias que mencionam diretamente o Anticristo, profecias que ainda não foram cumpridas. Embora esta visão seja muito longa, o trecho que conclui com o v. 37 foi cumprido com tanta precisão que muitos estudiosos rejeitam a possibilidade de ele ter sido escrito como profecia, antes considerando que se trata de uma obra de história que foi escrita após os eventos nela descritos. No entanto, nós acreditamos que as Escrituras são a Palavra de Deus revelada, e não há nenhuma razão para duvidar que Deus pode revelar, e tem revelado, os eventos históricos do futuro, conforme aparecem em seu "Livro da Verdade" (10:21). Eu sugiro que você leia cuidadosamente sobre cada etapa da história mundial, tal como foi predita neste trecho, e reflita sobre a surpreendente precisão desta visão:
(1) Vv. 2-4: A ascensão e queda dos reis da Pérsia e de Alexandre, o Grande
a. Por que o anjo enfatizaria que o que ele está dizendo é a verdade (v. 2)? Como isso pode ser considerado uma resposta àqueles que consideram que o livro de Daniel é um relato histórico que foi escrito depois dos acontecimentos?
b. Os quatro reis da Pérsia que sucederam a Ciro são os seguintes:
- Cambises (530-522)
- Dario I (522-485)
- Xerxes (486-465) e
- Artaxerxes (465-424);
- sendo Xerxes o rei que invadiu a Grécia.
c. O poderoso rei que sucede a esses é Alexandre, o Grande , após cuja morte o império foi dividido em quatro partes . Os dois reis mais relevantes para esta visão são o rei do sul (Ptolomeu do Egito) e o rei do norte (Seleuco da Síria).
(2) Vv. 5-6: A ascensão do Rei do Sul (Ptolomeu do Egito)
a. Ptolomeu permitiu que o refugiado Seleuco I fosse um de seus generais; mais tarde ele o ajudou a recuperar seu império, o qual se converteu no "maior dos impérios pós-alexandrinos".
b. Ptolomeu II (cerca de 100 anos depois) desposou sua filha Berenice com Antíoco II, mas ela foi assassinada pela ex-esposa de Antíoco.
c. Observe quão precisas são essas profecias!
(3) Vv. 7-10: Ptolomeu III e Seleuco II
a. O irmão de Berenice, Ptolomeu III, ascendeu ao poder e vingou a morte de sua irmã, assumindo o controle de uma grande parte da Síria.
b. No norte, Seleuco II sucedeu a Antíoco II, e mais tarde foi sucedido por Seleuco III e Antíoco III (223-187). Este último recuperou grande parte do território que seus antecessores haviam perdido.
(4) Vv. 11-13: Ptolomeu IV
a. Ptolomeu IV, com seu enorme exército de 70.000 soldados infantaria, 5.000 cavaleiros e 73 elefantes, enfrentou Antíoco numa guerra em que matou mais de 14.000 homens de Antíoco III (Políbio, Histórias, 5,79)
b. Uma vez mais, esta profecia é surpreendentemente detalhada e precisa.
(5) Vv. 14-19 : Distúrbios no Reino do Sul
a. Entre a comunidade judaica, houve nesta época uma luta pelo poder entre judeus que eram a favor do Egito (helenistas) e judeus que eram contra o Egito (conservadores).
b. Antíoco III recuperou o seu poder ao longo dos próximos 14 anos, enquanto Ptolomeu III morreu e foi sucedido por Ptolomeu IV e Ptolomeu V.
c. Antíoco III desposou sua filha, Cleópatra, com Ptolomeu V, esperando assim consolidar o poder desta potência, mas tudo foi em vão, já que Cleópatra permaneceu leal ao marido e o encorajou a se aliar a Roma. (Nota: Esta foi Cleópatra I, não a famosa Cleópatra IV dos anos 69-30 a.C.)
d. Antíoco III tentou invadir os territórios romanos, mas não conseguiu, tornando-se vassalo de Roma. Ele foi assassinado em 187 a. C.
e. Observamos uma vez mais que estas profecias são surpreendentemente detalhadas e precisas.
(6) Vv. 20-24: A ascensão do infame Antíoco IV
a. Seleuco IV sucedeu a Antíoco III, mas morreu em 175 a.C. e foi sucedido por Antíoco IV, seu irmão mais novo.
b. Com o pretexto de proteger o jovem filho de Seleuco IV, Antíoco assumiu o trono, com a ajuda do rei de Pérgamo.
c. Ele se comportou enganosamente para com o "povo do pacto": embora contasse com o apoio somente de um pequeno grupo de judeus helenísticos, ele essencialmente abandonou a Lei de Moisés, que havia sido a lei local praticada na Judéia desde a época de Artaxerxes (e que tinha sido confirmado pelo próprio Antíoco III), transformando Jerusalém numa cidade-estado helenística.
(7) Vv. 25-27: Suas relações com o Egito
a. O exército egípcio que tentava reconquistar a Palestina foi derrotado por Antíoco IV no ano 170 a.C. Em seguida, Antíoco entrou no Egito e capturou Ptolomeu VI.
b. Ptolomeu VII foi coroado rei no lugar do rei cativo Ptolomeu VI, e isso levou à formação de uma aliança entre Antíoco IV e seu prisioneiro cujo objetivo era ajudar este último a recuperar seu trono.
(8) Vv. 28-35: A profanação da Cidade Santa
a. No entanto, os dois reis ptolomaicos fizeram as pazes, e a tentativa de Antíoco IV de invadir o Egito foi interceptada por uma delegação romana que ordenou que ele deixasse o território egípcio. Este foi um ponto de inflexão na história que marcou o início da dominância romana no Império Helenístico.
b. Os Judeus conservadores ouviram um boato de que Antíoco tinha morrido, e começaram uma rebelião que logo foi brutalmente reprimido. Foi então que o sacrifício diário e todas as práticas da lei mosaica foram suprimidas, e o interior do templo foi profanado pela adoração de Zeus, o deus grego.
(9) Vv. 36-45: As profecias sobre o Anticristo
a. Os estudiosos modernos tentam fazer estas profecias se encaixarem também na história de Antíoco IV, mas na verdade ele nunca se exaltou acima de todos os deuses; aliás, ele era adorador de Zeus, o qual não era um deus a qual seus pais não conheceram.
b. "Mas em relação a esta expedição, observa-se não somente que há um silêncio entre os historiadores, mas também que a própria hipótese de que ela pudesse ter ocorrido ocasiona uma contradição irreconciliável com os fatos históricos sobre a última iniciativa de Antíoco" (K&D, 806)
c. À luz disso, considere cuidadosamente como será este Anticristo vindouro:
- Sua arrogância (vv. 36-39)
- Seu poder militar (vv. 40-43)
- Seu fim.
(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Este trecho nos leva à conclusão desta visão que abrange os capítulos 10-12 de Daniel, a qual foi dada em resposta às suas 3 semanas de jejum e oração, provavelmente passadas em intercessão por seu povo:
(1) Muitos comentários críticos consideram que os primeiros dois versículos foram cumpridos na época dos Macabeus e da severa opressão síria (ca. 167 a.C.). No entanto, como você refutaria essa afirmação à luz das palavras claríssimas desses dois versos?
(2) Como Apocalipse 20:11-15 nos ajuda a interpretar esses dois versículos? (vide também as próprias palavras de Jesus em Mateus 24:21)
(3) Quem são os sábios mencionados no v. 3? (vide Mateus 25:1-13) Quem mais é descrito com a frase "reluzirão como o fulgor do céu"? (vide também Mateus 13:43)
(4) O versículo 4 se presta a várias interpretações, mas deve-se preferir a de Keil e Delitzsch, uma vez que a expressão "fechar (as palavras) e selar (o livro)" (ARC) significa "guardar firmemente" para que não sejam mal-interpretados. No entanto, à luz do anúncio angelical no v. 9, talvez seja melhor interpretá-la como um mandamento para Daniel não buscar mais entendimento ("Siga o teu caminho, Daniel") e deixar os eventos proféticos se desenvolverem por si mesmos quando chegar a hora estabelecida. Mas a verdade é que ao longo dos séculos muitos têm indagado e estudado sobre as profecias do fim dos tempos. Martyn Lloyd-Jones fez o comentário sarcástico de que se alguém deseja atrair uma multidão e aumentar a frequência à igreja, ele só precisa pregar sobre o fim dos tempos. Por que? Isso é algo bom ou ruim?
(5) Apesar de que o significado da expressão "um tempo, tempos e metade tempo" e dos 1290 e 1335 dias mencionados posteriormente se prestam a várias interpretações, consideremos pelo menos as seguintes perguntas:
a. Por que um dos mensageiros perguntou: "Que tempo haverá até ao fim das maravilhas?" (v.6)
b. Por que a resposta incluiria um número muito específico de dias?
(6) Com base na resposta dada nos vv. 9-10, qual foi a essência da pergunta de Daniel?
(7) Como Apocalipse 22:10-11 nos ajuda a entender esta resposta que foi dada a Daniel?
(8) Qual é a última palavra do livro de Daniel? Qual é a última mensagem? Quão importante é essa mensagem (especialmente para você)?